Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Caldeirão das Artes , convida !





14h – Mesa 1 - Cultura e Desenvolvimento Sustentável (Centralidade e Transversalidade da Cultura, Cultura, Território e Desenvolvimento Local e Patrimônio Cultural, Meio Ambiente e Turismo).

Debatedores: Ângela Prysthon e Alexandre Barbalho

>> 16h – Mesa 2 – Cultura e Economia Criativa (Financiamento da Cultura, Sustentabilidade das Cadeias Produtivas da Cultura, Geração de Trabalho e Renda)

Debatedores: Ana Carla Fonseca Reis e Ivan Ferraro

Divulguem e compareçam!!!


III Conferência Municipal de Cultura
Debates preparatórios
Data: 14/10
Horário: a partir das 14h
Local: Cuca Che Guevara
Endereço: Av. Castelo Branco, 6417 – Barra do Ceará, Fortaleza - CE


Caldeirão das Artes
fone: 85 3265.1477 9997.7378
contato@caldeiraodasartes.com.br
www.caldeiraodasartes.com.br

DE AMOR, PAIXÃO, PERDAS E DANOS ENTENDO EU !

“Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa e especialidade do meu desejo. Esta escolha, tão rigorosa que só retém o Único, estabelece, por assim dizer, a diferença entre a transferência analítica e a transferência amorosa; uma é universal, a outra é específica. Foram precisos muitos acasos, muitas coincidências surpreendentes (e talvez muitas procuras), para que eu encontre a Imagem que, entre mil, convém ao meu desejo. Eis o grande enigma do qual nunca terei a solução: por que desejo esse? Por que o desejo por tanto tempo, languidamente? É ele inteiro que desejo (uma silhueta, uma forma, uma aparência)? Ou apenas uma parte desse corpo? E, nesse caso, o que, nesse corpo amado, tem a tendência de fetiche em mim? Que porção, talvez incrivelmente pequena, que acidente? O corte de uma unha, um dente um pouquinho quebrado obliquamente, uma mecha, uma maneira de fumar afastando os dedos para falar? De todos esses relevos do corpo tenho vontade de dizer que são adoráveis. Adorável quer dizer: este é o meu desejo, tanto que único: “É isso! Exatamente isso (que amo)!” No entanto, quanto mais experimento a especialidade do meu desejo, menos posso nomeá-la; à precisão do alvo corresponde um estremecimento do nome; o próprio do desejo não pode produzir um impróprio do enunciado: deste fracasso da linguagem, só resta um vestígio: a palavra “adorável” (a boa tradução de “adorável” seria ipse latino: é ele, ele mesmo em pessoa)."

"Eu sofro a tua ausência, te quero, sonho com você para você contra você me responde: teu nome é um perfume espalhado."

Sou apenas um louco entre tantos espalhados na curva de Gaus, porque de perto ninguém é normal. Ah! me fale de escolhas, sabes algo sobre? Por que te pões a julgar-me? Que sabes de mim afinal se não o que permito que tú saibas? Jamais verás o que esses meus olhos viram ou meu coração sentiu. Já percorri todos os abismos, já bebi a lava do vulcão de muitos corpos, minhas mãos guardam segredos de milhões de células. Meu cérebro guarda confidências, desejos, ilusões, sonhos desfeitos, tantas maldades, pensamentos. Meu coração já gelou e já se tornou incandescente mil vezes mil. Dancei a dança de corpos suados e que parmaneceram tatuados em mim. Ninguém passou em vão, todos deixaram sua marca. Vivo da respiração boca a boca dos desesperados por amor, por carinho, por paixão, por piedade, Filhos bastardos do amor, abandonados por aqueles que não estendem a mão porque nada têm a dar de si. Párias, desconectados da vida e da morte. Porque é mais simples e fácil morrer. Não sabem viver nem morrer. Não faço escolhas, a vida escolhe para mim. Não tenho medo de encruzilhadas sigo a esquerda sempre. Não tenho medo dos homens são crianças criados do mesmo barro,e perdemos nossas costelas por igual para termos uma companhia. Então se minha costela gerou uma companhia algo deve acontecer para que eu sinta interesse por ela. Ah! os sentimentos!...amor, paixão, luxúria, desejo , e o sexo! Mas, espera ai...se existem tantas costelas/mulheres devo amar todas? Me apaixonar por todas? Claro que sim! Deus não colocou regras nas costelas! Disse apenas: "Crescei e Multiplicai-vos" . Viram só? Estava aberto o período da caça! Havia interesse de povoar esse mundo louco e adorável! Depois vieram uns chatos e colocaram regras, puniam com o fogo do inferno quem desejasse a mulher do próximo. Ué? Mas não era Divina a ordem? Bom, é melhor não ir para o inferno pois não contam muitas coisas boas de lá. Eu ficava intrigado ainda menino, sentado naquele banco da Praça da Sé vendo as meninas descerem após a aula e pensava: tai, Nilo Sérgio dá pra namorar com todas elas? Uns amigos que estavam comigo diziam..."todas passam e erreganham os dentes pra ti, tua mãe passou açucar foi"? Achava engraçado e continuava a ruminar...namorar todas...não! Não gosto dessa nem daquela...ué Nilo Sérgio? E a questão da costela? E do povoamento da cidade? Não! tem uma coisa mais profunda...aquela de olhos azuis me tira o fôlego e o seu sorriso me deixa de pernas bambas...ah! então isso é paixão? Por isso não consigo dormir e ponho a cabeça apoiada nos braços e fico a olhar as telhas? Então tem que ser só uma! É isso! Esse foi o aprendizado da mulher única, objeto do desejo e dos sonhos. Dona da minha cabeça. Apesar de namorar quase todas...mas amei e me apaixonei por uma de cada vez.

Me dirijo a você pra te dizer que foste e continua sendo essa pessoa única, entre todas. Senhora dos meus sonhos e meus desejos. Dos planos, do fora que me deu, do bilhete pra fugir não enviado, da insuportável dor de ver-te com outro só por pirraça, da tua ausência, da solidão interminável mesmo cercado de gente . Do falso esquecimento.

Pois é, essa escolha rigorosa de uma pessoa só...o amor que não passa, se aquieta para ressurgir não sei quando nem onde. Fênix da esperança! E quando ressurge vem como um furacão, brilhando como um sol , transformando. Mas esquecestes que a vida tem sinal trocado. Nem tudo é tão livre e não tiveste a paciência e a compreensão para perceber que cada pessoa tem um movimento. Uma história e um ritmo pra consumir sua perdas e danos. Até o adeus tem seu tempo. Virar as costas e partir sem olhar pra traz é um outro movimento. São danças estranhas mas é preciso dançar. Você partiu um dia, mas nunca me deixou. "O trem que chega é o mesmo trem da partida"...uma decisão vale uma vida! Faça uma leitura correta dos fatos. Hoje é tempestade...amanhã pode brilhar o sol. Eu já cansei de perdas e danos e danos.

