Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Imagens - Emerson Monteiro



Elas vêm de novo se achegando aqui por perto espraiando pelo firmamento do juízo, e tomam conta desse universo inteiro de mim. Os fragmentos amarelecidos nas lufadas de vento em folhas sacudidas, multidão impaciente, dão mostras de vida nas árvores da Serra. Junto, cantos esparsos, pipilados intermitentes de aves friorentas, ponteiam cada instante, assinalando o rufar do relógio preso dentro do guarda-roupa indiferente na condição da casa. E fiapos soltos de pensamentos voam libertos pelo ar, quais acordes sincopados de velhas sinfonias do mais distante passado. As cicatrizes do aprendizado, que a história oferece ao sentimento porejam de interrogações, nos toques abandonados de reluzentes aventuras arcaicas ao sol da manhã fria. São porta-lápis de aulas anteriores que invadem o querer da gente de falas, lembranças de filmes, livros, poemas, numa sala vazia das pessoas que se ausentaram, deixando saudades contundentes na existência audaz, enquanto o barco, impávido, seguia sua jornada-correnteza nos caminhos a acima.
Imagens grudadas nas paredes da memória que ardem, pois, notícias agitam o esquecimento ainda meio adormecido. Tantas palavras aqui depositadas em tomos empoeirados, nas prateleiras das coisas fugazes, biblioteca milenar de quimeras, sonhos, névoas, estremecimentos, motores eternos, quase trilhos, que circulam dimensões consistentes, acordes, cantigas, histórias, palmas acesas, o farol aberto das enseadas, grilhões rompidos e normas restabelecidas.
Cruzar pontes levadiças, cavaleiros andantes, vultos escondidos sob capuzes misteriosos, sombras que desfilam na retina imortal de olhos ensolarados, alvoradas festivas ao gosto próspero do viver sorridente que brinca semi-deuses conosco quadro a quadro.
Quantas cartas vagam silenciosas, a transcorrer os espaços aquecidos da alma. Quantas vagas... Então, número infinito de perguntas pulula na tela verde-azul em gotas suaves de ondas quebrando ao acaso, luzes vindas bem de dentro; com isso, mostram avisos de outras formações em movimento, mesma sequência de objetos ofertados às portas e janelas entregues no sereno circunstancial das horas.
Um pulsar de veias no só cuida de aumentar o cenário interior entranhado pela música do vento. Estrelas que latejam céus de ritmos persistentes. Contudo, cheiro de vida preenche o bojo dos sentidos, circula em volta do mastro do coração e desce pelas encostas adormecidas do corpo, tatuando marcas indeléveis, gravadas para sempre na eternidade de um todo coerente sem desaparecer ingrato nas curvas macias e carinhosas dos lençóis.
OBS.: Notas de uma madrugada fria de domingo, inícios do mês de agosto de 2010.

Por Lupeu Lacerda


BENDITA TÚ
QUE INFLAMA AS ÁRVORES
SOPRA MAIS QUE O VENTO
E JOGA PALAVRAS DE LAVA NO VENTILADOR
DO TEMPO.
BENDITA TÚ
QUE YEM VENENO E ANTÍDOTO
NOS BICOS TÚRGIDOS DOS SEIOS.
BENDITA TÚ, QUE COMEÇA TODAS AS REVOLTAS
E AS APLACA, ACALMA, TRANQUILIZA.
SENHORA VENDAVAL E CHAMA
QUE TRAZ NOS LÁBIOS CANÇÕES DE
RENDIÇÃO E VITÓRIA
BENDITA TÚ
CUSPINDO NAS BANDEIRAS
PAIRANDO ALTANEIRA ACIMA DE TUDO E TODOS
NOTA DEZ
NO QUESITO ALEGORIA
E VIDA.
 por lupeu lacerda

LUPEU É SHOW !


