As paredes são paredes.
As xícaras são xícaras.
Teimo em vê-las de outra forma.
Alma e humores.
Esta é a desgraça cotidiana.
Pois ao andarem meus olhos
em torno da casa
as paredes acabam monges
e as xícaras crianças.
Esquecem-se de ser
ou esqueço que são
naturalmente coisas.
2 comentários:
Nós que não nos bastamos, e queremos atribuir a nossa insuficiência às coisas, que não têm nada com a história.
Abração.
José Carlos Brandão,
é exatamente isto.
E ainda supomos
loucura dos objetos.
(Mas como nos bastarmos
com esses nossos olhos
qualquer motivo voam?)
forte abraço,
Poeta.
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