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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Por Norma Hauer

ONÉSSIMO GOMES - GRANDE SERESTEIRO
Ele foi um grande seresteiro, embora não tenha muitos registros de sua voz nas poucas gravações autênticas que deixou.

ONÉSSIMO GOMES faleceu em 13 de setembro de 1999, aqui no Rio de Janeiro, onde trabalhou muito tempo na administração da Rádio Mayrink Veiga apesar de ser um grande intérprete de serestas. Na Mayrink ele era quase tudo, de administrador a contra-regra.
Ele nascera em 28 de outubro de 1914; assim, faleceu sem completer 85 anos.
Começou a chamar atenção como seresteiro ao gravar composições de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas, antes lançadas em discos pelo próprio Sílvio.
Mas Onéssimo tinha um timbre diferente e um modo próprio de interpretar, fato que mostrou em duas músicas que podem ser citadas como as que marcaram sua carreira: "Brinquedo do Destino", de Herivelto Martins e Aldo Cabral e "Violão", de Vitório Júnior e Wilson Ferreira, ambas gravadas ainda em 78 rotações.
Já na fase dos LPs tornou a gravar essas melodias em um LP de nome "Serestas do Brasil", onde também incluiu "Noite Cheia de Estrelas", "Mimi" , "Serenata"...

Foi Onéssimo Gomes quem "descobriu" Jamelão, o grande cantor da Mangueira e o levou para gravar, o que na época não era fácil os sambistas conseguirem.

Norma

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