(P)rendas
Serra Verde
Embala a minha rede
Nos teus alpendres antigos
Nessas noites esquecidas
Brisa soprando o verão.
Rendas de nuvens no céu
Escondendo a terra queimada
Escondendo essa saudade
Saudade, saudade grande
Da vida,
Das casas,
À noite
estrelas bordam o céu
abrindo os braços pra lua
caiada na escuridão...
E a vida corre,
corre simples, corre tanto
e deixa no peito guardado
o abraço apertado,
o abraço todo inteiro,
alma aberta ao relento,
sorriso escancarado...
sorriso em campo aberto
sonho desmantelado
pela luz de cada dia
pela luz de cada estrela
tocada pelo verão.
Claude Bloc
3 comentários:
Liduina Belchior disse...
Menina claude,
Bravo!!!! Que linda Serra verde, que lindo poema, saudade perfeita dos amores perdidos mas que vão e voltam...
Os amores que nesta terra não mais se encontram, pois habitam outra dimensão, você pode sentir suas energias cósmicas por perto.
Abraços verdes: Liduina.
3 de dezembro de 2010 18:18
Claude,
Acordar e encontrar este presente para o dia de hoje.
Obrigada grande amiga !
Voce a cada dia se supera nas fotografias embaladas nos versos das suas lembranças.
Perfeita conexão.
E bota perfeição nisso !
Beijo !
Prezada Claude
Que maravilhoso entardecer,
até sentí a morna brisa na minha face,vislumbrei ao longe algumas minúsculas estrelas,e até sonhei ouvír o coaxar das rãs e os primeiros gorjeios da fauna noturna. Não resistindo mais,me entrego a baco, para abafar minhas lágrimas e devaneios noturnos.
Heladio
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