Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Entre o popular e o clássico há uma indústria fonográfica - José do Vale Pinheiro Feitosa

A indústria fonográfica produz essencialmente para a cultura ocidental. Só marginalmente outras culturas clássicas ou antigas são objeto desta indústria. Isso se deve à centralidade do capitalismo mundial, baseado nas grandes potências, especialmente os EUA e a Europa.
A cultura musical popular do ocidente, por outro lado toma raízes das populações locais mas as coloca na grande matriz daquilo produzido nas potências econômicas referidas. Isso vem ocorrendo desde o século XVIII quando começa haver uma sociedade urbana nas Américas, África, Médio Oriente e Ásia.

Isso levava a um vai e vem entre os países periféricos e a matriz de modo a se influenciar reciprocamente, mas o valor modal era sempre ditado por quem controla os meios de divulgação. Estes meios anteriormente eram as partituras e depois a própria gravação do som ou da imagem.

O Jazz, por exemplo, já foi um ritmo de periferia, que recebeu a grande influência da música Européia, com seus arranjos e instrumentos. O mesmo aconteceu aqui com a modinha, o samba e assim por diante. Por isso na raiz da música popular divulgada pela grande indústria fonográfica sempre se encontra a chamada música clássica, a ópera e por último a opereta, que era um gosto mais popular da ópera.

Igualmente a música popular foi influenciada pelas peças musicais para o Balé e os ritmos popularizados por toda Europa como a Valsa, a Polca, a Mazurca e tantas outras. Uma das músicas mais belas é o “In Chambre Separee” da mais famosa opereta de Richard Heuberger: Der Opernball de 1898. Neste vídeo a ouvimos na belíssima voz de Elisabeth Schwarzkopf.

2 comentários:

Claude Bloc disse...

Delirantemente emocionante a música e voz. Faz-nos dar um passo no passado das belas interpretações. Aquelas que embalavam nossa sensibilidade tão ainda sutil e casta.

Obrigada por esse momento de deleite.

Abraço,

Claude

Dihelson Mendonça disse...

Interessante, eu vi ontem mesmo na CNN um texto extremante parecido a este, que tratava da música árabe e o trabalho que o Quincy Jones está realizando lá no Marrocos pela solidariedade no mundo.

DM