Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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sábado, 3 de outubro de 2009

Voz que embalou, e ainda embala os nossos sonhos : Francisco Peixoto - Por Socorro Moreira

Graças a Deus ele não fuma, nem toma gelado. A voz , cada vez mais bonita ...!
Ele cantava, enquanto a gente dançava , nos braços que nos escolhiam.
Tecnicamente mais apurado, conserva na memória, a música de todos os tempos. Parece que a representação romântica ( seresta,jovem guarda, bossa nova, ...) ficou guardada na garganta de Francisco Peixoto.
Esse moço amigo e talentoso , caminha nas ruas do Crato , assim como eu. Quando a gente se encontra , relembra canções, romances, fatos... Todos publicáveis ! Vivemos a pluralidade dos tempos dourados : sonho , alegria, inocência.
Peixoto , cante pra gente !

Espelho do Crato , nos anos 60 - ( acervo de Nilo Sérgio Monteiro)

Fonte luminosa ...
Futebol de salão ...

Eucaliptos do Seminário ...



Grande Hotel , na praça Siqueira Campos ...



Praça Siqueira Campos... Linda !



Zivaldo Maia - Por Socorro Moreira


Zivaldo foi a múscia , no pé do ouvido, quando morei , em todas as vezes, na cidade de Fortaleza ( 1977 a 198o e 1995 a 2000).

Considerada por ele, uma parenta por afinidade ,gozava o privilégio de assisti-lo em suas apresentações, fossem nos bares, teatros, casa de amigos, e na minha casa.

De uma destreza incomparável , consegue acompanhar qualquer canção, qualquer voz, tornando-as belas. Aplaude com o olhar , e ri quando a coisa fica feia. Zivaldo se acompanha , divinamente bem ! E ainda : acompanha com maestria todos os grandes nomes da música popular brasileira , que a oportunidade disponibiliza ( e não são poucos). Possue hoje um respeitável e belo trabalho autoral , alguns já gravados. Esse ano , fez um show no Crato, Juazeiro e Barbalha. Numa dessas noites, terminamos nos reunindo na casa do Dr. Zé Flávio , e mais amigos. Foi bonito e prazeroso ouvir , na ocasião, Abidoral Jamacaru tocando pra Zivaldo , e vice-versa.

Qualquer dia vou a Fortaleza só pra ouvir Zivaldo tocar. Não basta pra mim ter os seus CDs. Ao vivo, a emoção aflora inteira, como um poema de Domingos.


Trechos de uma entrevista concedida por Zivaldo à jornalista Ethel de Paula e publicada no jornal "O Povo":

"No Sítio São José, em Jaguaruana, lugarejo-natal, as noites eram de violadas. Zivaldo Maia cresceu embalado pelo violão de dois irmãos e dos primos, porque o pai já havia aposentado os oito baixos. Antes de dormir, ouvia, ao longe, as serenatas, consolo de quem sequer possuía rádio de pilha. O dom acordou cedo, quando nem bem completara cinco anos de idade, o que surpreendeu os de casa. ''Sentia quando meus familiares erravam na harmonia e no dia seguinte, toco de gente, criticava'', recorda o hoje virtuose. Compositor, arranjador e intérprete, o mestre aperfeiçoou-se ouvindo. ''Vim para Fortaleza com mais de 30 anos e passei a observar violonistas referenciais como Nonato Luís e Pedro Ventura, criando novos acordes baseado no que escutava. Nunca pude viver apenas de música. Em compensação, tive encontros memoráveis e posso me considerar realizado por ter ouvido elogios do maior violonista de todos os tempos: Raphael Rabello''... "Na memória, Zivaldo guarda com particular afeto o feliz encontro com Lua, durante uma de suas passagens por Fortaleza, à beira-mar. ''Quem me apresentou a ele foi Padre Gotardo, autor do hino composto para o Papa João Paulo II. À mesa, toquei ''Violando'', de minha autoria, que inclusive já foi gravada por Nonato Luís e Sebastião Tapajós. Ele gostou tanto que no mesmo instante pediu para ir em minha casa. Queria compor junto. Nessa tarde, fizemos a primeira parte de uma música, ele solfejando e eu ao violão. Não chegamos a terminá-la, mas o fato é que tenho esse material inédito entre minhas gravações caseiras'', revela."

Violonista com técnica apurada que mistura o erudito e o popular, Zivaldo gravou seu primeiro CD em 1996 "Zivaldo Puro e Simples" , onde registrou suas canções ao violão. Sua composição mais gravada é "Violando", a mesma que ele mostrou ao Rei do Baião. Ela foi registrada por Sebastião Tapajós e João Cortez no CD "Brasilidade" e por Nonato Luiz em dois CDs, "O Choro da Madeira" de 99 e "Ceará" de 2001.
Em 1999, Zivaldo decidiu gravar um novo disco, desta vez cantando também. E o resultado é o registro de canções que falam de um tempo que deixou saudade em quem viveu e em quem não viveu também, mas gostaria de ter estado lá. O CD nos remete a uma Fortaleza tranquila, com os seresteiros embaixo das janelas e moças românticas espiando pelas frestas. Para conseguir esse clima, Zivaldo recorreu a parceiros como Jair Amorim, Oímpio Rocha, Alano Freitas, Fausto Nilo, Ana Cléria, Hildeberto Torres e Totonho Laprovítera que colocou letra na famosa "Violando". Há também um pout-pourri de sambas que vão de Ataulfo Alves e Noel Rosa à Luiz Assumpção. O CD traz duas participações especiais: Fausto Nilo cantando a parceria dele com Zivaldo e Ayla Maria , interpretando "Violando".

