Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Voltei Recife !!!

9 de Fevereiro - Dia do Frevo !

Carmem Miranda

Blecaute

Blecaute



Otávio Henrique de Oliveira (Espírito Santo do Pinhal, 5 de dezembro de 1919 — Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1983) foi um cantor e compositor brasileiro.

Era também conhecido pela alcunha de "General da Banda", devido a seu maior sucesso, a marchinha de Carnaval anônima.

Aos seis anos, órfão de pai e mãe, foi para São Paulo. Trabalhou como engraxate e jornaleiro.

Em 1933, participou do programa de calouros A Peneira de Ouro, na Rádio Tupi. Em 1941, já cantava na Rádio Difusora, adotando o nome artístico (sugerido por Capitão Furtado) de Black-out, aportuguesado para Blecaute, devido a sua etnia negra.

Em 1942, contratado pela Rádio Tamoio, foi para o Rio de Janeiro. Lá apresentou-se também na Rádio Mauá e na Rádio Nacional.

Em 1944 participou, como cantor, do filme Tristezas não Pagam Dívidas e gravou o primeiro disco, Eu agora Sou Casado.

O Carnaval de 1949 trouxe os grandes sucessos "O Pedreiro Valdemar" (de Wilson Batista e Roberto Martins) e "General da Banda" (Tancredo Silva, Sátiro de Melo e José Alcides), que lhe valeria a alcunha que carregaria para o resto da vida.

Em 1954, faria uma participação no filme Malandros em Quarta Dimensão, de Luiz de Barros.
wikipédia

Carmem Miranda



(Cantora e atriz brasileira)
9-2-1909, Marco de Canavezes, Portugal
5-8-1955, Beverly Hills, Estados Unidos

Carmem Miranda marcou tanto com seu jeito de cantar, revirando os olhos, mexendo as mãos e gingando, com seu sorriso contagiante e a graça de seus trajes cheios de balangandãs, que até hoje, mais de 40 anos após sua morte, é o símbolo brasileiro mais conhecido no mundo. Mais do que uma voz, foi um fenômeno do show business norte-americano. Aportando nos Estados Unidos no início da Segunda Guerra Mundial, representou vivamente a terra desconhecida e exótica, cheia de coqueiros, bananas, abacaxis, atendendo às necessidades fantasiosas e consumistas do povo norte-americano e alcançando a glória e a fortuna. De volta ao Brasil, depois de um ano ausente, foi recebida sob vaias em um show no Cassino da Urca, que abriu cantando South American Way. Em resposta bem-humorada ao público, lançou logo em seguida novo show, Disseram que Voltei Americanizada, de Vicente Paiva e Luiz Peixoto. Nascida Maria do Carmo Miranda da Cunha, em Marco de Canavezes, em Portugal, veio com 1 ano para o Rio de Janeiro. Depois de apresentar-se em bares cariocas interpretando Carlos Gardel, aos 20 anos gravou seu primeiro disco, com músicas como Não Vá Sim'bora e Se o Samba É Moda, de Josué de Barros, e se apresentou pela primeira vez no rádio, com Iaiá Ioiô, também de Josué de Barros. Tornou-se famosa ao gravar a marcha carnavalesca Pra Você Gostar de Mim (Taí, 1931), de Jubert de Carvalho, que vendeu mais de 35 mil discos. Em meio aos foliões, participou, em 1933, de seu primeiro longa-metragem, o documentário A Voz do Carnaval, de Adhemar Gonzaga e Humberto Mauro. Seu último filme no Brasil foi lançado às vésperas do Carnaval de 1938: Bananas da Terra, de João de Barro, no qual interpretou pela primeira vez a música O Que É Que a Baiana Tem?, de Dorival Caymmi, lançando definitivamente para o sucesso tanto o compositor como sua baiana estilizada. A convite do empresário norte-americano Lee Schubert, embarcou com o grupo Bando da Lua para os Estados Unidos, em 1939. Estreou na Broadway, cativando de imediato a crítica e o público norte-americanos. Quatro anos depois, fez seu melhor filme, The Gang's All Here (1943), dirigido por Busby Berkeley, no qual faz o número mais famoso: The Lady in the Tutti-Frutti Hat, cantando num cenário tropicalíssimo, com bananas gigantescas se movendo. Foram ao todo 14 filmes no exterior, rodados de 1940 a 1953.


