Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 4 de maio de 2011

JOÃO PAULO SEGUNDO BEATIFICADO DIA 02 PELA IGREJA CATÓLICA EM ROMA




Em cerimônia litúrgica presidida dia 2 de maio pelo Papa Bento XVI, na Praça de São Pedro do Vaticano, a Igreja Católica beatificou o saudoso papa João Paulo Segundo, falecido em 2  de maio de 2005, aos 85 anos de idade.

A  solenidade contou com a presença de cardeais, arcebispos, bispos, sacerdotes e milhares de fiéis e peregrinos. A Diocese de Crato foi representada pelo Bispo Diocesano, Dom Fernando Panico e pelos Padres Diocesanos que estão fazendo cursos especializados na Europa.

O Crato e sua Diocese mantiveram um bom relacionamento com o saudoso Papa Paulo II, conforme podemos observar:

1- João Paulo II recebeu, em audiência no Vaticano, Dom Vicente Matos, Dom Newton Holanda Gurgel e Dom Fernando Panico, Bispos Diocesanos do Crato.

2 – Ordenou Bispo Dom Newton Holanda Gurgel em 1979, juntamente com outros 30 Bispos das Américas e da  Europa, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

3 – Nomeou seis novos Monsenhores para a Diocese do Crato, em dezembro de 2002, por indicação de Dom Fernando Panico.

4 – Recebeu e abençoou no Vaticano o Padre José Almeida, então vigário de Caririaçu, representante da Irmandade do Carmo e do Congresso Internacional, em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, em Roma.

5 – João Paulo segundo enviou, por intermédio do Núncio Apostólico da Santa Sé, no Brasil, uma mensagem com uma bênção especial para a Diocese do Crato, por ocasião dos seus 75 anos de criação (Jubileu de Diamante), em 20 de outubro de 1989.

6 – A Diocese de Crato participou da visita do Papa João Paulo II em julho de 1980 a Fortaleza, representada por Dom Vicente Matos, Bispo Diocesano, Dom Newton Holanda Gurgel, Bispo Auxiliar, além sacerdotes, religiosas e centenas de diocesanos.

7 – No Estádio Castelão, palco do Congresso Eucarístico Nacional, João Paulo II foi homenageado pela Orquestra Padre David Moreira da Solibel e pelo cantor Luiz Gonzaga, Rei do Baião, que cantou a música: “Obrigado, João Paulo”, de autoria do Padre Gotardo Peixoto e colocou seu chapéu de couro sobre a cabeça do Papa, numa homenagem dos Nordestinos.

8 – Na mesma ocasião, Dr. Jefferson de Albuquerque deu de presente ao Papa um fóssil da Chapada do Araripe, em nome do Rotary e do Crato.

9 – Quando se preparou para visitar o Brasil, pela primeira vez em 1980, o Papa João Paulo II aprendeu Português, através do livro “Português para Estrangeiro”, de autoria do Professor cratense catedrático em Linguística, Francisco Gomes de Matos, da Universidade Federal de Pernambuco, por indicação da Nunciatura Apostólica no Brasil.

10 – O Professor polonês, Maestro Arnaldo Salpéter, um dos fundadores da Sociedade da Cultura Artística do Crato – SCAC – e seu primeiro diretor-artístico, era conterrâneo do Papa João Paulo II.

Na manhã do dia 2 de maio de 2011, Padre Edmilson Neves celebrou missa de Ação de Graças pela beatificação do Papa João II e colocou um grande banner de João Paulo II na janela da Catedral de Nossa Senhora da Penha.

João Paulo II tem uma foto oficial colorida na galeria dos papas e dos bispos na Sacristia da Sé Catedral. É ainda Patrono de uma Rua e de uma Clínica Odontológica em Crato.

Com sua beatificação, o mundo católico aguarda, agora, sua canonização pela Santa Sé.

Crato (CE), 2 de maio de 2011.



