Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 28 de novembro de 2009

Ernesto Lecuona - A Alma da Música Cubana


Ernesto Lecuona (Ernesto Lecuona Casado), compositor e pianista nasceu em Guanabacoa, Cuba, em 7 de Agosto de 1896 e faleceu nas Ilhas Canárias, em 29 de Novembro de 1963. Iniciou estudos de piano com sua irmã Ernestina e os continuou, depois, com Peyrellade, Saavedra, Nin e Hubert de Blanck.
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Aos cinco anos de idade chamava a atenção por sua habilidade ao piano e, na época, deu um concerto no Círculo Hispano. Aos onze anos começou a trabalhar como pianista de filmes mudos no Cine Fedora, em Havana, e aos doze compôs suas primeiras obras. Ao terminar seus estudos no Conservatório Nacional obteve por unanimidade o primeiro prêmio e medalha de ouro de seu curso (1913). Dotado
com qualidades excepcionais, fez aportes a pianística nacional cubana no
uso dos ritmos.


Foi o formador de orquestras e de inumeráveis artistas, a quem apoiou como amigos. Como concertista, visitou muitos países da América e Europa. Seu catálogo musical possui mais de 600 obras, que abarcam grande quantidade de gêneros musicais. Escreveu para o teatro obras inesquecíveis "El Sombrero de Yarey", "Rosa la China", "Lola Cruz", "María La O", "El Cafetal","El Batey", "La Tierra de Venus" e "Nina Rita".


Desde os primeiros discos de 78 rpm até o long play os numerosos discos que gravou se difundiram pelo mundo, com uma mensagem básica: talento e "cubanía".

Lecuona, Músico Cubano Mais Reconhecido
Por Rafael Lam— especial para o Granma Internacional ( 5 /09/2005 )
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ERNESTO Lecuona é o músico cubano mais reconhecido. O grande melodista, compôs canções que são escutadas em todos os cantos do mundo: Siboney, Malagueña, Damisela encantadora, Siempre en mi corazón, Arrullo de palma. Neste ano *comemoramos o 110º aniversário natalício do maestro (6 de agosto de 1895). Guanabacoa foi a cidade onde ele nasceu.



Acerca de Lecuona escreveram verdadeiros especialistas: María Antonieta Enríquez, Hilario González, Pedro Simón, Orlando Martínez e Carmela de León. Eles censuram a maneira errada e contraditória com que se tem valorizado a obra do grande compositor cubano. Valorizações que fizeram muitos musicólogos sobre a base da música de tradições européias de concerto.

Alguns identificam-no como «semi-erudito», «culto popular», como se o segundo não tivesse nada a ver com o primeiro. José Ardévol o excluiu ao dizer: «Não cabe dentro do contexto da chamada música culta». Para alguns musicólogos, os europeus inventaram a cultura do mundo.
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Lecuona era outra coisa. Deixemos que ele mesmo responda àqueles que quiseram omiti-lo:
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«Você sabe, quando examino bem as críticas que fazem à minha música, fico quase convencido, concordo com eles. Porém o estranho é que milhões de pessoas não concordam conosco».
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O músico fez a música que sentia, com suas danças negras iniciou o afro-cubano numa etapa em que o negro era tabu.
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«Levei pela primeira vez o tambor da conga dos negros escravos ao pentagrama e ao teclado. A partir de 1911 fui alvo de muitas críticas por isso, os consagrados achavam que devia cultivar a música de antiquado classicismo. Mas eu compus La comparsa, Danza negra, Danza Lucumí. Naquela época, era proibido aos cantores cantar alguma coisa que não fosse Puccini ou Donizetti».

Alejo Carpentier, sempre defensor do popular, lembrava que os clássicos europeus escreviam tudo, «sem achar que se rebaixavam quando se tratava de fazer música agradável ou de um estilo ligeiro. O importante era escrever o melhor possível. E para ganhar dinheiro, provavam força, tanto no trágico, quanto no bufo».

