Rebeca já estava até acostumada com aquela rotina solitária embora estivesse com um homem ao seu lado. Sempre quieta e amedrontada diante do parceiro que mal lhe falava um pouco mais.
Olhos grandes, verdes e cílios enormes num glamour de estrela de cinema, a boca carnuda como que estivesse sempre a espera de um beijo, úmida e num tom rosado natural. Rosto suave e a pele alva e bem cuidada. O nariz bem definido dando a perfeita proporção no rosto bonito. Cabelos ruivos soltos na altura dos ombros, lisos e pesados. O corpo era uma obra de arte em altura e peso. Seus seios saltavam da camisola de cetim vermelha pedindo por carícias nos mamilos que roçavam o tecido de dormir. Nádegas arredondadas se harmonizando com a intimidade entre um belo par de pernas. Pés descalços pisando devagar o macio no tapete felpudo.
_ Como poderia ser rejeitada diante de tanta beleza ? Tinha algo errado no ar que não sabia o que seria.
Já estava deitada quando Rafael entrou no quarto sem se incomodar em fazer barulho. Tirou os sapatos e meias jogando num canto, depois a camisa Polo, puxou o cinto de tecido colorido e finalmente abriu o feche da calça e deixou à mostra o corpo malhado e bem definido na sunga colada que deixava o sexo visível. Caminhou alguns passos e finalmente entra no chuveiro.
Rebeca tremia de paixão em baixo das cobertas e o seu coração pulava de emoção entre seus seios eriçados. Fingia dormir mas escutava cada gota dágua que caía do chuveiro. Sob a luz do abajur o corpo nu de Rafael era iluminado deixando ver a pele ainda molhada que exalava um bom perfume masculino. Não vestia pijama para dormir, simplesmente deitou-se ao seu lado fechando os olhos e tentando dormir. Sem se mover Rebeca observa aquela pele dourada pelo sol com seus músculos a mostra. Ainda um pouco molhado ficava mais irresistível não sentir desejo por aquele homem. Esperou alguns minutos e finalmente se encosta devagar ao seu lado e toca suas pernas nas nádegas descobertas. Sente um arrepio incontrolável tocando suavemente as mãos no seu ombro reencostando a cabeça suavemente. O cheiro dos corpos nus embriaga as cobertas como uma taça de vinho sugada rapidamente. Ele parece dormir e ela permanece ali carente, disponível e imóvel a espera do dia amanhecer para receber em seus braços o corpo tão desejado do seu amante num perfeito acasalo de amor.
_ As razões pela habitual indiferença?
Ficarão para os outros dias que se sucedem a cada noite de amor vivida entre quatro paredes de um quarto por um homem e uma mulher.
Edilma Rocha
7 comentários:
Arrasou !!!!!!!!!!!!!!!!!
Você é escritora de mão cheia, minha amiga !
Tô pasma !
Taí, nesse estilo e em todos os outros você é demaissss !!!!!!!!!!!!
Tô com saudades, e louca que vc chegue !
Beijo !
Edilma, soube desde teus primeiros
experimentos na escrita (publicados aqui) da tua inerente vocação ao Conto, Crônica (por que não o Romance?
É claro que precisas aperfeiçoar
(lapidar) o que com o tempo (à medida que exercites ainda mais aquilo que já tens: dom.)
A tua capacidade (sensibilidade) de descrever o ambiente (natureza e pessoas) é de causar arrepios.
O que me chama mais atenção é que sinto que escreves com uma leveza
peculiar aos grandes.
Sobretudo porque não transparece (graças a deus) nenhum tipo de pudor ao que sai da tua imaginação
(e ganha nuances belíssimos
através do desenlace e enlace das palavras)
Tu não imaginas como estou contente (feliz é a palavra adequada) ao ler um conto teu com tanta intensidade, lirismo, febril.
Parabéns, como bem ressaltou Socorro "Você é escritora de mão cheia (...)".
Basta agora não parar de escrever. Diariamente, por favor. Experimente, faça anotações, busque sonhos, acontecimentos reais. Não te canses. Não pares. Não deixes que se perca da sua alma esse dom.
Abraço-te,
carinhosamente.
Teu amigo,
emocionado.
Domingos,
Estou muito enaltecida por suas palavras de incentivo e ânimo ao mundo das letras, dos livros, e dos sentimentos vibrantes.
Deixei sair um pouco da minha sensibilidade sôbre o amor carnal e romantismo que guardo no meu íntimo e acho que agradei a Socorro e você.
Que bom. Eu confesso que sempre que escrevo algo no blog que não é comentado fico um pouco desestimulada pela ausência de atenção.
Mas estou muito feliz com a sua apreciação. yes, yes...
Grande abraço !
Socorro,
Ando tão borocochô estes dias que resolvi soltar a franga...
É isso aí !
Escrever com vibração, sem pudores mas com decência e beleza as coisas do amor.
Sendo assim acho que vou seguir adiante. Tenho você e Domingos me incentivando.
Saudades também, estarei por aí em breve e cheia de novidades para o salão de Outubro que será um arraso, pode crer.
Beijo !
Maria Chiquinha da Silva Xavier de Araújo Matos,
Você se revela a cada texto que ousa escrever.. Você ousa a cada contexto que quer revelar.
Não deve se conter no momento criativo. Deixe sua alma falar e seu corpo responder... Seja mais você: única e bela.
Arrase sempre que puder e quiser...
Te leremos sempre com os sentimentos à flor da pele.
Abraço,
Claude
Claude,
Obrigada pela Maria Chiquinha da Silva Xavier de Araújo Matos,
Será que represento esse povo todo ?
Eu sou como voce bem me conhece, não escrevo a toa, preciso de concentração e do momento certo como a minha pintura e as vezes sai algo de bom.
Se gostou tanto vou pegar um caminho do sentimento no romance.
Até amanhã no nosso almoço.
Beijo !
Claude,
Obrigada pela Maria Chiquinha da Silva Xavier de Araújo Matos,
Será que represento esse povo todo ?
Eu sou como voce bem me conhece, não escrevo a toa, preciso de concentração e do momento certo como a minha pintura e as vezes sai algo de bom.
Se gostou tanto vou pegar um caminho do sentimento no romance.
Até amanhã no nosso almoço.
Beijo !
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