Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

sábado, 3 de abril de 2010

Ruas
- Claude Bloc -

Todas as ruas guardam segredos
histórias de tanta gente
memórias que não se perdem
e medos não sei de que...
Dos passos, restam pegadas
réstias e dissabores
dos que passaram por ali...

Palavras soltas, saudades rotas
presas no vento.
Noites de lua
céu e relento
e as fogueiras de mil amores
(amores vãos?)
.
Ruas estreitas guardam segredos
em suas calçadas
e atravessam
impunemente
nosso viver...

Texto e fotos: Claude Bloc

Foto 1: Torre da Igreja da Imaculada Conceição (centro de Fortaleza) // Foto 2: Rua beirando lagoa na estrada velha de Aquiraz

Convite !



Encontro de Artes Visuais

COM A PALAVRA A IMAGEM

Com Nívia Uchôa e Guma

SESC Juazeiro do Norte
Teatro Patativa do Assaré
05 de Abril 2010
Hora 14h

Até lá

Nívia Uchôa


Desaparecido


“SEU SOUZA”
Francisco José de Souza - 60 anos
Desaparecido em 30 de março de 2010
Contatos:

(88) 3523-6615
(88) 8825-9719


Caros Amigos,


Seu Souza é pai da grande atriz cratense Rita Cidade. A família está aflitíssima com seu desaparecimento que já dura a eternidade de 05 Dias. Quem souber de alguma informação que possa ajudar a encontrá-lo, por favor, ligue!


ideias

Quão precioso é o meu cafezinho quente.
Há uma cegueira ritualística:
olhar distraído,
movimentos involuntários,
o choque da colherinha
contra a xícara.

Quão metafísico é o caminho
da cozinha ao quarto

sentindo penetrar por minhas narinas
aquele perfume sempre novo
dilacerante
embriagador.

E eis que me abala o espírito
ao primeiro gole:
sabão neutro.

Mea culpa (incomensurável desleixo)
apaguei a luz antes de enxugar a louça.

Domingo de Páscoa



A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pessach, cujo significado é passagem. E páscoa é muito importante para os cristãos pois celebra a ressurreição de Cristo.

Assis Chateaubriand



Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, mais conhecido como Assis Chateaubriand, ou Chatô (Umbuzeiro, 4 de outubro de 1892 — São Paulo, 4 de abril de 1968) foi um dos homens públicos mais influentes do Brasil nas décadas de 1940 e 1950, se destacando como jornalista, empresário, mecenas e político. Foi também advogado, professor de Direito escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.

Chateaubriand foi um magnata das comunicações no Brasil entre o final dos anos 1930 e início dos anos 1960, dono dos Diários Associados, conglomerado que em seu auge contou com mais de cem jornais, emissoras de rádio e TV, revistas e agência telegráfica. Também é conhecido como o co-criador e fundador, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo (MASP), junto com Pietro Maria Bardi, e ainda como o responsável pela chegada da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a primeira emissora de TV do país, a TV Tupi. Foi Senador da República entre 1952 e 1957.

Figura polêmica e controversa, odiado e temido, Chateaubriand já foi chamado de Cidadão Kane brasileiro, e acusado de falta de ética por supostamente chantagear empresas que não anunciavam em seus veículos e por insultar empresários com mentiras, como o industrial Francisco Matarazzo Jr. Seu império teria sido construído com base em interesses e compromissos políticos, incluindo uma proximidade tumultuada porém rendosa com o Presidente Getúlio Vargas.

wikipédia

Cazuza


Página oficial www.Cazuza.com.br
Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza (Rio de Janeiro, RJ, 4 de abril de 1958 – Rio de Janeiro, RJ, 7 de julho de 1990) foi um cantor e compositor brasileiro, que ganhou fama como poeta da sua geração enquanto vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada. Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", "Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul".

Cazuza tornou-se um dos ícones da música brasileira do final do século XX. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "O Tempo Não Pára" e "O Nosso Amor A Gente Inventa".

Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual. Em 1989 declarou ser soropositivo e sucumbiu à doença em 1990, no Rio de Janeiro.

Dircinha Batista



Dirce Grandino de Oliveira (São Paulo, 7 de abril de 1922 - 18 de junho de 1999), conhecida como Dircinha Batista, foi uma atriz e cantora brasileira. Era filha de Batista Júnior e irmã de Linda Batista.

Dircinha Batista foi uma cantora de enorme sucesso. Em mais de quarenta anos de carreira, ela gravou mais de trezentos discos em 78rpm, com muitos grandes sucessos, especialemente músicas carnavalescas. Trabalhou em dezesseis filmes. Uma criança prodígio, Dircinha começou a se apresentar em festivais aos seis anos de idade. Ela começou a participar dos shows de seu pai no Rio de Janeiro e em São Paulo a partir daquele ano. Em 1930, aos oito anos, gravou seu primeiro disco, para a Columbia, com duas composições de Batista Júnior, "Borboleta Azul" e "Dircinha". Em 1931, ela se tornou um membro do programa de Francisco Alves na Rádio Cajuti, onde trabalhou até seus dez anos, então se mudou para o Rádio Clube do Brasil. Em 1933, ela gravou "A Órfã" e "Anjo Enfermo", de Cândido das Neves, com acompanhamento do compositor ao violão, junto de Tute. Aos treze anos, participou do filme "Alô, Alô, Brasil" e, no ano seguinte, de "Alô, Alô, Carnaval" (ambos de Wallace Downey). Em 1936, gravou dois discos pela Victor.