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Lecuona não se parece com ninguém, contudo, na hora de compará-lo, tem que ser colocado ao lado de famosos como George Gershwin, Ari Barroso, Oscar Strauss, Ruperto Chani; o cubano encontra-se entre esses colossos.
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Como intérprete, Lecuona foi um pianista de qualidades técnicas e expressivas excecionais. O pesquisador Hilario González escreveu: «É uma das lendas com que conta a história de nossa música. Elogiou-se seu maravilhoso mecanismo, nomeadamente no que se refere à interpretação das oitavas em ambas as mãos, sua inteligência e domínio impecável dos pedais, a intensa e infinita gama de seu peculiar som e um incrível ritmo interior. Seu virtuosismo era proverbial, com um estilo personalíssimo, expressividade elegante, musicalidade absoluta que provocava um efeito extraordinário no auditório. Em todo caso que ele se propusesse uma séria carreira de concertista internacional, e tivesse vivido num meio propício para tal empresa, sem dúvida estaria inscrito na história da música entre os grandes pianistas do século XX. Sem contar que se trata do mais famoso compositor cubano de toda a história de nossa música. Ninguém poderia omitir essa verdade».
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Sua etapa mais ativa como concertista foi de 1915 a 1932, fazia parte do repertório o mais representativo da música tanto nacional quanto internacional. Os discos recolhem o testemunho de sua genialidade. Recebeu elogios de Paderewski, Rubinstein, que expressou ao escutá-lo: «Não saberia se admirar mais, ao pianista genial ou ao sublime compositor».
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Leo Brouwer, herdeiro de Lecuona escreveu: «A Ernesto não havia que lhe ensinar» — disse a respeito dele, em Paris, o grande maestro Cortot —. Poucos anos depois aposenta-se misteriosamente, enquanto apareciam os inesquecíveis temas que cantarolamos. Lecuona sempre estava oculto no campo, quando não andava de turnê. Afirmou:
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«Não quero ser o pianista maior do mundo, vou ser o músico cubano mais conhecido no mundo».
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Ernesto Lecuona é uma personalidade muito especial, segundo seu biógrafo Orlando Martínez, era um artista de enorme magnetismo, amava os objetos da arte chinesa, chegou a ter um cômodo dedicado a adornos trazidos em suas viagens ao exterior. Tinha uma escrivaninha laqueada onde guardava papéis de valor. Possuia uma figura atraente, olhos muito expressivos, era arrogante, irônico, sem pedantismo, era muito educado. Vestia-se de maneira simples, mas elegante. Caminhava vagarosamente, fumava muito, não bebia álcool. Era reservado, possuia um ar de mistério que fazia com que fosse mais charmoso. Era simpático, fino e carinhoso, mas jamais se abriu socialmente, vivia em solidão, detestava as multidões, gostava mais das reuniões íntimas; nelas era capaz de escrever música enquanto conversava. Não participava de atos públicos, nem sequer de concertos. Impunha respeito, era sensível ao elogio, sentia-se satisfeito quando chegava ao povo. Não se importava com as críticas adversas. Tinha um conceito claro de suas possibilidades, sabia até onde podia chegar.
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O leque de estilos de Lecuona é amplo: comédias líricas e musicais, óperas, operetas, revistas, sainetes, zarzuelas, obras para piano, valsa, tango congo, sones, suítes, pregões, prelúdios, poemas sinfônicos, habaneras, pregões, lamentos, danças espanholas e afro-cubanas, couplet, congas criollas, concertos instrumentais, obras infantis.
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«Sempre concebi minha música da maneira mais abstrata, para sugerir formas ou evocar as características dos costumes dos povos de uma nação.»
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Alguns consideram que os textos não são o lado bom de suas canções. O poeta cujos versos usou, talvez, com mais freqüência, foi Gustavo Sánchez Galárraga, principalmente na primeira época. O tema constante destas canções, segundo costume universal, é o amor. Galárraga morreu aos 41 anos de idade, foi um poeta de ímpetos geniais, porém se dispersou demasiado visando o sucesso fácil, embora seus versos tenham uma construção correta.
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O legado de Lecuona faz parte importante da base da música cubana, cuja potente obra o credita como um dos maiores compositores de toda a América. Acontece o mesmo com Alejo Carpentier, Leo Brouwer, Fernando Ortiz: fundaram, formaram, promoveram, criaram e ajudaram.
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PS.Ouçam "Siboney"- uma das suas mais lindas composições, na interpretação de Xavier Cugat e sua Orquestra.



