Todos sabemos os componentes econômicos, sociais e políticos da grande crise do capitalismo nos anos 30. Aliás, a tendência é se considerar que a crise foi do principal arcabouço mundial do liberalismo econômico, do mundo ocidental, após ter acumulado milhões em capitais com a colonização das Américas, da África e até da Ásia. Por isso quando estourou a guerra de 14, ela foi mundial e terminou provocando a Revolução Russa, que significou uma enorme barreira ao modelo expansionista do Ocidente.
As lutas do século XX, entre guerras formais, rebeliões, razias de fome, migrações e fugas, além de tantos efeitos conhecidos, resultaram em efeitos políticos como o Fascismo, ou seja, a emergência de uma extrema direita. O que não se tinha em conta é o que a atual crise promoveria.
No primeiro momento tentaram salvar as instituições do capitalismo financeiro, à custa dos recursos e em detrimento do programas sociais. Desde a emergência do Neoliberalismo que os campos em luta estavam definidos: não é possível o crescimento do lucro com a aplicação das riquezas no bem estar social. Bem estar social traduzido como previdência e assistência social, direitos sociais, emprego, renda, habitação, transporte, segurança, saúde e educação.
Finalmente o próprio Neoliberalismo assumiu as teses de Karl Marx, este “bem estar” é incompatível com o capitalismo. E como um partido em perfeito domínio do campo de ação, partiram para a prática global, especulando com as moedas nacionais, emprestando capitais a juros estratosféricos, levando os países à bancarrota e, por último, aplicando “remédios” que salvam o resgate dos seus capitais e destroem os regimes em que existiam algum bem estar social.
Esta é a essência do que está acontecendo na Grécia. Por isso a revolta popular e muito mais acontecerá. Todo europeu bem informado já se deu conta que o Euro está sob as mesmas contradições das grandes moedas do capitalismo ocidental – dólar e libra. A moeda não é mero papel, ela representa os compromissos históricos de suas sociedades. Por isso esta grande briga sobre a liberação ou não dos recursos para a Grécia.
A Chanceler Alemã quer apertar a garganta dos gregos, que já estão na rua da amargura. Qual a motivação maior de Angela Merkel? Se os gregos não pagarem as prestações que devem aos bancos na metade do mês de maio, os bancos Alemães e Franceses, grandes especuladores em Hedge com a moeda Grega, entram em crise. Então que paguem o que deve com o sangue do povo grego.
Mas por outro lado o povo grego e, de resto, todo o povo europeu sabe o quanto foi dos recursos públicos para salvar ditos bancos. Mesmo assim, o lucro deles não cessou, pois, como piranhas num rio amazônico, partiram para especular com o próprio euro e com as reservas de moedas em cada país. Resultado, agora se exige sacrifício com o povo e não se regulam os bancos?
Esta é a grande discussão na Europa, esfolam o povo e não regulam os bancos. Até por que nesta altura o problema atinge o coração das instituições políticas da Europa. Por isso é que a Chanceler acrescentou ao seu pedido de sacrifícios sobre os gregos, a idéia de regulação do sistema financeiro.
Enfim, o Neoliberalismo não iria morrer naturalmente. Ele lutará e com vigor. Tentará navegar nas águas turvas da crise econômica e social. Crises, que já sabemos, ao atingir as pessoas e suas famílias, criam o ambiente a todo tido de experiência, muitas delas irracionais e, que embute muita violência. Por isso, Noam Chomsky já alerta para a emergência de uma ultra direita no EUA.
Leiam o que diz o pensador segundo o Diário La Jornada: “Nunca vi algo parecido em minha vida”, declarou Noam Chomsky. Entrevistado por Chris Hedges para o site de Internet Truthdig, acrescentou que “o humor do país é assustador. O nível da ira, frustração e ódio a instituições não está organizado de maneira construtiva. Está desviado para fantasias autodestrutivas” em referências a manifestações populistas da ultra direita.
Um ódio ao governo, aos políticos e às instituições, que abre espaço para todo tipo de aventureiro. O mesmo elemento de racismo vigente nos anos 30, então contra os judeus e, agora, contra Latinos e Negros. Mais uma vez as bandeiras desfraldadas da supremacia branca justificam todo tido de perseguição e constrangimento possíveis. Agora mesmo, a governadora do Colorado, aprovou uma lei de cunho fascista que permite deter qualquer pessoa sem os papéis e que tenham semelhança com migrantes ilegais.
“É muito similar à Alemanha de Weimar. Os paralelos são notáveis. Também havia uma desilusão com o sistema parlamentarista”, apontou Chomky na entrevista. “Os Estados Unidos têm muita sorte que não tenha surgido uma figura honesta e carismática” já que se isso acontecesse “este país estaria em verdadeiros apuros pela frustração, a desilusão e a ira justificada e a ausência de uma resposta coerente”.
