Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

CLIQUE- FLÔRES E ESPINHOS - Por Edilma Saraiva Rocha


Brigamos pelas mesmas coisas
discutimos nossas diferenças.
Nos machucamos como bichos
ficando a dor...
Caprichosamente permitimos
que o silêncio cale nossos lábios.
Vivemos separações
e construimos lágrimas.
Orgulhosamente disfarçamos a saudade
e esbarramos na solidão.
O ciúme clama por justiça e igualdade.
Somos almas diferentes
e as divergências
não foram capazes de calar
o amor e a cumplicidade.
Somos muito diferentes...
A cada manhã a vida recomeça
com um novo dia
trazendo um mundo de possibilidades.



As cores das flores
- Claude Bloc -

Já li por aí: "amigos são flores"

Em cada cor um sentimento

Em cada tom uma saudade

Amigos... Amigas...

Primavera o ano inteiro.
Claude Bloc

"O Patinho Feio" - por Socorro Moreira



Ligada no Circuito de Leitura que o Sesc Juazeiro do Norte promoverá, entre os dias 31.08, 1 e 2 de Setembro . O objetivo é estimular, no público jovem (dos sete aos 14 anos) o gosto pela leitura e pela escrita, geralmente associados.
Lembro que, quando descobri que sabia ler, só encontrava prazer, em descobrir o mundo, através dos livros. Deixei pra lá até as bonecas, e a brincadeira de roda com as meninas da minha idade. A leitura me preenchia!
O primeiro livro, que ganhei aos quatro anos de idade, foi “O patinho feio”. A identificação foi total. Certamente porque me considerava feinha com meus óculos de grau e as pernas gordinhas.
A partir de então me tornei insaciável. Queria compulsivamente, todos os livros de histórias que existiam. Quando faltava a novidade, pedia às pessoas, que me contassem histórias. E lá estavam meu avô, avó, Ricarda (uma Ba do Piauí), minha mãe, e todo mundo que tinha algo para contar.
As revistas do meu pai saiam das prateleiras, e os livros da biblioteca de Dona Liô, nossa vizinha da Pedro II, também!
Existia um programa de rádio, na Educadora, por Terezinha Siebra, que contava histórias, no final da tarde. Eu não perdia uma audição!
Gostava das férias no Mauriti, quando a meninada contava histórias, desenhando no patamar da igreja. Elas não tinham fim...Minha prima Socorro Montoril nos prendia, horas a fio, ou o tempo que queria. Geralmente a temática girava em torno de uma menina rica e feia, e uma menina pobre e bela. A beleza e a bondade, sempre compensavam a pobreza. Valores de uma época!
No Ginásio, fomos muito estimulados pelo nosso professor de Português: Dr. José Newton.Cobrava diário, vida escolar, em capítulos, relatório de férias, etc.
Adotei o diário íntimo, copiando um livro que toda menina do meu tempo leu : “O Diário de Ana Maria “. Aí, colava fotos, pétalas de flor, papel de chocolate, além de relatar fatos pitorescos que marcavam o meu dia a dia. Chegou um tempo, em que contei meus sonhos, na sua confusão de imagens e diálogos!
Escrevi cartinhas para tios, primos, e até namorados. Especializei-me em cartas de amor. Podia namorar através delas, com qualquer moço distante, inclusive os desconhecidos.
No São João Bosco existia uma boa biblioteca, complementada pelo acervo da Faculdade de Filosofia. Com isso, íamos trocando livros, revistas, entre os amigos, que apreciavam a leitura. Lambuzei-me de tanta coisa boa, romântica, mitológica, e até nostálgica. Mas optei pelos números, pelas exatas, e tomei o rumo das contabilidades.
Depois do exercício findo, tento resgatar o meu prazer original pelos livros e escritos, mas calculo alargado demais, o tempo de defasagem. Mesmo assim, tô  na estrada. Colhendo palavras, encontrando o som e o sentimento que elas produzem em mim. Quem lê e escreve, tem a solidão compartilhada por uma infinidade de personagens universais.