Músicos que participam do disco: Adelson Viana (piano/acordeon), Tarcísio Sardinha (violão/cavaquinho), Aroldo Araújo (baixo), Carlinhos Ferreira (clarinete), Luizinho Duarte (bateria/percussão), Aluísio (pandeiro), Aguiar (trombone), Zé Carlos (trompete) e Carlinhos Patriolino (bandolim).


ZIVALDO MAIA - ZIVALDO CANTA
1-Bobô (Zivaldo Maia/Olimpio Rocha)
2-Pout-pourri: Pois é (Ataulfo Alves)/Aperto de mão (Jaime Florence/Horondino Silva/Augusto Mesquita)/Arrependimento (Silvio Caldas/Cristóvão de Alencar)/Boneca de pano (Assis Valente)/Feitiço da Vila (Noel Rosa/Vadico)/Fita Amarela (Noel Rosa)/Adeus, Praia de Iracema (Luiz Assumpção)/Não me diga adeus (Luis Soberano/João Correia da Silva/Paquito)/Lata d'água(Luis Antonio/J.Jr)/Só pra chatear (Píncipe Pretinho)
3-Último apelo (Zivaldo Maia/Alano Freitas)
4-Lua Branca (Chiquinha Gonzaga)
5-Foi assim (Zivaldo Maia/Olímpio Rocha)
6-Naquele tempo (Pixinguinha/Benedito Lacerda/Jair Amorim)
7-Princesa (Zivaldo Maia/Jair Amorim)
8-Grito nordestino (Zivaldo Maia/Hildeberto Torres)
9-Promessa (Zivaldo Maia/Olímpio Rocha)
10-Linhas melódicas (Zivaldo Maia/Ana Cléria)
11-Violando (Zivaldo Maia/Totonho Laprovítera) - voz: Ayla Maria
12-Ianê (Fio de Esperança) (Zivaldo Maia/Fausto Nilo) - voz: Fausto Nilo



Cristiano Câmara Parte II

Tudo sobre Cristiano Câmara, ainda é pouco !

Cristiano Câmara - "Aracy de Almeida cantava com a lágrima na voz "(Cristiano Câmara)

Cristiano Câmara - musicólogo cearense - Por Socorro Moreira

Conheci Cristiano, quando juntos trabalhamos, na Ag. Centro Fortaleza do Banco do Brasil.
Mal nos apresentamos ele confessou-me: "sabe o que a gente aprende aqui , nesse tamborete ? A de dizer sim, e sim senhor !"
Nos tornamos amigos de cara. Fiquei completamente fascinada pelo conhecimento musical daquela figura. Logo , logo, passei a frequentar a casa daquele casal especial :Cristiano e Dorvina.
Hoje , na pesquisa, achei esse maravilhoso vídeo que espelha fielmente a vida e o cotidiano desses dois amigos.
Saudades imensas ! Devo-lhes eterna gratidão pelo carinho com que sempre fui recebida, e pelas informações que me passaram , em cada encontro.
A casa de Cristiano , onde figura uma placa, na entrada principal , "Aqui o assunto é Arte" é o lugar mais encantado que os meus pés e a minha alma já visitaram .
Socorro Moreira
Com veemência recomendo-lhes : assistam esse vídeo !


Permanência

Não adianta soltar fogos
com pólvora alheia -

voz abafada,
coração trêmulo.

Do arrebatamento de ontem
a veia saltita pela fronte -

talvez o aneurisma
de vez me abrace.

Direi olá estrelas
quando abrir os olhos.

Um poema de um querido poeta : Dr. José Newton Alves de Sousa





Uma nuvem... um saveiro...


Uma única nuvem no céu,
Um só saveiro no mar.

Um saveiro, assim branquinho,
é nuvem por sobre o mar.

Uma nuvem, assim distante,
é saveiro a navegar.

Não poderei esquecer
a tarde peninsular:

Uma só nuvem no céu,
um só saveiro no mar.

(José Newton Alves de Sousa. Poemar. Salvador, Contemp, 1982.
Um livro dedicado "Aos que sonham, aos que lutam, aos que amam").

