Ouço gritos e buzinas
Nessa infinita agonia
Transporto-me para o campo
Assim eu ganho meu dia
A vaca lambendo a cria
Porque me lembrei agora
Preso aqui neste caos
E não anda, que demora
Vou arrumando as idéias
Já que estou aqui parado
Lembro de ovelhas pastando
Neste quadro desbotado
Alguém falando alto
Vai gritando: - este delira
E eu envolto nos sonhos
Procurando minha lira
Vão passando as horas
Aqui no engarrafamento
Porque tenho que acordar
Narrando o acontecimento
Quando o verde se acendeu
Até que enfim, o sinal muda
Pude então seguir em frente
Para que eu não me iluda
Despertando deste sonho
Pude então seguir VIAGEM
E a fazenda era tão linda
Pena, foi só uma miragem
por Aloisio
Um comentário:
Socorro,
Você sempre engrandecendo meu texto com suas ilustrações, elas me fizeram criança lá na fazenda (voltei no tempo), daí saiu o "Tempo de Criança".
Fico imensamente agradecido.
Abraços
Aloísio
Ps.: Cordão da Saideira é demais, me leva direto aos anos 60; com "agulha frita, mungunzá, cravo e canela" desembarco direto em Olinda.
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