Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Desafio: Medida - Por Aloísio



Medida

(Não me ocupo em medir dias, horas, minutos,
pois os segundos são mais importantes)


Pensando em alguma medida
Não esquento minha moringa
Vou beber água da quartinha
Para lembrar da minha vida

Já medi fita, chita, morim,
Medi bramante estampado
Isto eu fazia com o metro
De madeira amarelado

Medida por unidades,
Dúzias, grosas e centenas
Assim vendia os produtos
Lápis, canetas e penas

E na balança com o peso
Muitas coisas eu media
Açúcar, arroz, feijão,
Café, fubá e sabão

Com a medida do litro
Também media farinha,
Querosene, azeite, mel
E a popular caninha

E de todas as medidas
Lembro da mais saborosa
Quero saber como mede
Aquele dedo de prosa

Me diga minha amiga
Se acertei na medida
Porque hoje fui buscar
O ontem na minha vida

Aloísio

Noturno

Para Socorro, Edilma, Claude

Não haverá outra forma de viver
senão amando: bichos,
pessoas, objetos.

Não há como ser digno da verdade
senão fiel ao coração sob despojos
ou sobre nuvens.

O sangue que gela
por tolices enraizadas
devem ser postas
ao cozimento
em fogo alto.

Labaredas.

Embrulhemos os pães
com a massa dos cílios

(transformando-se
em água)

sobem lágrimas
aos céus

poderemos então
crer em milagres.

Torta de ricota - Colaboração de Fátima Figueirêdo



TORTA DE RICOTA

1 ricota (300g)
5 claras
5 gemas
3 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres(sopa) de maizena
1 lata de leite condensado
1 lata de leite comum

Bater todos os ingredientes no liquidificador e por fim misturar
as claras em neve. (Fora do liquidificador).

Forma untada com manteiga e farinha de trigo, e meia hora de forno(ou até
que fique douradinho, assado).

Cureau, a censora (Mino Carta)