A Rua do Padre Inglês - Livro de Everardo Noróes -Registros




Por Sérgio de Castro Pinto


"A Rua do Padre Inglês" (Editora 7 Letras, Rio de Janeiro, 2006), de Everardo Norões, é um livro que restaura e fortalece a crença dos leitores na poesia. E que enseja, ao poeta que o leu, a possibilidade de extrair dos seus poemas outros poemas, tal o clima de congraçamento, de afinidade eletiva, que se estabelece entre Everardo Norões e os oficiais do mesmo ofício.
Quer dizer: quem faz da poesia uma verdadeira profissão de fé, tem tudo para se regozijar com um livro que demarca o seu próprio espaço ante a pasmaceira quase generalizada em que se debate a poesia brasileira contemporânea. E, mais do que isso, tem tudo para se nutrir e se abastecer dos seus poemas, uma vez que "A Rua do Padre Inglês" também dialoga com os melhores poetas de todos os tempos e lugares. Daí a ressonância, nesse livro, de Mauro Mota, de Carlos Pena Filho, de Fernando Pessoa e de um certo Jorge de Lima, sobretudo nos sonetos de extração surrealista, a exemplo do belíssimo "Soneto I": "Agonizavam os rastros de novembro./ E os meus ossos, cansados das neblinas,/ doíam, no concerto das esquinas/ da cidade, onde um dia, ainda me lembro,// penetrou-se de escuro a minha alma,/ quando um cão, a ladrar contra o sol-posto,/ mordeu o lado oculto do meu rosto/ e deixou seus sinais à minha palma// Lembro-me que era de tarde. Ainda chovia./ O eco dos espelhos conduzia/ meus passos que jaziam pelas ruas.// Havia o som da água que caía./ E no horizonte, além da agonia,/ um cemitério de meninas nuas".
Fique claro, porém, que Everardo Norões não se mostra submisso no diálogo que mantém com os poetas de suas "afinidades eletivas", pois, diluindo as influências e transformando-as em confluências, ele imprime aos seus textos a marca e o sinete de sua individualidade criadora.
Há de se louvar, ainda, o lirismo que perpassa a maioria quase absoluta dos seus poemas, procedimento que o põe à margem de todos quantos, de forma equivocada, radicam-se exclusivamente na poética, priorizando, assim, uma dicção que sempre propugna em prol do estilo. Em Norões, felizmente, a técnica está a serviço da emoção, como se pode observar no também belíssimo "Exercício de Redação", dedicado ao Prof. José Newton Alves de Sousa: "No papel almaço,/ trinta linhas acesas// E um vulto a nos ditar/ perífrases e estrofes/ no silêncio da sala./(As três naus das metáforas/ desatam suas asas).// No papel almaço,/ as mesmas trinta linhas/ invadem nossa fala.// O vulto nos ensina/ os sóis da metonímia:/ o vocábulo do fogo/ queima o branco da folha./ (A planta noturna,/ que sua mão recolhe,/ nas entrelinhas/ dorme).// O branco persegue/ sua lição de insônia:/ aquela que conduz/ ao mesmo paralelo/ do lugar onde o sonho/ inverte o seu império.// Dessoletro-me sozinho/ neste canto de sala./ O vulto vem e espreita./ Mais nada".
"Exercício de Redação" é um comovido e comovente tributo ao Prof. José Newton Alves de Sousa, que, à semelhança do Willie Levin da poesia de João Cabral de Melo Neto, testemunha, espiona, referenda ou não a linguagem de Everardo Norões. Ou seja: nessa guerra aparentemente sem testemunhas que é o ato de escrever, o poeta de "A Rua do Padre Inglês" não se "dessoletra" sozinho, como de resto nenhum artista o faz, pois, ao sabor de seus gostos e até de suas idiossincrasias, conta com aliados que o ciceroneiam através dos caminhos sempre tortuosos da criação.
Não tenho dúvidas: "A Rua do Padre Inglês" já se constitui num ponto de referência obrigatório entre os livros lançados neste ano editorial que ora se inicia.

Resenha de A rua do Padre Inglês (28/05/07)

Por José Mário Rodrigues

Quando gosto muito de um poema acabo memorizando-o até sem muito esforço. Datas de aniversário de amigos, nome de ex-colegas de universidade, nomes de ruas e outras coisas mais me deixam enrolado. Os versos, ao contrário, me vêm de mansinho, um após outro, mesmo que o poema seja extenso.

O primeiro poema que li do livro A Rua do Padre Inglês, de Everardo Norões, foi Réstias do muxarabiê. Fiquei encantado, comecei a memorizá-lo e enquanto não o fixava não continuei a leitura da obra. Só depois vi outros belos poemas da lavra criativa desse poeta maduro, discreto, sem estrelismo, com ar de sertanejo desconfiado, que não espera muito de ninguém e que escreve preciosidades assim: “Rolar dentro de si/ como pedras no poço/ Do arco do corpo/ desencadear o sopro/ Avistar/ onde o olhar não alcança/ ler os passos de Deus/ dentro da dança.”
Lançado no ano passado pela editora 7Letras, do Rio de Janeiro, A Rua do Padre Inglês é um tom a mais na poesia pernambucana, embora o seu autor seja um cearense do Crato que se fixou em Pernambuco

Se o livro não foi comentado como merecia, é porque as obras, entre nós, não têm sido analisadas, mas apenas alvo de notas e resenhas sem profundidade. E mais ainda, há um silêncio em relação a poetas, escritores, pensadores que nos cercam. Depois que escrevi neste jornal sobre a filósofa Maria do Carmo Tavares de Miranda, algumas pessoas me perguntavam se ela estava viva. Felizmente a Continente Multicultural – a melhor revista que surgiu nesses últimos anos no Recife – publicou um perfil da ex-assistente de Martin Heidegger, que está em plena atividade intelectual e fazendo planos para divulgação dos seus inéditos.

A situação incômoda em que vivemos não atinge a produtividade de nenhum escritor, pelo menos dos que conheço. A repercussão ou não de um livro está em outra ordem de valor, até mesmo de desvalor, de desinteresse pela literatura e da ampliação da mediocridade que tomou conta da “pátria amada idolatrada”.

Everardo Norões é um poeta definitivo e domina o verso com a desenvoltura dos grandes mestres. Dos que não precisam avançar por artifícios de linguagem tão comuns aos que cultivam os modismos destituídos de emoção e que possuem a frieza dos pisos de mármore. Isto que estou dizendo não é elogio fofo nem “compadrismo literário”, para usar uma expressão do poeta e crítico José Rodrigues de Paiva. Li o livro e mostro os versos. Vejam se não tenho razão:
“O que será de mim/ quando os besouros esquecerem as lâmpadas dos postes/ ou o vento passar sem varrer nossas cinzas?... Sentado neste banco/ doem-me as réstias do muxarabiê./ Porque tudo dói/ na solidão desta casa/ onde seqüestro meu corpo/ e me abismo de Tuas alturas.”