séquiço sacro

[exterior, noite] voz em off: - viver? É muito perigoso... [pausa] voz cansada: - tudo...pode...acontecer... [farolete da polícia iluminando um beco]. Cena 1. um homem nu, absolutamente magro, come a bunda de uma mulher de plástico. O policial ilumina a cena com o farolete e grita: - oh shit!!! O outro policial aponta a magnum 45 para o peito do esquelético tarado e fala entre dentes: - welcome to hell fela da gaita. [corte – a cena congela – um senhor distinto, vestindo roupas do princípio do século aparece e traduz as falas dos policiais] (pigarro) – boa noite senhoras, senhores. O objetivo dessa minha singela aparição é deixar um pouco mais claro o linguajar desses policiais, e, se possível, transformar essa película em algo proveitoso. (pigarro) – o magro comendo a mulher de plástico, apesar de nada acrescentar, mostra como são solitários os corretores da bolsa. Vale como performance, algo assim meio zé celso. O primeiro policial, ao vê-lo, exclama: - oh merda. O outro, que saca a arma, com um linguajar misturado de inglês e ceares, vocifera: - bem vindo ao inferno, filho de um instrumento musical. Como se vê, são hilários. Bom, mas o que eu queria realmente dizer com isso é que...[corte – o policial com a arma na mão descongela e dá dois tiros no peito do comentarista – (tihuana canta tropa de elite osso duro de roer)] – os idiotas falam demais! Aliás, falando nisso, e aproveitando que está gravando, eu... ta gravando? Bom é que eu queria mandar um beijo pra minha filha que ta aniversariando, e dizer que nunca mais eu chuto a boca dela com coturno, e...[o outro policial descongela, atira no magro, na mulher de plástico, no companheiro, no farolete do carro, na fachada de néon que ilumina a cena, no diretor, no câmera e na claquete] após soprar o cano da arma fumegante, ele exclama: - my name is silva! João da silva! Ao longe se ouve uma pacata música dos ratos de porão: “de pé contra o muro, de pé contra a lei. Pra ser condenado, pra ser fuzilado, não há esperança pra eu ou você”.
 por lupeu lacerda

Magma


“Para Luiz Karimai: mestre de Magma, artífice de Luz”

O túnel ...a treva... a luz ! Adiante a montanha : meio enigma, meio magma ! Empertiga-se desafiadora, sinuosa como um dromedário: sem palavras, sem mapas, sem tutorial. O homem, no entanto, intuitivamente, percebe : é preciso escalar. Por que? Para que? Em busca do que ? Apenas mira aquele que lhe parece o ponto culminante e, num perigoso rapel, inicia a subida. No fundo, imagina que, chegando ao topo, alguma surpresa o espera, atrás das nuvens que encobrem o pico, como um Kilimanjaro. Na travessia, encontra-se, eventualmente com outros alpinistas, que seguem caminhos paralelos. Cada um deles almeja atingir um pico diferente da mesma montanha que lhes parece , na sua particular visão, sempre o mais alto e o mais promissor. As versões variam também, imensamente, sobre o prêmio auferido ao topar o cume: um tesouro; a soberana vista altaneira, em trezentos e sessenta graus; a possibilidade de avistar além de horizontes jamais imaginados. Alguns até, ascendem tangidos pela certeza de quem do outro lado do cume, por detrás das leitosas nuvens, na face oculta da montanha, esconde-se o éden, um Sangri-lá de eterna felicidade.
A perigosa ascensão faz com que muitos viandantes se fixem, cuidadosamente, nas escarpas e, assim, perdem a paisagem que se abre voluptuosamente à frente. Outros, ao contrário, embriagam-se pela vista privilegiada, tropeçam facilmente nas pedras e oferecem-se à rapacidade do abismo. No topo, a montanha, passo a passo, parece se tornar mais inacessível. Os alpinistas vão rareando: alguns escorregam nas pedras pontiagudas; outros são engolidos por avalanches; muitos tragados pelo ar rarefeito; tantos não sobrevivem aos rigores do frio. Percebe-se, com clareza, que aqueles que escolheram escalar os picos mais altos, carregam consigo as maiores taxas de insucesso.
Entre um e outro acampamento, os sobreviventes dividem as esperanças do galardão a ser alcançado. Aqueles que buscam , no alto, uma vista privilegiada e os que almejam o éden os aguardando no lado escondido da montanha, desenvolvem, entre si, uma forte solidariedade: compartilham mantimentos e remédios e trabalham em equipe, mesmo caminhando em direção a pontos díspares da mesma cordilheira. Os muitos que pensam encontrar o tesouro, não se afinam: brigam, fornecem informações desencontradas aos companheiros, montam armadilhas para os concorrentes, estabelecem uma perigosa competitividade entre si.
Um dia, fatigado, alquebrado pela jornada, o homem chega ao topo do pico escolhido. Percebe, com a clareza da neve, que nenhum prêmio o espera ali. O gelo, o frio : seu legado. Sequer consegue beneficiar-se da paisagem que podia se oferecer lubricamente do alto, não fosse a cerração implacável. Tem a plena certeza de que o resultado não há de ser diferente com os outros alpinistas. O prêmio estava na travessia e não na chegada; na busca e não no encontro. Placidamente, encaminha em direção à face oculta da montanha. Ali onde o poderia existir o éden. Os temores já não existem : tinham todos tombado na escalada. Ele desaparece, silentemente, em meio ao flog. Como se a névoa se fizesse de esquife. O magma, a treva... A Luz? O Túnel ?