Em 1937, Benedito Lacerda convidou-a para gravar seu samba "Não Chora" com ele, como solista (com Darci de Oliveira). Depois da gravação, não sabendo o que usar no outro lado do disco, ele pediu a Nássara (que estava no estúdio) para dar a ela uma de suas canções. Nássara só tinha a primeira parte de uma marchinha, mas logo a finalizou e Batista gravou seu primeiro grande sucesso, "Periquitinho Verde", que estourou no Carnaval do ano seguinte.

Em 1938, Batista trabalhou nos filmes "Futebol em Família" (J. Ruy), "Bombonzinho" e "Banana da Terra", e, em Belo Horizonte, MG, recebeu a faixa de melhor cantora do governador Benedito Valadares. Gravou "Tirolesa" (Oswaldo Santiago e Paulo Barbosa), um dos grandes sucessos do Carnaval de 1939, e venceu um concurso promovido pelo jornal "O Globo" para escolher a cantora preferida da capital federal. No mesmo ano, Batista teve muitos outros sucessos: "Moleque Teimoso" (Jorge Faraj e Roberto Martins), "Era Só o Que Faltava" (Oscar Lavado, Raul Longras e Zé Pretinho), "Mamãe, Eu Vi um Touro" (Jorge Murad e Oswaldo Santiago). Em 1940, teve sucesso no Carnaval com "Katucha" (Georges Moran e Oswaldo Santiago) e participou do filme "Laranja da China". Batista também teve sucesso com "Upa, Upa", "Nunca Mais" (ambas de Ary Barroso), "Acredite Quem Quiser" (Frazão e Nássara) e "Inimigo do Batente" (Germano Augusto e Wilson Batista). No mesmo ano, assinou um contrato milionário com a Rádio Ipanema e fez sua primeira turnê internacional (Argentina). Em 1941, participou do filme "Entra na Farra" e, três anos depois, de "Abacaxi Azul". Em 1945, Batista fez sucesso com "Eu Quero É Sambar" (Alberto Ribeiro e Peterpan). Em 1947, participou do filme "Fogo na Canjica". Em 1948, foi coroada Rainha do Rádio. Em 1952, trabalhando na Rádio Nacional e no Rádio Clube, apresentou o programa "Recepção" no Rádio Clube, o qual era dedicado aos compositores populares brasileiros. Sua atuação neste programa lhe rendeu uma placa de prata na SBACEM e um troféu pela UBC.

Em 1953, atuou no teatro pela segunda e última vez (a primeira foi em 1952) e teve um de seus maiores sucessos com "Se Eu Morresse Amanhã de Manhã" (Antônio Maria). Em 1954, atuou no filme "Carnaval em Caxias", e depois em "Guerra ao Samba" (1955), "Tira a Mão Daí" e "Depois Eu Conto" (1956), "Metido a Bacana" (1957), "É de Chuá" (1958) e "Mulheres à Vista" (1959). No Carnaval de 1958, fez sucesso com "Mamãe, Eu Levei Bomba" (J. Júnior e Oldemar Magalhães). Em 1961, ela foi contratada pela TV Tupi. Ainda fez sucesso em 1964 com "A Índia Vai Ter Neném" (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira).

Desgostosa pela falta de memória nacional e abalada pela morte da mãe para de cantar na década de 1970. Nos anos 1980, conhece o cantor José Ricardo que ampara ela e as irmãs (Odete e Linda), acolhendo-as como membros de sua família. No final dos anos 1980 é lançado o musical ´Somos Irmãs´, estrelado por Nicette Bruno e Suely Franco, que conta a história de vida das cantoras.
wikipédia

Recebido por e-mail

Oração das mulheres resolvidas!


Que o mar vire cerveja e os homens tira gosto,
que a fonte nunca seque,
e que a nossa sogra nunca se chame Esperança,
porque Esperança é a última que morre...
Que os nossos homens nunca morram viúvos,
e que nossos filhos tenham pais ricos e mães gostosas!
Que Deus abençoe os homens bonitos,
e os feios se tiver tempo...
Deus....
Eu vos peço sabedoria para entender um homem,
amor para perdoá-lo e paciência pelos seus atos,
porque ...Deus,
se eu pedir força,
eu bato nele até matá-lo.
Um brinde...
Aos que temos,
aos que tivemos e aos que teremos.
Um brinde também aos namorados que nos conquistaram,
aos trouxas que nos perderam
e aos sortudos que ainda vão nos conhecer!
Que sempre sobre,
que nunca nos falte,
e que a gente dê conta de todos!
Amém.



P.S.: Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia para o jantar.

pele

Guardo noutra alma
a febre dos filhos

órfãos, no quarto
com as pupilas dilatadas.

Meu romantismo é tão carnal
brasa das estrelas,
mão sôfrega

ao alcance da mente
a lúbrica fantasia
da tua tatuagem.

Guardo noutra alma
a veia do sêmen

límpido, pegajoso
nódoas no lençol
em velhas cuecas
na camiseta da farda.

Minha língua
ultimamente secreta

outrora sabia
muito bem como abrir
o portãozinho do jardim

ainda sabe,
apenas anda minha língua
exigente às novas roseiras.

Meu romantismo é tão puro
vinho sagrado dos versos
fermentado pela solidão
atrás dos arbustos.

