Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Une pensée...


"Un penseur avec un coeur, j'apelle ça un poète. S'il vole les coeurs et transforme des mots est crée la poésie. C'est plutôt un magicien, qu'avec peu ou rien, apporte l'amour à notre vie..."
 

NO AR - Claude Bloc



Estou no ar.
Se ando ou se paro
caminho entre nuvens...

Muitas vezes
mergulho em céus claros
e encontro num sol incandescente
sorrisos de ontem
retalhos de hoje,
do meu íntimo desejo
de aquecer-me
ou de encontrar-me.

Outras vezes
escorrego em dias cinzentos
e me recolho.
Encurto o passo
e nessas horas tenho medo.
Vai que me perco?

AQUARELAS - Por Edilma Rocha


Aquarela é o nome da mistura de pigmento colorido com aglutinante e também a técnica em que se emprega essa tinta diluída em água.
Constitui um meio de expressão delicado e transparente, mas exige que o aquarelista trabalhe rapidamente, sem se ater a minúcias e sem poder sobrepor a tinta para retoques.
Ao secar, a aquarela perde a metade de seu colorido. Por isso, um esboço que pareça vivo se tornará pálido e esmaecido quando acabado.
A aquarela apresenta um bonito efeito de transparência porque nela se utiliza pequena quantidade de cor diluída em muita água. Com a evaporação da água, o papel branco ou amarelado adquire luminosidade: a luz se reflete por meio da transparência da tinta. Pode-se, no entanto, aplicar outras camadas de tinta, até se obter uma coloração mais forte. À medida que se pintam novas camadas, a transparência da aquarela vai desaparecendo, e sua luminosidade pode se anular por completo.
Como a água seca  depressa, trabalhe com rapidez, planejando sua obra antes de iniciá-la. Para começar, compre apenas alguns tubos ou pastilhas de tinta. Depois, complete seu material. As tintas  são fabricadas com pigmento em pó e goma-arábica diluídos em água. As pastilhas custam menos do que os tubos. Para conserva-las, é necessário cobrir o estojo com um pano úmido, pois elas podem ressecar. As tintas em tubo têm brilho mais intenso e não desgastam tanto o pincel como nas  pastilhas, para se apanhar  a tinta.
No início bastam quatro pincéis chatos, redondos e pequenos e os melhores são de pêlo de marta, um godê branco ou mesmo improvisar com algum prato. E para o desenho, use lápis macio do tipo 2B, uma borracha mole e flexível, é indispensável. Existem vários tipos de papéis próprios para as aquarelas em blocos ou folhas  avulsas com um pouco de textura  que absorvam a tinta com rapidez, sem enrugar. Caso contrário, a água escorrerá, acumulando-se em um dos lados da folha de papel, provocando secagem desigual. Nunca coloque o seu trabalho exposto ao sol, deixe secar naturalmente.
Uma boa regra é definir  o desenho colorindo com camadas de cor deixando secar e em seguida, modele sua forma por meio de camadas superpostas. Não tenha receio de deixar partes em branco no seu trabalho, pois o papel utilizado na aquarela proporciona um efeito vibrante inigualável, que não pode ser obtido com nenhum outro meio. Ele é importante demais para ser ignorado.
A natureza contém os elementos de cor e forma e cabe ao artista, selecionar e agrupar esses elementos de forma que o resultado seja  surpreendente.
Nomes como César formentti, Charles Reid, Zoltan Szabo, David Millard, Paul Jenkins e Philip Jamison, deixaram obras de relevante beleza e efeito cromáticos.
No Museu de Arte Vicente Leite do Crato, temos duas antigas e valiosas aquarelas assinadas por César Formentti.