Paracuru, 6 de maio, às 18:08 hs
Oh! Deus do tempo,
Do espaço criado,
Dos vivos colocados,
Dê-me o silêncio dos ventos,
O frio das vésperas da noite,
O farfalhar das folhas,
O rumorejar da água,
O canto da cigarra,
O latido do vira lata,
O choro da criança,
Sedenta do amor materno,
Oh! Deus da narrativa,
Cale a voz do carro de som,
Com seu grito de voto,
Genecias Federal,
Tão banal como a axé music,
O forró desfibrado,
A mentira descarada
Federal, estadual,
E com pouco a municipal.
Oh! Deus do mundo,
Não cale a voz da política,
Emudeça o grito dos farsantes,
Silencie a palavra vazia,
Abra o coração dos enganos,
Chute os templos vendidos,
Solte a consciência do mundo,
O pássaro do claro dia.
3 comentários:
José do Vale,
Parabéns pelo poema.
Senti a consciência do mundo e o pássaro do claro dia.Percebi também a música embutida no farfalhar das folhas, no rumorejar
da água e no canto da cigarra.
O nosso torrão caririense é sedento
de conscientização nestes moldes.
Bom domingo: Liduina.
Zé do Vale,
Que haja tempo e espaço
Que haja espaço pro vivos
Que os ventos silenciem
o frio da noite escura
Que as folhas farfalhem
sutis como nossas águas
Que as vozes não se calem
Que os farsantes não blasfemem
Que a conscìência não se apague
Que o dia claro amanheça
Que tua amizade não ser perca
Que tua presença
..........seja farta.
Abraço,
Claude
E Deus que é Pai dos que não sabem o dizem, e dos que não sabem o que fazem (ou sabem?), fica lá no alto, acima de todas as coisas, com a sua eterna paciência, e sua infinita capacidade de perdão.
Mas a gente tem pressa , pressa de sentir o mundo harmonizado , bem orquestrado, com o silêncio do entendimento , e a operosidade de quem trabalha pela saúde total do Planeta Terra.
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