Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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domingo, 16 de maio de 2010

Zélia Gattai




Zélia Gattai Amado (São Paulo, 2 de julho de 1916 — Salvador, 17 de maio de 2008) foi uma escritora, fotógrafa e memorialista (como ela mesma preferia denominar-se) brasileira, tendo também sido expoente da militância política nacional durante quase toda a sua longa vida, da qual partilhou cinqüenta e seis anos casada com o também escritor Jorge Amado, até a morte deste.

Filha dos imigrantes italianos Angelina e Ernesto Gattai, é a caçula de cinco irmãos. Nasceu e morou durante toda a infância na Alameda Santos, 8, no bairro Paraíso, em São Paulo.

Zélia participava, com a família, do movimento político-operário anarquista que tinha lugar entre os imigrantes italianos, espanhóis, portugueses, no início do século XX. Aos vinte anos, casou-se com Aldo Veiga. Deste casamento, que durou oito anos, teve um filho, Luís Carlos, nascido em São Paulo, em [1942].
A vida com Jorge Amado
Leitora entusiasta de Jorge Amado, Zélia Gattai o conheceu em 1945, quando trabalharam juntos no movimento pela anistia dos presos políticos. A união do casal deu-se poucos meses depois. A partir de então, Zélia Gattai trabalhou ao lado do marido, passando a limpo, à máquina, seus originais e o auxiliando no processo de revisão.

Em 1946, com a eleição de Jorge Amado para a Câmara Federal, o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, onde nasceu o filho João Jorge, em 1947. Um ano depois, com o Partido Comunista declarado ilegal, Jorge Amado perdeu o mandato, e a família teve que se exilar.

Viveram em Paris por três anos, período em que Zélia Gattai fez os cursos de civilização francesa, fonética e língua francesa na Sorbonne. De 1950 a 1952, a família viveu na Checoslováquia, onde nasceu a filha Paloma. Foi neste tempo de exílio que Zélia Gattai começou a fazer fotografias, tornando-se responsável pelo registro, em imagens, de cada um dos momentos importantes da vida do escritor baiano.

Em 1963, mudou-se com a família para a casa do Rio Vermelho, em Salvador, na Bahia, onde tinha um laboratório e se dedicava à fotografia, tendo lançado a fotobiografia de Jorge Amado intitulada Reportagem incompleta.
A escritora
Aos 63 anos de idade, começou a escrever suas memórias. O livro de estréia, Anarquistas, graças a Deus, ao completar vinte anos da primeira edição, já contava mais de duzentos mil exemplares vendidos no Brasil. Sua obra é composta de nove livros de memórias, três livros infantis, uma fotobiografia e um romance. Alguns de seus livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o espanhol, o alemão e o russo.

Anarquistas, graças a Deus foi adaptado para minissérie pela Rede Globo e Um chapéu para viagem foi adaptado para o teatro.
Prêmios e homenagens

Baiana por merecimento, Zélia Gattai recebeu em 1984 o título de Cidadã da Cidade do Salvador.

Na França, recebeu o título de Cidadã de Honra da comuna de Mirabeau (1985) e a Comenda des Arts et des Lettres, do governo francês (1998). Recebeu ainda, no grau de comendadora, as ordens do Mérito da Bahia (1994) e do Infante Dom Henrique (Portugal, 1986).

A prefeitura de Taperoá, no estado da Bahia, homenageou Zélia Gattai dando o nome da escritora à sua Fundação de Cultura e Turismo, em 2001.

Em 2001, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 23, anteriormente ocupada por Jorge Amado, que teve Machado de Assis como primeiro ocupante e José de Alencar como patrono. No mesmo ano, foi eleita para a Academia de Letras da Bahia e para a Academia Ilheense de Letras. Em 2002, tomou posse nas três. É mãe de Luis Carlos, Paloma e João Jorge. É amiga de personalidades e gente simples. No lançamento do livro 'Jorge Amado: um baiano romântico e sensual, em 2002, em uma livraria de Salvador, estavam pessoas como Antonio Carlos Magalhães, Sossó, Calasans Neto, Auta Rosa, Bruna Lima, Antonio Imbassahy e James Amado, entre outros.

Ao lançar seu primeiro livro, Anarquistas graças a Deus, Zélia Gattai recebeu o Prêmio Paulista de Revelação Literária de 1979. No ano seguinte, recebeu o Prêmio da Associação de Imprensa, o Prêmio McKeen e o Troféu Dante Alighieri. A Secretaria de Educação do Estado da Bahia concedeu-lhe a Medalha Castro Alves, em 1987. Em 1988, recebeu o Troféu Avon, como destaque da área cultural e o Prêmio Destaque do Ano de 1988, pelo livro Jardim de inverno. O livro de memórias Chão de meninos recebeu o Prêmio Alejandro José Cabassa, da União Brasileira de Escritores, em 1994.