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Histórias de fadas - por Socorro Moreira

Dos 4 aos 14 anos, duvido que alguém tenha lido mais do que eu. A partir de então , dei uma maneirada , e passei praticamente a viver da leitura daqueles anos. Minha mãe chamava : " Maria do Socorro, vem almoçar; Maria do Socorro , dormir.; Menina, larga esse livro , senão tu vai ficar é doida !" O género ?
- Contos de fadas , romances, revistas em quadrinho, Mitologia, etc.
O primeiro da série foi "O Patinho Feio". A história dissolveu meus complexos de menina feia : gorducha, míope, cabelos encaracolados. Desafiei os padrões de beleza , como dizia minha avó :" louro, branco dos olhos azuis; corado que o sangue quer espirrar "!
Com Branca de Neve aprendi a cuidar da casa: varrer o chão, lavar a louça, arrumar o guarda-roupa, camas, e fazer uma comidinha gostosa.
Com Cinderela , me transformava , nos dias de gala: vestia uma roupa bonita, pintava a cara, arrumava o cabelo, e pisava bem, nos saltos. Dançava a festa toda , da primeira valsa ao último frevo.
Com o Gato de Botas , ousei chegar na frente do que eu desejava. Aprendi a ser ligeira , a usar na cabeça uma bota de sete léguas.
Com Rapunzel, entreguei todos os pensamentos entrançados, na busca dos sonhos de liberdade... E consegui !
Com Chapeuzinho Vermelho passei a identificar os lobos , os vigias da natureza, e ser delicada com as vovozinhas, afinal hoje com muito gosto, sou uma delas !
Com "Mata Sete de uma só vez" apreendi a não subestimar o inimigo , a respeitar e admirar o ser humano, uma vez que todos são ímpares, e possuem qualidades, que nos são complementares.
Com a Bela e a Fera, descobri que a beleza externa desaparece ou ressalta-se ! Bonito é quem sabe sorrir, transmitir paz, dizer coisas inteligentes, ser criativo, humano e sensível. O tamanho do nariz , já via em Pinóquio...Não é documento !
Com Dona Baratinha barganhei uns pretendentes... Mas acabamos indigestados, nas feijoadas do cotidiano , e o casamento foi ficando chato. Não dá pra permanecer infeliz por muito tempo.
Com João e Maria, aprendi a conhecer os caminhos de volta, e a recomeçar, sempre !

Roberto Paiva - por Norma Hauer




Ele nasceu aqui no Rio de Janeiro, em 8 de fevereiro de 1921. Completa hoje 89 anos, ainda firme e se apresentando em shows e em programas especiais de rádio. Seu nome artístico: ROBERTO PAIVA, seu nome verdadeiro: Helim Silveira Neves, com esse nome jamais venceria no meio artístico.

Ainda estudante do Colégio Pedro II, apresentou-se na Rádio Clube Fluminense, de Niterói. Barbosa Júnior,ouvindo-o, levou para seu programa Picolino, na Rádio Mayrink Veiga.

Em 1938, gravou "Jardim de Flores Raras", de Nonô e Francisco Matoso, marcando seu primeiro sucesso. No carnaval de 1939 gravou, de Dunga, "Falso Amor", que também obteve sucesso, mas foi no carnaval de 1941 que "estourou" com "O Trem Atrasou", de Estanislau Silva, Artur Vilarinho e Paquito.

"Patrão, o trem atrasou,
Por isso estou chegando agora.
Trago aqui o memorando da Central
O trem atrasou meia-hora.
O senhor não tem razão,
Para me mandar embora".

De Geraldo Pereira gravou "Lembras daquela Zinha?", mas não aceitou gravar "Falsa Baiana", o maior sucesso de Geraldo Pereira; em 1945 lançou, de Roberto Martins e Mário Lago "Leva Meu Coração".