Documento cedido pelo autor, Huberto Cabral

Fotos: Google Imagens

Uma "neófita" na política ??? - José Nilton Mariano Saraiva

A novidade (imoral e amoral), no tabuleiro político cearense nos dias que correm, são os recorrentes “balões de ensaio” e “notinhas” de rodapé de pagina que começam a proliferar nos jornais da capital, produzidos de forma orquestrada por alguns obedientes e amestrados “colunistas sociais” tupiniquins, lançando o nome de Lívia Sabóia Gomes (filha do Ciro Gomes), como possível candidata à Prefeitura de Fortaleza nas próximas eleições, em 2012 (isso, faltando quase dois anos para o pleito).
Por tratar-se de uma neófita (nunca recebeu um voto sequer na vida), à primeira vista parece tratar-se de uma brincadeira, mas não o é, devido à insistência, à forçação de barra e à teimosia com que o processo é acalentado e gestado. Por isso, tirante à inusitada surpresa, impõe-se, desde já, a pertinente indagação: já não estaria na hora de se acabar com essa “história pra boi dormir” de que, na política, fulano de tal “herdou o DNA” de beltrano, de que, “corre em suas veias o gene político do pai ou da mãe”, ou ainda que, o “peso da hereditariedade” há de funcionar e servir necessariamente de passaporte para que tais espécimes (desprovidos de conteúdo, despreparados e, consequentemente, desempregados), pousem maquiavelicamente de pára-quedas na concorrida arena política, à busca do ganho fácil ??? Em termos de Ceará, por exemplo, o “roçado” (para usar o linguajar do pai da distinta) é por demais produtivo, já que temos aí o Domingos Filho, o Gony Arruda, a Lívia Arruda dentre outros, e, principalmente, toda a família Ferreira Gomes, lá de Sobral.
A verdade, e não é preciso se ser nenhum gênio ou expert político pra constatar isso, no Brasil, de uns tempos pra cá, o exercício da atividade política transformou-se numa acirrada e concorrida disputa pelo almejado “emprego”, rentável e muito bem remunerado: um deputado estadual, federal ou um senador, todos sabem, fatura muito acima de 100 mil reais por mês, fácil, fácil, afora outras mordomias, além da possibilidade de exercício do asqueroso tráfico de influência, em benefício próprio, evidentemente. Certamente que em razão disso, a providência primeira dos espertalhões de discurso fácil, quando ungidos ao poder pelo voto popular, é tratar de acomodar na “política” aqueles familiares que, sem nenhuma vocação ou disposição para o trabalho, não conseguiram adquirir o famoso capital intangível - “bagagem e conhecimento” - suficientes para, por exemplo, obter aprovação em algum concurso público (por emblemático, nos fixemos nos sobralense Ferreira Gomes: afinal, o Cid é engenheiro civil, o Ivo é advogado, a Patrícia, pedagoga, a Lívia, estilista, mas... por um dia sequer já exerceram, ou foram aprovados ou sequer testados, na nobre profissão que escolheram ??? Já colocaram a mão na massa ???).
Onde uma figura apagada como a Patrícia Sabóia (ex-Gomes, ex-vereadora, ex-senadora, ex-candidata à prefeita da capital e atual deputada), arranjaria emprego, público ou privado, que lhe permitisse faturar o que fatura na atividade política (e já há dezenas de anos) simplesmente por escorar-se e ancorar-se no prestígio do marido falastrão ??? Substantiva e pragmaticamente, se analisarmos com critério, parcimônia, seriedade e imparcialidade a sua atuação, qual seria mesmo o produto resultante da relação “custo/benefício” entre a montanha de dinheiro percebido na sua longeva e improfícua atividade parlamentar, e o seu pífio desempenho ???
Ante tal constatação, afigura-se-nos de uma inconsistência a toda prova tentar justificar que o filho de um político necessariamente tenha que militar na política (dentro daquela “lenda” de que “filho de peixe peixinho é”), daí posicionarmo-nos radicalmente contra a que se “presenteie” uma neófita como Lívia Ferreira Gomes (que nunca na vida deu um prego numa barra de sabão) com um “empregaço” desses, simplesmente pro ser filha de quem é.
Portanto, parodiando e homenageando os tais “colunistas sociais”, bola preta, não, bola prestíssima, para aqueles que desfraldam tal bandeira.

