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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Emoção - por Socorro Moreira



Meus olhos marejam
Meu corpo treme
e a voz entrecortada
me faz engolir a palavra

 Emoção não fala...
Sente !

Tudo que me emociona
altera meu momento
e complica e descomplica
a minha vida sem ti

Basta pouco
basta o latir de um cachorro
meu nome  que você declama ...
confuso  sentido

Você me emociona
quando chega
quando entra e sai sorrateiro
quando canta e me encanta
nos versos de uma canção ligeira

Você é fagulha de tudo  que acho
e vejo...
Distante me faz pensar
perto me faz sentir
e nos sonhos  me pega
diz  baixinho
o que preciso

Emoção é o pejo
de ser feliz
ou infeliz !

O belo  emociona
A dor  do outro é tão minha
A vida que está  por vir
encontros e reencontros
ou a lembrança sem fim  

socorro moreira






O lado brega da emoção... Irresistível !

Um comentário:

Aloísio disse...

Socorro,
Queria um imenso favor, coloque os autores da composição abaixo, creio que você tem, pois é cantada por Nana Caymmi, se não tiver guarde para postar à noite pois eu tenho os autores em casa, acho esta letra demais [ramo de alecrim, "minhas roupas de brim" e um sertão sem fim, (tudo isto é o meu interior)]:

"Sem Fim

Quando me larguei lá de onde eu vim
Chão de sol à sol
Ramo de alecrim, paletó de brim
Tempo tão veloz
Não achei meu pai, minha mãe não viu
Desgarrei de nós
Quando dei por mim, um sertão sem fim
Pelo meu redor
Coração, não deixe de bater
Quando meu amor disse adeus pra mim
Eu perdi a voz
Quis dizer que sim, mas me desavim
E fiquei menor
Não chamei meu pai, minha mãe saiu
Me senti tão só
Procurei por mim e um desvão sem fim
Pelo meu redor"

Segue:

Fim?


Fim de que?
Se tudo é (re)começo
Nunca me esmoreço
A vida tem tropeços
Com isto também cresço
Costurando pelo avesso
Saio devagar
Procurando vias
Que há tempo não via
Só pra te encontrar

Não vou chegar ao fim
Procuro outra estrada
Pra essa caminhada
Nunca terminar

Chegue, se aproxime
Deixe seus cabelos
Balançar ao vento
Vamos caminhar

O fim tem começo
Nesta estrada longa
Eu pego uma ponga
No seu versejar.

Digo o que está posto
Naquela imensa bandeja
Quero ver o “RECOMEÇO”
Pois do bolo ele é a cereja

Aloísio