Fontes

cifrantiga2.blogspot.com/.../ernesto-lecuona.html
Fonte: Son Cubano

http://www.granma.cu/portugues/2005/septiembre/vier9/37lecuona-p.html

Wikipedia

Imagens - Google Imagens

Muito antes ... - por Rosa Guerrera



MUITO ANTES de plantares uma árvore , verifica se o terreno é fértil.
Muito antes de colheres uma rosa , cuida que os espinhos não vão ferir teus dedos.
Muito antes de navegares no azul do mar , presta atenção se não existem correntes traiçoeiras que possam afundar tua embarcação.
Muito antes de provares o fruto , vê se no seu interior não existe uma morada de vermes.
Muito antes de admirares o sol, olha se nas nuvens existe algum sinal de tempestade.
Muito antes de ofertares o carinho e a confiança , escuta o que te aconselha a razão.
Muito antes de procurares Deus nos templos e nas igrejas , vai até o teu coração ... Por certo irás ENCONTRÁ-LO sempre a tua espera .
Quando tudo isso se fizer presente na tua estrada , encontrarás e saberás viver um grande amor!


por rosa guerrera

Feliz aniversário, Abidoral Jamacaru !

Parabéns ao grande músico, compositor e amigo ABidoral Jamacaru !

Abraços
do cariricaturas .

Para Zé do Vale - mensagem do amigo secreto

"No trato da convivência
todos somos jardineiros
quem cultiva a consciência
sem subterfúgios faceiros
saberá do privilégio
do maduro sortilégio
dos seres que são inteiros

O percurso é bem marcado
pelo estalo que arrepia
é bom ter um bom bocado
de reserva de alegria
o humor sempre esclarece
que o furor de quem padece
findará na luz do sia."

Mensagem para César Augusto

Para o meu amigo secreto, César Augusto,
"Heiwa, Kenko e Seikou" pra você.

Um ótimo fim de semana, e
um abraço do/a seu/sua amigo/a secreto/a .

Alarde - Por Claude Bloc


Vejo a palavra que sopra o sonho
e que por dentro se ilumina
e surpreende, e se estende
e que por fora é apenas
o peso de ser tarde
em nossa vida:
o gesto, o alarde.

Lembranças e sonhos
se confundem
e então tudo começa a ser possível
palavras de ninar,
sonatas de acordar...
assim será nosso caminho:
sonhos perfeitos,
sonhos refeitos.
.
Texto e foto por Claude Bloc

Europa sofrerá cada vez mais com calor, secas e inundações


(http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/onu_clima_aquecimento)
Sex, 27 Nov, 12h56

PARIS, França (AFP) - A seca em algumas regiões e as inundações em outras, somadas ao tempo muito quente, serão recorrentes na Europa em consequência das mudanças climáticas e podem provocar graves catástrofes até 2050, segundo a Agência Europeia de Meio Ambiente (AEE).

Apesar de estar mais bem preparada que outras regiões para enfrentar os problemas, a Europa se equivoca se pensa que está protegida das mudanças climáticas, principalmente se for considerado que registra um aquecimento maior que a média mundial.

"O aquecimento na Europa no último século foi de 1,1 grau centígrado, com picos de até seis graus no Ártico, contra a média mundial de 0,8 grau", afirma Jacqueline McGlade, diretora da AEE.

Da Groenlândia à Grécia, a alta das temperaturas será especialmente considerável no sul da Europa, na Finlândia e no centro do continente.

A onda de calor de 2003, que provocou a morte de 70.000 pessoas, na maioria idosos, é uma mostra dos futuros verãos, insistem os cientistas. Um verão em cada dois pode registrar uma situação do tipo.

