Quando vamos a um Arquivo, ficamos admirados com o estado dos documentos antigos colocados em exposição. Geralmente, serviram de instrumentos de decisão em tempos antigos, seja de faraós, seja de generais ou de gestores diversos, em geral. A conservação de documentos de acervo baseia-se na administração diligente dos recursos e das técnicas adequadas, empregadas para prolongar a vida útil dos suportes da informação.
A conservação racional de documentos tem como objetivo o prolongamento da vida útil dos papéis, mas dificuldades de diversas origens costuma interpor-se, como:entraves burocráticos, falta de verbas e carência de pessoal especializado, fazendo com que a tarefa de conservar torne-se uma saga de bons profissionais.
Uma medida, no entanto, pode minimizar os problemas, contribuindo de forma efetiva para facilitar o trabalho de conservação de documentos: a elaboração de normas especificas, que regulem os procedimentos e ações dos profissionais encarregados da preservação das peças históricas, que possam auxiliar o profissional a balizar os limites de sua atuação, além de proporcionar guia adequado de procedimentos e atos necessários para, também, cuidar da saúde dos funcionários e freqüentadores da instituição.
Além de normas que suportem o profissional em conservação e restauro, vê-se como fundamental uma postura institucional a favor de referidos preceitos. Tal postura não deve ser coercitiva, mas educativa, e deve envolver funcionários previamente treinados além dos usuários do acervo.
É importante mencionar que todo material recebido pelo arquivo ou instituição responsável deve ser cuidadosamente examinado para se detectar eventual infestação biológica, caso em que serão avaliados os tratamentos adequados .
Diversos são os agentes físicos e físico-mecânico responsáveis pela degradação do papel que devem ser levados em conta quando se trata da elaboração de política de conservação e restauro: Iluminação, temperatura e umidade, armazenamento e acondicionamento, manuseio, ação do homem, desastre, inundações, incêndios e outros.
Data de poucos anos o despertar dos profissionais brasileiros para a necessidade da preservação dos nossos acervos. Uma conscientização plena e avançada da necessidade de se preservar a História contida nos documentos poderia começar com o estudo sobre a conscientização da importância da Conservação nas escolas, orientando pessoas, fazendo palestra, exibindo-se filmes. Assim, quando visitarmos um Acervo, ou formos a um museu, contemplaremos e estudaremos peças tratadas e bem conservadas para o estudo por civilizações futuras.
Maria Amélia Castro
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