Friedrich Nietzsche

Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, 15 de Outubro de 1844 — Weimar, 25 de Agosto de 1900) foi um influente filósofo alemão do século XIX.
trados 302 frases e pensamentos: frases nietzsche

"Quando Nietzsche chorou" tem essa passagem.

"Ensino que a vida jamais deveria ser modificada ou esmagada devido à promessa de outro tipo de vida futura. O imortal é esta vida, este momento."

A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.

Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.

As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem; mas, para manter essa amizade, torna-se indispensável o concurso de uma pequena antipatia física.

Torna-te aquilo que és.


As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras

Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.

Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem.

O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso.

O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.
Friedrich Nietzsche
Quando o texto toma a vez
-
Claude Bloc -

Naqueles dias me levantava cedo para o trabalho, almoçava, descansava um pouco, depois sentava e escrevia. Ficava exausta. Até passei uns dias falando sozinha, mergulhada num texto até conseguir arrancá-lo.

Era um farrapo de poesia com uma nesga de prosa que tinha-me nascido no começo de agosto, em Crato. Nasceu, sem que eu planejasse. Creio que estava pronto na minha cabeça. Nem lembro que nome lhe dei, mas levou uma epígrafe. Um trecho de Drummond, e acho que assim ficou bem. Sei que me concentrei. Fiquei completamente cega enquanto escrevia. A personagem tomou o freio e se recusou a morrer ou a enlouquecer no fim.

O texto tinha um final lindo, positivo, alegre. Surpreendi-me. Mas o desfecho se meteu no texto e não admitiu que eu interferisse. Estranho, isso. Às vezes penso que, quando escrevo, sou apenas uma transmissora, alheia a mim mesma. Um canal transmissor com um certo poder, ou capacidade seletiva, sei lá.

Enfim, só hoje dei o conto por concluído, creio que já na quarta versão. Mas vou deixá-lo dormir pelo menos um mês, aí releio — porque sempre posso estar enganada e os meus olhos de agora serem incapazes de ver certas coisas.
Claude Bloc

Ela

Para Fran, com carinho

Minha música
Musa única, mulher
Mãe dos meus filhos, ilhas de amor
Cada ilha, um farol
No mar da procela

... Ela que me faz um navegador

(Ela, Gilberto Gil)


Peço os versos emprestados ao poeta para fazer uma louvação... a ela, minha mulher, imponente e forte como uma vela que leva uma frágil jangada a um porto seguro.

Ela é mulher de fibra... de carbono. E longe de ser andróide, ela é humana, demasiadamente humana.

Mas, nos momentos mais difíceis ela cresce como um titã. Escala as mais íngremes montanhas para subir aos céus. Não para destronar Júpiter, mas para superar o Hades que quer nos atormentar.

Ela é pra mim Minerva, tanto na sabedoria, como na paz ou... na guerra.

Eu sou Eleu. Ela é Eléia. Portanto, sou o seu Parmênides e ela, minha aletéia.

Caminhamos juntos pelos caminhos de Éfeso em busca de Mauridérnia, nossa Pasárgada, entre Bandeira e a Pérsia, onde serei o seu rei e ela, minha rainha.

Ela, sobretudo ela...