Correm as águas do riacho.
Já se faz noite.
Enchurradas
- Claude Bloc -

A chuva bateu forte. Trovões, relâmpagos e a euforia infantil passeando na gente. Medos que já passaram. Medos que se apagaram.
.
A gente cresceu. Aprendeu a contar o tempo. A deixar as fagulhas se incendiarem em nossa alma. Saudades queimando em plena chuva.
.
Olhei praquela água caindo em bica. Uma alegria iluminou meu olhar. Vontade louca de um bom banho ali na bica. Correr pelas ruas do Pimenta outra vez, sem nenhum receio do rídículo. Banhar meus pés na enchurrada e descer rua a baixo chacoalhando a correnteza. Fazer açudes na coxia. Pular dentro deles e me borrifar de lama.
.
Revejo os olhares de outrora: Dona Guimar, Dona Marivalda, Dona Joaninha...
- Menina, sai daí, tu vai ficar gripada!
.
E minha teimosia me levando rua a baixo, em plena chuva. Até a bodega de seu Pedro Praieira. Lá, encharcada, me considerava uma heroína. Havia vencido as águas, os trovões e a minha vontade de não sair do canto...
.
Comprava um "Diamante Negro" e voltava quieta.
.
A chuva me molhava insatisfeita. Havia apaziguado minha ansiedade de correr e de brincar. Havia me tornado adulta.
.
Agora eu só sabia me lembrar. Lembrar do meu Pimenta nos dias de enxurrada.



Fotos (casa do mano em Sobral) e texto por Claude Bloc

BLOGHUMOR

Um japonês pega um ônibus na rodoviária e fala ao motorista:
- Olha, amigo, eu preciso descer em Ribeirão Preto, e como não dormi nada a noite passada, acho que eu vou desmaiar assim que eu sentar naquele banco. Será que poderia me acordar quando chegarmos lá?
- Claro, não tem problema!
- Só mais uma coisinha: costumo me acordar extremamente mal humorado. Se eu xingar você, por favor me desculpe.
- Tudo bem!
- Olha, tome esse dinheiro aqui, porque eu sei que vou dar trabalho.
- Obrigado!
- E se eu não quiser descer, pode me colocar para fora do ônibus!
- Tudo bem.
Então o japonês dormiu. Quando acorda, já passou Ribeirão Preto, estar em Franca. Furioso começa a discutir e a xingar o motorista.
Nisso, um dos passageiros cutuca o vizinho e comenta:
- Que japonês bravo, hein?
- Este até que está calmo! - observa o outro. - Você precisava ver um que desceu em Ribeirão Preto!

Autor desconhecido.

Postado por Glória Pinheiro

A Arte de Rejane Gonçalves !


Visitas da irmã gêmea



Quando me cortaram o cordão umbilical assim que eu nasci, ela veio. Na falta da parteira que sempre assistia minha mãe, a aprendiz cometeu um erro ao dar o nó e eu sangrei até molhar a ponta da fita, estirada sobre meu peito que, ao invés de me enfeitar o pescoço num belo laço, se desfizera, vítima também de um nó mal atado. Avisada, aquela que de costume aparava os bebês da família, chegou, estancou-me o sangue e apertou os nós.
Aos oito meses, quando tomei veneno, ela veio. Minha mãe, em lugar do remédio que meu avô fora encarregado de adquirir na capital, deu-me o veneno que o pai comprara para acabar de vez com os roedores dos preciosos torrões de açúcar do seu armazém e deixara os dois – remédio e veneno – num mesmo pacote em cima da cristaleira da sala de jantar. O bom médico da cidadezinha me fez tomar o antídoto correto.
Desde então temos nos encontrado na rua, ela em uma calçada, eu em outra. Chegamos a nos cruzar nas esquinas e de vez em quando me parece sentir-lhe a presença na fila de cadeiras logo atrás da minha, em cinemas e teatros. Não tenho lembranças de suas feições debruçadas sobre mim, devido a pouca idade – na época – mas identifico bem seu cheiro. Um forte aroma floral misturado ao odor de cera que a chama da vela exala, quando um sopro lhe apaga e um delicado fio de fumaça se contorce no ar feito uma serpente naja enfeitiçada pelo encantador. Não chega a ser desagradável esse perfume, também não afirmaria o contrário. O mais próximo da verdade seria dizer que ele é estranho porque único.
Faz alguns anos, eu não estava presente, ela veio. Ao partir, levou minha mãe. Lembro que minha mãe, por um bom tempo, parecia ansiar por essa visita, clamava a céus e terra para que viesse, aparecesse, desse enfim o ar de sua graça. Depois, cansada, resignou-se e parou de invocá-la. Minha mãe não tinha nada escrito na mente quando a acompanhou; uma borracha havia lhe friccionado – durante anos – o cérebro, tornando-o alvo, bem mais alvo que o branco dos cachos dos cabelos a rarear em sua cabeça nua de pensamentos. Minha mãe nunca soube dessa visita e muito menos que foi embora com ela.
Agora, pelos olhares que trocamos quando nos cruzamos nas esquinas, ou nos avistamos em calçadas opostas, tento fazê-la perceber que, ao se decidir me visitar, faça-o enquanto eu ainda estiver em casa e possa recebê-la, possa também ao sair em sua companhia, passar às pessoas à minha porta, a impressão de que somos apenas duas distintas senhoras de meia-idade que, de braços dados, se encaminham – pausadamente – ao passeio, em pleno entardecer.
Eu espero.

* Rejane amiga, acabo de receber "Arte e Letras ", onde constam Estórias de grandes escritores, incluindo você. "Puro Sangue" é um conto espetacular , que reafirma a sua consagração como escritora.
Parabéns, querida, e obrigada por fazer parte da nossa tribo. Temos orgulho de você !


A POESIA DE JOSÉ AUGUSTO SIEBRA

MEU POMAR
(Sítio Malhada, junho de 1938)


Plantei um pé de roseira
Lá dentro do meu pomar
Com muito jeito e carinho
Comecei a cultivar.

A roseira se estendeu
Com galinhos bem frondosos
Em cuja fronde mimosa
Realçaram quatro rodas.