Até 2050 se perfila uma Europa dividida em duas, com um sul mediterrâneo desidratado, com área rumo à desertificação, e do outro lado um norte sob fortes chuvas mais intensas no inverno, geralmente submersa pelas inundações.

O verão de 2008 ilustrou o contraste: seca prolongada na Espanha e inundações catastróficas na Grã-Bretanha.

A água será uma preocupação para todos os países europeus, e vários - Chipre, Espanha, Itália, Bélgica, Bulgária e Grã-Bretanha - já sofrem graves problemas hídricos.

"O aquecimento global vai exacerbar a pressão nas regiões que já têm dificuldades", explica André Jol, autor de um relatório da AEE.

O continente europeu vive acima de seus recursos e terá que reduzir o consumo de água tanto na agricultura como nas residências.

Os Alpes, "torre de água da Europa", que fornecem 40% da água doce, esquentam quase duas vezes mais rápido que a média mundial (+1,48 grau centígrado em um séculos em um século). Dois graus mais condenariam ao fechamento um terço das estações de esqui.
"O caudal dos rios vai mudar totalmente. Na primavera será muito forte, com risco de inundações importantes na Alemanha e Holanda, mas no verão teremos menos água para todos, a região de Viena terá falta de água no futuro", comenta Jol.

No sul da Europa, onde a agricultura consome 60% da água, chegando a 80% em algumas localidades, a escassez pode provocar quedas expressivas do rendimento agrícola, como por exemplo das plantações de trigo nas zonas costeiras do Mediterrâneo.

O aumento do nível dos oceanos, que pode ser de 0,7 a 1 metro, é outra preocupação, já que no perímetro mediterrâneo metade da população vive nas costas.

Três regiões são as mais vulneráveis: Holanda e as costas do Mar do Norte, Londres e um arco que vai de Barcelona a Marselha, onde a erosão fragiliza ainda mais o litoral.

Pensamento para o Dia 28/11/2009


“As nuvens da ilusão (Maya) não podem escurecer a consciência interior das quatro categorias seguintes de pessoas nobres: (1) aqueles que se deleitam com a glória e o mistério de Deus, (2) aqueles que conhecem e proclamam conhecer que Deus é o mestre de Maya e o portador das forças que destroem a ilusão; (3) aqueles que estão engajados em boas obras executadas com fé e devoção, e (4) aqueles que se esforçam para manter a Verdade (Sathya) e a retidão (Dharma).”
Sathya Sai Baba

História de Uma Filha. Por Liduina Vilar.


Essa menina que vocês vêm na foto, é minha filha única.
Fora ela tenho dois filhos homens. A mãe coruja acha a ga-
rota mais bonita do mundo.Vou fundamentar prá vocês como
ela é ESPECIAL. Passou os 9 meses gestacionais se desenvol-
do na posição cefálica, mas no exato dia do seu nascimento resol-
veu"sentar"no meu ventre, para mostrar ao mundo que seu nascer
não ia ser tão fácil assim. Pois foi necessário o obstetra me "cortar"
para nascer a bebê mais formosa do Real Hospital Português do Reci-
fe. Nasceu tão grande que as fraldas para recém nascido não serviram.
E lá se foi o pai feliz correr atrás das descartáveis maiores.
Teve uma infância normal, criança saudável. Aos 14 anos no ano de 2000
sofreu uma única crise aguda de Apendicite, onde nosso Dr Zé Flávio, por
volta das 21 horas teve que operá-la em caráter de urgência. Na hora "H",
lembro que ele perguntou ao pai dela se queria entrar na cirurgia e o mes-
mo muito emocionado disse que nao! E eu com meus " zóios" pidões" torcen-
do prá Dr Zé me chamar; mas com certeza ele não leu em mim,o enorme desejo
de acompanhar minha filha na operação, por isso não me chamou. Mas me
internei com ela e só "recebi alta" quando a própria recebeu.
No final de Setembro último, ela sofreu uma grande chacoalhada da vida:
Seu namorado capotou o carro quando voltava de um plantão, passou 21 dias
na UTI em coma induzido. Foi quando conheci a mulher guerreira, corajosa,
firme e solidária; pois assumiu junto com ele, com seus familiares, com a equi-
pe médica sua vida de volta. Ajudou-o a renascer: Incansável e sofrendo.
Faz um curso lindo: Fisioterapia na Unicap/Recife.Será uma grande profissional
se Deus quizer. Se força, garra e competência influenciarem será uma boa Fisio-
terapêuta. Não reparem os elogios; mãe que ama é assim mesmo. E por derra-
ro,Yvana é a filha amada de Dona Liduina.

