Bororó (Alberto de Castro Simões da Silva), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 15/10/1898 e faleceu em 7/6/1986. Nascido no bairro do Botafogo, aprendeu a tocar violão com o pai, Sinhozinho (Alberto Simoens da Silva), conhecido boêmio contador de anedotas e autor de diversas peças satíricas.
Ganhou o apelido quando fazia o primário no Colégio Santo Inácio: nessa ocasião, um grupo de índios Bororo visitou sua casa e, assim que o professor soube, passou a chamá-lo de Bororó. O apelido pegou entre os colegas e ele passou a se envolver em brigas, que acabaram por provocar sua expulsão e a transferência para o Colégio Santo Alberto, onde fez até o terceiro ano ginasial.
Aos 18 anos já fazia apresentações como violonista. Por volta de 1920 começou sua carreira de compositor fazendo músicas para ranchos carnavalescos, entre os quais o Flor da Estopa e o Mimosas Cravinas. Junto com outros seresteiros famosos, como Melo Morais Filho, formou um grupo com Carlinhos Santos Cruz (bandolim), Fernando Albuquerque (banjo), Eudóxio Correia (banjo), que se apresentava em festas cantando modinhas, lundus etc.
Em 1939 obteve sucesso com sua primeira composição gravada - Da cor do pecado - na voz de Sílvio Caldas. Em 1940, Orlando Silva lançou pela Vitor seu choro Curare, que se tornou clássico no repertório do cantor. Em 1943 Sílvio Caldas gravou o samba-choro que marcaria seu último grande sucesso como compositor, Que é que é? (com Evrágio Lopes).
Publicou o livro Gente da madrugada: flagrantes da vida noturna, Guavira Editores, Rio de Janeiro, 1982, no qual narra a vida de personagens da boêmia carioca.
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