J. Flávio Vieira

A Cartomante - por Socorro Moreira




E Anita falou :
Deixe o passado para trás. Teu futuro é animado . Caminhos abertos, corpo fechado !
Vida longa precisa  intercalar de festas, a solidão.
O amor , quando bate à porta , porque não o deixa entrar ?
Filha de Santa Clara por que desistiu de amar ?
Rasgue a fumaça com o olhar. Filha de Santa Clara  não perde por esperar ...
Deixa a esperança voltar !
E Anita a chamou de  birrenta, ciumenta, pavio curto,  coração amoroso, apaixonado. ... E  ela  compreendeu  que ser bom  é esquecer o sofrido, e apostar na alegria.
Quem parte por qualquer motivo, tem o direito à liberdade de partir. Não podemos prender alguém com o pensamento... Liberar  é poder ficar , sem abrir mão do bem estar !
E ela  flutuou  nas nuvens que achou  no dia... O amor nunca a deixou , nem ficou preso em si. 
Tem o mérito de poder voar, e pousar onde o seu  coração deseja  por escolha , por vontade... 
A vida  é longa , quando o amor é sagrado !

A POESIA DE DOMINGOS BARROSO

lato sensu
Definitivamente:
formiga tem mais vida
que um gato.

Quando se pensa
a formiguinha afogada
dentro do balde

a alma transmigra-se,
rápido desperta:

sacode então as omoplatas
alonga as perninhas

e se perde na vastidão
das cerâmicas.
 por Domingos Barroso 

Morgana
Se deseja a mulher
deixar-me sem fala:

levante os braços
faça um cacho nos cabelos.

A alma boquiaberta sabe
da loucura que me habita.

Sou capaz de perder a decência.
A timidez infantil.

Avançar com a boca trêmula
a língua fora de órbita

beijar,
lamber
as axilas.

Se deseja a mulher
transformar-se em bruxa
(a verdadeira natureza)

basta levantar os braços
fazer um cacho nos cabelos.

Não serei um bom moço.
Serei inconveniente.
Um bandido.

Se não ataco na hora
mais tarde invado sua casa
pela janela.

Dormindo não tem graça.

Hei de acordá-la
e lhe pedir: "por favor,
faça um cacho nos cabelos".
 por Domingos Barroso 

Ternura
Desculpe-me
falar sobre morte.

Mas quando eu morrer sei
que as formiguinhas
os passarinhos
as lagartixas
as mariposas
as cigarras
e borboletas

hão de derramar lágrimas
sinceras.

Depois, no outro dia,
as formiguinhas em outras xícaras
os passarinhos em outras árvores
as lagartixas escondidas
as mariposas atraídas pela luz dos postes
as borboletas lançando o pozinho mágico
e as cigarras um blues ao entardecer.

Portanto, saiba
que este poeminha
não é triste.

Levante-se do meu túmulo
e vá viver com meus bichinhos.

Pois vi nos seus olhos
uma lágrima presa.
 por Domingos Barroso

"Escrever não é fácil, não há glamour", diz Ronaldo Correia de Brito

FABIO VICTOR
ENVIADO ESPECIAL A PARATY


Ronaldo Correia de Brito está atormentado com uma grave lesão cervical, resultado das horas em frente ao computador para finalizar "Retratos Imorais", seu novo livro de contos.


"Escrever não é fácil, não há glamour. E depois você escreve e espera cem anos para ser compreendido. E às vezes não é compreendido. A ânsia por dar sentido à escrita é algo muito doloroso."