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9lia_Gattai"

Por Norma Hauer

ELE VIVEU MUITO POUCO...
No dia 16 de maio de 1923 nasceu Mário Ramos de Oliveira,cantor que ficou conhecido com o nome de VASSORINHA.
Desde menino, demonstrou aptidão para o canto e, com apenas 11 anos, em 1935, tomou parte de um filme de nome "Fazendo Fita".
No ano seguinte, com apenas 12 anos,foi trabalhar como contínuo na Rádio Record de São Paulo; cantarolava durante o trabalho e à noite apresentava-se ao microfone da emissora como cantor ,com o nome de Juracy (que serve para os dois sexos).Isso porque sua voz ainda era infantil.
Mais tarde,resolveram arranjar outro nome para ele , quando se tornou o Vassourinha .
A história que sempre ouvi a respeito desse apelido é que ele, como contínuo da rádio, fazia faxina e "cantava" enquanto varria a emissora . Isaurinha Garcia ouviu-o, sugeriu o nome de Vasourinha e ele passou a cantar profissionalmente. A outra história sobre seu apelido,consta da Internet, mas ,para mim , a que descrevi é a verdadeira porque a conheço há muitos anos .
O compositor Antonio Almeida, indo a São Paulo,gostou de Vassourinha e o trouxe para o Rio. A fim de que lhe dessem chance de gravar.
Como ele cantava as músicas do repertório de Silvio Caldas, João Petra de Barros e Luiz Barbosa,sentiu que era deste que mais se aproximava, cantando também samba de breque.
O grande sucesso de Luiz Barbosa era um samba de Braguinha e Alberto Ribeiro de nome "Seu Libório" ,cantado por Luiz no filme "Alô Alô carnaval". Por motivos de contratos com gravadoras , sendo Luiz da Odeon e Braguinha da Colúmbia, Luiz não gravou esse samba.
Com a morte deste, em 1938, Vassourinha teve sua chance de fazer sua 1ª gravação com esse samba e "Juracy. Daí começou a fazer sucesso. Gtavou: "Emília";"Ela Vai à Feira";"Chik,Chik,Chik, Bum";"Apaga a Vela";"Olga";"E o Juiz Apitou";"Amanhã eu Volto" e "Volta pra Casa Emília".

Foram apenas essas suas gravações e, posteriormente, a Musicolor gravou todas em um LP. Seu maior sucesso foi "Emília".("quero uma mulher, que saiba lavar e cozinhar..."),

Ainda no Rio foi acometido de uma doença rara e foi levado de volta para São Paulo onde faleceu dessa doença, nunca esclarecida, no dia 3 de agosto de 1942, com apenas 19 anos.

Norma

As sacolas de plástico dos supermercados e o projeto de Lei Ficha Limpa. Por José do Vale Pinheiro Feitosa

Eu, tu, ele, ninguém quer prejudicar a natureza. Pode ser que eles queiram, mas no singular ninguém quer. Do mesmo modo ninguém quer aproveitador sendo nosso representante no poder público.

Mesmo assim desconfio das boas intenções desta campanha contra a sacola de plástico nos supermercados. Tenho a impressão que não passa de um modo de reduzir custos dos comerciantes e de aumentar a venda de sacos plásticos para o lixo.

Como tudo que é calhorda, apenas se fala de um lado da questão. Ora se não é bom carregar as compras em saco de plástico, igualmente não o é ensacar o lixo. Assim como as compras em geral nas lojas, do mesmo modo os frascos de plástico, os plásticos nos automóveis, as cadeiras e mesas e assim por dia que o plástico se multiplica na nossa vida mais do que meus dedos tocando nestas teclas de quê mesmo?

E como desconfio deste “projeto popular da ficha limpa”. Parece sujeira dos poderosos com todo tido de perseguição às lideranças. Agora os juízes mandarão na política. Os malandros terão, todos, ficha limpa.

De “madrugada” vão lavar suas fichas e jogar a sujeira nos adversários. Podem anotar esta: todo sujeito que bate no peito de alto e bom som afirmando uma honestidade franciscana, normalmente tem o cinismo dos cardeais que condenaram o santo.

Política é a natureza de dialogar e lutar por uma unidade de ação no campo da divergência. Toda regra que exista para excluir quem quer que seja do campo já tem um nome histórico bem conhecido dos brasileiros.

Ficha limpa é cassação política. Ordenada por “doutos” que falam um “tecniquês” que ninguém entende e que aplicam a sentença com a firmeza do carrasco ou de ditador de plantão.

Colaboração de Walda Farias

(Texto na Revista do Jornal O Globo)

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes... Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho..

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

"Existir, a que será que se destina?"

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M..A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'

Martha Medeiros - Jornalista e escritora

Muito além dos Abismos

André Ruschi Santa Cruz, Aracruz, Espírito Santo, Brasil, 10 de maio de 2010

ruschi1@terra.com.br Reproduções e traduções autorizadas. Comunique email com a cópia.


Só conhece a corrente do rio e o rio, aquele que por ele navegou, naufragou e a transpôs, podendo assim transitar e conhecer ambas as margens.

