Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Fim - por Aloisio




"Sem Fim"
Novelli e Cacaso

Quando me larguei lá de onde eu vim
Chão de sol à sol
Ramo de alecrim, paletó de brim
Tempo tão veloz
Não achei meu pai, minha mãe não viu
Desgarrei de nós
Quando dei por mim, um sertão sem fim
Pelo meu redor
Coração, não deixe de bater
Quando meu amor disse adeus pra mim
Eu perdi a voz
Quis dizer que sim, mas me desavim
E fiquei menor
Não chamei meu pai, minha mãe saiu
Me senti tão só
Procurei por mim e um desvão sem fim
Pelo meu redor"

Segue:

Fim?


Fim de que?
Se tudo é (re)começo
Nunca me esmoreço
A vida tem tropeços
Com isto também cresço
Costurando pelo avesso
Saio devagar
Procurando vias
Que há tempo não via
Só pra te encontrar

Não vou chegar ao fim
Procuro outra estrada
Pra essa caminhada
Nunca terminar

Chegue, se aproxime
Deixe seus cabelos
Balançar ao vento
Vamos caminhar

O fim tem começo
Nesta estrada longa
Eu pego uma ponga
No seu versejar.

Digo o que está posto
Naquela imensa bandeja
Quero ver o “RECOMEÇO”
Pois do bolo ele é a cereja

Aloísio

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