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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nelson Mandela - Por Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes




Minha mãe me presenteou com dvd excelente, o filme Invictus, produção de Clint Eastwood, com Morgan Freeman e Matt Damon, contando episódio na África do Sul, passado no início do governo de Nélson Mandela. Vale a pena ser visto.
No mesmo dia em que recebi o dvd, chegou às minhas mãos o livro Minha Vida, autobiografia de Bill Clinton. Vejam o que o ex-presidente americano diz sobre o líder africano na página 737:
"A esta altura eu já tinha me tornado um grande amigo de Mandela. Ele era uma pessoa notável, não só pela sua mudança impressionante do ódio à reconciliação nos 27 anos de prisão, mas também por ser ao mesmo tempo um político perseverante e uma pessoa atenciosa que, apesar do confinamento longo, nunca perdeu o interesse pela vida pessoal ou a capacidade de demonstrar amor, amizade e generosidade.
Tivemos uma conversa particularmente significativa. Eu disse: "Mandiba" - era esse o nome tribal de Mandela, que ele me pediu para usar - " eu sei que foi uma bonita atitude sua convidar os seus carcereiros para a posse, mas você de fato não odiava os que o mantiveram preso?" Ele me respondeu: "Claro que por muito tempo eu os odiei; Eles levaram os melhores anos de minha vida. Eles me maltrataram física e mentalmente. Não pude ver os meus filhos crescerem. Eu os odiava. Mas um belo dia, quando estava trabalhando na pedreira, martelando as pedras, me dei conta de que eles tinham tirado tudo de mim, menos minha cabeça e o meu coração. Isso eles não podiam levar sem a minha permissão. Assim, decidi não lhes entregar as únicas coisas que me restavam". Então ele olhou para mim e disse: "Você também deveria pensar assim".
Depois de respirar fundo, eu lhe fiz outra pergunta: "Quando você estava deixando a prisão, não sentiu o ódio aflorar mais uma vez?". "Senti", ele disse, "por um momento. Então pensei melhor, eles me tiveram por 27 anos e, se eu continuar a odiá-los, eles vão continuar a me ter. Eu queria a liberdade , e deixei passar".

Joaquim Pinheiro

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