Só conhece as ondas do lago e sua força, aquele que viveu e presenciou o grão de areia do fundo mover-se com a força do movimento de gotas de água do lago, que se move silenciosamente através do movimento conjunto de bilhões de gotas de água, empurrando bilhões de grãos de areia.

Só conhece a sabedoria, aquele que sabe que não sabe, e por saber que não sabe, quando erra, aprende com humildade. O que aprendeu é guardado cuidadosamente como algo que não deve ser esquecido. Sua memória, sendo originada na humildade está livre da vaidade e é considerada como Sabedoria para sempre ser lembrada e jamais esquecida, para que seja usada sempre, para que aquele erro jamais seja repetido.
As ameaças à vida produzidas pela ignorância do homem não podem ser confundidas como obra da Divindade.

Quem conhece os abismos e os segredos que eles ocultam?
Quem tem poder sobre os abismos?

Não basta a luz ou o conhecimento simples dos homens para conhecer aquilo que ninguém nunca viu, ou o lugar que ninguém nunca foi.

Para esta sabedoria, seriam necessários meios que não existem e experiências que não foram feitas, com fins e objetivos que não temos como imaginar.

A água dos rios, lagos, fontes, oceanos, originam-se das portas do céu e das fendas dos abismos que vertem também fogo e cinzas.

Os homens que se intitulam Donos do Mundo, arvoram-se de sábios onipotentes com poder até sobre os mais profundos abismos. Como podem ter poder sobre aquilo que não sabem?

Não estariam equivocados?
Não seriam os abismos e seus próprios poderes oriundos das forças das chamas emanadas das sombras que controlariam estes que acham-se controladores dos Abismos?
Não seriam eles, os Donos do Mundo, meros escravos e servos destes poderes de Fogo e Trevas?

A Divindade dispôs a forma viva do homem na esfera da luz, onde o dia e a noite se alternam, e nada impede que a luz se manifeste.

Na sombra dos Abismos, a Divindade dispôs as forças que somente a própria Divindade, através da mecânica cósmica, rege e determina suas manifestações.

Então, os Donos do Mundo, em sua arrogância e poder equivocados, pois não é originado da verdadeira Sabedoria, profanam as portas dos Abismos, movidos pela ambição. Ao supor que o controlam, acham-se onipotentes e comportam-se enfurecidamente porque não compreendem o Poder dos Abismos.

Quando um abismo se rompe, sua forma se revela na marca e características das trevas que contornam as chamas, como um Demônio ávido por libertar-se dos grilhões dos Abismos.

Ao libertar-se, por onde passam, deixam um rastro de destruição, morte, catástrofe, tragédia, extinção, eliminação, dor, sofrimento, desastre, doença, contaminação, odores venenosos, desgraças, maldições e esquecimento da própria vida e da luz de onde ela se originou.

Quantos Abismos mais serão violados?
Quantos Demônios mais serão libertados?
Por que o homem ainda não aprendeu?
Não bastou a Bomba Atômica?
O Plutônio?
As Dioxinas?
Os venenos?
A 2ª Guerra Mundial?
Quantos demônio mais?
Por que medicamentos viraram drogas perversas?
Por que o valor do dinheiro é maior do que o próprio trabalho?
Por que o poder, das armas e da força é a maior do que da própria sabedoria?
Por que foram destruídas as sábias Civilizações Inca e Asteca?
As 7 pragas do Egito?
A destruição de Sodoma e Gomorra?
O Dilúvio?
O plástico e sua poluição fatal para a ordem da vida?
O aquecimento do planeta?
A extinção das florestas e a formação de desertos?

Rios, peixes e nações inteiras, outrora férteis com milhões de habitantes, agora desérticos, sujos e com multidões famintas, desesperadas e comportamento degenerado...Quem se lembra da pureza da vida?

E ainda, como ousam os Donos do Mundo afirmarem-se como tais e com poder sobre os Abismos e os Demônios?
Se isto é verdade, então por que estes Demônios espalham-se sobre a Terra em seus quatro cantos?
Onde está o poder que afirmam possuírem? Por que não o usam para conter a multiplicação da danação terrena?
Não seria por que mentem e nada sabem?
Ou porque estão iludidos e delirantes como os piores dementes?
Ou por que deleitam-se na falsidade?
Quem são aqueles que deleitam-se na falsidade, na perversidade e no ato da má ação?
Quem erra mais?
O ignorante ou aquele que deleita-se com prazer na falsidade e no proveito que angaria premeditadamente com sua má ação?
Que poder e sabedoria podem originar-se destes atos?
Semelhante, certamente, à falsa sabedoria e atos dos Demônios, somente o Inferno, como a esfera das desgraças, podem ser criados por tais atos.
Então vejam para onde vão e qual o caminho sem caminho e o rastro funesto que deixam, para que isto não seja esquecido e não se repita nunca mais.
Pois como será o fim?
Quem o conhece?
Nem o mais sábio dos homens ousaria desafiar este limite.
Então, por que ainda persistimos nestes erros?
O que falta reconhecer pra assumirmos a humildade de não saber, e assim, só assim, iniciar o eterno aprendizado da Sabedoria, aonde não há fim previsto, a não ser o próprio limite da Divindade?
E qual é o limite da Divindade?
Não há.
Mas o inverso sim tem um limite e é imposto pela própria Divindade e da natureza do que é.
E aqueles que trilharem o caminho do Fim, da dissipação de suas essências e da energia de suas vidas e de milhões...
O que farão quando chegar o fim?
O que farão?
Mentirão?
Trairão?
A quem? E como?
Quais serão as conseqüências?