Por conta desse tormento, diz que pensa frequentemente em desistir do ofício, no que é dissuadido pelo colega Raimundo Carrero - vencedor neste ano do Prêmio São Paulo de Literatura, ganho em 2009 por Correia de Brito - e pelo editor Marcelo Ferroni, da Alfaguara, por onde publica.

Talvez as dores da escrita venham sendo, no seu caso, amenizadas cada vez mais, senão por compreensão, por maior reconhecimento.

Cearense radicado no Recife, 59 anos, médico e dramaturgo, Correia de Brito foi alçado ao primeiro time da literatura com a conquista do Prêmio São Paulo, pelo romance "Galileia".


O escritor Ronaldo Correia de Brito


"Retratos Imorais" nasceu de uma provocação do editor Plínio Martins Filho, da Ateliê Editorial, ao ouvir Correia de Brito ler um dos contos.

O autor tinha histórias guardadas há 40 anos, "contos refugados, de gaveta".

Martins quis os refugos, mas, em vez disso, Correia de Brito os juntou com narrativas recentes e publica agora o saldo. "Traí Plínio, porque aproveitei a ideia dele e não publiquei com ele."

Receoso por uma falta de unidade em contos tão distantes cronologicamente, percebeu que todos tinham imagens em sua raiz.

"Duas Mulheres em Preto e Branco", história que abre o livro ("um olhar sobre a histeria feminina", segundo o autor), tem a influência das fotografias de Robert Polidori. Assim como "Romeiros com Sacos Plásticos" foi reescrita depois que o autor viu imagens de Patrick Bogner sobre os romeiros de Juazeiro do Norte, no Ceará.

Correia de Brito escreve desde os 16 anos. Suas peças infantis são sucesso de crítica e público em Pernambuco. O auto de Natal "O Baile do Menino Deus" está em cartaz há 27 anos.

Mas só publicou literatura há cerca de dez anos. "Você se torna escritor quando começa a publicar."

LEITINHO

Se o processo criativo é sacrificante e o produto dele não menos, então não resta prazer quando tudo termina?

Fala o autor: "Sem dúvida há um deleite, um leitinho materno no fim das contas para pagar tudo isso".

Fonte: Folha.com
1º CONCURSO LITERÁRIO GUEMANISSE DE

CRÔNICAS, CARTAS E TROVAS / 2010

www.guemanisse.com.br

editora@guemanisse.com.br

concursoliterario@guemanisse.com.br

Objetivando incentivar a literatura no país, dando ênfase na publicação de textos, a GUEMANISSE EDITORA E EVENTOS LTDA. promove o 1º CONCURSO LITERÁRIO GUEMANISSE DE CRÔNICAS, CARTAS E TROVAS, composto por três categorias distintas:

a) Crônicas – Narrativa breve, sobre a vida cotidiana, podendo ser informal, intimista, familiar, etc.

b) Cartas – Textos reais ou imaginários em forma de missivas.

c) Trovas – No estilo tradicional (composta de estrofes de QUATRO versos, com sete sílabas poéticas, rimadas em ABAB).

o qual será regido pelo seguinte

REGULAMENTO

1. Podem concorrer quaisquer pessoas, de qualquer país, desde que os textos inscritos sejam em língua portuguesa. Os trabalhos não precisam ser inéditos e a temática é livre.

2. As inscrições se encerram no dia 10 de SETEMBRO de 2010. Os trabalhos enviados após esta data não serão considerados para efeito do concurso, e, assim como os demais, não serão devolvidos. Para tanto será considerada a data de postagem (correio e internet).

3. O limite de cada CRÔNICA ou CARTA é de até 4 (quatro) páginas e as TROVAS se prendem ao estilo tradicional. Os textos devem ser redigidos em folha A4, corpo 12, espaço 1,5 (entrelinhas) e fonte Times ou Arial.

4. As inscrições podem ser realizadas por correio ou pela internet da forma seguinte:

a) Via postal (correio): os trabalhos podem ser enviados em papel, CD ou disquete 3 ½ para Guemanisse Editora e Eventos Ltda. CAIXA POSTAL 31.530 – CEP 20780-970 - Rio de Janeiro – RJ;

b) Internet: os trabalhos devem ser enviados, em arquivo Word, para o e-mail concursoliterario@guemanisse.com.br (com cópia para) editora@guemanisse.com.br

5. Os textos devem ser remetidos em 1 (uma) via, devendo, em folha (ou arquivo, no caso de Internet) separada, conter os seguintes dados do concorrente:

a) nome completo;

b) nome artístico, com o qual assina a obra e que será divulgado em caso de premiação e/ou publicação;

c) categoria a que concorre;

d) data de nascimento / profissão;

e) endereço completo (com CEP) / e endereço eletrônico (e-mail).