BOM DIA A TODOS - Por Claude Bloc


Anjos - Graphics, Graficos e Glitters Para Orkut

Bom dia caloroso (de Teresina) para todos do Cariricaturas.
Abraço,
Claude

versos colhidos nos bastidores - Foto Nilo Sérgio Monteiro



Maria Amélia Castro disse...
Oh Deus!
Tudo tão seco
O céu a enganar
Com suas nuvens pretas
A arvore sem folhas
E as galinhas a pousar.

Maria Amelia

Claude Bloc disse...
O dia finda
O céu se apaga
Dona Galinha
Se empoleirou
Chamou o galo
Pra uma conversa
Com a comadre
E cacarejou:
"Olhem a lua
que está chegando
Olhem as estrelas
Cantando o amor
E aqui na terra
essa secura
esse silêncio
esse calor"...
Claude bloc

Macaubeiras - Foto de Heládio les Duarte

Deixem um verso !

mensagem do amigo secreto para Zélia Moreira

Zélia mais que querida,

Bom dia.Excelente final de semana e
bons ventos circulem por sua vida.
Vc me parece uma pessoa culta,sei que
é mto inteligente...possui dotes manuais
nota mil.Tanto artesanalmente falando ,
como gastronômicamente.
Um abração.Seu (a) amigo(a) secreto(a)

Mensagem do amigo secreto de Ângela Lôbo

Ângela,
Bom dia amiga!
Abraços!

http://www.youtube.com/watch?v=uQi903siaF0

Salada Tropical - Sugestão para o cardápio de hoje



Ingredientes

1 frando defumado.
1 lata de abacaxi em calda.
3 maçãs verdes
milho verde
ervilha
uvas passas s/semente.
1 pote pequeno de maionese (ligth).
1 lata de creme de leite s/ soro.
5 cerejas (pode ser ao maraschino)
1 pacote pequeno de batata palha.

Modo de Preparo
Retire o frango da embalagem , remova toda a pele do frango e desfie ele inteiro. Reserve.
Abra a lata do abacaxi , escorra a calda e pique em pedaços pequenos. Reserve.
Pique as maçãs em pequenos cubos(c/ a casca).
Em um recipiente de vidro grande , coloque a maçã picada , a ervilha , o milho , as uvas passas, o frango reservado, o abacaxi e misture bem.
Abra a lata de creme de leite , escorra bem o soro e coloque sobre a mistura. Agora coloque também a maionese.
Misture tudo novamente.
Deixe na geladeira por apoximadamente 6 horas antes de servir.
Enfeite com as cerejas e a batata palha.

Mensagem do amigo secreto para Rosa Guerrera

Devagarzinho ,Rosa Guerrera vem conquistando seu espaço ,nessa roda de amigos. Secretamente , eu me intitulo seu amigo.

Abraços

Bem devagar - Caetano Veloso

Para César Augusto - mensagem do amigo secreto

Para César Augusto

Acredito que temos muitas afinidades, por isso o escolhi.
Um abraço

Manoel Antonio Almeida




Manuel Antônio de Almeida nasceu em 17 de novembro de 1831. Ainda estudava Medicina quando seu folhetim semanal “Memórias de um sargento de milícias” começou a fazer sucesso no suplemento “Pacotilha”, do jornal Correio Mercantil. As pessoas liam e gostavam, mas não sabiam quem era o autor de linguagem inovadora, diferente da tipologia romântica da época.

