Mancha
Sob as palavras
tudo se transfigura:
a urze, a pedra, o horto.
As cabras pastam,
as vacas ruminam,
e é muito tarde
para rimar teu nome.
Sobre nós flutua
o encoberto,
nuvem suspensa
ao fio da saliva,
mancha de desterro.
Sob as palavras,
tudo se derrama,
como o leite
numa mesa de pensão.
Um comentário:
Vou copiar no meu caderninho !
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