O que poucos sabem é que Roberto Paiva foi o primeiro a gravar e lançar, "Se Todos Fossem Iguais a Você";"Orfeu da Conceição";"Lamento no Morro" e "Maria da Graça", todas da dupla Tom Jobim e Vinícius de Moraes. E mais: que na época Tom o procurava para lançar suas músicas.

Também foi Roberto Paiva quem primeiro gravou, de Luiz Vieira, "Menino de Braçanâ", quando outros cantores a rejeitaram.
Em 1974 gravou um LP com as músicas que fizeram parte da polêmica entre Noël Rosa e Wilson Batista:"Rapaz Folgado";"Palpite Infeliz";"Feitiço da Vila";João Ninguém" e "Eu Vou P'ra Vila".

Em 2000 fez parte do CD "A Música Brasileira deste Século por seus Cantores e Intérpretes".

Desde 2001 vem-se apresentando no carnaval da Cinelândia, comandado por Osmar Frazão. Este ano ele estará lá.
Também, esporadicamente, apresenta-se em "shows"e rádios, quando se trata de músicas da época de ouro do rádio. 21:36 (1½ horas atrás) M. Conceição
PARABÉNS ROBERTO PAIVA!
Norma Hauer

GRANDE FILME: " O LEITOR". por Rosa Guerrera


Assistí ontem pela segunda vez o filme ; “ O leitor" .
Sinceramente , não costumo opinar sobre filmes .Respeito o gosto de cada um , mas a mensagem contida nesse longa metragem nos deixa muito a pensar sobre a eterna problemática do amor .Se por alguns momentos o filme nos parece um pouco monótono , o seu desenrolar é algo fantástico .Escrever sobre o seu final , acho que fica a critério de cada um , mas não podemos negar que a cada momento , em cada encontro, a sua história pode estar acontecendo a poucos metros, bem pertinho de nós .
Eis a sinopse do filme :
Na Alemanha pós-Segunda Grande Guerra Mundial o adolescente Michael Berg está doente, sente-se mal no meio da rua e é ajudado por Hanna, uma estranha que possui mais que o dobro da sua idade . Michael recupera entretanto da escarlatina e vai à procura de Hanna para agradecer. Ambos são rapidamente arrastados para um apaixonado mas secreto caso amoroso. Michael descobre que Hanna adora que leiam para ela e a relação física entre eles intensifica-se sendo aquela estranha mulher quem lhe conduz as mais ardentes volúpias do sexo .. Hanna deixa-se cativar à medida que Michael lhe lê "A Odisseia", "Huck Finn" e "A Dama do Cachorrinho". Apesar da intensa relação entre eles, um dia Hanna desaparece misteriosamente e Michael fica confuso e de coração partido. Oito anos depois, Michael é um estudante de direito que observa julgamentos de alguns nazistas e fica estupefacto ao ver Hanna sentada no banco dos réus. À medida que o passado de Hanna é revelado, Michael desvenda um grande segredo que irá ter impacto na vida de ambos.

Beatles/Paul/George - My Sweet Lord

Para um final de tarde...



My Sweet Lord

George Harrison

My sweet lord
Hm, my lord
Hm, my lord

I really want to see you
Really want to be with you
Really want to see you lord
But it takes so long, my lord

My sweet lord
Hm, my lord
Hm, my lord

I really want to know you
Really want to go with you
Really want to show you lord
That it won't take long, my lord (hallelujah)

My sweet lord (hallelujah)
Hm, my lord (hallelujah)
My sweet lord (hallelujah)

I really want to see you
Really want to see you
Really want to see you, lord
Really want to see you, lord
But it takes so long, my lord (hallelujah)

My sweet lord (hallelujah)
Hm, my lord (hallelujah)
My, my, my lord (hallelujah)

I really want to know you (hallelujah)
Really want to go with you (hallelujah)
Really want to show you lord (aaah)
That it won't take long, my lord (hallelujah)