NOSSO CRATO, NOSSA GENTE - SIQUEIRA CAMPOS - Por Edilma Rocha

Espírito de liderança, coração generoso, lutador incansável e sempre a procura da modernidade.
Ar sempre feliz. Assim era Siqueira Campos com o seu terno de linho branco, gravata clara, sapatos bem polidos e o seu automóvel estacionado em frente ao seu estabelecimento comercial.
Manoel Siqueira Campos, filho de Francisco Siqueira Campos e Clara Câmara Siqueira Campos, nasceu em 18 de Maio de 1874 na Vila de Porteiras, Estado do Ceara, logo depois foi levado  junto com a  sua família para o Estado do Pernambuco. No sopé da Baixa Verde, na localidade de Triunfo, inicia suas atividades comerciais. Com sua enorme capacidade de luta e perseverança, estimulava os agricultores daquela região financiando sementes para a plantação através de crédito próprio, enfrentando as adversidades do tempo. Improvisava serviços no período das secas para ajudar aos sofridos e chegava a distribuir alimentos do seu armazém para matar a fome da gente que vinha dos sertões para a Baixa Verde, tentando escapar da morte. Sempre sorridente, onde é até hoje lembrado por isso, com saudades e respeito pelos cidadões de Triunfo. Era um homem sensível a dor humana e usava da sua inteligencia criando trabalho aos mais carentes. Homem respeitado e elogiado  com honrarias mas nunca aceitou cargos públicos. Resolveu expandir os seus negócios e investir na Região do Cariri. Abriu filiais em Crato, Juazeiro, Barbalha e Missão Velha, mas radicou-se em Crato e Triunfo, onde permanecia por temporadas. Chegou ao Crato em 1910 e aqui encantou-se pela linda filha do Coronel Granja, casou-se e constituiu família. O seu armazém era o maior da cidade e ficava na rua do Comércio, hoje conhecida por rua Dr João Pessoa. Podemos dizer que Siqueira Campos foi um dos homens  mais progressistas que chegaram em nossa terra, contribuindo para o desenvolvimento local. Na antiga rua da Vala, no ano de 1912, instalou a nossa primeira fábrica de bebidas juntamente com um sócio, Manoel Gomes. Fabricavam vinhos de nome "Santos Loups", cujo químico responsável  era Deodoro Gomes de Matos. Depois veio a fábrica de doces que servia a toda a Região do Cariri.
Na seca de 1915, foi um líder a amparar os sertanejos que chegavam, abrindo frente de serviços. Dirigiu as obras do primeiro calçamento na rua central do Crato, e pagou do seu próprio bolso grande parte do serviço com a intenção de ajudar aquelas pessoas e ao progresso. Trouxe pelas estradas do sertão em 1919, o primeiro automóvel para o Crato, comprado em Recife e que fez história com a sua chegada triunfante na Princesa do Cariri, atraindo muitos curiosos. Lhe serviu de companhia especial nesta travessia o Coronel Pessoa de Queiroz.
Siqueira Campos teve uma família numerosa e bem sucedida que soube administrar os bens materiais.
Ezequiel Siqueira Campos, seu filho, proprietário da Usina Porto Rico, em Alagoas; outros filhos vivem em Recife, ricos comerciantes; duas filhas residem em Portugal, trabalham com a gastronomia Europeia. Netos e bisnetos estão espalhados pelo mundo afora...
Leva o seu nome a nossa primeira praçinha central no Crato, com um busto em sua homenagem, local de encontros históricos e  memórias populares ao longo de todos esses anos, mostrando assim a gratidão a esse filho adotivo que em vida deixou aqui a sua bondade e o seu espírito empreendedor.
Faleceu em Recife, Pernambuco, em 30 de  Junho de 1928, vitimado por paratifo.
Ficamos gratificados em saber que o nome do nosso primeiro benfeitor não foi esquecido pelos Cratenses, pois deixar um marco na história através dos tempos é qualidade de poucos.  E ele deixou o seu entusiasmo, alegria e modernidade até hoje presente nos visitantes que reinvidicam sempre por melhorias aquela pequena praça.