Formou-se em Medicina, mas nunca exerceu o cargo, pois já se engajava na área jornalística, na qual foi nomeado Diretor da Tipografia Nacional, em 1857. Durante o exercício desta função, Manuel Antônio impressionou ao dar emprego a um mestiço pobre chamado Machado de Assis.

Em 28 de novembro de 1861, o escritor morre no naufrágio do navio Hermes, pouco tempo depois de completar 30 anos.

O folhetim “Memórias de um sargento de milícias” virou livro e teve lugar de destaque na fase do Romantismo ainda vigente, pois era uma obra distante dos romances publicados, como A Moreninha, por exemplo. Longe dos salões da aristocracia, dos ambientes sofisticados e do falar difícil, Manuel Antônio retrata o povo em sua simplicidade, linguagem coloquial, festas populares e personagens com estereótipos próximos da realidade e nomes sugestivos. É por estes motivos que o romance é considerado de costumes, pois dita a vida que se passa nas ruas no “tempo do rei”.

Sua prosa simples e direta, com pitacos de humor e sátira, completa as características deste escritor romântico irreverente.

Obras: Romance: Memórias de um sargento de milícias (1854-55)
Drama lírico: Dois amores
Poesia: alguns poemas publicados em revistas e jornais.

Veja abaixo um trecho da obra Memórias de um sargento de milícias e confira a linguagem popular:

(...) “Foram ter com Maria-Regalada, que mesmo na véspera lhes tinha mandado dar parte que se mudara da Prainha e oferecia-lhes sua nova morada. A comadre, de tudo inteirada, fez parte da comissão. Quando entraram em casa de Maria-Regalada, a primeira pessoa que lhes apareceu foi o major Vidigal, e, o que é mais, o major Vidigal, em hábitos menores, de rodaque e tamancos.
– Ah! – disse a comadre em tom malicioso, apenas apareceu a Maria-Regalada – pelo que vejo isto por aqui vai bem...
– Não se lembra – respondeu Maria- Regalada – daquele segredo com que obtive o perdão do moço? Pois era isto!...” (...)

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Érico Veríssimo por Antonio Olinto


A SOLIDÃO É UMA GOTA NO OCEANO QUE SÓ OLHA PARA SI MESMA... UMA GOTA QUE NÃO SABE QUE É OCEANO...
Amigos são a outra parte do oceano que a gota procura...

Érico Veríssimo

Nascido em 1905, foi nos anos 30 do século passado que o nome de Érico Veríssimo começou a figurar como sinônimo de literatura brasileira. Depois de romances que, no Brasil e no exterior, revelaram nele um grande talento de narrador - inclusive através do contraponto de "Caminhos cruzados" e do traço romântico de "Olhai os lírios do campos" - foi ele de tal maneira se assenhorando, gradualmente, de todos os segredos inerentes à arte de Cervantes, que se preparou para chegar, em "O tempo e o vento", à posição de grande romancista de um tempo.

Nele, mais do que o drama de pessoas, mais do que a história de uma família, o que narra é a tragédia da formação de uma terra, de uma cidade, um país, num levantamento da permanência de um espírito capaz de criar raízes e superar vidas individuais. Nele se concentram 200 anos da história do Brasil (de 1745 a 1945), em que, aliada à utilidade ou inutilidade das coisas, o autor se fixa na grandeza de existir e de agir.

Dos cinco volumes de "O tempo e o vento", os três últimos, chamados "O arquipélago", narram acontecimentos que vão da revolução de 1923 até o fim do Estado Novo, em 1945. Tenho insistido na peculariedade de acontecimentos recentes caberem com mais facilidade na ficção do que na história propriamente dita. Independente de alentados livros, baseados na realidade, sobre Getúlio Vargas, é nos romances que podemos vê-lo sob aspectos novos, por exemplo em tão diferentes entre si como "A lua caiu", de Benedito Valladares, e "O arquipélago", de Érico Veríssimo.