Se a sentença de um simples ladrão de bancos, que rouba apenas dinheiro sem vida, é ser meramente fuzilado na própria rua ou lugar de seu crime, quando encontrado, qual será a sentença dos Donos do Mundo, que furtam a vida e o seu porvir libertando os Demônios dos Abismos?
Evidências e provas não são suficientes?
O que seria suficiente?
Talvez se soubessem que não passam de imbecis, de ação torpe, pois são movidos pela fúria, brutalidade e mesquinharia.
Pois isto é o que lhes será cobrado.
E como pagarão?
De quem emprestarão?
E como saberão reconhecer os valores que necessitam para transpor o Fim e ir além?
E se não podem transpor este limite, para onde irão?
O que sabem disto?
O que aprenderam com os rios e lagos?
Se destruíram a fonte do saber através de suas perversas paixões pela falsidade, como puderam aprender?
Se destroem os meios que os libertariam das Trevas do Fim, estão condenando-se a si próprios a este Destino.
Fazem por que querem ou porque são movidos pelas sombras...?
Estes são os escravos das Trevas e as diferenças entre os servos da Luz.
Fim...

APRENDENDO A DIRIGIR - Por Edilma Rocha


Ele estava bem alí, estacionado.
Chave na ignição como que me esperando. O jeep 51 do papai. Limpo, reluzente depois da pintura de Moreirinha, que fazia qualquer carro velho ficar novo.
Era verde oliva com capota preta de vinil. Os bancos novinhos, a direção grande e a alavanca das machas com a cabeça em acrílico colorido, comprada no Juazeiro. No retrovisor central o terço com Jesus dependurado para livrar-nos do perigo. Os pneus eram zero, com os biscoitos bem definidos no polimento a óleo. Os três pedais, embreagem, freio e acelerador, eu já tinha teinado bastante o movimento. Agora era só colocar uma almofada nas costas para compensar a distância entre o banco e eles, e sair para a prática.
Vesti um jeans, cabelo preso num rabo de cavalo, pés descalços e me lancei na aventura. Seria só uma volta até o Pimenta. Olhei para os lados da rua e a vi vazia ao meio dia. Seria rápido e ninguem iria perceber a saída do Jeep da porta da casa. Dei partida na chave e pegou de primeira, acelerei três vezes e fui soltando o pé da embreagem aos solavancos com três pulos inesperados. Tinha logo que passar a segunda marcha para manter minhas duas mãos na direção. Consegui ! Agora era só acelerar e seguir o prumo da rua vazia. Alcancei a Duque de Caxias e dobrei na Praça da Sé. Passei pelo Alagoano e senti alguns olhares na minha direção, mas não desviei à atenção do calçamento. No caminho fui desviando bicicletas, pedestres e deixando para trás alguns carros estacionados. Não existia sinal na cidade para alguma parada brusca. E tome pé no acelerador ! Sentada ao volante, dominava o Jeep fazendo-o ir para onde eu quisesse. Era o máximo ! Eu estava dirigindo pela primeira vez. Ouvia o chiado dos pneus correndo rápido na virada da curva da praça do Pimenta e logo logo depois senti um frio na barriga quando avistei o Aero Willis de Cândido Figueirêdo. Enfiei a mão na buzina mas graças a Deus o carrão dobrou no Parque Municipal a tempo. Uffa ! Foi por pouco ! Precisava chegar logo em casa , antes que notassem a falta do Jeep. Contornei a Praça da Sé, entrei na Duque de Caxias e depois entrei na Rua da Vala. Estava indo rápido demais e não conseguia diminuir a marcha. A minha frente estava o perigo da vala aberta, já tinham caído muitas pessoas por lá e do outro lado os muros das casas. Numa virada só quis colocar o carro dentro da garagem, mas esqueci que o portão de ferro estava fechado. Senti os cabelos balançar prá lá e prá cá no sacudir do meu corpo franzino e levei o portão nos peito, ou melhor, no parachoque. E o Jeep só parou porque soltei o pé da embreagem e estancou...
Com o estrondo, todos sairam para ver o que havia acontecido. Eu me encontraram ao volante, o muro quebrado, o portão por baixo dos pneus, e um sorriso amarelo estampado no rosto.
_ Cheguei !