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Fonte inicial: Roland Barthes

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Dica de Leitura - por Everardo Norões

Everardo Norões é economista, poeta e crítico literário.


1. Dos grandes clássicos destaco apenas o livro As Mil e uma noites, que foi traduzido no Brasil por Mustafá Jerouche. Li na tradução francesa de Mardrus. Encontramos as marcas desse livro em quase toda a literatura ocidental, do cordel nordestino ao D. Quixote... É o clássico dos clássicos.

2. Poema pedagógico, de Anton Makarenko, narrativa da experiência do grande pedagogo russo que dirigiu a Colônia Gorki, instituição que acolhia jovens órfãos e abandonados retirados da marginalidade. Atualíssimo para o Brasil de hoje, onde a violência é tratada como simples caso de polícia.

3. Poeta em Nova Iorque, de Federico Garcia Lorca. Dentro do livro há um poema, Danza da la muerte, visão do inigualável poeta espanhol sobre o devastador crash da bolsa de Nova Iorque em 1929, quando, pela primeira vez, o capitalismo entrou em pânico. Nesses tempos de crise, vale lembrar que os poetas são às vezes mais clarividentes do que os economistas.

4. A criação do mundo, de Miguel Torga. Relato de vida, na qual se destaca a infância e juventude do autor passadas no Brasil, onde trabalhou duro em fazendas de café e teve seu ‘encontro’ decisivo com Machado de Assis. A quem se interessar pela grande literatura em língua portuguesa e pela dignidade do homem.

5.O manuscrito de Saragoça, de Jan Potocki, nobre polonês do século XVIII, historiador, arqueólogo, fundador da etnologia eslava e agente secreto, entre outras atividades. O romance, no estilo de As Mil e uma noites, se desenrola a partir do achado de um manuscrito por um soldado durante a invasão da Espanha pelas tropas de Napoleão. Há um filme, do mesmo título, do diretor Wojciech Has, com o incomparável ator Zbigniew Cybulski.

6. Vidas minúsculas, de Pierre Michon, um dos escritores mais interessantes da literatura francesa contemporânea, que trata de personagens humildes com a linguagem dos grandes mestres da língua.

7. Poemas, de Joaquim Cardozo, a quem chamei de homem-universo. Grande calculista, arquiteto, uma das ‘universidades’ de João Cabral de Melo Neto, segundo depoimento do autor de Morte e vida severina.

8. O meio do mundo e outros contos, de Antonio Carlos Viana, que tem impacto de uma bala calibre 45. Contos para o entendimento da alma brasileira.

9. Jakob Von Gunten, de Robert Walser. Escrito em 1909 é, a meu ver, tão importante para o romance moderno quanto Kafka. Sobre ele há um ensaio do filósofo Walter Benjamin. Sob a forma de ‘diário’ de um aluno vivendo num educandário, microcosmo onde pequenos acontecimentos sugerem as grandes tragédias que brotariam na Alemanha do século XX.

10. Os contos de Moreira Campos, autor cearense quase desconhecido, que trata das ‘vidas minúsculas’ brasileiras com talento e o rigor da escrita de um Machado de Assis.

Mário Rossi - Por : Norma Hauer


Foi a 12 de outubro de 1981 que MÁRIO ROSSI faleceu. E quem foi Mário Rossi ? Foi um jornalista e compositor, autor de mais de uma centena de composições, tendo como parceiros os grandes nomes de nossa música popular.

Com Roberto Martins, MÁRIO ROSSI compôs um samba atualmente bastante badalado, mas gravado originalmente por Ciro Monteiro, em 1943. O próprio Ciro o regravou em 1956 com Elizeth Cardoso.

Trata-se de "Beija-me", recentemente relançado por Zeca Pagodinho.

Mário Rossi, ainda com Roberto Martins compôs "Renúncia", "Bodas de Prata", "Perfil","Dorme, que eu velo por ti", "Volta Para Mim", "Brinquei de Amor"... e inúmeras outras .

Mário Rossi nasceu em Petrópolis, onde, como jornalista, trabalhou no "Jornal de Petrópolis". Também fez parte da revista "O Malho", de grande repercussão nos anos 20 a 50.
Foi seu conhecimento com Gastão Lamounier que o lançou no mundo das gravações,
quando lançou duas valsas gravadas por Carlos Galhardo, em 1937:"...E O Destino
Desfolhou" e "Assim Acaba um Grande Amor"

Mário Rossi fez parceria com Gastão Viana("O Sorriso do Paulinho"- um dos grandes sucessos de Isaurinha Garcia);com Fon´Fon ("Murmurando", gravação original de
Odete Amaral); com Vicente Celestino ("Terra Virgem","Sangue e Areia") Com Felisberto Martins ("Sublime Herança"; com Joubert de Carvalho("Desde Sempre") e com inúmeros outros. Sua discografia é muitro grande. Nem tudo foi sucesso, mas
tudo demonstra o talento e a poesia de Mário Rossi.
Norma Hauer

Pensamento para o Dia 13/10/2009


“Mantenha este pensamento em sua mente: ‘Eu não sou um simples ser humano, eu sou a personificação da Divindade’. Tenha essa convicção fixada em sua mente e você perceberá essa verdade. É dito: ‘O conhecedor de Brahman (Deus) torna-se, verdadeiramente, Brahman’ (Brahmavid Brahmaiva Bhavathi). Se você se percebe como Divino, você se torna Divino. Se você se considera um ser humano, você permanecerá assim. Embora sua forma seja a de um ser humano, há o princípio do Atma em você. Para reconhecer esse Atma, você precisa manter seu coração puro e livre de negatividade.”

Sathya Sai Baba

Murano, A Arte em Vidro


Asilo e refúgio dos prófugos da “terra ferma” da península, a fim de encontrar refúgio das invasões bárbaras, Murano, nome antigo Amuranium, cresceu em prosperidade e alcançou o seu esplendor no século XVI.

Foi sempre um centro que manteve a própria autonomia administrativa, gozando de um local governo administrativo e usufruindo dos seus antigos estatutos de 1272 sob o governo de um podestade; até a queda da república possuía um arengo, uma assembléia popular governativa; teve um libro d’oro, ou livro de ouro, para as famílias originárias que haviam privilégios especiais (a polícia de Veneza não podia ancorar na ilha), cunhava as oselle, ou seja, medalhas ou moedas que vinham dadas aos principais cidadãos (o nome deriva do fato que antigamente o Doge, soberano de Veneza, presenteava pássaros aos cidadãos importantes, substituídos posteriormente por tais medalhas.).