Cada rosa mais formosa
No galinho a balançar
Dava graça, dava encanto,
Dava vida ao meu pomar.

A roseira se movia
Balançando as quatro flores
Vivia de seus encantos
Vivia de seus odores.

Porém como esta vida
É cheia de dissabores
Quando menos se esperava
Lá se foram duas flores.

O pomar é nossa casa
A roseira és tu, Maria
Nossos filhos são as rosas
Jardineiro, quem seria?


O poeta José Augusto Siebra nasceu em Várzea-Alegre no mês de novembro de 1881. Viveu no Cariri e amou o Cariri, assim como amou a Deus, a natureza e a família. Seus sonetos falam de suas devoções. Faleceu no Crato, em 1960.
Stela Siebra Brito

Maturidade espiritual - Colaboração de Edmar Cordeiro

MATURIDADE ESPIRITUAL


Durante a infância, o ser humano experiencia a fase do egocentrismo. Acredita que o mundo gira em torno dele próprio.

A criança espera que tudo seja do jeito que gosta.

Acredita ter direito ao melhor presente, à comida preferida e exige a atenção da família toda para si.

É possível estabelecer uma comparação entre essa fase natural da evolução física e a evolução espiritual.

Afinal, homens são Espíritos que temporariamente vestem um corpo de carne.

Enquanto um homem tem a atenção focada em seus prazeres e necessidades, ele está na infância espiritual.

Por mais antigo que seja, ainda não atingiu a maturidade.

Considera absolutamente necessário defender seu espaço e fazer valer suas prerrogativas.

Como uma criança, entende ser justo o que o beneficia.

Assim é o discurso infantil a respeito da justiça.

Qualquer pequeno dever é injusto.

A mínima contrariedade representa opressão.

Já as vantagens todas, por grandes que sejam, são naturais.

A maturidade espiritual revela-se por uma diferente compreensão do justo.

O olhar já não está todo em vantagens e desejos.

Não há mais a percepção de que o mundo precisa atender todas as suas necessidades.

Gradualmente, o homem compreende que o direito nasce do dever bem cumprido.

Ele também entende que a vida em sociedade pressupõe renúncia.

Não é possível que todos realizem as próprias fantasias.

Se isso ocorresse, haveria o caos.

Há necessidade de limites e de concessões para a harmonia social.

O homem maduro aprende a prestar atenção nos direitos dos outros, pois o ideal do justo já despertou nele.

Sabe que a justiça é uma arte que implica dar a cada um aquilo que é seu.

Por isso, não avança no patrimônio do semelhante.

Não quer vantagens inapropriadas e nem aceita privilégios que os demais não podem ter.

Compreende que a família do próximo é tão respeitável quanto a dele.

Sabe que o patrimônio público é sagrado, pois voltado ao atendimento das necessidades coletivas.

Respeita profundamente a honra e as construções afetivas dos outros.

Seu senso ético não lhe permite baixezas, razão pela qual também tem a própria honra em grande conta.

O espetáculo das misérias humanas revela o quanto ainda são imaturas as criaturas, sob o prisma espiritual.

Entretanto, todas serão conduzidas à maturidade, pelos meios infalíveis de que a vida dispõe.

Cedo ou tarde, compreenderão quão pouco adianta amealhar bens e posições à custa da própria dignidade.

Quem se permite baixezas tem um despertar terrível, após a morte do corpo.

Assimila que, na cata de vantagens, se tornou um mendigo na verdadeira vida.

Percebe que sacrificou o permanente pelo transitório e perdeu tempo, pois terá de recomeçar o aprendizado.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 30.03.2010.

A poesia de Geraldo Urano




Não tente rasgar o meu sexo. Ele é a lâmina de uma bela espada. Você pode se cortar. Vista a minha camisa. Eu olho pros olhos azuis da Guanabara e os olhos azuis da Guanabara estão fixos no Cristo Redentor. Aqui na minha cidade, o Crato, também tem um Cristo Redentor. O Rio de dia é o verão carioca, de noite é o Luar do Sertão. Meu sorriso é a branca lua-cheia. Venceu o leão da tribo de Judá. Adoro bredo de estudante, também açucenas. O lírio e a rosa vicejam além do sol poente.

O tempo foi quebrado. Uma nova porta se abriu entre o corpo e o céu.

Seus filhos serão os meus filhos. Eu mesmo serei você na hora de parí-los. Serão pérolas genéticas de Deus. Personalidades que refletirão o ouro espiritual.

Salve Pai Seta Branca e Mãe Yara! Salve Santa Clara! Salve Deus! Salve você! Salve, salve!


foto do Crato visto da casa de João Marni

Quando chove no Cratinho ... - por Heládio Teles Duarte


O dia amanhece assim, a serra parcialmente coberta pela névoa, o cheiro de terra molhada no ar, a temperatura começa a declinar e o ventinho serrano, vem embalando nossos sonhos.

Heladio

A MENINA E O FOTÓGRAFO


















Era uma vez uma menina que queria aprender a fotografar.

















Ela seguia o homem que conhecia os segredos e artes da fotografia e de mais outras artes




















No entanto, o homem voltou-se pra menina e pediu que lhe contasse os segredos guardados nas águas.



















A menina contou alguns, outros não, pois não era permitido. E no final disse ao homem que ele descobrisse sozinho, já que ele sabia conversar com estrelas.

Uma flor exótica !

Fomos visitar o poeta ( eu, Victor e Gaby), mas ele dormia... !

Ela está esperando o seu olhar , em frente á casa de Geraldo Urano.

