Raphael Rabello
31/10/1962 27/4/1995
Nascido em uma família grande e musical, começou a tocar violão aos 12 anos, e em seguida formou o conjunto Os Carioquinhas, que tocava choro. Teve aulas com o lendário violonista Dino 7 Cordas, com quem gravaria um LP em 1991, e por algum tempo dedicou-se a esse instrumento, adotando o nome Rafael 7 Cordas. Considerado um virtuose do violão (de 6 e 7 cordas), tocou com os maiores nomes do choro e do samba, como Elizeth Cardoso e Radamés Gnattali, de quem foi muito próximo nos últimos anos de vida. Lançou, inclusive, em 1986, o disco "Raphael Rabello interpreta Radamés Gnattali". Em 1989, um acidente de carro resultou em uma fratura múltipla no braço direito que pôs sua carreira em risco. Porém, quatro meses depois o violonista estreava o show "Todo Sentimento" ao lado de Elizeth Cardoso. Um de seus trabalhos de maior sucesso foi o disco que gravou com Ney Matogrosso em 1990, "À Flor da Pele", numa parceria inédita. Gravou também com Paulo Moura, Deo Rian e Romero Lubambo. Suas interpretações para clássicos do choro como "1 x 0" (Pixinguinha) e "Desvairada" (Garoto) são consideradas antológicas. Em 1992 lançou um disco-tributo a Tom Jobim, "Todos os Tons", com participações do flamenco Paco de Lucia a Jacques Morelenbaum e o próprio Jobim. Atuou em discos de diversos artistas, e foi um dos mais requisitados violonistas dos anos 80 e 90, famoso por aliar técnica impecável a sensibilidade interpretativa, em qualquer estilo, fosse erudito, choro, flamenco ou bossa nova. Sua morte precoce, aos 32 anos, aliada à sua genialidade e virtuosismo, o fez ser considerado o "Mozart do choro".
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