A razão para isto pode ser clara. Falta-nos serenidade para a história do quase atual, que muitos de nós acompanhamos em nosso tempo de vida. Na ficção, ficamos à vontade em face de opiniões que personagens, inventados pelo narrador, externam a respeito de Getúlio, Oswaldo Aranha, Bernardes, Washington Luís, porque o personagem assume, no romance, um caráter de vida que o torna isento diante de pessoas de verdade. O personagem fictício pode conhecer a verdade da ficção.

A revolução assisista de 1923 é motivo para algumas das melhores páginas de "O tempo e o vento". A força das descrições de Homero situavam-se às vezes em pormenores de completo realismo, principalmente nas cenas de guerra. Como no trecho em que o Poeta, depois de afirmar que um guerreiro tivera uma espada enterrada no ventre, conta que ele caminhou segurando os próprios intestinos a fim de que não caíssem. Algumas descrições de "O arquipélago" são assim.

Toda a narração do movimento revolucionário, em que o velho Licurgo, Rodrigo e Toríbio percorrem o interior do Rio Grande, é de extraordinário vigor, como na do ataque a Santa Fé, com os detalhes de gente que morre desta ou daquela maneira, sob um cavalo, atravessada de tiros, parada ou numa corrida.

A Coluna Prestes, de que Toríbio participa, revela o método ficcional de Érico Veríssimo da melhor maneira possível. Mostrando uma caminhada que percorrera todo o Brasil e de movimento que antecederam a subida dos gaúchos até o Rio de Janeiro, analisando a revolução de 32, o levante comunista de 37 e a presença de Rodrigo e sua família nos 15 anos da hegemonia getuliana no País, nem por um momento se afasta o romancista de Santa Fé. É de lá que tudo surge. O ponto de partida de toda a narrativa é a pequena cidade de Santa Fé. A Coluna Prestes não entra, assim, diretamente, no romance, mas faz parte das tranqüilas rememorações de Toríbio, em seu regresso.

A Constituição de 34, o golpe de 10 de novembro, a entrada do Brasil na guerra, o 29 de outubro de 1945, quando Getúlio foi retirado do poder, a campanha presidencial de então, com Dutra, o Brigadeiro e Fiúza de candidatos, tudo aparece no livro. Na medida em que os Cambarás melhoram de vida e sobem na política e Santa Fé se civiliza, os marcos do século XX entram no romance. Os primeiros automóveis começam a substituir os carros puxados a cavalos. Surgem os primeiros integralistas na cidade, em geral descendentes de alemães, e um comunista, Aarão Stein, um dos grandes personagens do romance. A influência do cinema começa a se mostrar em tudo.

Os tempos de Tom Mix, Nita Naldi, Pearl White, Rodolfo Valentino, o de John Gilbert, modificam os hábitos dos santafezenses. Organizam-se clubes para homenagear Valentino e, quando de sua morte, moças e solteironas mandam celebrar missas por alma do artista. Isto aconteceu em todo o Brasil, não só em Santa Fé, mas em Ubá, MG; em Jaú, SP; em Itabuna, BA; em São Luís, Belém e Manaus. O fonógrafo, o gramofone, o rádio, tudo entra a quebrar solidões ou a acentuá-las.

Quase na última página do romance, às nove horas da noite do Ano Bom, um grupo de moças promove uma reunião no palacete dos Teixeira para eleger a diretoria do "Clube das Fãs de Frank Sinatra", que devia tomar posse "ao raiar esperançoso de 1946". A partir dessa continuação - que leva à frente a agremiação das viúvas de Valentino e das admiradoras de John Gilbert - faz Érico Veríssimo um resumo de sua gente, com seus temores e esperanças diante de um novo ano.

Romance, no seu melhor sentido, é isso mesmo que Veríssimo cria. Com esta grandeza de perspectiva, esta nitidez de traços nos personagens, esta violência de cenas, esta segurança de técnica, este entrelaçamento de realidade com ficção, esta rude generosidade de concepção e realização literárias.

