Impossível não lembrar que, no dia de hoje, na década de 60, falecia uma mulher, quando deu a luz a uma menina. Saindo da escola, e passando em frente a sua casa, ali perto do Palácio do Bispo, entrei e me misturei entre as pessoas , que participavam do velório.Eu estava completando 11 anos, e queria risos, ao invés de lágrimas.
Olhei o rosto de Ana Lúcia, uma pessoa do meu tempo, com quem nunca tive aproximação maior, e apiedei-me..Um dos meus maiores medos era perder meus pais, ganhar uma madrasta, sair reprovada, assistir ao fim do mundo, ou dormir , sem acordar.
A impressão de angústia permaneceu em mim, nesses 48 anos passados.
Deus cuidou da vida dos filhos que ficaram.
Percebo que as perdas, quando bem compreendidas , não desestruturam quem fica.
Felizmente não perdi meus pais em tenra idade. Felizmente ficou adiado , no meu calendário vida, estas perdas. Mas, mesmo assim , ainda me custa receber uma notícia de morte de uma matriarca.
Um mês atrás , ela estava tão bem, na festa do Cariricaturas !
De vestido rosa claro , bordado, e muito alinhado.
Participou do nosso almoço, e ainda a revi, duas semanas atrás, quando entrava na Sé, para assistir uma missa, em companhia de Fátima e Rosineide. . Fez questão de me cumprimentrar com toda simpatia... E é aquele sorriso, que eu vou guardar na lembrança. O sorriso de Dona Elsa Barreto de Melo, a mãe dos meus amigos !.
Um comentário:
Socorro,
Consideramos perda realmente aquilo que nos faz muita falta.
Dona Elza fará falta sim, ela que foi exemplo de generosidade e doçura.
Que seus familiares tenham nesse momento de perda irreparável muita serenidade e paz.
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