Fotos de Samuel Gregório

Salmão ao molho de maracujá



* Ingredientes
* 4 postas médias de salmão
* 4 colheres (sopa) de manteiga
* Sal a gosto
* Suco de 2 limões
* Polpa de 4 maracujás
* 1 xícara de suco de laranja
* 8 colheres (sopa) maionese para o molho
* 2 colheres (sopa) de suco de limão
* 1 pitada de açúcar


* Modo de Preparo

1. Tempere as postas de salmão com suco de um limão e sal a gosto
2. Grelhe-as por 10 minutos, em uma frigideira, com a manteiga até o peixe dourar dos dois lados
3. Retire do fogo e reserve
4. Bata no liquidificador a polpa dos maracujás e o suco de laranja
5. Coe o suco e acrescente a maionese, mexendo até obter uma mistura homogênea
6. Adicione 2 colheres (sopa) de suco de limão, o açúcar e o sal, misture bem
7. Arrume o peixe nos pratos e cubra com um pouco do molho
8. Decore com sementes de maracujá e fatias de laranjas
9. Sirva a seguir

Solidão - por Paulo Coelho


Desde as noites dos tempos, os homens se reuniam em torno das fogueiras e contavam suas histórias de batalhas, suas histórias de conquistas as emoções que eles tinham passado pela vida...

Foi pensando justamente nisso e pensando que a historia é a melhor maneira de se transmitir um conhecimento porque ela fala a alma e o coração, que eu resolvi aqui em casa gravar algumas histórias que marcaram minha vida.

Todos nós precisamos de amor, o amor faz parte da natureza humana, como faz parte da natureza humana comer, beber e dormir.

Já aconteceu com todos nós de contemplar um belo pôr de sol, tá numa bela paisagem, fazer uma linda viagem, mas como a gente tá sozinho, a gente não tem quem compartilhar aquilo, toda essa beleza se torna opressora, nos faz ficar menores, mais amargos porque dá vontade de ter alguém do lado e dizer olha que bonito fulano(a) e no entanto não tem ninguém ali.

Nesse momento então, a gente deve se perguntar quantas vezes nos pediram amor e nós simplesmente viramos o rosto pro outro lado. Quantas vezes a gente teve medo de se aproximar de alguém e dizer com todas as letras que estávamos apaixonados.

A solidão é muito perigosa, as pessoas acham que a solidão é confortável, porque ela nos evita sofrer. Carlos Drumon de Andrade tem uma linda poesia e nessa linda poesia ele tem um verso que diz o seguinte: “Admiro nos vegetais a carga de silêncio, Luís Maurício / Mas há que tentar o diálogo, quando a solidão é um vício.”

Eu conheço muita gente que com medo de sofrer escolhem a solidão, e ai quando as pessoas falam ou comentam qualquer coisa e dizem: não, não isso foi escolha minha.

Ora bolas duvido que a solidão seja a melhor escolha, às vezes é bom tá sozinho
Mas escolher ficar apenas sozinho, é preciso ter muito cuidado porque a solidão vicia tanto quanto as drogas mais perigosas!

Se na sua vida o pôr do sol começa a aparecer e não ter mais sentido seja humilde e vá em busca de amor. Saiba que você vai evidentemente passar por algumas rejeições, vai ouvir uns não, vai ouvir certos comentários maliciosos, mas vale à pena lutar, vale a pena porque o amor como todos os outros bens espirituais ele vem em quantidade, quanto mais você dá, mais você recebe em troca.