A obra de Érico foi, durante muitos anos, lançada pela Globo de Porto Alegre, editora também de Balzac e Proust completos em português. No momento, a Companhia das Letras é responsável pela edição de todos os livros de Érico Veríssimo.
por Antonio Olinto

Por Luiz Fernando Veríssimo

Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!

Luís Fernando Veríssimo

Coelho Neto



Coelho Neto (Henrique Maximiano C. N.), professor, político, romancista, contista, crítico, teatrólogo, memorialista e poeta, nasceu em Caxias, MA, em 21 de fevereiro de 1864, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de novembro de 1934. É o fundador da Cadeira nº 2 da Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono Álvares de Azevedo.

Foram seus pais Antônio da Fonseca Coelho, português, e Ana Silvestre Coelho, índia. Tinha ele seis anos quando seus pais se transferiram para o Rio. Estudou os preparatórios no Externato do Colégio Pedro II. Depois tentou os estudos de Medicina, mas logo desistiu do curso. Em 1883 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo. Seu espírito revoltado encontrou ali ótimo ambiente para destemidas expansões, e ele se viu envolvido num movimento dos estudantes contra um professor. Prevendo represálias, transferiu-se para Recife, onde fez o 1o ano de Direito, tendo Tobias Barreto como o principal mestre. Regressando a São Paulo, entregou-se ardentemente às idéias abolicionistas e republicanas, numa atitude que o incompatibilizou com certos mestres conservadores. Deu por concluídos os estudos jurídicos, em 1885, e transferiu-se para o Rio. Fez parte do grupo de Olavo Bilac, Luís Murat, Guimarães Passos e Paula Ney. A história dessa geração apareceria depois no seu romance A Conquista (1899). Tornou-se companheiro assíduo de José do Patrocínio, na campanha abolicionista. Ingressou na Gazeta da Tarde, passando depois para a Cidade do Rio, onde chegou a exercer o cargo de secretário. Por essa época começou a publicar seus trabalhos literários.

Em 1890, casou-se com Maria Gabriela Brandão, filha do educador Alberto Olympio Brandão. Do seu casamento teve 14 filhos. Foi nomeado para o cargo de secretário do Governo do Estado do Rio de Janeiro e, no ano seguinte, Diretor dos Negócios do Estado. Em 1892, foi nomeado professor de História da Arte na Escola Nacional de Belas Artes e, mais tarde, professor de Literatura do Ginásio Pedro II. Em 1910, foi nomeado professor de História do Teatro e Literatura Dramática da Escola de Arte Dramática, sendo logo depois diretor do estabelecimento.

Eleito deputado federal pelo Maranhão, em 1909, e reeleito em 1917. Foi também secretário geral da Liga de Defesa Nacional e membro do Conselho Consultivo do Teatro Municipal.

Além de exercer os cargos para os quais era chamado, Coelho Neto multiplicava a sua atividade em revistas e jornais de todos os feitios, no Rio e em outras cidades. Além de assinar trabalhos com seu próprio nome, escrevia sob inúmeros pseudônimos, entre outros: Anselmo Ribas, Caliban, Ariel, Amador Santelmo, Blanco Canabarro, Charles Rouget, Democ, N. Puck, Tartarin, Fur-Fur, Manés.

Cultivou praticamente todos os gêneros literários e foi, por muitos anos, o escritor mais lido do Brasil. Apesar dos ataques que sofreu por parte de gerações mais recentes, sua presença na literatura brasileira ficou devidamente marcada. Em 1928, foi eleito Príncipe dos Prosadores Brasileiros, num concurso realizado pelo Malho. João Neves da Fontoura, no discurso de posse, traçou-lhe o justo perfil:

"As duas grandes forças da obra de Coelho Neto residem na imaginação e no poder verbal. ... Havia no seu cérebro, como nos teatros modernos, palcos móveis para as mutações da mágica. É o exemplo único de repentista da prosa. ... Dotado de um dinamismo muito raro, Neto foi um idólatra da forma."