Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 12 de julho de 2011

Pensamento para o Dia 12/07/2011


“Todo ser vivo deve alcançar a realização; esse é o destino. A extensão e a dificuldade da viagem são determinadas pela natureza dos efeitos cumulativos de muitas vidas. A fim de alcançar o cumprimento no campo espiritual, a ajuda daqueles que têm dominado o caminho é extremamente necessária. Essa orientação pode ser transmitida apenas de um coração para outro coração, quando um parentesco íntimo entre o buscador e o Mestre é estabelecido. Textos, comentários, guias geram apenas dúvidas, discórdias e discussões. Argumentações podem desenvolver apenas habilidade e perícia. Somente a experiência adquirida através da intuição é válida no reino do espírito. Para a jornada da intuição para a iluminação, as camadas de egoísmo e seus males devem ser penetrados e destruídos. O Guru será de grande ajuda nessa aventura. Pois, somente Aquele que alcançou o objetivo pode guiar o peregrino. Sem o Guru, o aspirante tende a vaguear no deserto.”
Sathya Sai Baba

A república que não foi – por Roberto Pompeu de Toledo (*)



Fará 100 anos, em agosto, que começou a ser publicado em capítulos no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro o romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. O livro é hoje um clássico da literatura brasileira e o Policarpo do título um de seus personagens mais marcantes. Mesmo quem não leu o livro tem uma ideia de quem se trata – o patriota tão patriota, tão enamorado e orgulhoso das coisas do Brasil, e tão avesso à influência estrangeira, que um dia enviou uma representação à Câmara dos Deputados propondo a adoção do tupi como língua oficial, em lugar do importado português. Tão patriota que proibiu em sua casa o jantar de frango com o estrangeiro petit-pois. Tinha ele ser com guando.

Até lá pela metade do livro Policarpo Quaresma é personagem de comédia. Encanta-se com a magnitude dos rios brasileiros e tem tanta fé na dadivosidade do solo pátrio que, quando vira agricultor, se recusa a usar adubo nas plantações. Depois toma corpo um outro Quaresma, agora personagem de tragédia. O livro deve sua grandeza a essa transição. Como um herói do teatro grego, ele vai consumir-se numa luta perdida. Mas, à diferença dos heróis gregos, não é a manipulação dos deuses que o enreda na malha da danação. São as pragas bem terrenas do Brasil que tanto amou. A saúva que corrói suas plantações. O torniquete dos constrangimentos e das multas que, ao recusar-se a participar de uma fraude eleitoral, se fecha contra sua atividade de produtor rural.

Lima Barreto (1881-1922) é um ficcionista com pés muito firmes na realidade do seu tempo. Alvo preferencial de sua crítica – e de sua ira – é a política dos primeiros anos da República. Triste Fim de Policarpo Quaresma passa-se no tempo do marechal Floriano Peixoto (1891-1894) e da Revolta da Armada, o movimento que precipitou uma guerra de seis meses na Baía de Guanabara entre os rebeldes da Marinha e as forças do governo. Quaresma, que ainda acreditava em Floriano, decide alistar-se nas forças governistas. Vai fazê-lo apresentando-se pessoalmente ao presidente, a quem conhecera no tempo em que trabalhou no Ministério da Guerra. Tem a intenção de aproveitar a oportunidade para apresentar-lhe um memorial em que compendiara os problemas da agricultura.

O Itamaraty, então palácio presidencial, tem uma atmosfera de bulício e bajulação. Floriano, que como sinal do almoço recém-terminado ainda tinha um palito na boca, atende um e outro, recebe elogios, ouve apelos de "Energia, marechal". Quando chega sua vez, depois de apresentar-se como voluntário, Quaresma começa a falar da agricultura. Floriano ouve-o com enfado. "Trouxe até este memorial", diz Quaresma. "Deixa aí", responde o presidente. Chama o próximo. É um oficial a quem precisa anotar uma ordem. Pega então do lápis e, na falta de outro papel, rasga um pedaço das primeiras páginas do manuscrito de Quaresma.