Permito-me sugerir à doutora Sandra Cureau, vice-procuradora-geral da Justiça Eleitoral, que volte a se debruçar sobre os alfarrábios do seu tempo de faculdade, livros e apostilas, sem esquecer de manter à mão os códigos, obras de juristas consagrados e, sobretudo, a Constituição da República. O erro que cometeu ao exigir de CartaCapital, no prazo de cinco dias, a entrega da documentação completa do nosso relacionamento publicitário com o governo federal nos leva a duvidar do acerto de quem a escolheu para cargo tão importante.
Refiro-me, em primeiro lugar, ao erro, digamos assim, técnico. Aceitou uma denúncia anônima para proceder contra a revista e sua editora. Diz ela conhecer a identidade do denunciante, acoberta-o, porém, sob o manto do sigilo condenado pelo texto constitucional e por decisões do Supremo Tribunal Federal. Protege quem, pessoa física ou jurídica, condiciona a denúncia ao silêncio sobre seu nome. Ou seja, a vice-procuradora comete uma clamorosa ilegalidade.
Há outro erro, ideológico. Quem deveria zelar pela lisura do embate eleitoral endossa a caluniosa afronta que há tempo é cometida até por colegas jornalistas ardorosamente empenhados na campanha do candidato tucano à Presidência. A ilação desfraldada a partir do apoio declarado, e fartamente explicado por CartaCapital, à candidatura- de Dilma Rousseff revela a consistência moral e ética, democrática e republicana dos acusadores, ou por outra, a total inconsistência. A tigrada não concebe adesão a uma candidatura sem a contrapartida em florins, libras, dracmas. Reais justificados por abundante publicidade governista.
Sabemos ser inútil repetir que a publicidade governista premia mais fartamente outras publicações. Sabemos que José Serra, ainda governador, mas de mira posta na Presidência, assinou belos contratos de compra de assinaturas com todas as maiores empresas jornalísticas do País, com exceção, obviamente, da editora de CartaCapital. Sabemos que não é o caso de esperar pela solidariedade- dos patrões da mídia e dos seus empregados, bem como das chamadas entidades de classe, sem falar da patética Sociedade Interamericana de Imprensa. Estas, aliás, se apressam a apoiar a campanha midiática que aponta em Lula o perigo público número 1 para a democracia e a liberdade de imprensa.
Nem todos os casos denunciados pela mídia nativa merecem as manchetes de primeira página, um e outro nem mesmo um pálido registro. É inegável, contudo, que dentro do PT há uma lamentável margem de manobra para aloprados de extrações diversas. CartaCapital tem dado o devido destaque a crimes como a quebra de sigilo fiscal e a deploráveis fenômenos de nepotismo e clientelismo, embora não deixe de apontar a ausência das provas sofregamente buscadas pelos perdigueiros da informação, em vão até o momento, de ligações com a campanha de Dilma Rousseff.
Vale, porém, discutir as implicações da liberdade de imprensa, e de expressão em geral. É do conhecimento até do mundo mineral que a liberdade de informar encontra seus limites no Código Penal. Se o jornalista acusa, tem de provar a acusação. E informar significa relatar fatos. Corretamente. Quanto à opinião, cada um tem direito à sua.
Muito me agrada que o Estadão e o Globo em editoriais e, se não me engano,- um colunista tenham aproveitado a sugestão feita por mim na semana passada. Por que não comparar Lula a Luís XIV, além de Mussolini e Hitler? Compararam, para ampliar o espectro da evocação. De ditadores de extrema-direita a um monarca por direito divino, aprazível passeio pela história. Volto à carga: sinto a falta de Stalin, talvez fosse personagem mais afinada com a personalidade de Lula, aquele que ia transformar o Brasil em república socialista. Quem sabe, a tarefa fique para a guerrilheira terrorista, assassina de criancinhas.
Espero ter sido útil, com uma contribuição aos delírios de quem percebe o poder a lhe escorrer entre os dedos. A campanha midiática a favor do candidato tucano não é digna do país que o Brasil merece ser, e sim adequada ao manicômio. Aumenta o clamor de grupelhos de inconformados de uma velha-guarda que não dispensa militares de pijama, todos protagonistas de um espetáculo que fica entre a ópera-bufa e o antigo Pinel. Que tem a ver com liberdade de imprensa acusar Lula e Dilma de pretenderem
"mexicanizar", ou "venezuelizar" o Brasil? Ou enterrar a democracia.
Mesmo que o presidente não pronuncie sempre palavras irretocáveis, onde estão as provas desse terrificante projeto? Temos, isto sim, as provas em sentido contrário: os golpistas arvoram-se a paladinos de uma legalidade que eles somente ameaçam. A união da mídia já produziu alguns entre os piores momentos da história brasileira. A morte de Getúlio Vargas, presidente eleito, a resistência a Juscelino, o golpe de 1964 e suas consequências 21 anos a fio, sem contar com a oposição à campanha das Diretas Já. Ou com o apoio maciço à candidatura de Fernando Collor, à reeleição de Fernando Henrique, às privatizações vergonhosamente manipuladas. É possível perceber agora que este congraçamento nunca foi tão compacto. Surpreende-me, por exemplo, o aproveitamento que o Estadão faz das reportagens de Veja, citada com todas as letras. Em outros tempos não seria assim, a família Mesquita tachava os Civita de "argentários" em editoriais da terceira página. As relações entre os mesmos Mesquita, os Frias e os Marinho não eram também das melhores. Hoje não, hoje estão mais unidos do que nunca. Pelo desespero, creio eu.
A união, apesar das divergências, sempre os trouxe à mesma frente quando o risco foi comum. Ameaça ardilosamente elevada à enésima potência para justificar o revide pronto e imediato. E exorbitante. A aliança destes dias tem uma peculiaridade porque o risco temido por eles é real, a figurar uma situação muito pior do que aquela imaginada até o começo de 2010. Desespero rima com conselheiro, mas como tal é péssimo. De sorte que estão a se mover para mais uma Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade. A derradeira, esperamos. Não nos iludamos, no entanto. São capazes de coisas piores.
Otimista em relação ao futuro, na minha visão vivemos os estertores de um sistema, mudança essencial ao sabor de um confronto social em andamento, sem violência, sem sangue. Diria natural, gerado pelo desenvolvimento, pelo crescimento. Donde, por mais sombrios que sejam os propósitos dos verdadeiros inimigos da democracia, eles, desta vez, no pasaran. Eles próprios se expõem a risco até ontem inimaginável. Se houver chance para uma tentativa golpista, desta vez haverá reação popular, com consequências imprevisíveis.
Episódio representativo da situação, conquanto não o mais assombroso, longe disso, é a demanda da vice-procuradora da Justiça Eleitoral (Sandra Cureau) para averiguar se vendemos, ou não, a nossa alma. Falo em nome de uma pequena redação que não desiste há 16 anos na prática do jornalismo honesto, pasma por estar sob suspeita ao apoiar às claras a candidatura Dilma.
Sugiro à doutora Sandra que, de mão na massa, verifique também se a revista IstoÉ recebeu lauta compensação do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema quando o acima assinado em companhia do repórter Bernardo Lerer, escreveu uma reveladora, ouso dizer, reportagem sobre Luiz Inácio da Silva, melhor conhecido como Lula, publicada em fevereiro de 1978. Ou se acomodou-se em uma espécie de mensalão ao publicar oito capas a respeito da ação de Lula à frente de uma sequência de greves entre 1978 e 1980. Ou se me locupletei pessoalmente por ter estado ao lado dele na noite de sua prisão, e da sua saída da cadeia, quando enquadrado pela ditadura na Lei de Segurança Nacional, bem como nas suas campanhas como candidato à Presidência da República. Desde o dia em que conheci o atual presidente da República, pensei: este é o cara. (Mino Carta)

