Prossegui o passeio, indo em busca do centro da cidade. Passei na loja de Amilton, que vende CDs e DVDs, além de receber pagamento de títulos e contas. Mas, além de vender discos, Amilton é uma pessoa cuja decência nos torna cativa do seu convívio.
Lembrei, então, das lojas de discos que existiam nas imediações, há mais de trinta anos, como a Loja Primo, O Rouxinol, Nazareno Discos e Discosom.
Naquela época reinavam soberanos, os discos de vinil (compacto e long playing) e a fita cassete. Eram produtos caros e considerados supérfluos. Portanto, ouvia-se música, principalmente, no rádio.
O Crato tinha duas emissoras de rádio (que ainda existem): Rádio Educadora do Cariri e Rádio Araripe do Crato. Nas tardes de domingo, um programa era líder de audiência: o Paradinha 1020, transmitido pela Rádio Educadora e apresentado por Evandro Bezerra, desfilando as vinte músicas mais tocadas na semana. Lembro de alguns dos hits daquele tempo: BiluTetéia, Farofa-fá-fá, Emanuela (versão de uma canção italiana), Homem com H e a minha preferida, Nuvem Passageira, de Hermes Aquino, cujo verso inicial dizia: Eu sou nuvem passageira que com o vento se vai.
Carlos Rafael
3 comentários:
Carlos, o interessante é que se tocava praticamente todos os estilos musicais. Não havia ainda o monopólio cruel que vemos hoje na imensa maioria das rádios.
Programação eclética que ia dos Beatles a Luiz Gonzaga.
É possível ainda se ter uma variedade de músicas, estilos e programação que valorize os artistas locais.
Valeu!
Tudo de bom!
José de Arimatéa dos Santos
....Eu sou como um crsital bonito.
Que se quebra quando cai.
Não adianta escrever meu nome numa pedra.
Pois essa pedra em pó vai se transformar.
Você não vê que a vida
corre contra o tempo
Sou um castelo de areia
na beira do mar.
Foi a melhor canção de 1975. Havia acabado de chegar ao Crato, de onde estive ausente por mais de dez anos, com visitas nas férias escolares de 1964 a 1971 e depois férias ou folga do meu trabalho de 2972 a julho de 2975. Que saudades!
Um abração Carlos Rafael
Corrigindo: de 1971 a 1975. Ainda estávamos no Século XX.
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