Ítalo x Adélia ( para os meus amigos de Várzea Alegre)- por Socorro Moreira



Adélia Prado me foi apresentada por José Ítalo de Andrade Proto, em 1981.Recebi pelos Correios , o presente de um livro de poesias com a dedicatória :
"Adélia não é a tua cara ?
-Insaciável , em termos de vida !"
Li, avidamente.Afinal , Ítalo fôra e continuara sendo o meu maior referencial afetivo de sabedoria, sensibilidade e inteligência.
Descobri na Adélia, a simplicidade que existia em mim ... Pensar poeticamente, enquanto lavava a louça do café, varria a casa, cuidava do jardim, testava uma receita nova, se enfeitava para esperar um namorado.
Em 1987, Ítalo foi convocado pelos céus, e partiu.As pessoas que o amavam tiveram que conviver com a dor da separação, hoje transformada , na mais doce das saudades.
Ítalo amigo , cidadão, camarada, filho , irmão ... "O Mimim" dos afetos mais próximos !
Com esta ponte sutil , permaneci ligada à suavidade do Ítalo , e sabedoria poética da Adélia.
Conheci o Ítalo, em Várzea Alegre, no ano de 1967. Época de férias. Juventude lúdica : dançante e cantante. Mas ele era diferente ... Preocupava-se com as causas sociais. Instigava a nossa consciência crítica. Queria por idealismo , um mundo mais justo, mais fraterno, mais livre.
Nos correspondemos por meses seguidos... Até que nos ligamos a outros destinos , sem jamais perder o fio da meada : boas lembranças !
Uma década depois, em 1977, nos reencontramos em Fortaleza. Ele me olhou e disse :
Socorrinha, você, Odalice e Dayse não ficam velhas ,nem feias...Continuam lindas !
Já adultos, e com responsabilidades , curtimos uma grande amizade. Cantamos Nelson Cavaquinho, Chico, Vinícius ...Voltamos a dançar, e a fazer poesia com o nosso olhar. E, por mais dez anos, nos correspondemos.
Cartinha vai, cartinha vem...Eu de vários recantos...Ítalo , no Rio de Janeiro. Dizia-me sempre : Você devia morar em Londres !
Até que um dia , as cartas tornaram-se telepáticas.
Visitou-me algumas vezes , e ainda me visita, trazido pelo perfume de uma flor ou o som de uma canção de amor. Arrastado pelo vento, ou voando como um passarinho...Pousa nas minhas janelas diurnas e noturnas, e faz com a alma , um afago, um carinho.
"Love is a many splendored thing"...
-A voz de veludo e o verde esmeralda do olhar, que nunca esqueci !


Dia
(Adélia Prado)
As galinhas com susto abrem o bico
e param daquele jeito imóvel
- ia dizer imoral
- as barbelas e as cristas envermelhadas,
só as artérias palpitando no pescoço.
Uma mulher espantada com sexo:
mas gostando muito.



Matando as saudades de José do Vale Feitosa


Entre o caos e ordem, reluz a beleza - Por : José do Vale Pinheiro Feitosa

Quando só, grito a efervescência do caos. Repito o ato em face da ordem. Entre um e outro respiro, digiro, me igualo em caos e ordem. Isso por que vivo com um pé na medida certa e no justo limite e outro na exata noção que a “harmonia do mundo se evidencia na casual desordem”.


Já dizia Heráclito e penso que os gregos eram muito superiores à emergência da unidade, pois desde sempre compreendia a antítese na Beleza e na arte ocidental.Algo como o topo da serra e o rés do vale. As raízes e a copa, a sobrevivência e a transcendência.

Não abuso do estático, da aparência, pois a dignidade além da alma é também do corpo. Por isso mesmo, não se torna nem bom ou mau, nem bem ou imoral, a arte da escultura.

Pode ser parte da antítese da vida como é, mas “aqui Apolo supera o sofrimento do indivíduo com a luminosa glorificação da eternidade da aparência, aqui a Beleza vence o sofrimento inerente à vida; a dor é, em certo sentido, removido dos traços da natureza”.


Quando Nietzsche escreveu “O nascimento da tragédia” bem se ambientava no caldo da modernidade.Não me convém o resguardo em parte da antítese. Move-se como matéria de qualquer noção no tempo e no espaço. O que se capta já é corpo em transformação. Os gregos também sabiam de Dionísio, conheciam a Beleza Dionisíaca. Que vai além das aparências, portando das medidas e dos limites; alegre e perigosa, luta com a razão, possuidora de possessões e loucura. A beleza soturna e perturbadora.


O filósofo alemão traduzia o que lhe dizia a natureza da beleza dionisíaca: “Sede como eu sou! Na mudança incessante das aparências, a mãe primigênia, eternamente criadora, que obriga eternamente à existência, que eternamente se regozija com essa instabilidade da aparência.