O retrato que o livro apresenta de Floriano é arrasador. O olhar era "mortiço, redondo, pobre de expressões", próprio de uma "ausência total de qualidades intelectuais". Aquele que outros viam como o "Marechal de Ferro" possuía, segundo Lima Barreto, a "tibieza de ânimo" como traço predominante e um temperamento marcado por "muita preguiça". Ao longo da Revolta da Armada, Quaresma experimentará da rotina sem sentido dos tiros perdidos dos navios para os fortes, e vice-versa, transformados a certa altura em diversão para a população até a matança cruel que se seguirá, como vingança à derrota dos insurretos. Agora perfeito e consumado personagem de tragédia, morrerá por força da injustiça e da ferocidade dos detentores do poder, mas também dos efeitos da desilusão e da solidão de suas causas.


O livro investe contra Floriano, os militares e o "Santo Ofício Republicano". Lima Barreto, que tinha o vezo de atalhar o relato ficcional com diatribes de editorialista, acusava o "nefasto e hipócrita positivismo", a ideologia dos militares que proclamaram a República, de um "pedantismo tirânico, limitado e estreito, que justificava todas as violências". Ele era mais um dos desencantados com a "república que não foi", como se dizia na época – a dissipação da ideia de república num mar de intolerância, de desonestidade e de mistificação.
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Releve o leitor voltar à nossa rasa vidinha de cada dia, mas é irresistível. Se ressuscitassem hoje Policarpo Quaresma e Lima Barreto, veriam que continuam os embustes com a palavra "república". Hoje temos um Partido da República. Aquele do Ministério dos Transportes.
(*) Roberto Pompeu de Toledo, é jornalista. Escreve quinzenalmente para a “Veja”.

Dilma... "DECEPCIONA" - José Nilton Mariano Saraiva

Quem não lembra da sórdida e abjeta campanha da qual ela foi vítima às vésperas da última eleição presidencial ??? Como esquecer a profusão de afagos e “carinhosos” rótulos com os quais foi “distinguida” antes e ao longo do penoso processo sucessório: terrorista, mulher-macho, bandida, sapatão, homossexual, inexperiente, guerrilheira, pau mandado, lésbica, poste e por aí vai.
Movidos pelo sectarismo e intolerância, seus abusados detratores chegaram a vaticinar que, elegendo-a, o Brasil estaria abdicando do futuro, cavando a própria sepultura, rumando de encontro ao caos, assinando o próprio atestado de óbito (daí a necessidade de sangrá-la à exaustão e enterrá-la... preferencialmente viva).
E, no entanto, de nada adiantou tão intensa e infame campanha difamatória, já que a maioria da população brasileira houve por bem referendá-la nas urnas, dar-lhe um voto de confiança, sufragá-la sem medo, certamente que agradecida e confiante na indicação do seu “padrinho” político, aquele que tanto fez pelos menos favorecidos em seus oito anos de mandato – Lula da Silva - o maior presidente que o Brasil já teve. Assim, nada mais natural que a “goleada” acachapante e estrondosa nas urnas.
Agora, decorridos apenas seis meses da sua assunção ao “trono”, o “poste” DECEPCIONA ao mostrar que tem luz própria, que uma “presidenta” pode muito bem equiparar-se a um “presidente”, que uma mulher no comando não mete medo a ninguém, que já passou o tempo da fêmea adstringir-se às tarefas domésticas ou apenas servir de objeto sexual e, enfim, que é possuidora da “massa cinzenta” necessária a separar alhos de bugalhos, além de dotada do perfil técnico-executivo-gerencial necessário à empreitada.
Para tanto, nada melhor que começar cumprindo humildemente o que houvera prometido durante a acirrada campanha, qual seja, que o seu governo seria a “CONTINUIDADE” do governo Lula da Silva, em termos de priorização do “social”, de beneficiamento dos menos favorecidos, da opção pelos desafortunados, da busca incessante de catapultar da miséria milhões de irmãos (processo que já houvera sido iniciado pelo “padrinho”).
Para tanto, por qual razão não manter algumas peças que, reconhecidamente, “deram de conta do recado” na administração pretérita, em termos de eficiência administrativo-operacional ??? Por que não aceitar que o próprio antecessor, um homem experiente, ponderado e passado na casca do alho, o ajudasse na escolha e composição da equipe ministerial ??? E aí, a presidenta Dilma novamente DECEPCIONA seus algozes, ao exercitar e por em prática o que cumprira.
Só que (e isso é imprescindível de ser ressaltado), como o sistema político vigente no país sujeita o chefe do poder executivo a depender da tal “governabilidade”, há que se conviver (lamentável e obrigatoriamente), com uma briguenta, difícil, heterogênea e multifacetada coligação suprapartidária, onde os candidatos aos cargos de confiança são indicados pelos partidos componentes da base de sustentação do governo; e aí, não há como escapar às “surpresas desagradáveis” ou aos “desvios de conduta” oriundos e resultantes de um universo tão complexo.
Para tanto, há que se ter a necessária coragem de cortar na própria carne (quando preciso for) como forma de extirpar o mal pela raiz, mesmo e apesar do “prestígio” de algum deslumbrado que se tenha extasiado com o poder momentâneo. E aí, a presidenta Dilma de novo mostra toda a seriedade que a caracteriza e, mais uma vez DECEPCIONA aos “eternamente do contra”, ao apresentar o “bilhete azul” para figurões que atabalhoadamente meteram os pés pelas mãos, se perderam ao longo do caminho. Assim, as demissões de Antonio Palocci (uma indicação do próprio ex-presidente Lula da Silva) e Alfredo Nascimento (do PR) são exemplos vivos da determinação e objetividade que caracterizam a primeira mulher presidenta do Brasil. E haverá, sim, novas “baixas-substituições”, ao longo do seu mandato (podem apostar).
No mais, a presidenta Dilma DECEPCIONA (arre égua... de novo, outra vez, novamente) ao adotar e licitar as obras de ampliação e modernização dos aeroportos brasileiros sob o regime de “concessão” (ou cessão com “prazo determinado” pra devolução) e não o de “privatização” (entrega definitiva do patrimônio público, normalmente a preço de banana, como o fez o ex-presidente FHC, com o setor de telefonia). E no clímax da exploração do “pre-sal” não será diferente, pra desespero dos sectários e intolerantes que insistem em tentar confundir ou misturar tais conceitos e práticas (por má-fé, masturbação intelectual ou mesmo pura ignorância).
De sobra, ao momentaneamente deixar de lado o estilo “gerentona” e exercitar sua porção “ternurinha” (soft ou ligth), Dilma DECEPCIONA ao, propositadamente, inflar o ego do “príncipe dos sociólogos” (FHC) saudando-o de forma irônica na passagem dos seus 80 anos de idade (sinal de que a cada dia se credencia para integrar a equipe do “Instituto Butantã” - ambiente de cobras criadas – quando da política resolver afastar-se).
Por enquanto, a presidenta Dilma decepciona, decepciona, decepciona... (na visão "estrábica" dos seus mordazes críticos), enquanto o Brasil cresce, cresce, cresce... (na visão fria e realista dos números, de conhecimento do mundo todo).