"Veneno Antimonotonia"


Todo Amor Que Houver Nesta Vida Composição: Cazuza / Frejat


Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

Solo:

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente nem vive
Transformar o tédio em melodia...
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno anti-monotonia...

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria...

Solo:

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E algum veneno anti-monotonia...

Feliz Aniversário, Vera Barbosa !


Ela é Sampa com mira no Cariri.
Jornalista , amiga , colaboradora nossa.


Abraços apertados do Cariricaturas !

Ela é música. Ela é Vera !


Perfil de Vera Barbosa , por Vera Barbosa .

Dores: ariana ansiosa, pavio curto, sofro de TPM, sou intempestiva, perfeccionista, exagerada, im(com)pulsiva e autoritária (sou vermelha).

Delícias: ariana expansiva, sensível, determinada, criativa, simpática, romântica, gentil, ousada, verdadeira, ética, justa e apaixonada (vermelho intenso).

* A maturidade nos ensina a dosar prós e contras, a acentuar o doce e atenuar o amaro que há em cada um. Ao admitirmos nossas dores e delícias, nossas virtudes e fraquezas, nos conhecemos e podemos nos corrigir e aperfeiçoar. A vida é um aprendizado constante em busca desse equilíbrio.

"Nenhuma força virá me fazer calar. Faço, no tempo, soar minha sílaba. Tudo o que eu quero é um acorde perfeito e maior, com todo mundo podendo brilhar num cântico. Noutras palavras, sou muito romântico." (Caetano Veloso)

"Minha beleza não é efêmera como o que eu vejo em bancas por aí. Minha natureza é mais que estampa, é um belo samba que ainda está por vir." (Céu)

"Eu faço samba e amor até mais tarde e tenho muito sono de manhã." (Chico Buarque).

"Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas." (Gonzaguinha)

"Eu canto no ritmo, não tenho outro vício. Se o mundo é um lixo, eu não sou." (Caetano Veloso)

*O que faz ecoar todas as minhas notas: Meus pais, música e poesia (sou movida a), minha família, meus sobrinhos, meus poucos - mas valiosos! - amigos, meus gatos, Gaaaaaaaal, minha casa, alegria, simpatia, chocolate, cerveja gelada, vinho tinto seco, incensos, velas artesanais aromáticas e coloridas, batom e gloss, filme com pipoca, cheiro de café pela casa, simplicidade, elegância, altruísmo, dar boas risadas em companhia de pessoas queridas, ética, respeito ao próximo, futebol, shows de MPB, cama macia, casa limpa, beijo na boca, amor incondicional, pôr-de-sol, luar na praia, sinceridade - ainda que doa!, sexo com amor, a imensidão do mar e seus mistérios, ganhar e dar flores, melão com presunto, frutas no café da manhã, ser amável com as pessoas, surpreender e ser surpreendida, pessoas de caráter, competência, boemia, inteligência, violão (ainda aprendo a tocar!), romantismo, gentileza, generosidade, delicadeza, café da manhã na cama com a pessoa amada, sedução, jogar tranca, estudar e ensinar Português, palavras cruzadas, vermelho paixão, talento e sensibilidade, cantar e cantar e cantar! Enfim, poder ser eu mesma: sempre.

"O coração humano é um instrumento de muitas cordas. O perfeito conhecedor dos homens sabe fazê-las vibrar, todas, como um bom músico." (Charles Dickens)

"Há canções e há momentos, eu não sei como explicar
Em que a voz é um instrumento que eu não posso controlar
Ela vai ao infinito, ela amarra a todos nós
E é um só sentimento na platéia e na voz
Há canções e há momentos em que a voz vem da raiz
E eu não sei se quando triste ou se quando sou feliz
Eu só sei que há momento que se casa com canção
De fazer tal casamento, vive a minha profissão" (Milton N. e F. Brant)

"Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido." (Chaplin)

Hoje é dia da Verdade !

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Estamos brincando de" berlinda ".
Por que Claude foi pra berlinda ?

Sábado Santo




O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.

Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta-Feira Santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da Liturgia das Horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, excepto o da Confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso de morte.

Muitas das igrejas de comunhão anglicana seguem estes mesmos preceitos. Já a Igreja Ortodoxa, bem como os ritos católicos orientais, seguem as suas próprias tradições e possuem terminologia própria para estes dias e respectivas tradições e celebrações. Como é de esperar, apesar de a Páscoa e os dias relacionados serem importantes para todas as tradições cristãs, do Mormonismo ao Catolicismo, as celebrações variam grandemente.

Antes de 1970, os católicos romanos deviam praticar um jejum limitado: por exemplo, abstinência de carne de gado, mas consumo de quantidades limitadas de peixe, etc. Em alguns lugares, a manhã do Sábado de Aleluia é dedicada à "Celebração das Dores de Maria", onde se recorda a "hora da Mãe", sem missa.

É no Sábado de Aleluia que se faz a tradicional Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.

No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa.