As leis, incluindo aquelas do trabalho, eram sancionadas por uma mariegola (matrícula_ registro, elenco de pessoas escritas a uma determinada categoria_corporações artesanais), criadas a fim de evitar a divulgação das técnicas secretas da arte de trabalhar o vidro: em troca do segredo a ilha e os seus moradores gozavam de privilégios especiais.

No período de maior prosperidade da história de Murano, a ilha contava com 17 igrejas, conventos, hospício e academias.




A ilha foi escolhida como sede industrial para a fabricação do vidro em 1291, porque em relação à Veneza, recebia o vento tramontana facilitando a disperção da fumaça no ar, não poluindo assim o ar da cidade. Um outro motivo de Murano ter sido escolhida como sede do vidro, foi pelo fato de afungentar o perigo de incêndio na cidade de Veneza.



A atividade é antiquíssima, mas, o verdadeiro impulso deu-se quando Veneza entrou em contato com as oficinas sarracenas da Síria, entre os séculos XI e XII. Hoje, os objetos de vidro produzidos em Murano, são famosos e apreciados no mundo todo.


A técnica conhecida como murano tem início na Itália, em tempos distantes, particularmente em Veneza. Esta concepção artesanal da arte do vidro era restrita a algumas famílias tradicionais, as quais transmitiam de geração em geração esta ciência milenar, com todos os seus meandros secretos.


Mesmo atualmente,vêem-se os mesmos grupos familiares cultivando este ofício, residentes no mesmo lugar onde estas pessoas foram exiladas, em 1291, para que não se perdesse o segredo desta tarefa artesanal, na ilha Murano.

Esta técnica foi trazida para o Brasil nos anos 50, cabendo aos irmãos Antonio Carlos e Paulo Molinari serem os responsáveis pelo desenvolvimento desta técnica nas terras brasileiras.




Fontes e Imagens
Google Imagens
http://www.initalytoday.com/pt/veneto/veneza/murano.htm
http://www.cristaisdimurano.com.br/
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/murano.asp
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=809695&tit=Murano-a-arte-em-vidro

Comunicado Vila das Artes


III CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA
Último debate preparatório para a III Conferência Municipal de Cultura acontece no Cuca Che Guevara
A Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), convoca os poderes públicos e a sociedade civil para o quarto e último seminário preparatório da III Conferência Municipal de Cultura, cujo tema é Cultura e Desenvolvimento Econômico e Sustentável. O seminário acontece dia 14 de outubro, a partir de 14h, no Cuca Che Guevara (Avenida Castelo Branco, 6417 – Barra do Ceará).
Neste último debate preparatório participam, da primeira mesa, Ângela Prysthon (doutora em Teoria Crítica e Estudos Hispânicos pela Universidade de Nottingham) e Alexandre Barbalho (mestre em Sociologia pela UFC e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia - UFBA), que discutirão “Cultura e Desenvolvimento Sustentável”. Para a segunda mesa o tema em pauta é “Cultura e Economia Criativa”, com a participação de Ana Carla Fonseca Reis (mestra em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP) e Ivan Ferraro (produtor musical com grande experiência na cena musical nacional e internacional, é coordenador da Feira da Música de Fortaleza e vice-presidente da Associação dos Produtores de Discos do Ceará - Prodisc). Informações (85) 3105-1386 ou 3252-1444.



A Mesma Saudade


A Mesma Saudade
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Tudo o que toco
Se desdobra
E resvala
no líquido som da tua voz
nas impressões do teu olhar
no sentimento cunhado
em tua alma,
na minha...


Prevejo a distância
Que se faz em silêncio
E tudo se reduz
Ao sonho que borbulha
Nos teares da vida.
Leio as entrelinhas
E tua vida se torna
Em minhas mãos
Um livro, uma janela aberta
Sentimentos dispersos por entre as páginas:
Certeza de que sofremos a mesma saudade.
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Texto e foto (formatada) por Claude Bloc (Rua Miguel Lima Verde em junho)
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Programação Semanal do BNB- Tânia Peixoto

Dia 14, quarta-feira
Atividades Infantis - HORA DO RECREIO
Local: E.E.F.M Virgílio Távora(Barbalha)
9h40 Performance Poética Carlos Drummond de Andrade. 15min.
Atividades Infantis – CRIANÇA E ARTE
Local: SESC Crato
14h Sessão Curumim: Hunter X Hunter. 96min.
Atividades Infantis - HORA DO RECREIO
Local: E.E.M Gov. Adauto Bezerra (Barbalha-CE)
15h30 Performance Poética Carlos Drummond de Andrade. 15min.
Atividades Infantis – CRIANÇA E ARTE
Local: Centro Cultural Dr. Raimundo de Oliveira Borges (Caririaçu)
16h 100 Canal: Seminário Internacional de Turismo de Base Comunitária. 5min.
16h05 Sessão Curumim: Yu-Yu-Hakusho. 94min.
Atividades Infantis – ARTE RETIRANTE
Local: Milagres – CE
16h MR. G. 60min.
IV FESTIVAL BNB DA MÚSICA INSTRUMENTAL
19h Alexandre Cavallo e Christiano Galvão (RJ). 60min.
Dia 15, quinta-feira
IV FESTIVAL BNB DA MÚSICA INSTRUMENTAL
18h30 Quarteto Iguaçu (PR). 60min.
19h50 Quinteto da Paraíba(PB). 60min.
Dia 16, sexta-feira
Atividades Infantis - HORA DO RECREIO
Local: E.E.F.M Maria Amelia Bezerra
(Juazeiro do Norte)
9h40 Performance Poética Carlos Drummond de Andrade. 15min.
Cinema – CURTA MUITO
Local: Crato
19h Ímpar Par. 17min.
19h17 Saliva. 17min.
IV FESTIVAL BNB DA MÚSICA INSTRUMENTAL
19h Cleivan Paiva (CE). 60min.
Dia 17, sábado
Atividades Infantis - CRIANÇA E ARTE
14h Bibliotequinha Virtual. 240min.
14h Teatro Infantil: A Flor e o Sol. 60 min.
15h30 Oficina de Arte e Recreação Educativa: Construção de Brinquedo Popular. 60min.
16h30 Sessão Curumim: YU-YU-HAKUSHO. 94min.
ARTES VISUAIS
18h30 Abertura da exposição Recordações de uma Paisagem não Vista, no 5° Andar.
Literatura/Biblioteca – LITERATURA EM REVISTA
19h Varandeiro. 90min.
IV FESTIVAL BNB DA MÚSICA INSTRUMENTAL
Local: Largo do Centro Cultural do Araripe – RFFSA. (Crato)
22h Clã Brasil. 60min

Antropofagia Banguela- por Ulisses Germano

HACAIPIRA I (O Quadro)

Nem li
Vi Dali
Bem ali

HAICAIPIRANHA II

Peitei de cara
Só-lhe-dão rara
Galho apara

HACAIPIRINHA III (ONTOLÓGICO)

Cuma é sê
Só 'ocê
Guassussê?