Hmm (hallelujah)
My sweet lord (hallelujah)
My, my, lord (hallelujah)

Hm, my lord (hare krishna)
My, my, my lord (hare krishna)
Oh hm, my sweet lord (krishna, krishna)
Oh-uuh-uh (hare hare)

Now, I really want to see you (hare rama)
Really want to be with you (hare rama)
Really want to see you lord (aaah)
But it takes so long, my lord (hallelujah)

Hm, my lord (hallelujah)
My, my, my lord (hare krishna)
My sweet lord (hare krishna)
My sweet lord (krishna krishna)
My lord (hare hare)
Hm, hm (Gurur Brahma)
Hm, hm (Gurur Vishnu)
Hm, hm (Gurur Devo)
Hm, hm (Maheshwara)
My sweet lord (Gurur Sakshaat)
My sweet lord (Parabrahma)
My, my, my lord (Tasmayi Shree)
My, my, my, my lord (Guruve Namah)
My sweet lord (Hare Rama)

[fade:]

(hare krishna)
My sweet lord (hare krishna)
My sweet lord (krishna krishna)
My lord (hare hare)
Lume
- Claude Bloc -
.

O sentimento escorre na pauta
nas cordas da vida
no ritmo do solo de um violão...
E os dedos harpejam
dedilham as notas
abrem-se em rompantes.
Palpitam, crepitam
e se aquietam
na sombra do tempo.

E à noite,
baila
a palavra hesitante
Queima
a paixão inconstante
E tudo se arruma no fundo da tela
onde as cores se avivam
com um toque dos dedos...
Olhar capturado
Sentimento talhado
Lume incandescido
Pela mão que repousa
Pelo gesto que atiça
Pelas horas tensas
no fio do tempo...
Só então,
abrem-se as comportas
traçando o destino
reinventando a vida.
.
Claude Bloc

Novelo de lã
- Claude Bloc -


No espelho o reflexo
Novelo de lã
A imagem na tela
À luz da manhã.

Dilemas, segredos
O amor, a semente
Cadências, enredos
Histórias da gente.
.
Recados, mensagens
Palavras de amor
Calores da tarde
E o sol multicor.

A estrela cadente
A lua que passa
O drama da noite
A luz na vidraça.

Na terra o suspense
No céu, os cometas
Na beira do mar
Nossas silhuetas.

No início da vida
No fim do oceano
No seio da terra
Meu ledo engano...

No mais, vou na estrada
o passo no chão
Silêncio insistente
O sim e o não.

Na alma esta rima
No sonho o refrão
O corpo e a alma
Inverno e verão.
.
Claude Bloc

O Livro do Cariricaturas



Um livro escrito por muitas mãos: uma coletânea com nossos escritores e artistas.

Detalhes :

. Release com fotografia de cada escritor ( 01 página)
• 4 textos por escritor (máximo de 7 páginas - fonte : garamond - altura : 12) - Temática livre ( crônicas, contos e poemas).
• Os textos serão escolhidos pelos próprios escritores;
• um contingente de 200,00 por escritor
• O pagamento poderá ser feito em 4 x 50,00 ( fev-mar-abr-maio)
. O livro será dedicado aos mestres de todos os tempos, representados por Dr. José Newton Alves de Sousa.
- A capa será a foto de Pachelly- essa que já caracteriza o Cariricaturas.
- O título é: "Cariricaturas em prosas e versos"
- Edição: Emerson Monteiro ( Editora de Sonhos - Crato-Ce)
- Dedicatória ( Assis Lima )
- Prefácio/ Apresentação ( José do Vale e Zé Flávio)

-Já estão confirmadas as seguintes adesões:

01. Claude Bloc *
02. Magali Figueirêdo *
03. Carlos Esmeraldo *
04. Maria Amélia de Castro *
05. Ana Cecília Bastos *
06. Assis Lima *
07. Corujinha Baiana *
08. Stela Siebra de Brito *
09. Wilton Dedê *
10. João Marni *
11. Rejane Gonçalves *
12. Rosa Guerrera *
13. Heladio Teles Duarte *
14. Edilma Rocha *
15. Emerson Monteiro *
16. José Flávio Vieira *
17. João Nicodemos *
18. José do Vale Feitosa *
19. Liduina Vilar *
20. Carlos Rafael *
21. Armando Rafael *
22. Bernardo Melgaço *
2 3. Domingos Barroso *
24.. Roberto Jamacaru *
25.Dimas de Castro *
26.Joaquim Pinheiro *
27.Edmar Lima Cordeiro*
28.Olival Honor *
29.José Nilton Mariano*
30.Marcos Barreto *
31.Isabela Pinheiro *
32.José Newton Alves de Sousa *
33 -Jorge de carvalho Alves de Sousa *
34.Vera Barbosa . *
35. Rogério Silva *

Email : sauska_8@hotmail.com ou cbbloc@uol.com.br
Outras informações :
Tiragem : 1.000 exemplares
Distribuição entre autores : 20 para cada = 700 unidades
Saldo : será transformados em ingressos para cobrir as despesas da festa de lançamento : coquetel, convites, divulgação, banda,decoração, etc
300 x 20,00 = 6.000,00
Preço do livro por unidade : 20,00
A edição foi orçada em 6.400,00 ( já considerados todos os descontos possíveis).
Número de páginas : 260 ( aproximadamente).
O valor da contribuição por escritor ( 200,00) será depositado numa cta do Editor (Emerson Monteiro) a ser informada por e-mail. Em contrapartida será enviado respectivo recibo.
Atentar para as datas limite de pagamento : 05.05.2010


Claude e Socorro Moreira

Correio Musical

Sebastião Salgado - Fotograia







O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado é um dos repórteres fotográficos contemporâneos mais respeitados no mundp. Salgado, que foi nomeado Representante Especial da Unicef em 3 de Abril de 2001, dedicou-se a fotografar as vidas dos deserdados do mundo. Esse trabalho está documentado em 10 livros e muitas exposições que lhe valeram a maioria dos prémios de fotografia em todo o mundo. "Desejo que cada pessoa que entra numa das minhas exposições seja, ao sair, uma pessoa diferente.", comenta Sebastião Salgado. "Creio que toda a gente pode ajudar, não necessariamente dando bem materiais, mas também tomando parte do debate e preocupando-se pelo que sucede no mundo."
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Natural de Aimorés, Minas Gerais, onde nasceu em 1944, Sebastião Salgado é o sexto e o único filho homem de uma família com oito filhos. Estudou economia no Brasil entre 1964 e 67. Fez mestrado na mesma área na Universidade de São Paulo e na Vanderbilt University (EUA). Após completar os seus estudos para o doutoramento em economia pela Universidade de Paris, em 1971, trabalhou para a Organização Internacional do Café até 1973. Depois de pedir emprestada a câmera da sua mulher, Lélia, para uma viagem a África, Salgado decidiu, em 1973, trocar a economia pela fotografia. Trabalhou para as agências Sygma (1974-1975) e Gamma (1975-1979). Eleito membro da Magnum Photos, uma cooperativa internacional de fotógrafos, permaneceu na organização de 1979 a 1994. De Paris, onde vivia, Salgado viajou para cobrir acontecimentos como as guerras na Angola e no Saara espanhol, o sequestro de israelitas em Entebbe e o atentado contra o presidente norte-americano Ronald Reagan. Paralelamente, passou a dedicar-se a projectos de documentários mais elaborados e pessoais. Viajando pela América Latina durante sete anos (1977-1984), Salgado foi a pé a povoados remotos. Neles capturou as imagens para o livro e a exposição Outras Américas (1986), um estudo das diferentes culturas da população rural e da resistência cultural dos índios e de seus descendentes no México e no Brasil. Nos anos 80, trabalhou 15 meses com o grupo francês Médicos Sem Fronteiras durante a seca na região do Sahel, na África. Na viagem produziu Sahel: O Homem em Pânico (1986), um documento sobre a dignidade e a perseverança de pessoas nas mais extremas condições. Entre 1986 e 1992, fez Trabalhadores (1993), um documentário fotográfico sobre o fim do trabalho manual em grande escala em 26 países. Em seguida, produziu Terra: Luta dos Sem-Terra (1997), sobre a luta pela terra no Brasil, e Êxodos e Crianças (2000), retratando a vida de retirantes, refugiados e migrantes de 41 países.
:
Fotógrafo reconhecido internacionalmente e adepto da tradição da "fotografia engajada", Sebastião Salgado recebeu praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Em 1994 fundou sua própria agência de notícias, a Imagens da Amazónia, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado mora actualmente em Paris com sua esposa e colaboradora, Lélia Wanick Salgado, autora do projecto gráfico da maioria de seus livros. O casal tem dois filhos.

