Ernesto Lecuona (Ernesto Lecuona Casado), compositor e pianista nasceu em Guanabacoa, Cuba, em 7 de Agosto de 1896 e faleceu nas Ilhas Canárias, em 29 de Novembro de 1963. Iniciou estudos de piano com sua irmã Ernestina e os continuou, depois, com Peyrellade, Saavedra, Nin e Hubert de Blanck.
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Aos cinco anos de idade chamava a atenção por sua habilidade ao piano e, na época, deu um concerto no Círculo Hispano. Aos onze anos começou a trabalhar como pianista de filmes mudos no Cine Fedora, em Havana, e aos doze compôs suas primeiras obras. Ao terminar seus estudos no Conservatório Nacional obteve por unanimidade o primeiro prêmio e medalha de ouro de seu curso (1913). Dotado com qualidades excepcionais, fez aportes a pianística nacional cubana no
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Aos cinco anos de idade chamava a atenção por sua habilidade ao piano e, na época, deu um concerto no Círculo Hispano. Aos onze anos começou a trabalhar como pianista de filmes mudos no Cine Fedora, em Havana, e aos doze compôs suas primeiras obras. Ao terminar seus estudos no Conservatório Nacional obteve por unanimidade o primeiro prêmio e medalha de ouro de seu curso (1913). Dotado com qualidades excepcionais, fez aportes a pianística nacional cubana no
uso dos ritmos.
Foi o formador de orquestras e de inumeráveis artistas, a quem apoiou como amigos. Como concertista, visitou muitos países da América e Europa. Seu catálogo musical possui mais de 600 obras, que abarcam grande quantidade de gêneros musicais. Escreveu para o teatro obras inesquecíveis "El Sombrero de Yarey", "Rosa la China", "Lola Cruz", "María La O", "El Cafetal","El Batey", "La Tierra de Venus" e "Nina Rita".
Desde os primeiros discos de 78 rpm até o long play os numerosos discos que gravou se difundiram pelo mundo, com uma mensagem básica: talento e "cubanía".
Lecuona, Músico Cubano Mais Reconhecido
Por Rafael Lam— especial para o Granma Internacional ( 5 /09/2005 )
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ERNESTO Lecuona é o músico cubano mais reconhecido. O grande melodista, compôs canções que são escutadas em todos os cantos do mundo: Siboney, Malagueña, Damisela encantadora, Siempre en mi corazón, Arrullo de palma. Neste ano *comemoramos o 110º aniversário natalício do maestro (6 de agosto de 1895). Guanabacoa foi a cidade onde ele nasceu.
Acerca de Lecuona escreveram verdadeiros especialistas: María Antonieta Enríquez, Hilario González, Pedro Simón, Orlando Martínez e Carmela de León. Eles censuram a maneira errada e contraditória com que se tem valorizado a obra do grande compositor cubano. Valorizações que fizeram muitos musicólogos sobre a base da música de tradições européias de concerto.
Foi o formador de orquestras e de inumeráveis artistas, a quem apoiou como amigos. Como concertista, visitou muitos países da América e Europa. Seu catálogo musical possui mais de 600 obras, que abarcam grande quantidade de gêneros musicais. Escreveu para o teatro obras inesquecíveis "El Sombrero de Yarey", "Rosa la China", "Lola Cruz", "María La O", "El Cafetal","El Batey", "La Tierra de Venus" e "Nina Rita".
Desde os primeiros discos de 78 rpm até o long play os numerosos discos que gravou se difundiram pelo mundo, com uma mensagem básica: talento e "cubanía".
Lecuona, Músico Cubano Mais Reconhecido
Por Rafael Lam— especial para o Granma Internacional ( 5 /09/2005 )
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ERNESTO Lecuona é o músico cubano mais reconhecido. O grande melodista, compôs canções que são escutadas em todos os cantos do mundo: Siboney, Malagueña, Damisela encantadora, Siempre en mi corazón, Arrullo de palma. Neste ano *comemoramos o 110º aniversário natalício do maestro (6 de agosto de 1895). Guanabacoa foi a cidade onde ele nasceu.
Acerca de Lecuona escreveram verdadeiros especialistas: María Antonieta Enríquez, Hilario González, Pedro Simón, Orlando Martínez e Carmela de León. Eles censuram a maneira errada e contraditória com que se tem valorizado a obra do grande compositor cubano. Valorizações que fizeram muitos musicólogos sobre a base da música de tradições européias de concerto.
Alguns identificam-no como «semi-erudito», «culto popular», como se o segundo não tivesse nada a ver com o primeiro. José Ardévol o excluiu ao dizer: «Não cabe dentro do contexto da chamada música culta». Para alguns musicólogos, os europeus inventaram a cultura do mundo.
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Lecuona era outra coisa. Deixemos que ele mesmo responda àqueles que quiseram omiti-lo:
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Lecuona era outra coisa. Deixemos que ele mesmo responda àqueles que quiseram omiti-lo:
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«Você sabe, quando examino bem as críticas que fazem à minha música, fico quase convencido, concordo com eles. Porém o estranho é que milhões de pessoas não concordam conosco».
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O músico fez a música que sentia, com suas danças negras iniciou o afro-cubano numa etapa em que o negro era tabu.
