MÃOS
Mãos crianças brincando de ciranda e de amarelinha,
desenhando a luz da manhã, inquietas, atuantes.
Mãos brincantes:
colhendo frutos,
aparando a chuva,
cortando a cana,
cortando o vento,
cortando a água.
Silêncio.
Música e silêncio.
Som de suave flauta invade a alma.
As mãos vão se abrindo dançantes,
contando muitas histórias,
histórias cicatrizadas em bordado de linhas coloridas.
Cores vibrantes,
cores marcantes.
Mãos de mulher:
amorosas,
suaves,
cálidas,
receptivas.
ao toque, ao encontro
de outras mãos,
de tuas mãos que invadem as minhas
e aí se completam, se entregam,
encantadas,
mergulhadas
no som da Nona Sinfonia que ecoa por todo Universo.
(10/05/06)
2 comentários:
Vi a chamada para o Zoomcariri de fotografia, aí lembrei que no meu baú de poesias, tinha uma que corresponde ao tema. Sugere várias imagens, mas para o toque das mãos que se encantam e se entregam não há palavras; talvez imagens; música há com certeza. E silêncio.
Perfeito, Stela !
Perfeito!
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