Sábado: remonta à Criação, passa pelo Êxodo e vai até ao fim do Apocalipse.
wikipésdia

Hariel



Sobre o anjo Hariel Categoria: Querubins Príncipe: Raziel Protege os dias: 03/04 - 15/06 - 27/08 - 08/11 - 20/01 Número de sorte: 12 Mês de mudança: dezembro Carta do tarô: O enforcado Está presente na Terra: de 4:40 às 5:00 da manhã
Salmo: 93

O Anjo: Este anjo é invocado contra os incrédulos da religião. Sua influência está ligada aos sentimentos religiosos, que se distinguem pela pureza. Ajuda a descobrir tudo o que é útil e novo, protegendo as ciências e as artes.
Influência: Quem nasce sob esta influência, tem grande pureza de sentimentos, é simples mas refinado para os valores materiais e sociais. Irresistivelmente perfeito, terá tendência a estudos das ciências esotéricas, organizando associações, promovendo conferências ligadas ao assunto e trabalhando para instituir a legalização nas atividades esotéricas ou alternativas. Religião exaltada, terá grande iluminação que acontece de modo consciente, instituindo ritos e costumes que poderão contribuir para a expansão da espiritualidade. Terá poder para as invocações mágicas e combaterá o materialismo para melhorar a existência humana. Deterá sobre si na Terra, uma autoridade e uma inteligência analítica extraordinárias. Possuidor de um forte sentimento de justiça, encontrará sempre a iluminação para a escolha do caminho que deverá seguir. Realista, estará sempre com os pés no chão. Terá facilidade em aprender, criar e estudar. Estará sempre bem humorado, mostrando que a vida é simples sem dificultá-la. Seu anjo pede para fazer as coisas rapidamente sem perder tempo, pois ele trabalha nessa dinâmica. Um ano seu comparado ao de qualquer outra pessoa eqüivale a cinco anos vividos.

Profissionalmente: Poderá fazer sucesso como professor, advogado, artesão, restaurador e estudioso de pinturas e objetos antigos.

Anjo Contrário: Domina os cataclismos e as guerras de religião. Influencia os hereges na propagação de métodos perigosos, dificultando a descoberta de métodos novos e apoiando manifestações contrárias a movimentos esotéricos. A pessoa sob a influência deste anjo contrário, terá percepção individual e egoísta da espiritualidade, podendo intitular-se guru ou guia espiritual, formando grupos para se fazer adorar. Será brilhante defensor e propagador de doutrinas errôneas e grande organizador de guerras religiosas a nível internacional. Texto extraído dos livros Anjos Cabalísticos e A magia dos anjos cabalísticos de Monica Buonfiglio

Sarah Vaughan




Sarah Lois Vaughan (Newark, 27 de março de 1924 — Los Angeles, 3 de abril de 1990) foi uma cantora estadunidense de jazz. Junto com Billie Holiday e Ella Fitzgerald é considerada por muitos como uma das mais importantes e influentes vozes feminina do jazz.

A voz de Vaughan caracterizava-se por sua tonalidade grave, por sua enorme versatilidade e por seu controle do vibrato. Sarah Vaughan foi uma das primeiras vocalistas a incorporar o fraseio do bebop.

O pai de Sarah Vaughan, Asbury "Jake" Vaughan, era um carpinteiro e guitarrista amador. Sua mãe, Ada, era um lavadeira. Jake e Ada Vaughan migraram para Newark da Virginia durante a Primeira Guerra Mundial. Sarah era a única criança natural deles, embora nos anos 1960s eles adotaram Donna, a criança de uma mulher que acompanhava Sarah Vaughan.

Os Vaughans moraram em uma casa na Brunswick Street em Newark por toda a infância de Sarah. Jake Vaughan era profundamente religioso e a família era muito ativa na New Mount Zion Baptist Church na 186 Thomas Street. Sarah iniciou lições de piano com a idade de sete, cantou no coro da igreja e ocasionalmente tocava piano para ensaios e serviços.

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Johannes Brahms




No dia 7 de maio de 1833, em Hamburgo, nasceu Johannes Brahms. Seu pai, Johan Jacob, era contrabaixista e ganhava a vida tocando nos bares e nas tavernas da cidade portuária. Logo ele percebeu os dotes incomuns do filho e quando este completava 7 anos, contratou o excelente professor Otto Cossel para dar-lhe aulas de piano. Aos 10 anos, fez seu primeiro concerto público, interpretando Mozart e Beethoven. Também aos 10 anos, frequentava tabernas com seu pai e tocava lá durante parte da noite.

Não tardou em receber um convite para tocar nas cervejarias da noite hamburguesa, ao lado de seu pai. Enquanto trabalhava como músico profissional, Johannes tinha aulas com Eduard Marxsen, regente da Filarmônica de Hamburgo e compositor. Foi Marxsen quem lhe deu as primeiras noções de composição, para sua grande alegria.

Na noite, Brahms conhece Eduard Reményi, violinista húngaro que havia se refugiado em Hamburgo. Combinam um torneio pela Alemanha. Foi um sucesso, mas por causa dos excessivos malabarismos de Reményi. Johannes não fica muito contente com esta postura, mas usufrui a viagem - acaba conhecendo Joseph Joachim, famoso violinista, que se tornaria um de seus maiores amigos, Liszt e, principalmente, os Schumann.

Em sua casa em Düsseldorf, no ano de 1853, Robert e Clara Schumann o receberam como gênio. Robert logo tratou de recomendar as obras de Brahms aos seus editores e escreveu um famoso artigo na Nova Gazeta Musical, intitulado Novos Caminhos, onde era chamado de "jovem águia" e de "Eleito". Quanto à Clara, existem muitas hipóteses de que os dois teriam tido um relacionamento amoroso, mas nenhuma prova - ambos destruíram cartas e outros documentos que poderiam afirmar isso. Restou apenas a dúvida.

Brahms ficou alguns anos perambulando entre as cidades da Alemanha, "fixando-se" em duas residências - a de Joachim em Hannover e a de Schumann em Düsseldorf. Esta vida de errante haveria de terminar em 1856, com a trágica morte de Schumann. Foi quando conseguiu o emprego de mestre de capela do pequeno principado de Lippe-Detmold.