HAICAIANDO I

Vai, cai
Meu haicai
Amparai

Ulisses Germano

Quem assistiu , no Cassino ,Meus amores no Rio" ? Achei uma cena ! - Para Zélia Moreira




Diretor:Carlos Hugo Christensen

Escritores:Pedro Bloch (writer)
Carlos Hugo Christensen (writer)

Data de Lançamento:26 de março de 1959 (Argentina) mais
Gênero:Comedy Drama Romance
Plot:Como prêmio para ganhar um quiz show de TV, uma menina argentina recebe um bilhete para o Rio de Janeiro, onde permanece durante uma semana. Durante este tempo, ela conhece três pretendentes, e seu coração tem que escolher um deles.


Cast (Cast order)
Susana Freyre
Jardel Filho
Domingo Alzugaray
Fábio Cardoso
Agildo Ribeiro
Diana Morel
Dina Lisboa
Humberto Catalano
Afonso Stuart
Blanca Tapia
Vicente Rubino
Carlos Infante
Marga de los Llanos
Orlando Guy
Antonio Ventura

*Filme de 1959, mas só chegou no Crato em 1962. A trilha sonora e as paisagens do Rio Antigo , inesquecíveis !

Locações : Maracaná, Praia da Moreninha, Corcovado, Pão de Açúcar, etc. E a gente que tinha como sonho de consumo conhecer o Rio, viu, viu, e viu...Não menos que três vezes !

Trilha sonora : Copacabana, etre outras.

Na sequência, como foi sucesso de bilheteria , assistimos a um outro da mesma direção e produção :"Matemática Zero, Amor Dez."

Eita, saudade !

Ivon Curi - 1956- "Delicadeza"

PÁSSARO VERMELHO - Por Edilma Rocha


Final de semana é subida certa para a serra, principalmente se houver um feriado prolongado. A vida na cidade corre com o tempo em meio aos afazeres que absorvem a nossa luta pela sobrevivência. Aos poucos ficam para trás casas, prédios, pessoas, rotina e o transito vai ficando calmo na saída da cidade. A inquietação dá lugar a acomodação, a paisagem corre rapidamente no sentido contrário deixando para trás imagens perdidas. No som do carro, Tom Jobim preenche o coração de contentamento em meio as saudades de tempos vividos.

Baturité é pequena, aconchegante e limpa, mas lotada de motoqueiros apressados sem segurança no uso dos capacetes. São nove igrejas ao longo de um só caminho até a Matriz na última curva de onde se avista o antigo Seminário. Os monumentos confirmam a formação religiosa da pequena cidade que se fez ao longo dos anos.

A subida é cheia de curvas que me fazem embalar como uma criança destinada a um repouso merecido. Suíssa Cearense, é assim chamado o lugar com as duas principais ruas em meio ao Teatro numa homenagem a Raquel de Queiroz, Prefeitura, Correios, lojinhas e bares repletos de mesinhas arrumadas à espera dos visitantes. Para quem conhece a história, constata o desparecimento das antigas construções que abrigavam as famílias de outros tempos que chegavam à cavalo ocupando os casarões nas férias das famílias. O comércio e pousadas tomam conta do patrimônio histórico, e restam apenas seis construções preservadas para o registro de um passado de tradições. O clima continua suave e a brisa é fria, mas a temperatura também já perdeu um pouco na escala do termômetro com os constantes desmatamentos. Alí se estabelecia com abundância um complexo de fenômenos físicos, quimicos e biológicos que se completavam e se integravam, antes que o homem se fizesse tão presente. Este dotado de inteligência, prevalece no ambiente na busca insana por crescentes previlegios se impondo a natureza, modificando-a em seus valores, destruindo-a. É um direito buscar o bem estar e a melhoria da qualidade de vida, desde que feita de forma ordenada, ecologicamente correta e sustentável. Mas as agreções grosseiras e impiedosas são irreparáveis.

Na serra de Guaramiranga, vê-se a impressionante frequência dos crimes ambientais. O homem rude na ânsia de produzir mais, apela pelo desmatamento e queimadas para a produção agrícola bem visíveis na fumaça e devastações vistas no decorrer do caminho. Os horticultores e floricultores apelam para a represa das águas das fontes e invadem os plantios de agrotóxicos que dizimam a flora e fauna nativas, envenenando aos poucos a água dos cursos e promovem a desertificação. São visíveis os deslizamentos dos barrancos impedindo a passagem dos carros com a chegada das chuvas.

O turista ocasional ao se embelezar com a exuberância da paisagem serrana, quer logo partilhar mais de perto e com frequência, fazendo a compra de um imóvel para isso. Daí sobrevivem os especuladôres na desinfreada construção imobiliária, sendo o mais nôvo vilão da destruição da natureza, pois para abrigar um número cada vez maior de condomínios, são devastados enormes espaços de floresta nativa. Abrindo clareiras cada vez maiores no verde, destruindo a fisionomia florística da preservação ambiental.

Procuro sobreviver a tudo isso me recolhendo em um pequeno chalé construido no povoado da Linha da Serra , depois de um reflorestamento numa área de pastagem com mais de oitenta árvores, denominado Engemberg, título em homenagem aos Alpes Suissos na memória de uma viágem. Ficando no meio da mata, quase passa despercebido, destacando-se apenas o telhado e suas mansardas.

No seu interior, ao calor do fogo e do vinho aquece os corpos da família e amigos, procurando uma compensação pelos fatos constatados no decorrer da pequena viágem. Nestes últimos sete anos, abrigamos orquídeas e bromélias nativas procurando preservar o habitat natural do Pássaro Vermelho, quase extinto, que o lugar carrega o seu nome.


Por Edilma Rocha

Prelúdio para ninar gente grande - Luiz Vieira

História da Música - por Norma Hauer


DIA DA CRIANÇA
Hoje são três aniversariantes.
Um está vivo e em plena atividade, completando 81 anos. Trata-se de Luiz Vieira, o eterno menino-passarinho, nascido num dia da criança.
Recebeu várias homenagens e mensagens de muitos amigos hoje, em seu programa na Rádio Carioca.

Outro que faria aniversário hoje, faleceu no dia 28 de agosto deste ano, aos 90 anos. Trata-se de BOB NELSON, sobre quem falei quando de seu falecimento.