James Dean

Júlio Verne





Júlio Verne, em francês Jules Verne, Nantes, 8 de fevereiro de 1828 — Amiens, 24 de março de 1905) foi um escritor francês.

Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado (avoué), e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de um família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o precursor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.
Júlio Verne passou a infância com os pais e irmãos, na cidade francesa de Nantes e na casa de verão da família. A proximidade do porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Com nove anos foi mandado para o colégio com seu irmão Paul. Mais tarde, seu pai, com a esperança de que o filho seguisse sua carreira de advogado, enviou o jovem Júlio para Paris, a fim de estudar Direito. Ali começou a se interessar mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns livretos de operetas e pequenas histórias de viagens. Seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro, o que o levou a trabalhar como corretor de ações, o que teve como propósito lhe garantir alguma estabilidade financeira. Foi quando conheceu uma viúva com duas filhas chamada Honorine de Viane Morel, com quem se casou em 1857 e teve em 1861 um filho chamado Michel Jean Pierre Verne. Durante esse período conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo.

etzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas em um balão. Essa história continha detalhes tão minuciosos de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa.

Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado em navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne ao seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas ideias.

O sucesso de Cinco semanas em um balão lhe rendeu fama e dinheiro. Sua produção literária seguia em ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novo livro de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: Vinte Mil Léguas Submarinas, Viagem ao centro da terra, A volta ao mundo em oitenta dias, Da terra à lua, Robur - o conquistador.

Seu último livro publicado foi Paris no século XX. Escrito em 1863, somente publicado em 1989, quando o manuscrito foi encontrado por bisneto de Verne. Livro de conteúdo depressivo, foi rejeitado por Hetzel, que recomendou Verne a não publicá-lo na época, por fugir à fórmula de sucesso dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias. Verne seguiu seu conselho e guardou o manuscrito em um cofre, só sendo encontrado mais de um século depois.

Até hoje Júlio Verne é o escritor cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.

Michel, seu filho, era considerado um rapaz rebelde, e não seguiu as orientações do pai. Júlio Verne mandou o seu filho, aos 16 anos, em uma viagem de instrução em um navio, por 18 meses, com esperança que a disciplina a bordo e a vida no mar corrigissem o seu carácter rebelde, mas de nada adiantou. Michel não se corrigiu e acabou por casar com uma actriz, contra a vontade do pai, tendo com ela dois filhos.

Em 9 de Março de 1886, seu sobrinho Gaston deu dois tiros contra o autor, quando este chegava em casa na cidade de Amiens. Um dos tiros o atingiu no ombro e demorou a cicatrizar, o outro atingiu o tornozelo, deixando-o coxo nos seus últimos 19 anos de vida. Não se sabe bem por que seu sobrinho tenha cometido o atentado, mas ele foi considerado louco e internado em um manicômio até o final da vida. Este episódio serviu para aproximar pai e filho, pois Michel vendo-se em vias de perder o pai passou a encarar a vida com mais seriedade.

Neste mesmo ano, morria o editor Pierre Hetzel, grande amigo de Júlio Verne, facto que o deixou muito abalado.