Em 1860, comete um grande erro: assina, junto com Joachim e outros dois músicos, um manifesto contra a chamada escola neo-alemã, de Liszt e Wagner, e sua "música do futuro". Embora Brahms nunca fosse afeito a polêmicas, acabou entrando nessa, o que lhe valeu a pecha de reacionário, derrubada apenas no nosso século pelo famoso ensaio de Schoenberg: Brahms, o Progressista.

Então, três anos mais tarde, resolve morar em Viena. Seu primeiro emprego na capital austríaca foi como diretor da Singakademie, onde regia o coro e elaborava os programas. Apesar do relativo sucesso que obteve, pediu demissão em um ano, para poder dedicar-se à composição. A partir daí, sempre conseguiu sustentar-se apenas com a edição de suas obras e com seus concertos e recitais.

Em Viena, conseguiu o apoio e admiração do importante crítico Eduard Hanslick, mas isso não era suficiente para garantir-lhe fama. Foi só a partir da estréia do Réquiem Alemão, em 1868, que Brahms começou a ser reconhecido como grande compositor. O reflexo disso é que, em 1872, foi convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, a mais célebre instituição musical vienense. Ficaria lá até 1875.

Em 1876, um fato marcante: estréia sua Primeira Sinfonia, ansiosamente aguardada. Foi um grande sucesso e Brahms ficou marcado como sucessor de Beethoven - o maestro Hans von Bülow até apelidou a sinfonia de Décima.

Como alguém já observou, a vida de Brahms vai-se ralentando em razão contrária de sua produção. Os anos que se seguem são tranquilos, marcados pela solidão (manteve-se solteiro), pelas estréias de suas obras, pelas longas temporadas de verão e pelas viagens (principalmente à Itália).

Em 1890, após concluir o Quinteto de Cordas op. 111, decide parar de compor e até prepara um testamento. Mas não ficaria muito tempo longe da atividade; no ano seguinte, encontra-se com o clarinetista Richard Mülhfeld, e, encantado com o instrumento, escreve inúmeras obras de câmara para clarinete.
Sepultaura no Cemitério Central de Viena

Sua última obra publicada foi o ciclo Quatro Canções Sérias, onde praticamente despede-se da vida. Ele deu a coletânea a si mesmo de presente no aniversário de 1896. Johannes Brahms viria a morrer um ano depois, em 3 de Abril de 1897.

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Bibi Vogel


Sylvia Dulce Kleiner, conhecida como Bibi Vogel, (Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1942 — Buenos Aires, 3 de abril de 2004) foi uma atriz, manequim e cantora brasileira.

Foi um dos mais belos rostos das telenovelas do final dos anos 60 e toda a década de 70.

Largou a carreira e tornou-se militante feminista e de causas humanitárias. Fundou, em 1980, o Grupo de Mães Amigas do Peito, de apoio à amamentação, que mais tarde se tornou reconhecida organização não governamental.

Sua última participação na televisão foi uma ponta na novela Chiquititas, gravada na Argentina, onde Bibi vivia desde meados da década de 90, após seu segundo casamento. A novela foi exibida no Brasil pelo SBT em 1997.

Bibi Voguel faleceu aos 61 anos, vítima de câncer de estômago.


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Doris Day




Doris Mary Ann von Kappelhoff, conhecida como Doris Day (Cincinnati, 3 de abril de 1922), é uma cantora e atriz estadunidense das mais populares nas décadas de 50 e 60. Como atriz e cantora brilhou em Ardida como Pimenta (BR)(em inglês Calamity Jane), no qual além de interpretar a personagem do Velho Oeste Jane Calamidade, cantou Secret Love (que recebeu um Oscar de melhor canção).

Outro sucesso foi Que sera, sera, tema de O Homem que sabia demais (BR) com James Stewart. Mas no filme Ama-me ou Esquece-me que fez com James Cagney em 1955, teve a oportunidade de cantar um extenso rol de canções românticas, ao interpretar uma cantora da vida real. Nos anos 60 faria sucesso em comédias românticas, co-estreladas por Rock Hudson.

Seu papel mais frequente era a da sexy ingênua, que vivia assediada por homens que usavam de várias artimanhas para conquistá-la. Esse tipo levou Groucho Marx a proferir uma de suas mais célebres frases: "Conheci Doris Day quando ela ainda não era virgem."

Foi casada quatro vezes e teve um filho, Terry Melcher, que faleceu em 2004. Desde sua morte, Doris leva uma vida reclusa e solitária, dedicando-se exclusivamente à proteção de animais na Doris Day Pet Foundation, trabalho que vem realizando há várias décadas.

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Maria Clara Machado


Machado, Maria Clara (1921 - 2001)

Maria Clara Jacob Machado (Rio de Janeiro RJ 1921 - idem 2001). Autora, diretora e professora. Dramaturga que renova a literatura teatral voltada para o público infantil, Maria Clara Machado dirige O Tablado, escola de formação e de produção de espetáculos, por onde passam várias gerações de teatro.

Forma-se em Paris, no curso Education par Les Jeux Dramatiques, em 1951, e no ano seguinte faz especialização em mímica com Etienne Decroux. Nos primeiros anos da década de 50, mantém simultaneamente as atividades de atriz e de diretora. Seu primeiro trabalho para crianças, O Boi e o Burro a Caminho de Belém, é encenado por ela própria, em 1953, contando a história do nascimento de Cristo de um ponto de vista inusitado. Sua terceira história, Pluft, o Fantasminha, lançada em 1955, lhe vale os prêmios Saci e Associação de Críticos de São Paulo e torna-se um dos maiores sucessos de sua carreira. O texto se serve de uma pequena intriga policialesca para contar, com um humor lírico e muita magia, a amizade que surge entre uma menina e um fantasma. Mas o tema que se constrói durante a narrativa é a possibilidade de vencer o medo: no início da peça, depois de perguntar "mamãe, gente existe?", ele confidencia "eu tenho tanto medo de gente!"; no final, ao unir humanos e fantasmas na luta contra o vilão, ele descobre: "Está me nascendo uma coragem..."