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«Levei pela primeira vez o tambor da conga dos negros escravos ao pentagrama e ao teclado. A partir de 1911 fui alvo de muitas críticas por isso, os consagrados achavam que devia cultivar a música de antiquado classicismo. Mas eu compus La comparsa, Danza negra, Danza Lucumí. Naquela época, era proibido aos cantores cantar alguma coisa que não fosse Puccini ou Donizetti».
Alejo Carpentier, sempre defensor do popular, lembrava que os clássicos europeus escreviam tudo, «sem achar que se rebaixavam quando se tratava de fazer música agradável ou de um estilo ligeiro. O importante era escrever o melhor possível. E para ganhar dinheiro, provavam força, tanto no trágico, quanto no bufo».
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Lecuona não se parece com ninguém, contudo, na hora de compará-lo, tem que ser colocado ao lado de famosos como George Gershwin, Ari Barroso, Oscar Strauss, Ruperto Chani; o cubano encontra-se entre esses colossos.
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Como intérprete, Lecuona foi um pianista de qualidades técnicas e expressivas excecionais. O pesquisador Hilario González escreveu: «É uma das lendas com que conta a história de nossa música. Elogiou-se seu maravilhoso mecanismo, nomeadamente no que se refere à interpretação das oitavas em ambas as mãos, sua inteligência e domínio impecável dos pedais, a intensa e infinita gama de seu peculiar som e um incrível ritmo interior. Seu virtuosismo era proverbial, com um estilo personalíssimo, expressividade elegante, musicalidade absoluta que provocava um efeito extraordinário no auditório. Em todo caso que ele se propusesse uma séria carreira de concertista internacional, e tivesse vivido num meio propício para tal empresa, sem dúvida estaria inscrito na história da música entre os grandes pianistas do século XX. Sem contar que se trata do mais famoso compositor cubano de toda a história de nossa música. Ninguém poderia omitir essa verdade».
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Sua etapa mais ativa como concertista foi de 1915 a 1932, fazia parte do repertório o mais representativo da música tanto nacional quanto internacional. Os discos recolhem o testemunho de sua genialidade. Recebeu elogios de Paderewski, Rubinstein, que expressou ao escutá-lo: «Não saberia se admirar mais, ao pianista genial ou ao sublime compositor».
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Leo Brouwer, herdeiro de Lecuona escreveu: «A Ernesto não havia que lhe ensinar» — disse a respeito dele, em Paris, o grande maestro Cortot —. Poucos anos depois aposenta-se misteriosamente, enquanto apareciam os inesquecíveis temas que cantarolamos. Lecuona sempre estava oculto no campo, quando não andava de turnê. Afirmou:
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«Não quero ser o pianista maior do mundo, vou ser o músico cubano mais conhecido no mundo».
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Ernesto Lecuona é uma personalidade muito especial, segundo seu biógrafo Orlando Martínez, era um artista de enorme magnetismo, amava os objetos da arte chinesa, chegou a ter um cômodo dedicado a adornos trazidos em suas viagens ao exterior. Tinha uma escrivaninha laqueada onde guardava papéis de valor. Possuia uma figura atraente, olhos muito expressivos, era arrogante, irônico, sem pedantismo, era muito educado. Vestia-se de maneira simples, mas elegante. Caminhava vagarosamente, fumava muito, não bebia álcool. Era reservado, possuia um ar de mistério que fazia com que fosse mais charmoso. Era simpático, fino e carinhoso, mas jamais se abriu socialmente, vivia em solidão, detestava as multidões, gostava mais das reuniões íntimas; nelas era capaz de escrever música enquanto conversava. Não participava de atos públicos, nem sequer de concertos. Impunha respeito, era sensível ao elogio, sentia-se satisfeito quando chegava ao povo. Não se importava com as críticas adversas. Tinha um conceito claro de suas possibilidades, sabia até onde podia chegar.
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O leque de estilos de Lecuona é amplo: comédias líricas e musicais, óperas, operetas, revistas, sainetes, zarzuelas, obras para piano, valsa, tango congo, sones, suítes, pregões, prelúdios, poemas sinfônicos, habaneras, pregões, lamentos, danças espanholas e afro-cubanas, couplet, congas criollas, concertos instrumentais, obras infantis.
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«Sempre concebi minha música da maneira mais abstrata, para sugerir formas ou evocar as características dos costumes dos povos de uma nação.»
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Alguns consideram que os textos não são o lado bom de suas canções. O poeta cujos versos usou, talvez, com mais freqüência, foi Gustavo Sánchez Galárraga, principalmente na primeira época. O tema constante destas canções, segundo costume universal, é o amor. Galárraga morreu aos 41 anos de idade, foi um poeta de ímpetos geniais, porém se dispersou demasiado visando o sucesso fácil, embora seus versos tenham uma construção correta.
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O legado de Lecuona faz parte importante da base da música cubana, cuja potente obra o credita como um dos maiores compositores de toda a América. Acontece o mesmo com Alejo Carpentier, Leo Brouwer, Fernando Ortiz: fundaram, formaram, promoveram, criaram e ajudaram.
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PS.Ouçam "Siboney"- uma das suas mais lindas composições, na interpretação de Xavier Cugat e sua Orquestra.
Fontes
cifrantiga2.blogspot.com/.../ernesto-lecuona.html
Fonte: Son Cubano
http://www.granma.cu/portugues/2005/septiembre/vier9/37lecuona-p.html
Wikipedia
Imagens - Google Imagens
Um comentário:
Matéria maravilhosa !!!!!
Essa eu vou imprimir.
Beijo dominical.
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