6. Cada concorrente pode realizar quantas inscrições desejar.

7. Para as categorias CRÔNICAS e CARTAS, o valor de cada inscrição é de R$ 30,00 (trinta reais), podendo o autor inscrever até 2 (dois) textos por inscrição. Para a categoria TROVAS, o valor de cada inscrição é de R$ 30,00 (trinta reais) podendo o autor inscrever até 5 (cinco) textos por inscrição. Os valores devem ser depositados em favor de GUEMANISSE EDITORA E EVENTOS LTDA, na Caixa Econômica Federal, Agência 2264 – Oper. 003 – Conta Corrente Nº 451-7

8. A remessa do numerário referente à inscrição, quando feita do exterior, deve ser efetuada através dos correios;

9. Os comprovantes de depósito (nos quais os concorrentes escreverão o nome) devem ser remetidos para Guemanisse Editora e Eventos Ltda. pelo correio, pela internet (escaneados) ou para o fax (21) 3734-2005. Nenhum valor de inscrição será devolvido.

10. Os resultados serão divulgados pelo nosso site www.guemanisse.com.br, pela mídia e através de circular (por e-mail) a todos os participantes, no dia 11 de OUTUBRO de 2010.

11. Cada Comissão Julgadora será composta por 3 (três) nomes ligados à literatura e com reconhecida capacidade artístico-cultural. Ambas as Comissões podem conceder menções honrosas ou especiais.

12. As decisões das Comissões Julgadoras são irrecorríveis.

13. Para cada Categoria (CRÔNICAS, CARTAS e TROCAS), a premiação será nos seguintes valores:

a) Premiação em dinheiro:

1º lugar: R$ 3.000,00 (três mil reais) e publicação do texto em livro;

2º lugar: R$ 2.000,00 (dois mil reais) e publicação do texto em livro;

3º lugar: R$ 1.000,00 (mil reais) e publicação do texto em livro.

b) Premiação de publicação em livro:

Os textos premiados, inclusive os que forem agraciados com MENÇÃO HONROSA e/ou MENÇÃO ESPECIAL, serão publicados em livro (sem ônus para seus autores, inclusive de remessa postal) e cada um destes autores receberá dez exemplares, a título de direitos autorais. Os direitos autorais subseqüentes a esta edição são de propriedade dos seus autores, não tendo a Guemanisse nenhum direito sobre os mesmos. Esta edição específica não poderá ultrapassar a tiragem de 2.000 (dois mil) exemplares, e os livros restantes desta edição serão preferencialmente distribuídos por bibliotecas e escolas públicas.

14. A inscrição no presente concurso implica na aceitação plena deste regulamento.

Esses momentos precisam voltar ! - Fotos de Magali

Voltem pra casa, meninos !

Colaboração de Jair Rolim




AS VÁRIAS FORMAS DE SE DAR UMA NOTÍCIA!

Se história da Chapeuzinho Vermelho fosse verdade, como ela seria contada na imprensa no Brasil? Veja as diferentes maneiras de contar a mesma história.

Jornal Nacional
(William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...'
(Fátima Bernardes): '...mas a atuação de um lenhador evitou a tragédia.'

Programa da Hebe
'...que gracinha, gente! Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'

Cidade Alerta
(Datena): '...onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva... um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!

Superpop
(Luciana Gimenez): 'Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso!'

Globo Repórter
(Chamada do programa): 'Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente? O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta. E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no Globo Repórter.'

Discovery Channel
Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.

Revista Veja
Lula sabia das intenções do Lobo.

Revista Cláudia
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.
Revista Nova
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama!

Revista Isto É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

Revista Playboy
(Ensaio fotográfico do mês seguinte): ' Veja o que só o lobo viu'.

Revista Vip
As 100 mais sexies - desvendamos a adolescente mais gostosa do Brasil!