Nos últimos anos, Verne escreveu muitos livros sobre o uso erróneo da tecnologia e os seus impactos ambientais, sua principal preocupação naquela época. Continuou sua obra até a sua morte em 24 de Março de 1905. O seu filho Michel editou seus trabalhos incompletos e escreveu ele mesmo alguns capítulos que estavam faltando, quando da morte do pai.

wikipédia

Uma realidade histórica

Pedro Esmeraldo

Não é do nosso agrado espevitar conversas contrárias à emancipação de distritos pobres que ainda não tem condições econômicas e sociais de se elevarem à categoria de cidade. Somos contra porque no âmbito administrativo, não se capacitaram com recursos preeminentes para se sobressair numa escala de trabalho eficiente e objetivo.

Atualmente, como se trata de um estado pobre, esses futuros municípios viverão mendigando recursos aleatoriamente, permanecendo num grau de desespero fazendo com que prolifere a corrupção administrativa e permanecerão no ritmo de grau inferior e sem uniformidade progressiva.

Agora, afirmamos que, além da pobreza em si, aparecem dificuldades, ou seja, como a questão ecológica que ora está em voga. É necessário controlar a vida ambiental a fim de evitar futuramente graves problemas de agressividade à natureza.

Ontem mesmo, lendo o resumo final da sessão editorial do Diário do Nordeste que diz: “Há outra problemática que diz respeito ao abate clandestino de animais, para o consumo da população, sem qualquer controle sanitário, sem a menor observância dos métodos obrigatórios. Lixo lançado ao céu aberto e carne de moita são os desafios locais que reclamam um posicionamento o quanto antes.”

Esses são alguns problemas existentes, que na maioria das vezes mostramos que poderá haver nesses pequenos municípios que trarão transtornos ecológicos, educativos e sociais; enfim, conduzem esses municípios-distritos em grotões humanos que ficaremos penalizados com essa triste situação e que devemos combater antecipadamente à proliferação de municípios inadequados que poderão se tornar em grotões urbanos.

Em nossa região, há atropelamento de município-distrito, enquadrados em estrutura urbana desqualificada sem a mínima condição de sobreviver dignamente e permanece num estado de miséria e, além disso, tem alguns deles que são considerados como município importante, que é o caso de Penaforte. Às vezes, desprezam o Crato sem colocar noções de cidade histórica. Desde o início do século XIX até o início do século XX. O pior, é que as nossas autoridades ficam quietas, nada reclamam, aceitam todos os desafios com passividade.

Há ainda os políticos aproveitadores, principalmente os fracassados, cuja finalidade é denegrir a imagem do Crato.

Por enquanto, estamos alertando ao povo humilde e simples (fazemos isso por que a sociedade nada resolve) desses distritos e não se deixem ser enganados por políticos facciosos e fracassados que desejam apenas exercer os cargos eletivos para se levantar e sair do anonimato. Esses homens fracassados seria bom deixarem de lado e mandarem ir para a caixa prega.

Dizia com muita precisão: que o dinheiro proveniente desses distritos que vem onerar os cofres do Estado, provoca aumento circunstancial da dívida interna que é cerca de 2 trilhões de reais.

Ponta da Serra não pode reclamar do Crato, pois é privilegiada com calçamento, colégios, posto de saúde e abertura de ruas que causam inveja aos bairros nobres do Crato como Granjeiro, Pimenta, Muriti e São José por que os recursos provenientes foram destinados para esses distritos. Pensem bem, vocês são tão privilegiados e ainda querem mais do que isso?
Crato, 08/02/2010

A Angústia - Paul Verlaine



Nada em ti me comove, Natureza, nem
Faustos das madrugadas, nem campos fecundos,
Nem pastorais do Sul, com o seu eco tão rubro,
A solene dolência dos poentes, além.

Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções,
Da poesia, dos templos e das espirais
Lançadas para o céu vazio pelas catedrais.
Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons.

Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer
Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar
Dessa velha ironia a que chamam Amor.

Já farta de existir, com medo de morrer,
Como um brigue perdido entre as ondas do mar,
A minha alma persegue um naufrágio maior.

VERLAINE, Paul. "A angústia". In: Melancolia. Trad. de Fernando Pinto do Amaral.