Vote na Sônia - TOC 140 da FLIPORTO




Ninho

De tanto olhar o ninho
nos meus olhos
nasceram pássaros.

O poema Ninho, da Sônia, minha mulher, foi selecionado entre os dez finalistas do concurso TOC 140, da Fliporto. O resultado final será decidido por votação pela internet: veja e vote clicando AQUI.
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Frases que precisamos ler...


"Entre o homem que se faz compreender e aquele que não se faz há um abismo de diferença. O primeiro salva sua vida" Primo Levi (1919- 1987)
"A questão é saber se você pode obrigar as palavras a querer dizer coisas difrentes. A questão é mostrar a elas quem manda..." Lewis Carroll (1932- 1989)
"Leitor modelo - uma espécie de tipo ideal que o texto não só prevê como colaborador, mas ainda procura criar." Umberto Eco (1932-)
"Para que o acontecimento mais banal  se torne uma aventura, é necessário e suficiente que o narremos." Jean-Paul Sartre (1905 - 1980)
"A simplicidade resulta sempre de um violento esforço. Não se atinge uma expressão fácil, concisa e harmoniosa sem longas e tumultuárias lutas em que arquejam juntos espírito e vontade." Eça de Queiroz (1845-1900)
"As pessoas que não têm nada a dizer são muito cuidadosas na maneira de dizê-lo." Rubem Fonseca (1925)

A Vírgula





A Associação Brasileira de Imprensa está divulgando na imprensa um texto para comemorar os 100 anos de fundação. Vale a pena conhecê-lo:




Vírgula pode ser uma pausa... ou não:
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro:
23,4.
2,34.

Pode criar heróis ou incompetentes:
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução:
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião:
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar:
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


Detalhes Adicionais:

Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura.


* Se você for MULHER, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for HOMEM, colocou a vírgula depois de TEM...