URCA realiza mais uma vez o Palco Sonoro durante a Expocrato


Terça Feira - Dia 12
17:00 - Área Restrita
18:00 - 4º. Estágio
19:00 - Aécio Ramos
19:40 - B´Haves
20:00 - Elisa Moura
20:40 - Trimurti (Instrumental)
21:00 - Cariri Blues

Quarta--feira – Dia 13
17:00 - Black Out
18:00 - Sétimo Selo
19:00 - Fatinha Gomes
19:40 - Luciano Brainner
20:00 - Cícero Gnomo
20:40 – Calazans Callou
21:00 - Jord Guedes
21:00 – Cleivan Paiva

Quinta-feira- Dia 14
17:00 - Cantigar
18:00 - Zabumbeiros Cariris
19:00 - Synkrasis
19:40 - Abidoral Jamacaru
20:00 - Ermano Moraes
20:40 - João Do Crato
21:00 - Ibbertson Nobre
21:40 - Beatles Cover

Sexta-feira – Dia 15
17:00 - Tábua De Pirulito
18:00 - Dom Rasta
19:00 - Plataforma Vip
19:40 - Legalize It
20:00 - Godivas
20:40 - Liberdade & Raiz
21:00 - De Repente Blues
21:40 - Batista Trio

Sábado - Dia 16
17:00 - Black Boy Dance/ Filhos De Maria
18:00 - Stênio Lima
19:00 - Rinaldo
19:40 - MPB Trio
20:00 - Soul Musical
20:40 - Alvaro Holanda
21:00 - Herdeiros Do Rei