Resenha de A rua do padre inglês / Blog Acervo da Sexta (16/04/2008)

A TÉNÉBREUSE UNITÉ DE UMA POESIA ALÉM
Por Cristiano Ramos

Sobre o poeta Everardo Norões e seu livro A rua do Padre Inglês. Uma obra que se propõe ir além

Comme de longs échos qui de loin se confondent
Dans une ténébreuse et profonde unité,
Vaste comme la nuit et comme la clarté,
Les parfums, les couleurs et les sons se répondent.

Como os ecos ao longe confundem seus rumores
Na mais profunda e tenebrosa unidade,
Tão vasta como a noite e como a claridade,
Harmonizam-se os sons, os perfumes, as cores.

Baudelaire

Para o leitor mais agudo, memórias vividas e lidas se confundem como fotografias misturadas em um baú. Mas, ao mergulhar na vasta poesia contemporânea, não raramente há quem sinta o desolamento de não reconhecer (entre tantos versos) a grandeza daquelas imagens que se destacaram nas leituras de uma vida inteira.

Everardo Norões desenterra de sob os seixos esta razão maior da poesia. A rua do Padre Inglês nos traz um apanhado de sua obra, uma amostra de sua argamassa poética onde se coadunam tradição e moderníssimas demandas existenciais – obra que, por motivos decerto injustificáveis (embora presumíveis), segue desconhecida por tantos.

Uma proposta perpassa todo o livro: recuperar o sentido poético da transcendência. Não aquela de uma conservadora burguesia inglesa imersa em misticismo em pleno século XIX, mas a transcendência clássica, em que estética e filosofia não se deixam reduzir a efêmeros empreendimentos. Os versos de Everardo Norões querem mais, buscam além. Embora nunca uma criação distanciada da paisagem ou dos dramas que a circundam.

O meu país
é uma vereda de loucos.
Linha de serranias
degolando o sol.
cheiro de cana azeda,
a palma de buritis,
relho de sesmarias.
(País)


Leitor e pensador atento de nossa literatura, o autor de A rua do Padre Inglês calcorreia a pauta do dia. Através de sua postura convicta, dialoga com questões atualíssimas de nossa produção. Não foge, por exemplo, ao desafio que hoje nos impõe a ruptura modernista: como não negar a herança e, ao mesmo tempo, fugir da armadilha de tradicionalizar o que antes foi inovação contestadora, transgressão? Embora Norões dificilmente aceitasse a comparação, visto que rejeita a própria noção de pós-modernismo, seus poemas vencem com enganosa facilidade esse obstáculo.

Eis fragmento onde enfrenta a pergunta que costuma afundar pencas de jovens poetas em cansativas tentativas visuais, lugares-comuns ou gritos inócuos:

O que será de mim
no sossego dessas praças mortas,
na angústia dos estacionamentos,
no frio das salas de espera,
quando o outro,
o sempre múltiplo,
pergunta:
O que será de ti?

O que será de mim
quando os besouros esquecerem
as lâmpadas dos postes
ou o vento passar sem varrer nossas cinzas?
(As réstias de muxarabiê)

Mas esqueçamos os rótulos ou debates categorizantes. O que pesa são suas imagens, além do demasiado humano. Nenhum baú, por mais vasto e rico, amontoará com indiferença os seus fractais, que se nos apresentam com assustadora elegância: “Pelo mergulho / das sombras, / calculo / o itinerário da luz”.

São versos que requerem do leitor um ritmo, respeito às intenções sonoras, e tempo para dar nitidez aos significados. Pressa ou pobreza na entrega resultará em desperdício da obra. Assim como, aos interessados em buscar o significado das tantas referências presentes no texto, a experiência de cada página pode se desdobrar em inúmeras outras descobertas. Ex-exilado político, Norões foi obrigado a conhecer outros países, descobrindo-se um irremediável interessado nas mais diversas culturas. Durante todo o livro, somos convidados a viajar com o autor, principalmente por referências orientais, como nas belas estrofes dedicadas àquela conhecida como a maior das cantoras árabes:

Era como se um Deus houvesse sucumbido
e uma única mulher lamentasse seus remorsos.
E o céu brilhasse, entre as areias,
nas cinzas de seus ossos.

Era como se um Deus houvesse caminhado
no fio dos sentidos, e ao seu lado
um peregrino cego lhe guiasse
e, súbito,
calasse.

Era como se um Deus houvesse se encontrado
na única pedra de um deserto.
E ao sol nos doasse
a outra face.
(Oum Kalsoum)

Por tudo isso, o próprio poeta cria exigências à sua obra. Não lhe cabe mais captar o instante sem maiores intenções, ou se desviar da grandeza que os versos parecem lhe exigir. Daí, destoa uma peça como Vinho Branco Seco (“Entre o silêncio obsceno / e o cálice de vinho seco / perco-me na sede / do teu asco”). Mesmo que sejam motivos e imagens dignas de atenção, há inúmeros outros autores para lhes perpetuar a imagem e repetir fórmulas.

Todavia, qualquer “senão” apenas ressalta todo o mais. Uma poesia que nos traz a densa atmosfera baudelairiana, as desconcertantes correspondências, a metafísica comprometida com nossas infindáveis lacerações. Aquele acostumado com essa ténébreuse unité, reencontrará neste pernambucano-do-mundo aquele negativismo, a sombria decadência onde não existem copas ou telheiros para nos resguardar. Momento nenhum de Everardo Norões há de acalentar espíritos desejosos por uma temporada no Paraíso. O que não quer dizer que, envoltos em “sombra” e “escuridão", seus versos nos compelem a desistir. Antes, lançam-nos à caminhada dostoievskiana, onde o coração humano é o campo de batalha, certos de que a dor apenas ratifica nossa existência e sublinha o que de sensível ainda nos acompanha.

