Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

INTIMIDADE - por Edilma Rocha


Rebeca já estava até acostumada com aquela rotina solitária embora estivesse com um homem ao seu lado. Sempre quieta e amedrontada diante do parceiro que mal lhe falava um pouco mais.

Olhos grandes, verdes e cílios enormes num glamour de estrela de cinema, a boca carnuda como que estivesse sempre a espera de um beijo, úmida e num tom rosado natural. Rosto suave e a pele alva e bem cuidada. O nariz bem definido dando a perfeita proporção no rosto bonito. Cabelos ruivos soltos na altura dos ombros, lisos e pesados. O corpo era uma obra de arte em altura e peso. Seus seios saltavam da camisola de cetim vermelha pedindo por carícias nos mamilos que roçavam o tecido de dormir. Nádegas arredondadas se harmonizando com a intimidade entre um belo par de pernas. Pés descalços pisando devagar o macio no tapete felpudo.

_ Como poderia ser rejeitada diante de tanta beleza ? Tinha algo errado no ar que não sabia o que seria.
Já estava deitada quando Rafael entrou no quarto sem se incomodar em fazer barulho. Tirou os sapatos e meias jogando num canto, depois a camisa Polo, puxou o cinto de tecido colorido e finalmente abriu o feche da calça e deixou à mostra o corpo malhado e bem definido na sunga colada que deixava o sexo visível. Caminhou alguns passos e finalmente entra no chuveiro.

Rebeca tremia de paixão em baixo das cobertas e o seu coração pulava de emoção entre seus seios eriçados. Fingia dormir mas escutava cada gota dágua que caía do chuveiro. Sob a luz do abajur o corpo nu de Rafael era iluminado deixando ver a pele ainda molhada que exalava um bom perfume masculino. Não vestia pijama para dormir, simplesmente deitou-se ao seu lado fechando os olhos e tentando dormir. Sem se mover Rebeca observa aquela pele dourada pelo sol com seus músculos a mostra. Ainda um pouco molhado ficava mais irresistível não sentir desejo por aquele homem. Esperou alguns minutos e finalmente se encosta devagar ao seu lado e toca suas pernas nas nádegas descobertas. Sente um arrepio incontrolável tocando suavemente as mãos no seu ombro reencostando a cabeça suavemente. O cheiro dos corpos nus embriaga as cobertas como uma taça de vinho sugada rapidamente. Ele parece dormir e ela permanece ali carente, disponível e imóvel a espera do dia amanhecer para receber em seus braços o corpo tão desejado do seu amante num perfeito acasalo de amor.
_ As razões pela habitual indiferença?
Ficarão para os outros dias que se sucedem a cada noite de amor vivida entre quatro paredes de um quarto por um homem e uma mulher.

Edilma Rocha

P.S.  -- O Texto foi reeditado por ter sumido das vistas devido ao dinamismo do Blog

Um comentário:

edcor disse...

Gosotoso, sensual, insinuante, li e de novo li, parabéns.Edcor