Também Ivon Curi faria aniversário hoje.
De uma família de artistas, nascidos em Caxambu, Ivon era irmão de Jorge Curi (locutor esportivo) e Alberto Curi, locutor de notícias.´
Não entro em, maiores detalhes porque só agora tive acesso à Internet. Saí o dia inteiro e estou cansada.
Fica para outra ocasião.
De qualquer forma, fica a homenagem aos dois que já partiram.

Luiz Vieira, tive ocasião de cumprimentar pessoalmente.
Norma

Cacá Araújo, Convida !


Sequelas do crescimento


Atualmente, o assunto: “Crescimento da região do Cariri” está na “boca do povo”. Alardeia-se a transformação da região em um pólo comercial e industrial. Viramos: Região Metropolitana! Mas a centralização da “riqueza”, ou o dito “crescimento”, trouxe mesmo a melhoria na qualidade de vida de sua população? Tem-se educação, saúde, habitação, lazer e transporte de boa qualidade para todos? Vive-se melhor? Quanto nos custou tudo isso?

É notório o salto econômico do Brasil, principalmente, nos últimos 8 anos. Para encurtar a conversa, basta dizer que pagamos a, impagável, dívida externa. Lembram do FMI? A nação desfruta de dinheiro fácil para financiamentos privados, muito em moda no Cariri. Os Juazeirense se tornaram experts nisso! Financiamentos são o combustível certo para o desenvolvimento econômico, desde que parte do capital emprestado: transforme-se em postos de trabalho, com salários justos; reverta-se em impostos aplicados no bem estar do cidadão; e se, o valor do empréstimo for pago, ao banco, no prazo e com os juros acordados. Assim, o exemplo de empreendedorismo ensinado pelo ilustre Cratense Padre Cícero terá dado certo! O problema é que muitas vezes a história, por aqui, não é sempre essa..., mas isso fica pra outro artigo.
Amigo, quero alertar que “a casa caiu”! Colhemos o fruto da aplicação errada do dinheiro público! Representantes que não tiveram competência (entenda-se decência) para priorizar a EDUCAÇAO como único veículo desenvolvimento sustentável de um povo. Temos ricos, mais ricos, e novos ricos que pagam para eleger esses “representantes”. A classe média assiste, à tudo, inerte. Os pobres, até bem pouco tempo miseráveis, embreagam-se com a realidade de poder, à prestação, adquirir uma moto 125 cc, uma TV, um DVD e celular pré-pago. A ressaca vem toda manha ao deixar os filhos na escola pública, mal equipada, dirigida por professores mal remunerados e pouco capacitados. Vem ao recorrer a um sistema de saúde sucateado e insuficiente. Vem do trânsito por vias estreitas e não ou mal pavimentadas, geridas por órgãos igualmente mal equipados e despreparados. A ressaca vem na volta pra casa, quando não se tem um sistema público de transporte eficiente, suficiente e barato. Vem ao chegar em casa e ver seus filhos brincando em ruas com esgoto à céu aberto. Essa é a realidade do “Cariri” que está fazendo o outro Cariri crescer. O Cariri que não tem dinheiro pra pagar ESCOLA PARTICULAR. O Cariri que não pode pagar por PLANOS DE SAÚDE. O Cariri que não tem SANEAMENTO, ASFALTO, muito menos, PRAÇAS e CENTROS ESPORTIVOS, na porta de casa. O Cariri que é obrigado a arriscar a vida, todos os dias, pegando “TOPIC” e MOTO-TÁXI.

Tem jeito? Tem! A mudança deve acontecer a partir do entendimento da inconveniente realidade que se apresenta. Escolhendo-se melhor os que irão gerir nossos impostos. Cobrando-se a correta aplicação dos recursos públicos e não perdendo a capacidade de indignar-se com a prática da corrupção (disfarçada de incompetência) de alguns destes representantes, penalizando-o (os) com a sua NÃO reeleição.

Sequelas de uma região que “cresce” a olhos vistos!

Dimas de Castro e Silva Neto
Engenheiro Civil, Mestre em Gerenciamento da Construção pela University of Birmingham e Professor do Curso de Engenharia Civil da UFC Cariri

Bing Crosby - White Christmas

Bing Crosby e Louis Armstrong

Harold Hobbins

Harold Robbins (originalmente Harold Rubin) nasceu no dia 21 de Maio de 1916 e faleceu a 14 de Outubro de 1997. Foi um escritor estadunidense.

Nascido na cidade de Nova York, Harold Rubin passou a infância num orfanato. Frequentou a Escola Secundária George Washington e, depois de deixar a escola, começou a trabalhar em vários empregos. Robbins começou aos 20 anos vender açúcar para o comércio atacadista. No início da Segunda Guerra Mundial, Robbins tinha perdido a sua fortuna e se mudou para Hollywood, onde trabalhou nos estúdios da Universal, primeiro como um balconista de remessa. Depois ele se tornou um executivo de estúdio.

O primeiro livro dele, Nunca Ame um Estranho, (1948) utilizou a própria vida dele como um órfão nas ruas de Nova York e criou controvérsia com sua sexualidade gráfica. Ian Parker diz que de acordo com Robbins, Pat Knopf comprou o livro porque "foi a primeira vez li um livro em que numa página você teria lágrimas e na próxima página você teria um espanto."

Os Comerciantes de Sonho (1949) era sobre a indústria de filme de Hollywood. Novamente Robbins misturou as próprias experiências dele, fatos históricos, melodrama, sexo, e ação em uma história rápida e comovente.

O romance Uma prece para Danny Fisher (1952) foi adaptado para o cinema sob o título Crioulo de Rei (1958) , contou com a participação de Elvis Presley.

Ele se tornaria um dos maiores autores de best seller do mundo, publicando mais de 20 livros que foram traduzidos em 32 idiomas e vendido mais de 50 milhões de cópias. Entre os livros mais conhecidos dele está Os Carpetbaggers, baseado na vida de Howard Hughes, que leva o leitor de Nova York para a Califórnia, da prosperidade da indústria aeronáutica para a fascinação de Hollywood. Sua seqüela, O Raiders, foi publicada em 1995.

Em 1982, Robbins, devido a problemas num quadril foi forçado a usar uma cadeira de rodas, no entanto nunca deixou de escrever.

Ele visitou muitas vezes a Riviera Francesa e Monte Carlo (Mônaco) até a sua morte no dia 14 de Outubro de 1997 de parada cardio-respiratória aos 81 anos. Ele foi enterrado pelas Primaveras de Palma Mortuary & Mausoleum em Palma Pula, Califórnia.

Harold Robbins tem uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood, na 6743 Boulevard de Hollywood.
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Bing Crosby




Bing Crosby (3 de maio de 1903, Tacoma, Washington, EUA - 14 de outubro de 1977, Madri, Espanha) foi um cantor e ator norte-americano, vítima de um ataque cardíaco quando jogava golfe. É considerado um dos maiores cantores populares do século XX.