Agonizam os rastros de novembro.
E os meus ossos, cansados das neblinas,
doíam, no concerto das esquinas
da cidade, onde um dia, ainda me lembro,

Penetrou-se de escuro a minha alma,
quando um cão, a ladrar contra o sol-posto,
mordeu o lado oculto do meu rosto
e deixou seus sinais à minha palma.
(Soneto I)

“Na linha negra que decepa o sol trafegam infinitas palavras”... E estas linhas são afiadas, este sol é fecundo. Não de forma imprudente – embora com o entusiasmo típico dos textos de apresentação e prefácios – Marco Lucchesi afirma que “seria preciso escrever quase um ensaio para dizer as afinidades que nos cercam e transcendem, as palavras muitas que guardamos e os silêncios que transmitimos”. Todavia, nem a mais fria análise seria indiferente ao empenho autêntico de Everardo Norões em acrescentar, não se rendendo às correntes e modismos.

Em tempos de antologias circulares e redes de afinidades que confundem crítica com reverberação laudatória, difícil esperar que o autor de A rua do Padre Inglês conquiste maiores espaços, senão nos amplos átrios de consciências desejosas em extrair dos contraditórios o melhor da produção contemporânea.

Cristiano Ramos é jornalista e crítico literário. Editor deste blog, além de diretor e apresentador do programa Opinião Pernambuco.

"Água com estômago vazio" - Colaboração de Glória Pinheiro



"Hoje é muito popular no Japão beber água imediatamente após levantar, na parte da manhã. Além disso, a evidência científica tem demonstrado estes valores.

Abaixo divulgamos uma descrição da utilização da água para os nossos leitores.

Para idosos com doenças graves e doenças em tratamento médico, a água tem sido muito bem sucedida. Para a sociedade médica japonesa, uma cura de até 100% para as seguintes doenças:

Dores de cabeça, corpo ferido, problemas cardíacos, artrite, taquicardia, epilepsia, excesso de gordura, bronquite, asma, tuberculose, meningite, aparelho urinário e doenças renais, vômitos, gastrite, diarréia, diabetes, hemorróidas, todas as doenças oculares, obstipação, útero, câncer e distúrbios menstruais, doenças de ouvido, nariz e garganta.

Método de tratamento:

1. Pela manhã e antes de escovar os dentes, beber 4 x 160ml copos de água.

2. Lavar e limpar a boca, mas não comer ou beber nada durante 45 minutos.

3. Após 45 minutos, você pode comer e beber normalmente.

4. Após os 15 minutos do lanche, almoço e/ou jantar, não se deve comer ou beber nada durante 2 horas.

5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 4 copos de água, no início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente a quantidade para 4 copos por dia.

6. O método de tratamento cura doenças e outros podem desfrutar de uma vida mais saudável.

A lista que se segue apresenta o número de dias que requer tratamento para curar / controle / reduzir as principais doenças:

1. Pressão Alta - 30 dias

2. Gastrite - 10 dias

3. Diabetes - 30 dias

4. Obstipação - 10 dias

5. Câncer - 180 dias

6. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento para apenas 3 dias na primeira semana e, desde a segunda semana, diariamente.

Este método de tratamento não tem efeitos secundários.

No entanto, no início do tratamento terá de urinar frequentemente. É melhor, se continuarmos com o tratamento, porque este procedimento funciona como uma rotina de nossas vidas. Beber água é saudável e dá energia.

Isto faz sentido: o chinês e o japonês bebem líquido quente com as refeições, e não água fria. Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água potável para água quente, enquanto se come. Nada a perder, tudo a ganhar...!

Para quem gosta de beber água fria, esta secção aplica-se a eles.

É gostoso beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição, porém, a água fria ou bebida fria solidifica o alimento gorduroso que você acabou de comer. Isso retarda a digestão.

Uma vez que essa “mistura” reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato gastrintestinal. Isto danificada o intestino. Muito em breve, isso vai se transformar em gordura e pode nos levar ao câncer.

É melhor tomar uma sopa quente ou água quente após cada refeição.

Nota muito grave - perigoso para o coração:

As mulheres devem saber que nem todos os sintomas de ataques cardíacos vão ser uma dor no braço esquerdo. Esteja atento para uma intensa dor na linha da mandíbula. Você pode nunca ter primeiro uma dor no peito durante um ataque cardíaco. Náuseas e sudorese intensa são sintomas muito comuns. 60% das pessoas têm ataques cardíacos enquanto dormem é não conseguem despertar. Uma dor no maxilar pode despertar de um sono profundo.

Sejamos cuidadosos e estamos vigilantes. Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência..."

Águas da vida - por Socorro Moreira


Riacho lácteo
de seixos, de seios
colo lavanda
balança no leito

Pedras limadas
jogadas na beira
Iaras, ninfetas
no rio se ajeitam
no espelho das águas
arrumam os cabelos
Com fitas e rosas
esperam Narciso...
Que tarda, e não chega!

Rio navegável
enluarado de loucos
nele se atiram
meus sonhos de moço
esperam o feitiço
da flor do enguiço

Rio sereno
águas turmalinas
acolhe o pescado
oferta uma isca
salga com choros
o veio que salta
nos mares bravios.