Revista G Magazine
(Ensaio com o lenhador) 'O lenhador mostra o machado'.
Revista Caras
(Ensaio fotográfico com a Chapeuzinho na semana seguinte): Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: 'Até ser devorada, eu não dava valor pra muitas coisas na vida. Hoje, sou outra pessoa.'

Revista Superinteressante
Lobo Mau: mito ou verdade?

Revista Tititi
Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio.

Folha de São Paulo
Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador'. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

O Estado de São Paulo
Lobo que devorou menina seria filiado ao PT.

O Globo
Petrobrás apóia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente.

O Dia
Lenhador desempregado tem dia de herói

SUPER
Promoção do mês: junte 20 selos mais 19,90 e troque por uma capa vermelha igual a da Chapeuzinho!

Meia hora
Lenhador passou o rodo e mandou lobo pedófilo pro saco!

O Povo
Sangue e tragédia na casa da vovó.

Correio da Bahia e TV Bahia
Menina usando um chapeuzinho vermelho é atacada por um lobo e não consegue atendimento em nenhum hospital do Estado. Governador não se manifesta...

Com a palavra , José do Vale Feitosa ! ( e-mail enviado para o Cariricaturas)

Caros Amigos,


Estou aqui no jardim, o céu com os primeiros claros da manhã, às 5:25 de Paracuru. A tarefa de escrever este livro é bem maior do que imaginei inicialmente. Estou lendo nesta madrugada o relato de viagem de um Inglês à cidade de Harar na Etiópia pois o meu personagem morou lá. O relato é de 1855, o que dificulta ainda mais a tradução pois a língua já evoluiu e muito se tornou arcaico. Aliás o autor do relato, Richard Francis Burton é um dos personagens mais impressionantes do século XIX um gênio a serviço do imperialismo inglês. Esteve no Brasil como cônsul, viajou pelo interior de Minas Gerais e foi a primeira pessoa a traduzir do Português para o Inglês os Lusíadas e o primeiro a traduz literatura brasileira, Nesta mesma tarefa ele ajuda a mulher a traduzir Iracema de José do Alencar, que deste modo é uma das primeiras obras da literatura brasileira a ser vertida para o Inglês.

Ontem recebi o Cariricaturas em livro. Faz tempo que não passeio pela internet fora da atividade de pesquisar para o livro. O livro ficou muito bom. Imaginar que estamos editando coisas desta qualidade, bem mostra que muito mais poderemos. O livro ficou leve do ponto de vista da diagramação, a capa muito bonita e todo carinho de um cratense por estas bravas "meninas". Socorro, Claude, Edilma. Um abraço especial ao varão Emerson e à fotografia do nosso Pachelly. O livro está bem dosado, são formas geométricas luminosas de 33 pessoas formando uma rosácea como síntese de um vitral de um tempo e de um espaço feito território humano. È a representação deste mundo, do que elas gostariam de deixar para o longo futuro quando o próprio é relativamente mais curto.

Dizer parabéns é um ato formal. Direi o quê é. Uma força de vontande, algo como uma potência de vida, que não se conforma em apenas ser a margem móvel de um rio, mas ousa ser a correnteza. Foi simbolicamente o quê estas "meninas" de quem me orgulho fizeram. Como todos os que ousaram ser editados no livro: não se diz literatura (ou arte em geral) com apenas a irritação dos próprio conceitos do ela seja. Nem apenas com o gostei ou não gostei. O ato que faz acontecer o artístico é aquele que faz, que expressa, que expõe. Portanto todo o meu respeito a quem pegar este livro e ler e a quem chegou na porta da história para ser testemunha dela.


abraços

José do Vale

Recebido por e-mail- Colaboração de Carlos Rafael




PRA QUEM É BOM DE MATEMÁTICA...

Eu, Tu e Ele....

Fomos comer no restaurante e no final a conta deu R$30,00.
Fizemos o seguinte: cada um deu dez reais...
Eu: R$ 10,00
Tu: R$ 10,00
Ele: R$ 10,00

O garçom levou o dinheiro até o caixa e o dono do restaurante disse o seguinte:
Esses três são clientes antigos do restaurante, então vou devolver R$ 5,00 para eles! E entregou ao garçom cinco notas de R$ 1,00.

O garçom, muito esperto, fez o seguinte: pegou R$ 2,00 para ele e deu R$1,00 para cada um de nós.