Nascido Harry Lillis Crosby, o apelido de Bing foi dado por ele mesmo inspirado na personagem Bingo. Abandonou a carreira de Direito para tocar bateria e cantar. Montou um trio e percorreu os Estados Unidos de uma costa a outra no final da década de 1920.

Em 1930 apareceu pela primeira vez no cinema partipando do primeiro filme sonoro, "O Rei do Jazz". Sua primeira gravação solo foi logo depois, em 1931 com "I Surrender Dear". A partir daí assinou contrato com rádios e gravou mais de 300 músicas até o final da década de 50, se transformando no cantor mais popular dos Estados Unidos nas décadas de 30 e 40.

No cinema, Bing Crosby formou famosa dupla cômica com Bob Hope nos anos 40. Brilhou em "Fuzarca a Bordo", "A Sedução do Marrocos", "O Bom Pastor", que lhe deu o Oscar de melhor ator em 1944, "Os Sinos de Santa Maria", "A Caminho do Rio", "Anjos e Piratas", "Natal Branco", "Amar é Sofrer", que lhe valeu outras indicações ao prêmio em 1954, "High Society" (br.:Alta Sociedade), "Dizem que é Amor", "Robin Hood de Chicago" e "A Última Diligência".

Bing imortalizou a canção "White Christmas" e sua voz se transformou em sinônimo de Natal. Ele era também um hábil pescador e caçador, se casou duas vezes e teve sete filhos, três deles com a também atriz Kathryn Grant, sua segunda esposa.





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Errol Flynn




Errol Leslie Thomson Flynn (Hobart, 20 de junho de 1909 — Vancouver, 14 de outubro de 1959) foi um ator nascido na Austrália e radicado nos Estados Unidos da América, tendo-se naturalizado cidadão estadunidense em 1942.

Errol Flynn era filho de Theodore Flynn, um respeitado biólogo australiano, e de Marrelle Young, uma jovem mulher descendente de Fletcher Christian e Edward Young, tripulantes do famoso HMS Bounty.

Tal como nos seus filmes, a vida de Errol Flynn foi também uma grande aventura. Apaixonado pelo mar, comprou um barco, onde passava a grande parte do seu tempo livre. Boêmio, Flynn teve três casamentos, várias namoradas e quatro filhos. Foi acusado de estupro em 1942, sem ter sido condenado por isso. Houve também várias suspeitas de relações homossexuais.

Errol Flynn casou-se três vezes, sendo que os dois primeiros casamentos terminaram em divórcio e o último com sua morte. Em ordem cronológica, foram suas esposas: a atriz Lili Damita (1931 - 1942), com quem teve seu filho Sean Flynn; a atriz Nora Eddington (1943 - 1948), com quem teve os filhos Deirdre (1945) e Rory (1947); e a atriz Patrice Wymore (1950 - 1959), com quem teve a filha Arnella. Seu filho Sean, um fotojornalista, desapareceu com outros jornalistas durante a guerra do Vietnã. Presume-se que tenha sido capturado e morto pelas forças do Khmer Vermelho, quando da invasão do Camboja

Ainda em 1942, Flynn tornou-se cidadão dos Estados Unidos da América.

Em 2004, ele foi retratado pelo ator Jude Law no filme O Aviador.

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Carla Cammurati - cineasta e atriz brasileira


Carla de Andrade Camurati (Rio de Janeiro, 14 de outubro de 1960) é uma cineasta e atriz brasileira.

Após uma premiada carreira como atriz de cinema e televisão, nos anos 80, Carla Camurati lançou-se como diretora, produtora, roteirista e distribuidora em 1995, com o longa-metragem Carlota Joaquina – A princesa do Brasil, filme que se tornou um marco da era da retomada da produção nacional. Foi o primeiro sucesso de público do cinema nacional na década de 1990, com participação em quarenta festivais e cerca de 1,5 milhão de espectadores conquistados graças a uma iniciativa de distribuição totalmente independente liderada pela própria Carla Camurati.

Antes de estrear na direção de longas, dirigiu dois curtas-metragens: A mulher fatal encontra o homem ideal (1987) e Bastidores (1990). Em 1997, novamente dirigiu, escreveu e distribuiu um longa-metragem, La serva padrona, baseado na ópera de Pergolesi, primeiro filme-ópera do Brasil. A partir desse filme, começou a se dedicar à direção de óperas teatrais pelo Brasil, dentre elas Madame Butterfly de Puccini, em 1999, sob a regência de Isaac Karabitchevsky; Carmen de Bizet, em 2001, sob a regência de Jamil Maluf; O Barbeiro de Sevilha de Gioacchino Rossini, em 2003, sob a regência de Silvio Viegas; e Rita de Donizetti, em 2007, sob a regência de Débora Valdman.

Em 2001, realizou seu terceiro filme, Copacabana, inspirado em histórias do famoso bairro carioca. É uma das sócias fundadoras e diretoras da Copacabana Filmes e Produções, produtora que, em mais de dez anos de atuação, estabeleceu-se como uma das mais renomadas do país na produção de peças teatrais, filmes, óperas, pós-produção cinematográfica, realização de eventos de promoção cultural, distribuição de cinema e, mais recentemente, também na produção de publicidade.

A partir de 2001, ampliou seu trabalho como produtora e distribuidora, abrindo a Copacabana Filmes também para títulos de outros diretores, como A pessoa é para o que nasce (2004), de Roberto Berliner; e o documentário Janela da alma (2002), de João Jardim e Walter Carvalho. Desde 2003 é uma das diretoras do FICI (Festival Internacional de Cinema Infantil) que, em parceria com o circuito Cinemark, percorre oito cidades com filmes para crianças e títulos de diversas nacionalidades.

Dentro das iniciativas promovidas pelo Festival Infantil está o projeto "A tela na sala de aula", que leva os filmes para serem trabalhados em salas de aula da rede pública. Seu quarto filme, Irma Vap - O retorno, inspirado na peça de grande sucesso O mistério de Irma Vap, estreou em 2006. Em 2007, distribuiu o documentário Pro dia nascer feliz, de João Jardim, que já atingiu a expressiva marca de mais de cinqüenta e um mil espectadores.