Rio cansado
das águas paradas
reduto esquecido
na orla florida
perfuma o gemido
dos ais afogados
de todos os sonhos
que encontram o destino!


socorro moreira

"Nápoles é uma bela fêmea tal e qual a ti "- Por : Socorro Moreira- Para Rosa Guerrera





Eu sempre adorei férias em cidades de interior, menores do que o Crato. Oscilava entre Mauriti e Várzea-Alegre. A última marcou mais, pelos amores lindos, lá vividos. Não foram tantos (exagerei), mas foram significativos. Um é pouco... Dois é ótimo!
Amores que o tempo aprontou reencontros, e se definiram, sem a mágoa do esquecimento... Muito pelo contrário, confirmou-se na escolha adolescente, o sabor da maturidade.
Naquele ano de 63, o destino foi Recife. Cidade já velha conhecida, uma vez que fora residência dos meus pais.
Nos domingos o programa era ir á praia de Boa Viagem. Catar conchinhas, e mergulhar com medo, nas ondas mais altas. Elas me arrastavam, e o desafio era sobreviver, e voltar pra segurança das areias. Passávamos duas noites com pasta d’água, depois nos “descapelávamos”, mas valia à pena. Durante a semana um cineminha entre O São Luiz, Moderno, Trianon, Polyteama, e até em alguns de bairro. Na Manoel Borba tinha um deles( o Cine Boa Vista).
Na Manoel Borba tinha uma jornalista, amiga da casa dos meus tios, cuja entrada cotidiana, animava o ambiente. Meu Tio Luiz adorava suas conversas e sua alegria. Em poucos dias, tornei-me próxima, e comecei a freqüentar a casa da vizinha. Era tudo de bom! Depois de subir as escadinhas, instalava-me na varanda, e começava a consumir tudo de bom que a aquela casa oferecia: revistas, livros, música, lanche, e o melhor: o papo de Rosa Maria, a voz e o violão.
Os episódios da sua vida... Viagem de navio para a Itália (ida e volta); a vida, na cidade eterna, pontos turísticos, e os amores lá vividos (pelo menos um).
Mostrava-me fotos, antes da cirurgia no nariz, e alertava-me: “Não faça plástica no rosto. A gente melhora o nariz, e piora a boca”. Mas Rosa tinha um rosto muito belo e expressivo.
Foi Rosa, que me fez desejar um beijo na boca... E aconteceu, depois daquelas férias. A danada tinha razão: eita, coisa boa!
Esses encontros repetiram-se, nas férias seguintes. Presenteou-me com o seu livro de poesias que li até decorar. E aí, a vida nos desagregou. Perdi o destino dos romances da Rosa.
- Eu já vivia os meus!
Depois de mais de 40 anos, a gente se reencontra na net. Podem entender a alegria? Pois foi!

Um abraço, Rosa Maria, a moça amiga, que me apresentou à vida com poesia!
Socorro Moreira

O Silêncio-Pensamento do Dia.


O Silêncio é ambivalente como as águas do Mar.
E se eu disser que mesmo utilizando a inteligência ele tem vários significados funcionais?
Pode sugerir indiferença,desamor, final cômodo de uma relação...
Ele chega a ser até a omissão de uma deslealdade....
O Silêncio também tem seu lado de recolhimento, de reflexão,
de meditação, de oração,
e por que não de um insight?
O Silêncio é em última análise, o calar diante de uma situação.
E quando a mente e a a alma estiverem agitadas busquem-no, ele fará bem.

Pensem.Liduina Vilar.

Pensamento para o Dia 03/10/2009


“O homem é o depósito de cada mineral, metal e energia que a Terra contém. Ele possui as energias elétrica, magnética e muitas outras formas de energia. Lamentavelmente, o homem não compreende isso. Existe a imensa força da Divindade latente nele que o capacita a fazer qualquer coisa que estabeleça em sua mente. As várias realizações humanas são simples vislumbres do extenso potencial que está latente no homem. Tudo o que ele necessita é ter a vontade e a determinação para realizar esta força e este potencial.”
Sathya Sai Baba

Projeto "Água pra que te quero"!- Nívia Uchôa


Janis Joplin


Janis Lynn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943 - Los Angeles, 4 de outubro de 1970) foi uma cantora e compositora estadunidense. Tornou-se conhecida no final dos anos 60 como vocalista da banda Big Brother and the Holding Company, e posteriormente como artista solo.

"Posso não durar tanto quanto as outras cantoras, mas sei que posso destruir-me agora se me preocupar demais com o amanhã. "

Janis nasceu na cidade de Port Arthur, Texas, nos Estados Unidos. Ela cresceu ouvindo músicos de blues, tais como Bessie Smith e Big Mama Thornton e cantando no côro local. Joplin concluiu o curso secundário na Jefferson High School em Port Arthur no ano de 1960, e foi para a Universidade do Texas, na cidade de Austin, onde começou a cantar blues e folk com amigos.

Cultivando uma atitude rebelde, Joplin se vestia como os poetas da geração beat, mudou-se do Texas para San Francisco em 1963, morou em North Beach, e trabalhou como cantora folk. Por volta desta época seu uso de drogas começou a aumentar, incluindo a heroína. Janis sempre bebeu muito em toda a sua carreira, e sua preferida era a bebida Southern Comfort. O uso de drogas chegou a ser mais importante para ela do que cantar, e chegou a arruinar sua saúde.

Depois de retornar a Port Arthur para se recuperar, ela voltou para San Francisco em 1966, onde suas influências do blues a aproximaram do grupo Big Brother & The Holding Company, que estava ganhando algum destaque entre a nascente comunidade hippie em Haight-Ashbury. A banda assinou um contrato com o selo independente Mainstream Records e gravou um álbum em 1967. Entretanto, a falta de sucesso de seus primeiros singles fez com que o álbum fosse retido até seu sucesso posterior.

