"Sereno da Madrugada
Carlos Gonzaga
Sereno da madrugada
Caindo no meu caminho
Na rua abandonada
Eu ando triste sozinho
Sereno a minha amada
Se encontra
Em outro ninho e não no meu
Sereno da madrugada
Amigo que Deus me deu "
Esse mote
que o carteiro
na minha noite pingou
é sereno , o meu amigo,
um poeta de louvor !
Sereno me surpreende
quando o flagro numa flor
mas o sereno Aloisio
não perde nunca um repente
quando cumpre um desafio
Agora mudando a prosa
eu falo da serenata
com a música do Gonzaga
que a minha infância encantou
Começo a cantarolar
lembrando a praça molhada
quando uma estrela chorou
Considerando as estrelas
na contagem sideral
eu pergunto ao Deus do céu
pelo lenço que o sereno
não gosta nunca de usar
e fico embevecida
vendo a planta embriagada
de versos, rima e luar !
.
.
E antes do fechamento
eu lembro a velha canção
que o poeta da vila
deixou pra gente cantar
ele fala como a gente
que também se diz boêmio
e gosta de versejar :
"Sou do sereno
Poeta muito soturno
Vou virar guarda noturno
E você sabe porque
Mas você não sabe
Que enquanto você faz pano
Faço junto do piano
Estes versos prá você"(Noel Rosa)
Deixo uma nova palavra
pra alguém considerar
dentre as estrelas que vejo
uma delas é um olhar
que começa a serenar!
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