Filmografia como diretora
2007 - Rita, de Donizetti (ópera - teatro)
2006 - Irma Vap - o retorno
2004 - Madame Butterfly, de Giacomo Puccini (viagem com a ópera - teatro)
2003 - O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini (ópera - teatro)
2001 - Copacabana
2001 - Carmen de Georges Bizet (ópera - teatro)
1999 - Rainha da Beleza, de Leenane (teatro)
1999 - Madame Butterfly de Giacomo Puccini (ópera - teatro)
1998 - La serva padrona (longa-metragem)
1997 - La serva padrona, de Giovanni Battista Pergolesi (ópera - teatro)
1995 - Carlota Joaquina, Princesa do Brazil
1990 - Bastidores (curta-metragem)
1987 - A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (curta-metragem)
Como atriz
2003 - O Ovo
1996 - Antônio Carlos Gomes
1996 - Carlota Joaquina, Princesa do Brazil
1994 - Lamarca
1991 - Grande Pai (telenovela)
1991 - O Corpo
1990 - Brasileiros e Brasileiras (telenovela)
1990 - Fronteiras do Desconhecido (minissérie)
1989 - Pacto de Sangue (telenovela)
1988 - Fera Radical (telenovela)
1987 - Eternamente Pagu
1987 - A Mulher Fatal Encontra o Homem Ideal (curta-metragem)
1986 - Cidade Oculta
1985 - O Tempo e o Vento (minissérie)
1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez
1984 - A Estrela Nua
1984 - Livre para Voar (telenovela)
1984 - A Mulher do Atirador de Facas
1983 - Champagne (telenovela)
1983 - Onda Nova
1982 - O Olho Mágico do Amor
1982 - Sol de Verão (telenovela)
1981 - Brilhante (telenovela)
1981 - O Olho Mágico do Amor



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Robbins , o insaciável



Seus best-sellers de sexo e
violência lhe renderam milhões

A cama é a matriz de muitos "best-sellers" americanos: foi deitada que a autora de "E o vento levou...", Margareth Mitchell, escreveu seu "best-seller" internacional, convalescendo, durante dois anos, de um acidente de automóvel. Prêso à cama também, por um ferimento na coluna vertebral, Harold Robbins, 52 anos, o autor mais vendido do mundo, com 40 milhões de exemplares de suas novelas divulgados em dezoito países, partiu para a literatura e para a fama em 1948. Tendo faturado até agora cêrca de 8 milhões de dólares (24 bilhões de cruzeiros antigos) com "Os Libertinos", "Os Insaciáveis" e "Os Implacáveis", além de outros, é o único escritor que consegue pagamento antecipado de 1 milhão de dólares de seus editôres de Nova York e produtores de Hollywood por um livro que não existe ainda, a não ser no título: "The Survivors"("Os Sobreviventes"). A cama é também a matéria-prima de que são feitos os livros de sucesso, principalmente os de Harold Robbins. Suas personagens da alta roda internacional — milionários de origem humilde, "playboys" diplomatas latino-americanos, produtores de cinema inescrupulosos — passam obrigatòriamente pela cama como uma estação de águas que revigora, traz saúde, juventude e poder.

Moralista com obsessão sexual — O sexo é uma obsessão até em suas imagens literárias: "O avião descia sôbre o aeroporto no deserto como um macho sequioso sôbre uma mulher morena estendida entre lençóis brancos de areia". Em "Os Insaciáveis", uma loura e um diretor de grande emprêsa tomam banho juntos numa banheira cheia de campanha e como aperitivo ela começa fazendo a barba no tronco peludo dêle. Em "Os Implacáveis", a cerimônia de defloramento ritual das índias da tribo navajo do Arizona é descrita com minúcia quase cirúrgica. O romancista judeu nova-yorkino defendeu-se, numa entrevista concedida a uma revista católica, de ter obsessão pelo sexo: "Minhas histórias meramente refletem a vida com suas circustâncias impiedosas, que forçam os sêres humanos a cederem a seus impulsos sexuais em busca de calor e afeição". Ajustando suas abotoaduras de ouro, êle se autodefine "um moralista, pois todos os meus protagonistas fazem uma escolha de ordem moral e arcam com as conseqüências".

Feito por si mesmo — Hàbilmente, o coquetel do sucesso de vendagem de Robbins manda misturar uma dose de otimismo para não desiludir seus leitores da superioridade do "american way of living" (o modo de vida americano), outra de puritanismo — na terra fundada pelos puritanos, as messalinas acabam sempre tràgicamente — e um tanto de crença no trabalho e na honestidade. Afinal, sua própria carreira não é típica do "self mad man"? Abandonado criança ainda num orfanato por seus pais que fugiam de credores e de contas de aluguel, Robbins foi trabalhar num restaurante de Brooklyn chamado A Cozinha do Inferno, varreu neve a 1 dólar por hora e vendeu sorvetes na praia de Coney Island. Aos vinte anos de idade, especulou em colheitas de milho e açúcar e ganhou 1 milhão e meio de dólares, para perdê-los logo depois que o Presidente Roosevelt congelou o preço dos alimentos, no decorrer da década de 30. A bancarrota o arrastou de um apartamento elegante num hotel sofisticado de Nova York às auto-estradas, com o polegar para cima pedindo carona até Hollywood. Os estúdios da companhia cinematográfica Universal o admitiram como supervisor do almoxarifado.

Mercadores de sonhos enlatados — Com os anos, Robbins melhorou de vida e passou a diretor de orçamento, manejando 40 milhões de dólares na fabricação de sonhos enlatados para o mundo inteiro. "Os Mercadores de Sonhos" chama-se, em inglês, sua primeira novela da trilogia inspirada em Hollywood: os astros milionários, a luta entre os grandes produtores, as festas que degeneravam em orgias. Foram os romances que seus chefes compravam (para transformá-los em filmes) que o convenceram a capitalizar como literatura êsse material que conhecia de primeira mão. Qualitativamente, Harold Robbins não existe para a crítica americana, que invariàvelmente despreza os seus romances. Como seu tradutor brasileiro, Nelson Rodrigues, que diz: "Harold Robbins é um momento da estupidez humana". O autor de "Ninguém é de Ninguém" confessa ter "tropeçado por acaso" na literatura quando começou a descrever a elite endinheirada da Europa e América. Mas desde então, como excelente homem de negócios, Robbins percebeu depressa que tinha na máquina de escrever uma galinha que punha ovos de dólares.

O público é que conta — Os americanos dizem que Robbins tem o toque de Midas, o rei lendário que transformava em ouro tudo o que tocava. As revistas de literatura dos Estados Unidos — desde a intelectualizada "The Kenyon Review" até o suplemento literário do "New York Times" —, quando se dignam a mencionar seu nome, é para incluí-lo entre os autores que só contam "quantitativamente como quem conta a produção de batatas de Kansas". "Os críticos não produzem literatura, o público é que consagra os escritores", replica irônicamente o romancista. E, para provar sua capacidade de trabalho, anuncia que já tem quatro romances planejados para os próximos dez anos, "se a saúde permitir". Um dêles incluirá "um dos temas mais atuais do mundo — a batalha entre homens e mulheres", e outro estudará outra batalha pelo mercado, entre fábricas de automóveis.