O destaque da banda foi no Festival Pop de Monterey, com uma versão da música "Ball and Chain" e os marcantes vocais de Janis. Seu álbum de 1968 Cheap Thrills fez o nome de Janis.

Ao sair da banda Big Brother, Janis formou um grupo chamado Kozmic Blues Band, que a acompanhou em I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! (1969). O grupo se separou, e Joplin formou então o Full Tilt Boogie Band. O resultado foi o álbum Pearl (1971), lançado após sua morte, e que teve como destaque as músicas "Me and Bobby McGee" (de Kris Kristofferson), e "Mercedes-Benz", escrita pelo poeta beatnik Michael McClure.

Janis Joplin esteve no Brasil em fevereiro de 1970, na tentativa de se livrar do vício da heroína. Durante a sua estada, fez topless em Copacabana, bebeu muito, cantou em um bordel, foi expulsa do Hotel Copacabana Palace por nadar nua na piscina e quase foi presa, pelas suas atitudes na praia, consideradas "fora do normal".

Como era época de carnaval, tentou participar de um desfile de escola de samba, porém teve acesso negado por um segurança que desconfiou de sua vestimenta hippie. Especula-se que, antes de voltar para os Estados Unidos, teve uma breve relação amorosa com o roqueiro brasileiro Serguei.

Janis Joplin morreu de overdose de heroína em 4 de outubro de 1970, em Los Angeles, Califórnia, com apenas 27 anos. Foi cremada no cemitério-parque memorial de Westwood Village, em Westwood, Califórnia, e numa cerimônia, suas cinzas foram espalhadas pelo Oceano Pacífico.

O álbum Pearl foi lançado 6 meses após sua morte. O filme The Rose, com Bette Midler no papel de Janis Joplin, baseou-se em sua vida.

Ela hoje é lembrada por sua voz forte e marcante, bastante distante das influências folk mais comuns em sua época, e também pelos temas de dor e perda que escolhia para suas músicas.
Wikipédia

Rio de Janeiro sediará Olimpíada de 2016



COPENHAGUE - Eram 13h50 no Brasil, milhares de pessoas estavam reunidas em Copacabana, milhões assistiam pela tevê ao anúncio do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge. O Rio acabara de se tornar sede da Olimpíada de 2016, uma vitória histórica contra três potências mundiais. Chicago, Tóquio e Madri ficaram para trás e tiveram de aplaudir a comitiva brasileira, algo impensável alguns anos atrás.

A Copa em 2014 e os Jogos em 2016 transformam o Brasil na capital esportiva mundial da próxima década e indicam, ao mesmo tempo, o crescimento econômico da nação, apesar dos muitos problemas políticos e sociais. A América do Sul tem a oportunidade, pela primeira vez em todos os tempos, de mostrar que pode organizar um grande evento sem dever nada a europeus, norte-americanos e asiáticos, já acostumados a essas grandes festas.

Barack Obama foi até Copenhague para fortalecer a candidatura de Chicago, cidade onde fez a carreira política, mas, no retorno aos Estados Unidos, foi informado de que sua candidata terminou em quarto e último lugar na fase final da disputa, uma decepção para quem havia entrado na briga com amplo favoritismo.

A comemoração ficou, mesmo, para Luiz Inácio Lula da Silva, uma figura carismática que teve papel decisivo na vitória brasileira. Os rivais pareciam menosprezar a força do País sul-americano. Espanhóis diziam se tratar da pior candidata e americanos falavam da impossibilidade de receber Copa e Olimpíada em espaço tão curto de tempo. No fim, o Brasil deu de goleada nos adversários, como se diz no futebol, o esporte predileto de Lula: 66 a 32 contra Madri na finalíssima.

Os brasileiros haviam se candidato para ser sede olímpica dos Jogos de 2000, com Brasília, e 2004 e 2012, com o Rio. Nas três vezes, caíram precocemente com projetos que não agradaram ao COI e chegaram a ser considerados amadores.

Estadão.com.br





Fonte: UOL

Kazuki Takahashi e o Mangá do Japão


(高橋 和希 Takahashi Kazuki, 4 de outubro 1961 em Tóquio) é um mangaká japonês, criador do mangá Yu-Gi-Oh!.

Kazuki Takahashi começou a desenhar desde sua adolescência. Em 1991, conseguiu um emprego na revista Shonen Jump. Em 1996, começou a desenhar Yu-Gi-Oh! e, no ano de 2000, surgiu o anime para TV, que conquistou o Japão e colocou Kazuki entre os principais criadores de mangás do Japão.


Wikipédia

A Jane de Tarzan - Por : Rosa Guerrera


Segunda-feira, 3 de Agosto de 2009
MORRE A "JANE" DE TARZAN.