Sua versão de O Chapeuzinho Vermelho, 1956, traz um lobo ao mesmo tempo perverso e medroso, que termina reconduzido ao zoológico; uma avó saltitante; árvores que comentam, bisbilhotam, mudam de lugar, fazem ciranda em torno de Chapeuzinho.

Depois de A Bruxinha Que Era Boa, de 1958, que fala às crianças sobre a vontade de ser livre, nasce, em 1960, um novo sucesso - O Cavalinho Azul, história de um menino que sai pelo mundo em busca do amigo de seus sonhos, um cavalo todo azul. Durante toda a década de 50, Maria Clara também dirige e atua em espetáculos adultos como A Sapateira Prodigiosa, de Federico García Lorca, também dirigido por ela, 1953; e Nossa Cidade, de Thornton Wilder, com direção de João Bethencourt, 1954.

No início dos anos 60, O Tablado começa a criar em torno de si um público cativo, formado por adultos e crianças que esperam ansiosos pelo próximo lançamento da autora e que será sempre renovado a cada geração. Em 1961, o teatro da escola encena Maroquinhas Fru-Fru e, no ano seguinte, A Gata Borralheira. Em 1963, A Menina e O Vento fala da fúria pela liberdade. Seguem-se O Diamante do Grão-Mogol, 1965, Maria Minhoca, 1968, e Camaleão na Lua, 1969. Recebe os prêmios Golfinho de Ouro e Molière por Aprendiz de Feiticeiro e Maria Minhoca, 1968.

Como atriz, protagoniza D. Rosita, a Solteira, de Federico García Lorca, com direção de Sérgio Viotti, 1960; e O Mal-Entendido, de Albert Camus, dirigido por Yan Michalski, 1961. Encena, seguindo a coerência das dramaturgias clássicas de forte teatralidade, Molière, Carlo Goldoni, William Shakespeare, Michel de Ghelderode e uma farsa medieval.

Nos anos 70, a autora cria e dirige, sempre com a equipe de seu teatro, Tribobó City, 1971 - musical bem-humorado e dinâmico inspirado na estética do faroeste americano -, Um Tango Argentino, 1972, O Patinho Feio, 1976, e Quem Matou o Leão?, 1978. Em 1974, recebe o prêmio Personalidade da editora Global. Seus textos são traduzidos em diversas línguas e encenados da Alemanha aos Estados Unidos.

No teatro para adultos, opta pelos formadores do realismo e encena Máximo Gorki e Anton Tchekhov.

Na década de 1980, apresenta João e Maria, 1980, As Cigarras e as Formigas e O Dragão Verde, 1984, e O Gato de Botas, 1987. Esses dois últimos lhe valem, em seus respectivos anos, o Prêmio Mambembe de melhor autor. Em 1983, O Tablado recebe o Prêmio Molière de incentivo ao teatro infantil. Em Aprendiz de Feiticeiro, encenado em 1986, Maria Clara lança mão de efeitos cênicos e técnicas aproveitadas de outros universos, como a luz negra, para criar a ilusão de uma casa de mágico onde os objetos tornam-se animados. A partir dessa década, a autora recebe diversos prêmios de personalidade, de contribuição ao teatro infantil, de hors-concours. É convidada a atuar em Ensina-me a Viver, 1981, de Colin Higgins, substituindo Henriette Morineau, na direção de Domingos Oliveira. Atua também em Este Mundo é um Hospício, de Joseph Kesselring, 1985.

No anos 90, Maria Clara passa a entregar a direção de seus textos a Cacá Mourthé: Passo a Passo no Paço Imperial, 1992, A Coruja Sofia e Tudo por um Fio, 1994, Bela Adormecida, 1996, Jonas e a Baleia, 2000.

Carlos Drummond de Andrade define a linguagem da escritora e diretora: "(...) em Maria Clara a escritora e a diretora coincidem com uma riquíssima organização humana, onde o fantástico janta na mesa do real, e se comunicam naturalmente. No que ela faz, o fantástico fica plausível, é um dado cotidiano, até corriqueiro. E o real surge desligado de seu peso tantas vezes incômodo, desvendando-nos uma graça intrínseca, que nele estávamos longe de pressentir".

O jornalista e especialista em produção cultural para crianças, Ricardo Voltolini, avalia a contribuição de Maria Clara Machado para o teatro infantil: "Maria Clara não inventou o teatro infantil, mas é como se tivesse inventado. Pelo menos no Brasil, o gênero lhe deve a posição de pioneirismo no respeito à inteligência, à sensibilidade e à capacidade de deslumbramento do pequeno espectador. (...) No Rio, como de resto em todo o país, a regra eram espetáculos infantis grosseiros e mal produzidos, que limitavam-se a incentivar a gritaria, a invasão do palco e a troca da atenção por balinhas de aniz. Maria Clara sempre preferiu educar suas platéias para a importância da história. Como se a história fosse um ritual para os pequenos iniciados".


Notas 1. MACHADO. Maria Clara. Pluft, o Fantasminha. Rio de Janeiro. 2. ANDRADE, Carlos Drummond. Chapeuzinho. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 27 set. 1956. 3. VOLTOLINI, Ricardo. Agradando crianças de Berlim a Quixeramobim. In: MARIA Clara clareou: um passeio pelo teatro infantil de Maria Clara Machado. São Paulo: Sesc-Pompéia, 1994, p. 13.