Edilma Rocha
Fonte - Google - J, Lindemberg de Aquino

MUNDO VIRTUAL

Mallarmé reescrito

RIO DE JANEIRO - Pronto. Já não se pode nem atacar uma fortaleza nas breubas do Paquistão, à uma da madrugada e sob o maior sigilo -tanto sigilo que nem o país que abriga a fortaleza podia ficar sabendo. Pois, com todos esses cuidados, não faltou alguém insone e sem o que fazer, tuitando noite afora, e que, ao ouvir helicópteros àquela hora imprópria, transmitiu para o mundo o que estava havendo.
No passado, a história sempre aconteceu aos olhos de testemunhas anônimas e distraídas, que mal percebiam o que estava se passando. E, se percebessem, não faria diferença porque, pelo menos antes do telégrafo, meados do século 19, não tinham para quem contar ou suas mensagens levavam semanas para chegar ao destino. E, quando chegavam, a situação na origem da informação já teria mudado de novo e não correspondia mais àquela realidade.
Mas isso acabou. A história perdeu a inocência. Não importa o que aconteça -nem onde, quando ou como-, sempre haverá alguém para registrar aquilo de alguma forma, em "tempo real", alta definição e, não demora, 3D, podendo ser captado por milhões. O poeta Mallarmé dizia que tudo existe para acabar num livro. Se vivo hoje, diria que tudo acontece para acabar numa telinha de três polegadas.
O tuiteiro poderia ter chegado à janela de sua casa em Abbottabad, apontado o celular para o céu, filmado a chegada dos helicópteros e transmitido tudo aquilo, com som e imagem, para seus colegas tuiteiros da madrugada. Se não o fez, foi porque não calhou.
Mas pode-se prever que, daqui em diante, jovens tuiteiros ficarão de olho nas nuvens e maquininha na mão, torcendo para que algo aconteça e os torne famosos.
A casa onde Bin Laden se escondia chamou atenção porque não tinha telefone nem internet. Pois é, existe coisa mais suspeita, alguém não ter telefone ou internet?

RUY CASTRO
Folha de São Paulo

Hora/ Aula do Doutor

CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O ex-presidente Lula disse a aliados que aceitou uma oferta de US$ 500 mil (cerca de R$ 790 mil) para fazer palestra na Coreia do Sul, a convite da multinacional LG.

Se confirmar a presença, ele ultrapassará o primeiro milhão de dólares em quatro meses fora do governo, segundo cálculos de petistas.



Carlos Cecconello - 2.mar.11/Folhapress
Lula em sua primeira palestra como ex-presidente, contratada por fabricante de eletrônicos LG
Lula em sua primeira palestra como ex-presidente, contratada por fabricante de eletrônicos LG

Os convites de bancos e grandes empresas têm impulsionado a agenda internacional do ex-presidente.

Recordista de viagens internacionais no governo, ele visitou quatro países entre janeiro e abril de 2003, primeiro ano de sua gestão. Neste ano, esteve em dez países no período --aumento de 150%.

O ex-ministro Luiz Dulci confirmou o convite da LG, mas não comentou o cachê de US$ 500 mil.

A assessoria de Lula não informa o valor das palestras. "É segredo de Estado", disse Paulo Okamoto, sócio do petista na empresa LILS.

Procurada desde 20 de abril, a direção da LG disse que não poderia confirmar o evento na Coreia do Sul.

Segundo petistas, Lula já acumulou US$ 700 mil nas primeiras três palestras remuneradas no exterior. O cachê mais alto foi o da Telefonica (cerca de US$ 300 mil) por palestra em Londres. Também foi a Washington, a convite da Microsoft, e a Acapulco, a convite da Associação dos Bancos do México.

Com o evento na Coreia, ainda sem data, sua receita em moeda estrangeira chegaria a US$ 1,2 milhão.

A LG foi a primeira a contratá-lo para uma palestra no Brasil, em março, com cachê de R$ 200 mil. Hoje Lula falará a investidores convidados do Bank of America Merril Lynch, em São Paulo.

Nos eventos, Lula costuma citar feitos de seu governo e o aumento da presença brasileira no cenário mundial.