Aos 92 anos morre na California a musa que fez parte não apenas da minha infância , mas da infância de todos nós que eramos fãs do personagem JANE nos velhos filmes do homem das selvas: “BRENDA JOYCE”., jovem bonita e corajosa, a amada do herói Tarzan . Brenda Joyce, era o nome artístico de Betty Labo, atriz que ao lado do ator Jonny Weissmuller viveu vários filmes , sempre retratando fielmente o amor de uma jovem da cidade , que abandona a civilização para viver na companhia de um homem que luta pela paz e pela vida dos animais , na floresta onde foi criado . Quando deixou o cinema , após a gravação do seu ultimo filme como JANE , Brenda trabalhou por mais uma década , ajudando estrangeiros a encontrar trabalho e alojamento.Seus ultimos anos foram vividos num lar em Santa Monica , onde era bastante querida , e conhecida por todos como a eterna Jane de Tarzan. Entre outros filmes da carreira de Brenda Joyce estão : «Tarzan e as Amazonas», «Tarzan e a Mulher Leopardo», «Tarzan e a Caçadora», «Tarzan e as Sereias» e «Tarzan e a Montanha Secreta».Na foto Brenda e Weissmuller numa cena de um de seus filmes que marcaram uma época.


rosa guerrera

A poesia de Ana Cecília S. Bastos

As palavras e sua dança,
que me querem serva fiel.
.
Tarefa de ser eterno,
talvez coisa encantada.
.
Rumos que não sei,
talvez destino.
.
Ana Cecília
( A Impossível Transcrição)

Desafio - Leia e Participe - Cariricaturas convida!

( foto-desafio)

Observe a foto , e aventure-se a entrar em seu domínio, em sua essência...

Para movimentar o Cariricaturas e colher muitas pérolas, temos em mente que a interatividade entre amigos que colaboram e/ou passeiam pelo nosso Cariricaturas é algo que certamente torna o contato e o convívio neste espaço muito mais prazeroso. Essa interatividade pode acontecer de várias formas. Usamos as trovas bem nos primeiros dias do Cariricaturas, mas agora veio-nos uma nova idéia para provocar e desafiar os demais.

Hoje o desafio é o seguinte: será postada uma foto e você, colaborador e/ou amigo é convidado a escrever nos comentários a sua impressão ou o sentimento que lhe causa esta foto.

Acreditamos que seja esta uma forma de interagirmos como num bom papo, numa boa prosa. Não deixe de participar. Sua presença é ouro.


(Uma simples frase, uma trovinha, um mini-texto estas são formas de colaborar)

Vamos lá ! "mão na massa"!

Estamos esperando! Ei, cadê você?

O mel de abelha e suas propriedades nutricionais


" Durante muitos séculos a humanidade não conheceu outro alimento edulcorante que não fosse o mel de abelhas. Alimento natural, por excelência. Somente com o aparecimento dos açucares industrializados, de origem vegetal, passou o homem a substituir o mel de abelhas por outros alimentos adoçantes mais abundantes. Apesar disso, com o desenvolvimento moderno da ciência nota-se um retorno apreciável ao primitivo alimento graças as suas qualidades.Que falta nos açucares industrializados,por serem açucares (sacarose) de mais difícil digestão.Têm poucas vitaminas e são responsabilizados pelo aparecimento de algumas doenças,das chamadas "doenças da civilização(Diabetes e Descalcificação dos ossos)".

· O mel de abelhas é constituído quase que exclusivamente de haxoses (76%), sendo, pois diretamente assimilável pelo organismo, mesmo os mais debilitados, por ser já um açúcar invertido; é ótimo restaurador do sistema nervoso, graças a sua riqueza em tiamina e riboflavina, além de outras vitaminas.

· Na composição do mel de abelhas, segundo as mais recentes analises, figuram os sais minerais com 3 a 7%, principalmente os de cálcio e fósforo, de quem geralmente carecem os nossos alimentos, devido à pobreza destes elementos nos nossos solos.

· Portanto, a divulgação do mel de abelhas como alimento importante para o organismo humano, através de um atual processo educativo, é de fundamental importância na criação de novos consumidores, tendo em vista o atual momento em que as pessoas despertam para a necessidade de consumirem cada vez mais os alimentos de origem natural. As diversas maneiras de inclusão do mel de abelhas na dieta de alimento das pessoas, seja na forma "in natura", ou como componente de receitas culinárias, proporcionará a elevação no consumo é "per capita", promovendo conseqüentemente uma melhor condição de vida dos consumidores.


· Através dos tempos, o mel sempre foi considrado um produto especial, utilizado pelo homem desde os tempos mais remotos. Evidências de seu uso pelo ser humano aparecem desde a Pré-história, com inúmeras referências em pinturas rupestres e em manuscritos e pinturas do antigo Egito, Grécia e Roma.

· Foi o primeiro adoçante consumido pelo homem. Até o século XIII, o mel era a única substância doce usada na cozinha. Nos tempos antigos, o mel era largamente consumido para promover a longevidade. Com o advento do açúcar de beterraba e de cana o consumo de mel como alimento perdeu o seu valor. A substituição do mel pelo açúcar trouxe grande prejuízo para a saúde do homem.Uma vez que houve perda de propriedades nutricionais e terapêuticas.


· Uso do mel na alimentação Humana e na prática médica

· O mel pode ser usado como substituto vantajoso do açúcar;

· É de fácil digestão pelo organismo;

· Ajuda o organismo a fixar o cálcio;

· Não irrita a mucosa do tubo digestivo;

· Dentre os açúcares é o mais tolerado pelos rins;

· Tem efeito levemente laxativo;

· Tem valor laxativo;

· É utilizado como medicamento nos seguintes casos:
I. Doenças cardíacas;
II. Doenças da garganta e boca;
III. Doenças das vias respiratórias;
IV. Anemias e raquitismo;
V. Queimaduras;
VI. Prisão de Ventre;
VII. Fadiga.
A utilização do mel na nutrição humana não deveria limitar-se apenas a sua característica adoçante, como excelente substituto do açúcar, mas principalmente por ser um alimento de alta qualidade, rico em energia e inúmeras outras substâncias benéficas ao equilíbrio dos processos biológicos de nosso corpo. "