Nossa Senhora das Mercês - 24 de Setembro


Por Gilda Carvalho


Na época da invasão da Espanha pelos mouros, houve uma grande perseguição aos cristãos e muitos eram aprisionados e escravizados. Conta a história, que uma noite Nossa Senhora apareceu em sonhos a três pessoas diferentes e convidou-os a fundar uma ordem que se ocupasse de proteger os cristãos escravos.

Essas três pessoas eram um militar de nome Pedro, um dos mais importantes teólogos da época chamado Raimundo e o próprio rei de Aragão, D. Jaime I. Pedro e Raimundo, em uma conversa casual, descobriram ter tido o mesmo sonho. Dispostos, então, a atender ao pedido da Senhora, foram falar com o rei e descobriram que ele também tinha sido um dos depositários do pedido. Começaram, então, a trabalhar para atender ao pedido que lhes havia sido feito. Um convento foi construído sob os auspícios do rei. Pedro, que mais tarde foi canonizado e recebeu o nome de S. Pedro Nolasco, foi o mestre geral da Ordem e Raimundo – que também tornou-se santo, ficando conhecido por São Raimundo de Peñaforte. Desse modo foi criada a Ordem de Nossa Senhora das Mercês para o Resgate dos Cativos, que recebeu a aprovação do papa e espalhou-se por toda a Europa e, mais tarde, pelas Américas. O devoção a Nossa Senhora das Mercês chegou ao Brasil em 1639.

Gilda Abreu- por Norma Hauer



Foi em Paris que GILDA DE ABREU nasceu, no dia 23 de setembro de 1904, filha de pais brasileiros (a mãe era uma cantora de nome Nícia Silva, bastante conhecida na época e que fora se apresentar em Paris.)
Registrada no Consulado Brasileiro, veio ainda pequena para o Brasil. Sendo filha de uma cantora lírica, era natural que desde pequena vivesse no meio teatral, despertando assim o gosto pela música.
Estreou no Teatro Recreio, ali próximo à Praça Tiradentes, apresentando a peça de Luis Iglesias e Miguel Santos "A Canção Brasileira".

Em 1935 estreou no cinema com "Bonequinha de Seda", apresentando uma música que fez muito sucesso :
Boneca de pano escondia
Um coração sonhador
O destino lhe deu um certo dia,
Um lindo sonho de amor
Mas descobriu ser engano
Pois tudo fora ilusão.
Uma boneca de pano
Não pode ter coração...”

Tendo, em 1920, conhecido o cantor Vicente Celestino, com ele se casou em 1933, formando uma dupla de cantores que, dentre outras melodias, gravaram "Ouvindo-te" na qual ela fazia a contra-voz.

Acompanhando a carreira de Vicente, dirigiu-o em dois filmes baseados em letras de suas composições: "O Ébrio", um dos maiores sucessos do cinema brasileiro de então (1946), e que, ainda hoje, é considerado uma das maiores bilheterias do cinema nacional.
Dirigiu ainda , Vicente em "Coração Materno", tanto no cinema como na peça teatral de mesmo nome. Foi, nesta peça, também, protagonista.

Gilda no total participou de 6 filmes, três como atriz e 3 como diretora.

Após a morte de Vicente, Gilda tornou a casar-se com uma pessoa bem mais nova (José Spinto) metido a cantor, que ficou com todo o acervo de Vicente , doando parte para o Museu Vicente Celestino, que funciona em Conservatória.

GILDA DE ABREU faleceu em 6 de junho de 1979, aqui no Rio da Janeiro, aos 75 anos.