Seguremos a onda que a crise continua em curso. O mesmo curso que já vinha das teses do Neoliberalismo, a de que deixe o espírito selvagem do capitalismo funcionar que tudo o mais se resolverá. Ou seja, a função de capitalização e acúmulo.
As lutas do século XX, entre guerras formais, rebeliões, razias de fome, migrações e fugas, além de tantos efeitos conhecidos, resultaram em efeitos políticos como o Fascismo, ou seja, a emergência de uma extrema direita. O que não se tinha em conta é o que a atual crise promoveria.
No primeiro momento tentaram salvar as instituições do capitalismo financeiro, à custa dos recursos e em detrimento do programas sociais. Desde a emergência do Neoliberalismo que os campos em luta estavam definidos: não é possível o crescimento do lucro com a aplicação das riquezas no bem estar social. Bem estar social traduzido como previdência e assistência social, direitos sociais, emprego, renda, habitação, transporte, segurança, saúde e educação.
Finalmente o próprio Neoliberalismo assumiu as teses de Karl Marx, este “bem estar” é incompatível com o capitalismo. E como um partido em perfeito domínio do campo de ação, partiram para a prática global, especulando com as moedas nacionais, emprestando capitais a juros estratosféricos, levando os países à bancarrota e, por último, aplicando “remédios” que salvam o resgate dos seus capitais e destroem os regimes em que existiam algum bem estar social.
Esta é a essência do que está acontecendo na Grécia. Por isso a revolta popular e muito mais acontecerá. Todo europeu bem informado já se deu conta que o Euro está sob as mesmas contradições das grandes moedas do capitalismo ocidental – dólar e libra. A moeda não é mero papel, ela representa os compromissos históricos de suas sociedades. Por isso esta grande briga sobre a liberação ou não dos recursos para a Grécia.
A Chanceler Alemã quer apertar a garganta dos gregos, que já estão na rua da amargura. Qual a motivação maior de Angela Merkel? Se os gregos não pagarem as prestações que devem aos bancos na metade do mês de maio, os bancos Alemães e Franceses, grandes especuladores em Hedge com a moeda Grega, entram em crise. Então que paguem o que deve com o sangue do povo grego.
Mas por outro lado o povo grego e, de resto, todo o povo europeu sabe o quanto foi dos recursos públicos para salvar ditos bancos. Mesmo assim, o lucro deles não cessou, pois, como piranhas num rio amazônico, partiram para especular com o próprio euro e com as reservas de moedas em cada país. Resultado, agora se exige sacrifício com o povo e não se regulam os bancos?
Esta é a grande discussão na Europa, esfolam o povo e não regulam os bancos. Até por que nesta altura o problema atinge o coração das instituições políticas da Europa. Por isso é que a Chanceler acrescentou ao seu pedido de sacrifícios sobre os gregos, a idéia de regulação do sistema financeiro.
Enfim, o Neoliberalismo não iria morrer naturalmente. Ele lutará e com vigor. Tentará navegar nas águas turvas da crise econômica e social. Crises, que já sabemos, ao atingir as pessoas e suas famílias, criam o ambiente a todo tido de experiência, muitas delas irracionais e, que embute muita violência. Por isso, Noam Chomsky já alerta para a emergência de uma ultra direita no EUA.
Leiam o que diz o pensador segundo o Diário La Jornada: “Nunca vi algo parecido em minha vida”, declarou Noam Chomsky. Entrevistado por Chris Hedges para o site de Internet Truthdig, acrescentou que “o humor do país é assustador. O nível da ira, frustração e ódio a instituições não está organizado de maneira construtiva. Está desviado para fantasias autodestrutivas” em referências a manifestações populistas da ultra direita.
Um ódio ao governo, aos políticos e às instituições, que abre espaço para todo tipo de aventureiro. O mesmo elemento de racismo vigente nos anos 30, então contra os judeus e, agora, contra Latinos e Negros. Mais uma vez as bandeiras desfraldadas da supremacia branca justificam todo tido de perseguição e constrangimento possíveis. Agora mesmo, a governadora do Colorado, aprovou uma lei de cunho fascista que permite deter qualquer pessoa sem os papéis e que tenham semelhança com migrantes ilegais.
“É muito similar à Alemanha de Weimar. Os paralelos são notáveis. Também havia uma desilusão com o sistema parlamentarista”, apontou Chomky na entrevista. “Os Estados Unidos têm muita sorte que não tenha surgido uma figura honesta e carismática” já que se isso acontecesse “este país estaria em verdadeiros apuros pela frustração, a desilusão e a ira justificada e a ausência de uma resposta coerente”.
Seguremos a onda que a crise continua em curso. O mesmo curso que já vinha das teses do Neoliberalismo, a de que deixe o espírito selvagem do capitalismo funcionar que tudo o mais se resolverá. Ou seja, a função de capitalização e acúmulo.
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