Tu me tiraste de casa
onde desfrutava eu
de doces e regalo
para mostrar-me
um novo mundo
florestas ardentes
e grutinhas encantadas
já planejando,
em seguida
lançar-me ao desterro,
ao deserto, ao abismo.
A dor pareceu-me eterna.
As trevas nem te digo.
Mas como cabe
ao escorpião sorrateiro
eis-me mais forte
envolto em mistério.
A mesma alma torta de banana.
O mesmo sinal acima do lábio direito.
Os pesadelos serão teus agora
ao imaginar meu balão colorido
cruzando montanhas, mares
e arco-íris.
Teus braços hão de ficar flácidos.
Tu vais engordar feito uma baleia.
Enquanto o escorpião vingativo
à mesa saboreia um chá preto.
Mau, cruel, um cavalheiro.
Melhor assim que estúpido
e covarde.
Meter uma bala no teu traseiro
e pular sem calças da torre Eiffel.
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