Norma

Dr. Eldon Cariri - por Socorro Moreira

Ele foi meu Pediatra. Eu acabara de nascer ( Agosto de 1951), e ele recem formado, cuidava  das minhas pequenas mazelas. Estudiosíssimo , tornou-se um grande clínico e ainda, um especial obstetra.
Esteve na minha vida , em fases diversas: quando criança, operação de apêndice aos 13 anos, nascimento de todos os meus filhos aos 19, 20 e 22 anos. Foi o médico de toda nossa família até  a sua aposentadoria.
Naquela calma e sabedoria, resolvia bem todos os nossos problemas.Confiávamos nele, inteiramente !
Nos encontrávamos em  lugares diversos, nos últimos tempos : shopping, praça, Ténis Clube..Abraçávamos-nos.
Sempre emocionada , agradecia-lhe  por tudo quanto lhe devia. Amava-o !
Morre para o seu descanso. Perpetua-se, em nossas lembranças.
Dr. Eldon Cariri, um ilustre filho do Crato !

Crato perde um grande filho e um grande médico



O Povo Online – Fisioterapia & Saúde


Postado em 23 de setembro de 2010 por Jorge Brandão

Faleceu em sua residência, o renomado médico Cratense Dr. Eldon Cariri. O Blog Fisioterapia & Saúde lamenta profundamente o ocorrido. Nossa tristeza pela perda do amigo e pelo fato de ter sido por suas mãos que tanto eu quanto minha irmã viemos ao mundo. O velório aconteceu em sua residência, e o sepultamento ocorreu às 17:00 no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Crato. Dr. Eldon deixará saudades pelo grande ser humano que foi, homem que em sua missão disseminou uma medicina feita para o ser humano. Solidarizamos-nos a família enlutada e a toda sociedade do Crato.

Biografia por: Huberto Cabral, Jornalista.

Dr. Eldon Gutemberg Cariri, foi um grande profissional da medicina, um aporte da medicina, com especialidade em pediatria, ginecologia e obstetrícia. Formou-se na faculdade de medicina do Rio de Janeiro, em 19 de dezembro de 1948, e veio para o Crato atuar no Hospital São francisco de Assis, casa de saúde São Miguel, e também, médico da Fundação Nacional de Saúde. Nasceu no dia 02 de novembro de 1923, e atuou aqui na medicina do cariri por vários anos. Era casado com D. Dometila Alencar Araripe Cariri, e veio a ter vários filhos formados: Pergentino, Ana Amelia, Ovídio, e Carmem.

DUPLA IMAGEM - Por Edilma Rocha

De repente vê-se a vida
com imagem de dois olhos.
Imagem duplicada e perdida numa dúvida atrós.
Dois caminhos a seguir...
Qual deles seria o real ?
Aquele que se abre num universo perdido
por um final de uma vida ?
Ou o outro que traduz mudanças
no comportamento do destino
de alguém que precisou parar por um instante
e repensar o passado, presente e futuro ?
São visiveismente dois caminhos ...
O natural, sadio na existência
e o enfermo de incertezas por uma possível despedida...
Ficou o cuidado da escolha.
Ficou o tratar para melhorar e vencer
mais uma etapa difícil que se abriu com os dois olhos
da artista sensível e destemida,
vendo dois caminhos no destino para continuar
a viver avida.
Ficou uma Mistemia Ocular.

Salmão ao forno




Ingredientes:
6 postas de salmão
4 colheres (sopa) de manteiga
3 palmitos médios cortados em pedaços
3 cenouras picadas
4 batatas picadas
1 pacote de brócolis pré-cozido
500g de arroz cru
1 taça de vinho branco
sal a gosto
1 limão
100g de champignon
2 folhas de louro picado
Manjericão a gosto

Modo de preparo:
Temperar o salmão com limão, sal, vinho branco, manjericão e o champignon. Colocar na manteiga, a cenoura e a batatas picadas, o brócolis e por último o palmito já cozido. Preparar o arroz branco da maneira original (para cada 150g de arroz, usar o dobro de água e temperar a gosto) e acrescentar folhas de louro se preferir. Levar o salmão já temperado ao forno e deixar por 20 a 30 minutos. Se preferir, para ser mais rápido, grelhar o salmão antes de assar. Montar o prato com salmão assado, os legumes e o arroz