No final ficou assim:
Eu: R$ 10,00 (-R$1,00 que foi devolvido) = Eu gastei R$9,00.
Tu: R$ 10,00 -R$1,00 que foi devolvido) = Tu gastaste R$9,00..
Ele:R$ 10,00 (-R$1,00 que foi devolvido) = Ele gastou R$9,00.

Logo, se cada um de nós gastou R$ 9,00,
O que nós três gastamos juntos,foi R$ 27,00.

E se o garçom pegou R$2,00 para ele, temos:
Nós: R$27,00
Garçom: R$2,00
TOTAL: R$29,00


Pergunta-se:
Onde foi parar a droga do outro R$1,00?
Enviado pelo Departamento de Economia DA PUC...



SE ALGUÉM ENCONTRAR A RESPOSTA POR FAVOR!!!!!!!!!

ME ENVIEM, PORQUE ATÉ AGORA NÃO CONSEGUI SABER ONDE ESTÁ A DROGA DO R$1,00


Por Altina Siebra


SOMENTE UMA MÃE SABERIA...

Um dia minha mãe saiu e deixou meu pai tomando conta de mim.

Eu tinha uns dois anos e meio. Alguém tinha me dado um “jogo de chá” de presente e era um dos meus brinquedos favoritos.

Papai estava na sala vendo o Jornal Nacional, quando eu trouxe para ele uma “xícara de chá”, que na realidade era apenas água. Após várias xícaras de chá, onde recebia elogios entusiasmados do papai a cada xícara servida, minha mãe chegou.

Meu pai fez ela se sentar na sala, para me ver trazendo a ele uma xícara de chá, porque era “a coisa mais fofa do mundo!”. Minha mãe esperou, e então, vinha eu pelo corredor com uma xícara de chá para o papai e ela viu ele beber todo o chá.

Então ela disse (apenas uma mãe saberia);

- Passou pela sua mente que o único lugar que ela alcança água é na privada ???

Os pais não pensam igual às mães ...

Para Jayro Starkey

Como dizer sei lá, rachar a conta e terceirizar

José Roberto A. Igreja*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação - UOL Educação

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Sei lá!
Beats me!

•Barry: - What does the acronym LASER mean?
Jay: - Beats me! Try looking it up in a dictionary.

Barry: - O que a abreviação LASER significa?
Jay: - Sei lá! Tente procurar num dicionário.


Observações:

1. LASER: Light Amplification by Stimulated the Emission of Radiation.
2. Search me! é outra expressão informal com o mesmo significado de Beats me!.


Rachar a conta
To go dutch

•"Let's go dutch!", Susan told Bob when the waiter brought them the check.
"Vamos rachar!", Susan disse a Bob quando o garçom trouxe a conta.

Observações:

1. A expressão to go dutch normalmente se restringe ao sentido de "rachar contas de refeições".
2. Outra expressão alternativa, esta mais genérica, é to split the Bill.


Quase nunca
Once in a blue moon

•As Burt's in-laws live very far away, he only visits them once in a blue moon.
Como a família da esposa de Burt mora muito longe, ele quase nunca os visita.

Observação:

Os advérbios very seldom e hardly ever, menos informais, também são muito usados nesse contexto.

Terceirização
Outsourcing

•Outsourcing of non-core activities is a usual practice among many companies nowadays.
A terceirização das atividades não-principais é prática comum em muitas empresas hoje em dia.


Observação:

Para traduzir o verbo "terceirizar", use to outsource:

•Many companies prefer to concentrate on their core business and outsource other departments.

Muitas empresas preferem concentrar-se em suas atividades principais e terceirizar outros departamentos.


***
José Roberto A. Igreja é diretor pedagógico da Dialecto English, e autor dos livros Fale Tudo em Inglês! How do you say... in English? e Falsos Cognatos - Looks can be deceiving! (Disal Editora).

http://educacao.uol.com.br/ingles/expressoes-coloquiais-5.jhtm

Hablas español?

Então me diga que animais são estes:
  • Buitres

  • Cerdo

  • Conejo

  • Mono

  • Osos

  • Perro

  • Pez

  • Rana

  • Ratónes

  • Zorra

Alguns nomes estão "na cara" ... e os outros?