Uma nova mulher - por Rosa Guerrera




Não quero mais esse gosto amargo na minha boca,
nem alimentar essa saudade azeda no meu coração.
Não preciso mais procurar estrelas no firmamento
se já as possuo refletidas até numa simples poça d’água ...
O Tudo as vezes não passa de miragem ,
E pequenos grãos de areia são capazes de construir os mais belos castelos .

Não é preciso o vôo alto para se enxergar
uma minúscula flor que desabrocha rasteira num canteiro esquecido !

Hoje no meu pequenino lago faço velejar
barquinhos de papel ...
e me embalo ao som do canto dos roxinois.

E mergulhando num mar açucarado de esperanças
Deixo minha alma completamente livre
Para conhecer a beleza de novas madrugadas .

Rosa Guerrera

Vocês já conhecem BADI ASSAD? Ela é ótima ! Vera Barbosa me apresentou !

Nada - Para Ivo Valença i.m.- Por Everardo Norões


Nos caminhos da boca
as palavras eram seixos,
às vezes, espadas.
Nem o cuspe seco
desembocou na estrada,
onde doía a noite,
e desfalecia a água.

No meio do escuro,
um escarro de luz
iluminou-lhe a cara.

Os nomes sumidos,
vidros partidos,
despertaram os jornais.

Nada.
Nos caminhos da boca
as palavras eram peixes.
As vezes, punhais.

RIO DE TODOS OS JANEIROS - Por Xico Bizerra


Conhecia, de fotos e de ouvir falar, a beleza do Rio de Janeiro. Cidade Maravilhosa. Luzes, Morros, Praias. Agora, estava lá, de verdade. Sua aldeia amada não tinha Pães-de-Açúcar nem Corcovados. Seu Cristo Redentor era uma pequena imagem de Frei Damião, pouco mais de metro e meio, na praça principal, em frente à Prefeitura, sem colete a prova de balas, por disso não precisar. Sua Copacabana era o açude, com menos água que o mar, mas tão belo quanto. Era o que amava, ali nascera, ali vivia. Mas não havia dúvidas quanto à beleza do Rio. Principalmente quando visto do alto, da janelinha do avião, na viagem de volta. Seu lugarejo era seu chão, seu céu, seu rio, de janeiro a dezembro. E as balas, se necessárias fossem, sempre achavam o endereço certo, nunca se perdiam, desde os tempos de Lampião.
Xico Bizerra.

Por João Nicodemos

Colaboração de Edmar Cordeiro

Feliz Aniversário, Ismênia Maia !

Amiga querida de muitos anos, colaboradora e leitora assídua do Cariricaturas !

Pra você, o nosso grande abraço !

Laura Pausini



Página oficial www.laurapausini.com twitter.com/officialpausini

Laura Pausini (Solarolo, 16 de maio de 1974) é uma cantora de música pop/rock italiana. Obteve projeção mundial após ter vencido o Festival de Sanremo em 1993, com a música "La Solitudine" que fora dedicada para o seu grande amor na época "Marco".

Laura Pausini é popular em diversos países, especialmente na Espanha, França, Brasil, México e Portugal, além de outros paises da Europa e da América Latina também. Laura já gravou em italiano, espanhol, português, francês e inglês. Laura Pausini além de cantar, compõe e produz arranjos para as suas músicas.

Em 2006, Laura venceu 2 Latin Grammy Awards na categoria "Melhor álbum pop latino", e na categoria "melhor vocal pop feminina" com o álbum "Escucha". Em 2007, novamente venceu o "Latin Grammy Awards", na categoria melhor "vocal pop feminina" com o álbum em espanhol "Yo canto". Em 2009 venceu novamente na categoria melhor "vocal pop feminina" com o álbum "Primavera Anticipada", onde também fez abertura da premiação cantando uma das músicas do álbum 'En Cambio No' que também concorreu ao prêmio de "gravação do ano". Venceu o World Grammy Awards com álbum italiano "Io canto" pela canção "Io canto" na categoria "melhor canção do ano" e diversos prêmios pela Europa entre eles, 5 "Telegatti" (principal premiação da música na Itália) pelo mesmo álbum.

Atualmente está em trabalho de divulgação de seu novo disco, Primavera in anticipo/Primavera anticipada, que traz um dueto com o cantor inglês James Blunt nas canções Primavera in anticipo/Primavera anticipada.

A sua turnê de shows, que se inicia a partir de Março de 2009, começa pela Itália e passa por várias cidades européias, Canadá, México, América do Sul, Austrália, fechando-a novamente na Europa.

Sammy Davis , Jr.




Sammy Davis, Jr. (Harlem, Nova Iorque, 8 de Dezembro de 1925 — Beverly Hills, 16 de Maio de 1990) foi um destacado artista estadounidense dentro do século 20; era cantor, ator e dançarino. Faleceu em decorrência de uma câncer na garganta.