> Escolhidas pela equipe Minha Vida

Salada marroquina

Ingredientes
¼ de Repolho Branco inteiro (cru), 4 colheres de sopa de Trigo em grão (cru), 6 unidades pequenas de Castanha de cajú torrada (s/ sal), 4 unidades de Azeitona verde (conserva), 1 unidade média de Pepino (cru), 6 fatias médias de Pimentão vermelho (cru), 2 unidades médias de Tomate, 2 unidades pequenas de Alho, ½ colher de sopa de Azeite de oliva (extra virgem), 3 colheres de sopa de Limão (suco para temperar), 2 colheres de sopa de Salsinha (crua), 1 colher de chá de Sal Refinado

Modo de Preparo
Higienize adequadamente os vegetais. Corte o repolho em tiras bem finas. Corte o pepino, tomate e pimentão em cubos e pique a azeitona e a salsinha. Triture levemente as castanhas. Reserve. Cozinhe o trigo em grão em 1/2 litro de água com os dentes de alho até ficar macio. Despreze a água e aguarde esfriar. Reserve. Misture todos os ingredientes e leve à geladeira até o momento de servir.

Receita extraída do Livro Saúde & Sabor com Equilíbrio - Volume II da Nutricionista Roseli Rossi.

Não é Fácil - com Marisa Monte

Madrugada com Marisa Monte



Brilho
- Claude Bloc -

Vim me dar conta do tempo
presenciar o brilho da vida
guardar a roda encantada
didivir o meu espaço
numa cantiga antiga...

Claude Bloc

Ainda lembro - com Marisa Monte e Ed Motta




Agulha e linha
- Claude Bloc -

Rita sempre levava a vida por um fio. Era traquina, malina e esperta e sua inteligência fazia dela uma pessoa inquieta, mas monocromática. Hoje em dia, porém, prefere fazer diferente.

Em vez de negar a si mesma como personagem importante naquelas ilustrações, em vez de se perder nos arredores incertos do seu limite, ela resolveu adornar os tênues ligamentos dos seus sentimentos para ligá-los à eloqüência da razão para ver se assim começava a encarava melhor os reveses do dia-a-dia. Dessa forma, poderia tornar os sentimentos mais lustrosos diante da ausência evidente de brilho no teclado dos seus dedos e na sombra dos seus sonhos nesses últimos tempos.

Para tanto, pôs-se a sentar-se toda tarde em sua cama e nela fazer desfilar as fotos antigas que guarda numa caixa, as letras mal escritas de muitas cartas recebidas, uma a uma, fazendo disso seu rosário para novas expectativas. Assim, o tempo vai passanndo mais lento.
.
Vez por outra, gostava de lembrar Mamy. Sempre  que se punha a remendar, além dos lençóis e das roupas de seu uso, todos os seus sentimentos, também um a um. Esse exercício quase sempre varava grande parte da noite, já que não era das mais simples tarefas. Era preciso mirar bem o fio para acertar o eixo que sustentaria aquele botãozinho no lugar devido. As fotos também bailavam por sobre a cama e aqueles personagens em preto e branco lhe sorriam abundantemente.

Tudo o que ela era buscava naquele momento era ver sua força novamente polida, tilintando no peito. Queria proteger-se da saudade. Aprender a estar só em sua casinha.

Até pegar o ritmo, ela precisou de muita paciência. A linha da costura e o tecido tinham uma forma um tanto vacilante e muitas vezes a agulha se esgueirava pelo pano até encontrar o cerne do tecido. Os botões eram escolhidos a dedo para se apresentarem altivos, como o espelho precioso de suas sensações. Cada tentativa lhe doía um pouco os dedos, mas nada que abalasse a crença de ver sua vida refeita.

Agora tudo recomeçava, desta vez na trama de um fio adornado por suas próprias mãos. Eis aí a sua mais rara preciosidade: a vida (nova) a ser, com o tempo, resgatada.


Claude Bloc