"Tivesse" ou "estivesse"? -


Por Thaís Nicoleti

."‘Aquilo me deixou bem apavorada. Era como se ele tivesse voltando dos mortos’, diz ela."

Na fala corriqueira, é muito comum que se anule a diferença entre as formas “tivesse” e “estivesse”, esta última, com a sílaba inicial suprimida, reduzida à primeira. Ocorre que, no discurso escrito, em que se privilegia a norma culta, é preciso assinalar a distinção entre elas – afinal, uma pertence ao verbo “estar”, e outra, ao verbo “ter”.

O leitor poderá, a título de teste, observar à sua volta, durante um dia, quantas vezes as pessoas dizem “tivesse” ou “tivessem” no lugar de “estivesse” ou “estivessem”: “Se eu tivesse lá, eu teria dito...”, “Se vocês tivessem aqui, vocês saberiam...”. Uma dica: se, depois do verbo, vier um termo que indique lugar, use “estivesse” ou “estivessem” – afinal, alguém pode estar em algum lugar, mas não ter em algum lugar...

O problema também se verifica no futuro do subjuntivo, quando “estiver” vira “tiver”. Na letra de um antigo e conhecido samba de Luiz Américo, encontramos os seguintes versos: “Quando eu tiver / Com a minha cuca cheia de cachaça/ Te arranco dessa roda, te ganho na raça/ Te levo pra ser dona do meu barracão”. Os versos, que reproduzem a fala popular, confirmam essa tendência a confundir “ter” com “estar” no modo subjuntivo.

Abaixo, a correção da frase em epígrafe:

"Aquilo me deixou bem apavorada. Era como se ele estivesse voltando dos mortos", diz ela.

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Fonte: UOL Educação
http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/tivesse-ou-estivesse.jhtm
Amor em gestação

- Claude Bloc -


Nunca gostei muito de estar em meio a multidões. Gosto de (re)conhecer rostos, nomes, sorrisos. Gosto de adivinhar olhos, olhares. Por isso fico feliz quando perambulo pelas ruas de Crato. É lá que me sinto em minha terra, junto ao meu povo, gente que me fala e me sorri como se me conhecesse de sempre, como sempre, para sempre.

No Crato tudo faz sentido: inverno ou verão. É o chão que amo, que pode ser tocado com meus dedos, com a sola dos meus pés e que, nesse momento específico, consegue fazer sentir-me em casa, sem mais nem menos. Tudo é, enfim, coisa percebida, sentida, conhecida. Sinto, então, na essência desse mútuo cativar - terra, chão, pessoas queridas - que todas as cores desejam abrir-se aos meus olhos, à sempre nova experiência de retornar e assim de novo poder voar. (Por que não?).
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Quando estou em Crato, minha vida segue pelas ruas a querer deixar-se caminhar sem tempo, para ver, escutar, cheirar a brisa da serra, o frio da madrugada, as peculiaridades que só conhece quem ama seu torrão.
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Cada vez que vou ao Crato acrescentam-se muitos nomes à lista habitual dos seres que me são confiados pela amizade e fico, cada vez que retorno, a esperar o milagre. Um qualquer. Um voltar definitivo, uma oportunidade decisiva, uma acolhida incisiva e determinante... Mas essa crença só tem sentido quando se revela a essência deste terreno fértil. É uma crença que não abandono e que me impele para frente com o pulsar da esperança.

Muitas vezes chego ao meu limite nessa paciente espera. Mas sei que não posso manter minha máquina sempre acelerada, sem fim, sem números, sem rosto. Sei que o tempo tem de ter o seu tempo, cada fruto o seu tamanho e seu nome. Mas sei também que quero estar onde a mão toca e sente, onde os olhos se cruzam, onde o risco se arrisca... Onde a paciência é virtude para se conhecer, plantar, saber esperar, colher, amar, cuidar... E assim posso ficar no centro, na margem, no fim de cada gesto preciso, mesmo que lento, acompanhando o ritmo das estações.

É por essas e outras que gosto de estar no Crato. Sempre gostei. Porque Crato lembra o amor em gestação. Um amor que se renova a cada ano, que constrói, que acolhe, que floresce. Assim e sempre assim amo o Crato, cheia de pressa, mas profundamente, pois não quero mais ter saudades de uma primavera para depois não a ver chegar.

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