* Foi o primeiro artista negro a conseguir estrelar o seu próprio programa de televisão.
* Em 1954, após lançar seu primeiro álbum, "Starring Sammy Davis Jr.", fica um período afastado devido a um acidente automobilístico, que lhe provocou a perda de um olho.
* Se converteu ao judaísmo, o que, segundo alguns, provocou uma grande ira na sociedade conservadora dos Estados Unidos.
* Michael Jackson compôs You Were There para o especial de 60 anos de aniversário de Sammy Davis.
* É citado no seriado "Eu, a patroa e as crianças".

wikipédia

Quem já leu Fotonovelas ? - por Socorro Moreira



Na medida em que a televisão nos tirou da praça Siqueira Campos, das calçadas, das tertúlias , do cinema, a Fotonovela foi substiuída pelas novelas da Globo.
Era uma leitura velada, proibida. Minha mãe abominava, mas meu pai gostava. Eu lia escondida. Corria pro banheiro, que ficava na área externa da casa , e entre o pé de mamão e o pé de coco, fugia dos olhares de vigília. Adorava ! Por ser proibido , eu adotava outro tipo de leitura , mas não dispensava uma revista em quadrinhos : Luluzinha , Bolinha, Zé carioca...Tudo bem ! Essas eu tinha permissão para comprar...Mas, e Sétimo Céu, Grande Hotel, Capricho, Ilusão...?
Essas eu lia do meu pai, e das amigas.
Passando férias em Recife , eu fiz amizade com uma vizinha dos meus tios. Justo a nossa colaboradora ROSA GUERRERA ( jornalista). Ela comprava todas, e eu não sosseguei, enquanto não li sua coleção. Depois de um mês, quando as férias findaram , eu sabia tudo do amor que não dava certo; tudo do amor romântico; tudo do perfil de homem certo, e dos errados também!

Não sei até que ponto sou produto daquelas estoriazinhas, mas sei que elas me ensinaram a namorar, e a gostar de me apaixonar. Os príncipes não tinham cavalo branco, nem título de nobreza; as princesas eram belas e pobres, e o final era sempre feliz ! Destarte o caráter de sub-literatura, em cada estória , ficava uma lição de moral, mesmo que na maioria, nos alienassem.
Mas a síndrome de Gata Borralheira, Cinderela, Rapunzel, perdiam feio, diante das estórias contadas pelos astros da Fotonovela. Li , sim ! Lia e gostava ... Ainda me entristeço por terem desaparecido das bancas de revistas ( ficou sem mercado), e por ter deixado de por elas me interessar. Há 45 anos atrás, fechei o ciclo !
Por Socorro Moreira

QUEM JÁ LEU FOTONOVELAS ?

Li Fotonovelas sim! E não pensem que me envergonho ao confessar. Gostava de ler, meeeesmo! Adorava todas aquelas estórias recheadas de amores proibidos, desencontros, intrigas... Minha irmã mais velha era viciada - e de carteirinha! - por Fotonovelas ( e eu também, só que minha vicitude maior eram os meus GIBIS, lógico!). Lembro que ela comprava fotonovelas quando ia para São josé do Egito, Arcoverde e Recife com minha mãe. Enfim, minha irmã e eu, fomos absolutamente dependentes dessa "literatura nefelibatária". Imaginem caríssimos/as : Uma adolescente e uma criança na década de 70 em plena ditadura militar, valores patriarcais rígidos, machismo dominante e ainda morando na quietude de uma pacata cidade do interior... Impossível não alienar! Então, ler fotonovelas para muitos jovens itapetinenses naquela época, era um legítimo passaporte para o sonho... Uma possibilidade de viajar, conhecer e sonhar com coisas que a realidade, naquele momento, não podia nos dar. Talvez hoje, na casa dos quarenta e após ter lido Sartre, Lispector, Saramago e toda uma trupe de escritores bacanérrimos, me percebesse desperdiçando tempo com estorietas açucaradas. Seria, provavelmente, um pequeno deslize intelectual. Mas, "Naquela Época?" Ah!!! Eu A-D-O-R-A-V-A ... E lia sem culpa.Tive amigos que liam escondido durante a noite ou trancado no banheiro, contanto que ninguém visse. " Isso é coisa de mulézinha..." Diziam os machistas de plantão da época (pouco me importava, nunca liguei para isso mesmo!). Eita! Acabo de lembrar... o "Paraíso das Revistas" era a casa de seu Jonas e Dona Mariquina, onde suas filhas: Darc, Teresinha, Socorro, Céa, Laurizete, Maísa... (...enfim, todas!). Possuiam um verdadeiro arsenal de revistas em casa. Pensou em revistas de tv e de fotonovela, podia passar na casa delas que encontrava. As paredes dos quartos eram tomadas de cima a baixo por posters dos artistas da época. E eu ficava só admirando... Saudades! E o troca-troca de fotonovelas? Era um tal de empresta aqui, devolve acolá... jesusmesalveporfavor! E Quando minha irmã gritava, já no finalzinho da tarde, com sua voz de lata caindo: "Dhooooooottaaaaaa!..." Já sabia o que me esperava: "Tu vai lá na Pharmácia e entrega essa revista pra Zeta de Adalto. Depois, vai lá na casa de Ivany e pegue com ela as duas fotonovelas de Luciano de dona Graciete. Daí, você volta aqui pra casa de novo, deixe uma comigo e vai deixar a outra lááááá na casa de Graça de seu Zé Santos. Depois quando você vier subindo, passe na casa de....." Humm! Sei... Todo mundo pensando: "Nossa!!! Que irmãozinho maravilhoso ela tem, quero um desse pra mim também...." KKKKKKKKKKKKKKK . Maravilhoso? (claro!) e muito Interesseiro também!. É que tinha feito um pacto com minha irmã. Ela só poderia devolver as fotonovelas (fosse a quem fosse) quando EU terminasse de ler, uma a uma.E as mais lidas por nós eram de produção italiana: "Grande Hotel", "Kolossal", "Jacques Douglas" e "Lucky Martin" (minha preferida), cujo enredo era sempre de espionagem e romance. E as foto-atrizes ? Todas italianas lindíssimas : Paola Pitti, Marina Coff, Michela Roc, Simona Pelei, Claudia e Francesca Rivelli, Adriana Rame, Wendy D’Olive, Rosalba Grottesi (sempre pérfida vilã) e Katiuscia (RS!) cujo nome virou moda e serviu para batizar muita menina itapetinense na época. Quanto aos foto-atores, eram homens também belíssimos: Franco Dani, com sua famosa covinha no queixo, que fazia minha irmã suspirar e gritar por "socorro" (ela vai querer me matar por isso - RS!). Tinha também o Franco Gasparri, Jean Mary Carletto, Alex Damianni, Enzo Colajacono, Frank O’Neil, Gianfranco de Angelis, Gianni Vanicola, Max Delys e Luciano Francioli. Sim, e tinha as revistas nacionais que também traziam fotonovelas: "Capricho", "Ilusão" e "Sétimo Céu".