De janelas fechadas sôbre o Mediterrâneo — De sua "villa" em Cannes, na Riviera francesa, ou em suas casas de Beverly Hills e Connecticut, Robbins alterna suas horas de trabalho (das 4 às 10 da manhã) com visitas a iates de milionários e a seu alfaiate — para encomendar até vinte ternos iguais para êle e sua terceira espôsa, a lindíssima loura Grace (calças roxas com casacos verde-limão). Na mansão de Cannes, mandou tapar a vista sôbre o Mediterrâneo ("que me distrai do trabalho quando fico em casa") para concentrar-se nos livros, que dita para uma secretária inglêsa. Ela chora sôbre o teclado da IBM elétrica sempre que uma das personagens atravessa momentos difíceis. Numa noite, Robbins é capaz de perder sem emoção 150.000 dólares no cassino de Monte Carlo. "Afinal", observa êle, "só com a porcentagem de venda dos meus livros e filmes baseados nêles já ganhei 8 milhões de dólares, mais do que custou a Biblioteca Pública de Nova York. Isso me dá, até 1981, mesmo que eu não escreva mais uma palavra, uma renda de 500.000 dólares por ano. Por que me preocupar com migalhas?"
fonte : Revista VEJA

Do Silêncio - por Ana Cecília S.Bastos


teia
que só se vê quando em feixe de luz
é esse labirinto de silêncios
sob a palavra
.
(Ana Cecília)

Chica do Rato ? "Nois era carne e unha" - por Socorro Moreira


A primeira vez que eu fui a Várzea Alegre eu era menina de braços. Lembranças vagas.
A segunda vez, eu estava com 14 anos, terminara o ginásio, e fui passar as férias , na casa de Seu Mundim Tibúrcio com Ana Maria ( minha prima), Vilany e Maria Nilce.
Cheguei de tardinha, depois de muitas horas de viagem pela Serra de S.Pedro. De noite fui dar umas voltas na praça , querendo conhecer os meninos dos quais já tinha a ficha completa. Mas a praça estava vazia. Todos tinham ido para um forró, no Sanharol.
Quando o dia amanheceu, depois da primeira noite naquela cidade, fui pra calçada, apreciar o movimento. Míope, não enxergava o povo à distância. E, lá se vem, uma moça enfeitadíssima, de salto alto, colares, pulseiras e roupas vistosas... Parecia uma cigana !
Perguntei pra Maria Nilce : Vixe, quem é aquela tão pronta, que vem chegando , já com um sorriso imenso, na boca de batom vermelho ?
Ela riu muito, e deixou que a figura se aproximasse, e eu tirasse as minhas conclusões.
Era Francisca. Gostamos uma da outra de cara ( as doidas se atraem?). Aí foi logo se lamentando:
" Tenho um monte de apelidos... O povo daqui é gozador, sabia?
E, já que está chegando, se quiser minha amizade, não tome os meus namorados...O nome do atual é Rubens Diniz."
Eu pensei até em registrar tudo que Chica falava, nos 30 dias que passei em Várzea Alegre. A história de uma cidade contada pelas falas da Chica seria um livro de Filosofia !
Chica é uma, entre mil e umas , saudades minhas !
Eu só não nasci em Várzea Alegre porque nasci foi no Crato. Mas se tivesse sido ao contrário , eu também seria feliz !

Abraços, Morais !
* Saudades de Dayse Diniz, Jesus de Seu Doca Bitu, dos filhos de Seu Luiz Próto, Nilo Sérgio, da família de Seu Mundim Tibúrcio e Dona Ném, Pe. Otávio, Kleber, Nei, Linda, Iêdo, Marta Bitu, Irapuá, Odalice, Onésia, Telma Teixeira, Zé Clementino, Maria Ormicinda, etc,etc.

Nois era carne e unha - Por Mundim do Vale

No tempo do desastre aéreo que vitimou Leila Diniz, a comoção foi geral. A morte prematura da atriz virou manchete de rádio, revista e televisão no mundo inteiro. Em Várzea Alegre as pessoas também sentiram, pelo trágico que foi o acidente.
Francisca Farias Mota ( Chica do Rato ) demonstrando um sentimento maior, usava vestido, luvas e véu preto e andava rua acima rua abaixo com uma página da revista Manchete onde tinha a foto da falecida. Um certo dia ela chegou chorando na bodega de Alberto Siebra e pediu para que ele lhe fizesse um grande favor: Alberto perguntou qual era o favor:“Oberto! Já que tu é tão amigo do Pade Mota e inté parece com ele, eu quiria qui tu pidisse a ele, prumode ele celebrar uma missa pra finada Leila, no dia trinta de Abril”. Alberto notando que Francisca estava mais tam-tam da cabeça do que sentida falou: Dá certo não Chica! O Padre Mota está com a agenda cheia, esse mês de Abril tem muita missa. Porque você não encomenda um terço pra ela na capela de São Vicente? “Magina tu indoidiceu? A finada merece é uma missa, ela num era muié só prum terço não. E tu conhecia a Leila Chica? Basta! E tu não sabia não? Apois nós era unha e carne. Tu sabia que ela era prima de Kleber Diniz? Não. Apois era. Mais ou ome sem sintimento, a prima morreu quando acabar ele tá é passiando nas praias im Fortaleza, diferente deu qui tou todo tempo me alembrando de quando ela vinha pra casa de seu Zizué Diniz, qui eu mais ela ia tumar bãe dibacho das bica de jacaré na calçada da igreja e quando era de noite nós ia jogar xibiu lá na calçada da casa de João Bile”.
Postado por A.Morais :
Dedico a amiga Socorro Moreira que conheceu a personagem desse mirabolante causo.

Verbos - Por Claude Bloc



Verbos
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Sinto-me presa aos verbos conjugados.
Verbos híbridos, verbos do passado.
Verbos são barras de uma prisão invisível
Verbos que me abraçam e me embaraçam
a cada momento.


Verbos são palavras
Verbos com que amo
Verbos que suspiram
Verbos insensatos...
E se me embaralho nesses verbos
fujo, ignoro, viro as costas
e no final das contas os enfrento.
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Às vezes vacilo entre verbos
Mas nunca me entrego,
pois só amar me resta do que resta amar...
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Texto e imagem por Claude Bloc
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Manhã clara - Cecília Meireles ( para Camila Arrais)

Para uma linda manhã clara, um texto de Cecília Meireles (1961)

Manhã clara
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Casas brancas
Nuvem branca
Pombos brancos
Jasmins

Tomo nas mãos a primeira folha de papel
Que se pode escrever de tão claro?
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Foto (e formatação) por Claude Bloc - (Rua do Canal - Rio das Piabas)