” Em síntese a noção de estética ocidental mais antiga, a primeira noção possuidora de cânones e normas, contempla a antítese em torno da aparência, como permanência e ou transformação.

É possível que desta dialética sobre a Beleza a história se deite numa ou noutra das partes em luta para extrair tendências estéticas.


No classicismo uma beleza mais Apolínea (de medidas e limites) na modernidade como diz Umberto Eco: “Essa beleza noturna e conturbadora permanecerá escondida até a idade moderna, para configurar-se depois como reservatório secreto e vital das expressões contemporâneas da Beleza, realizando a sua desforra contra a bela harmonia clássica.”


 por José do Vale Pinheiro Feitosa

A Voz Orgulho do Brasil - por Norma Hauer


Uma voz emudeceu no dia 23 de agosto de 1968 na cidade de São Paulo.
Seu nome Antonio Felipe Vicente Celestino, que marcou sua passagem por nossa música como VICENTE CELESTINO.
Foi a mais possante voz que este país conheceu. Só não foi um tenor de renome universal porque não quis deixar seu Brasil, para estudar na Itália e lá se dedicar ao canto lírico. Foi para tal convidado pelo tenor Enrico Caruso, quando este aqui se apresentou em 1916.
Preferiu cantar operetas e música brasileira, em teatros e circos e depois no rádio, quando este passou a ser o grande divulgador de nossos cantores.

Suas primeiras gravações foram mecânicas, até 1927. Neste ano, a eletricidade passou a fazer parte das gravações e ele foi obrigado a gravar de costas para que o timbre de sua possante voz não "estourasse " os cristais dos microfones sensíveis.

Ficou muito marcado por suas composições com letras trágicas,como "Coração Materno", "Fatalidade", "Rasguei o Teu Retrato", "O Ébrio"...Devido a esta última, muitos o consideravam um ébrio, principalmente por sua interpretação no filme de mesmo nome. Mas ele era abstêmio.

Os principais compositores de músicas românticas de seu tempo, como Cândido das Neves ("Noite Cheia de Estrelas"), Catulo da Paixão Cearense ("Luar do Sertão"), Mário Rossi ("Terra Virgem"), Marcelo Tupinambá ("O Cigano") Freire Júnior
Santa")... conheceram o sucesso através de suas gravações, sendo VICENTE
CELESTINO o cantor que mais gravou Cândido das Neves e Catulo.

No cinema, interpretou dois filmes inspirados em nomes de canções de sua autoria:"O
Ébrio" e "Coração Materno". Também atuou em uma peça teatral de nome "Coração Materno".
Faleceu em 23 de agosto de 1968, no camarim do teatro em que se apresentava em
São Paulo, em um show de Caetano Veloso.

No interior do Campo de Santana, aqui no Rio de Janeiro, há um busto dele
inaugurado em 1970. Passei lá no último fim de semana para deixar-lhe uma "flor de
saudade", como ele pediu em um de seus últimos LPs.

JUSCELINO E CELESTINO
Alguns fatos ligaram esses dois vultos de nossa história. Um como Presidente o outro como um cantor que veio e venceu quando ainda não tínhamos ídolos para "adorar".

Ambos tinham um "ino" no fim de seus nomes; ambos nasceram em um 12 de setembro e ambos laleceram no mês de agosto em seus "infernos zodiacais".

Vicente Celestino nasceu no dia 12 de setembro de 1894; exatamente 8 anos depois, no dia 12 de setembro de 1902, nasceu Juscelino.

Vicente Celestino morreu no dia 23 de agosto de 1968; extamente 8 anos depois, no dia 22 de agosto de 1976 faleceu Juscelino.
Celestino em São Paulo; Juscelino vindo de São Pauilo.
Norma

Paulo Leminski



Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, tradutor e professor brasileiro. Era, também, faixa-preta de judô.



esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem



coração
PRA CIMA
escrito embaixo
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