Ando sem poesia, e sem lirismo. Sonolenta demais , a preguiça poética me domina.
Ontem sonhei colorido, e tenho encontrado os amigos.
Minha mãe se recupera devagarzinho, e eu vou ficando menos triste.
Amanheci ouvindo Raphael Rabellho. Qualquer música que ele interpreta é linda ! Naturalmente prendo-me à melodia. A poesia até esqueço, na maioria das canções, com muitas exceções !
Hoje é dia de ouvi-lo !
Mas é dia também da Empregada Doméstica .Esse personagem tão família , que a vida nos empresta !
Descobri a vida, nos braços de uma delas : Sá das Dores - minha doce Dôra !
Viúva , herança da minha avó paterna, Dôra vivia comigo nos braços , passeando nas praças, nas ruas, nos açougues. Batia pernas por horas a fio, comigo nos braços procurando Zé de Mãe , um velho pedreiro, que tinha um chapéu pintado de azul celeste. Com meus ouvidos e todos os sentidos de menina precoce, atenta ao diálogo dos dois, não perdia uma oportunidade de corrigir o português da roça .
- "Pro mode ", Dora?
-" Por causa , menina sabida ! Vamos aviar , que estamos atrasadas pro dicomé !
Dôra é inesquecível ! Tinha um cheirinho de sarro de cachimbo, mas um sorriso misto de pureza e malícia. Eita viúva danadinha !
Com ela descobri logo cedo, que o destino de todas as viúvas é a alegria !
Ainda hoje luto na conquista das Ajudantes Domésticas . Apego-me , desapego-me , porque elas nunca chegam pra toda vida !
Reconheço e valorizo esses anjos encarnados , que pingam de suor , nas tarefas que nos pesam . É pesado lavar e passar a roupa, arrumar a casa, lavar os pratos da pia, e outras coisinhas mais... !
Agora a coisa mudou. Estudam , se formam, reivindicam seus direitos , e até sabem brigar na Justiça, quando se sentem lesadas ou coisa parecida. Tudo certo !
Se eu não morasse no Crato, se precisasse de emprego, numa cidade qualquer, eu seria com certeza, cozinheira !
Ontem sonhei colorido, e tenho encontrado os amigos.
Minha mãe se recupera devagarzinho, e eu vou ficando menos triste.
Amanheci ouvindo Raphael Rabellho. Qualquer música que ele interpreta é linda ! Naturalmente prendo-me à melodia. A poesia até esqueço, na maioria das canções, com muitas exceções !
Hoje é dia de ouvi-lo !
Mas é dia também da Empregada Doméstica .Esse personagem tão família , que a vida nos empresta !
Descobri a vida, nos braços de uma delas : Sá das Dores - minha doce Dôra !
Viúva , herança da minha avó paterna, Dôra vivia comigo nos braços , passeando nas praças, nas ruas, nos açougues. Batia pernas por horas a fio, comigo nos braços procurando Zé de Mãe , um velho pedreiro, que tinha um chapéu pintado de azul celeste. Com meus ouvidos e todos os sentidos de menina precoce, atenta ao diálogo dos dois, não perdia uma oportunidade de corrigir o português da roça .
- "Pro mode ", Dora?
-" Por causa , menina sabida ! Vamos aviar , que estamos atrasadas pro dicomé !
Dôra é inesquecível ! Tinha um cheirinho de sarro de cachimbo, mas um sorriso misto de pureza e malícia. Eita viúva danadinha !
Com ela descobri logo cedo, que o destino de todas as viúvas é a alegria !
Ainda hoje luto na conquista das Ajudantes Domésticas . Apego-me , desapego-me , porque elas nunca chegam pra toda vida !
Reconheço e valorizo esses anjos encarnados , que pingam de suor , nas tarefas que nos pesam . É pesado lavar e passar a roupa, arrumar a casa, lavar os pratos da pia, e outras coisinhas mais... !
Agora a coisa mudou. Estudam , se formam, reivindicam seus direitos , e até sabem brigar na Justiça, quando se sentem lesadas ou coisa parecida. Tudo certo !
Se eu não morasse no Crato, se precisasse de emprego, numa cidade qualquer, eu seria com certeza, cozinheira !
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