O interessante nas fotonovelas era que o bem sempre vencia o mal, indiscutivelmente. E ao final de cada estória não podia faltar um "lindo" pôr de sol, com um "lindo" casal ( que eram revezados e quase sempre os mesmos das outras estórias ) de mãos dadas vislumbrando o "lindo" horizonte. Enfim,tudo muito "liiiiiiindo" demais. MIO DIO DEL CIELO !!! Penso o quanto amamos, sofremos e odiamos junto com todas as estórias dessas fotonovelas. E é verdade, pois lembro que minha irmã tinha (e ainda tem) uma grande amiga ( Claro que não vou dizer o nome - RS! ) que queria porque queria ( rezando e jurando de pé junto ) um romance igual ao de Katiuscia com Franco Gasparri e digo mais, se achava uma atriz talentosíssima e de profunda capacidade dramática, inclusive para atuar "expressivamente" em todo e qualquer "foto-papel", desde que fosse ao lado do Franco Gasparri... Enfim, apesar dos pesares é muito bom constatar que amadurecemos com o tempo, que a vida não é mais uma fotonovela e que apenas as boas recordações permaneceram...

por Marcos Dhotta ( texto e imagem)

* Copiei da postagem original.

Por Gabriella Federico

Inocente

Pinto o nosso amor essa noite
faço da nossa amizade um canto
modelo todos os teus desejos no barro

vivo essa vez como se fosse a ultima
para curar o teu e o meu espírito ferido
Não desisto de ti, não desista

abraça o desejo da vida
esqueça tudo que aprendeu
esvazia a mente
você é inocente.


M.Gabriella Federico
Andrea Bocelli‏
Por : Maria Gabriella Federico

Quando estou sozinha eu sonho com o horizonte e faltam as palavras,
sim eu sei não há nenhuma luz em uma sala onde falta o sol
se você não está..comigo, comigo.
Sobre as janelas mostra a todos o meu coração que você incendiou
feixe dentro de mim
a luz que você encontrou na rua.

com você partirei
países que Eu nunca tinha
visto ou vivido com você
agora sim eu virei
com você
sobre navios e por mares
que não existem mais
com você eu viverei

Quando você está longe
Eu sonho com o horizonte e faltam as palavras
e eu sei
Eu sei que você está comigo
Você, minha lua, está aqui comigo
Meu sol, você está aqui comigo
comigo comigo.

com você partirei
país ..que. Eu nunca tinha
visto ou vivido com você
agora sim eu viverei com você

partirei com você
em barcos atraves dos mares que, eu sei que
não existem mais
com você eu viverei novamente.

'll ir com você
em barcos atraves dos mares que, eu sei que
não não não não estão mais
com você eu viverei-los novamente.

'll ir com você
. . . . . .
Eu com você!


Nascido 22 de setembro de 1958 em Lajatico (Pisa), Andrea Bocelli cresceu na fazenda da família na zona rural toscana. Seis anos já está lutando com as aulas de piano . Não satisfeito, também faz tocar flauta e saxofone, a busca pela expressão mais profunda da música.
O pequeno Andrea ainda não suspeita que essa expressão viria da voz, instrumento cada vez mais íntimo e pessoal.
Quando começa cantar sua "appeal" pode ser sentida imediatamente, logo procurado nas performances da família.

