Faz tempo não acendo uma vela
Não tomo uma taça de vinho...
Mas vivo a poesia amorosa
sem duplo sentido
Valia a pena abrir a garrafa de vinho,
enquanto preparava uma massa ,
e macerava um raminho de manjericão.
A música soava , como Passos
no corredor, e na sala...
Era Rosa, cantando baixinho,
ao invés do João.
Rede num balanço solitário
Sonhos na fila das esperas...
Frustrados ou não
viveram a intensidade do querer
Na madrugada a luz é desligada
Abro a janela de um céu encantado
e desisto de contar estrelas
Apenas converso com o vento
que passeia na calçada,
sem recados ou bilhetes
Apanho um verso no ar...
Seguro e solto
Ele é tão besta
que não vale a pena cantá-lo...
Ele diz que a estrela mais distante
Já foi perto
E que o seu brilho é luz acesa
Não se apaga ,
no sopro de um suspiro.
foto de Nívia Uchôa
5 comentários:
É que o brilho não é da estrela, nem longe e tampouco perto. O brilho, a luz que revela o amor, uma voz baixinha e um cantar de antipasto, é a mesma de muitos amanhãs tangidos por estas brisas e tempestades das nascentes deste modo permanente de se por na perspetiva deste agora no espaço em que se encontra.
É feliz sem desculpas, quem tem morada no sopé da serra.
Tens razão.
Verde e vento
sombra e água fresca
Tudo brilho de perto e de longe,
quando existe amor
no coração Cariri/caririense
Socorro,
"Abro a janela de um céu encantado e desisto de contar estrelas.Apenas converso com o vento que passeia na calçada, sem recados ou bilhetes"...
Profundo, lindo, grande. Feliz de quem pode"apanhar um verso no ar".
Parabéns pela inspiração, por nos presentear com um pedaço da sua alma.Abraço apertado: Liduina.
Socorro,
Bela poesia, ainda mais falando da grande cantora/compositora, Rosa Passos; ouvir seu canto nos faz transportar a outras dimensões.
Parabéns!!!
Abraços
Aloísio
Aloísio, pelo vistos somos fãs de Rosa Passos de carteirinha.
Abraços pra vc e Liduína !
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