Depois do liceu, matriculou-se em direito na Universidade de Pisa, onde se graduou , mas sempre o cuidado de não esquecer os seus estudos de canto. De fato, tão grave era o seu compromisso, que acaba tendo aulas com um monstro sagrado do século XX, que é o ídolo tenor Franco Corelli de muitos amantes da ópera. Entretanto ganhar a vida com a música ao vivo, hoje é quase impossível, e Bocelli não deixa de tentar algumas vezes no piano bar mais prosaico.

E 'neste momento ele encontra Enrica, que se tornou sua esposa e que lhe dará dois filhos, Amos e Matteo . A história de amor entre os dois, infelizmente, parece ter sido concluída recentemente e já se tornaram conhecidas as declarações da cantora sobre o divorcio.


Colaboração de Gabriella Federico

Tradução: por Gabriella Federico

Aprendemos a triste noticia do desaparecimento do tenor Luciano Pavarotti
o somo pontefice (Papa) exprime sentimentos de pêsames para partida
de um grande artista que com o seu talento interpretativo
honrou o dom divino da musica.

O presente de Andrea Bocelli : Ave verum corpum de Mozart


Descrição
Em sua última entrevista dada ao jornalista Alberto Mattioli, Luciano Pavarotti deixou um orçamento: "Eu tinha tudo na vida, mas tudo. Se eu remover tudo o bom Deus somos um empate." E no fato de que Big Luciano foi uma vida cheia de sucesso tremendo, com aclamação universal, mas também públicas e privadas tribulações. Uma vida verdadeiramente "grande", Mattioli disse que em todos os seus aspectos, com carinho e rigor. O jornalista informa o nascimento deste enorme talento, que não sabiam ler música, mas poderia cantar e mover-se como ninguém. Traços sua educação artística e de puericultura privado em Modena, a estréia em Reggio Emilia, sua história performances já passado, a marcha triunfal em todas as casas de ópera do mundo e do milagre, conseguiu apenas a ele, animado com árias de ópera por multidões recolhimento rock. Sem esquecer os fiascos, poucos, mas doloroso, e polêmicas, incluindo um longo caso extraconjugal com as autoridades fiscais celebrados com um cheque de vinte e cinco bilhões de dólares. Mattioli, em seguida, revela os bastidores dos "Três Tenores" Pavarotti eo "and Friends", com influências de música pop, a rivalidade com Placido Domingo e de amizade com Bono e D. Lady Uma vida inteira vivida em um suspiro de adeus silencioso. Um silêncio abrangidos pela lembrança de sua voz poderosa e harmoniosa e repleta de todas as faixas que os campeões só sabem sair com a época.






Colaboração de Altina Siebra Brito

O Valioso Tempo dos Maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui pra frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.

'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,

O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!

Mário de Andrade (1893-1945)
Gosto tanto de você
- Claude Bloc -
Aquela frase havia permanecido em minha memória: "Gosto tanto de você". Ainda que já suspeitasse não queria tirar conclusões precipitadas. Preferia demonstrar surpresa. Era mais bonitinho e menos audacioso.

" Gosto tanto de você "... Já havia decorado letra por letra. Uma sequência de pequenas fagulhas. Também havia feito mentalmente as representações sintáticas das palavras na oração em Inglês, em Francês... “Je t’aime tant”, “I Love you so much” E é esta a idéia da importância de cada letrinha compondo uma palavra de tamanho significado. Uma possível e complexa evolução de um sentimento, de uma história que o tempo havia apagado.

Haveria algum mérito em se gostar tanto assim de alguém? Com certeza, isso representa simplesmente uma verdade, por assim dizer. Uma verdade sobre um sentimento e sobre esta história. Uma frase simples, encantada.
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Claude Bloc

Ruas de Outono - Com Ana Carolina e Zizi Pozzi



Ruas de Outono

Compositor(es): Ana Carolina/ Antonio Villeroy

Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar

Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto

Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar

Ana Carolina -- Quem de nós dois

A marca
- Claude Bloc -

Ah, esfreguei tantas vezes aquela mancha. Tentei apagá-la. Tirá-la da mente. Pensei que não ficaria a marca. Soprei pra secar. Deixei tudo à sua volta intacto.

É que venho aprendendo a ser feliz na marra. Feliz com as migalhinhas do dia a dia. Pois é, e assim sendo, tentei de tudo: a marca não saiu. Era redonda insignificante, mas me incomodava. Era salgada, amarga, sei lá. Na verdade, não tinha cara de nada. Apenas caiu ali, num lugar tão inoportuno! Espalhou-se a mancha como a dizer que eu estava ferida pelo (res)sentimento dos outros.

Era teimosa a marca. Não desapareceria. Até que desisti de esfregar. E a marca de minha última lágrima ficou ali, para sempre, no teu ombro.
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Por Claude Bloc