Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quinta-feira, 17 de junho de 2010



Socorro,


Preciso URGENTEMENTE falar com você...
Desentoca o celular (risos).


Abração


Claude


P.S. Amanhã você tem visita...

um cálice de lágrima

Sempre que meu coração se aperta
pressinto os ancestrais portugueses
contorcendo-se no meu ventre:
saudades.

Pegando as deixas de Zé Nilton , vamos escutar Chico ?




A Mais Bonita
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
.
Não, solidão, hoje não quero me retocar
Nesse salão de tristeza onde as outras penteiam mágoas
Deixo que as águas invadam meu rosto
Gosto de me ver chorar
Finjo que estão me vendo
Eu preciso me mostrar

Bonita
Pra que os olhos do meu bem
Não olhem mais ninguém
Quando eu me revelar
Da forma mais bonita
Pra saber como levar todos
Os desejos que ele tem
Ao me ver passar
Bonita
Hoje eu arrasei
Na casa de espelhos
Espalho os meus rostos
E finjo que finjo que finjo
Que não sei

Jabulani



O futebol não é uma questão de vida ou de morte.
É muito mais importante que isso...
Bill Shankly




Pois é, amigos ! Imaginem o desespero de um escritorzinho rabo de galo, que se senta às quintas-feiras , para escrever seu texto semanal, em tempos de plena Copa do Mundo de Futebol ! Quando nem Paulo Coelho, com sua mandinga , seu feitiço e suas receitas de bolo fofo, consegue leitores fiéis ! Enquanto teclo, três partidas internacionais vão se desenrolando e os noticiários cospem, a cada minuto, informações sobre a nossa Seleção Canarinha que não têm fôlego para Campeonato de terceira divisão, mas sonha alto com o Hexa. Tudo isso no país do futebol ! Ou seja, nem o escritor assenta a cabeça para escrever o texto, nem o leitor tem miolo para preencher com qualquer outro utensílio que não seja a Jabulani. Pois bem, que jeito ? Vamos então falar do que interessa : futebol ! Já viram paixão mais arrebatadora entre os brasileiros ?
Aqui, em dia de jogo da Canarinha, nada funciona! As emergências param, os Centro Cirúrgicos fecham as portas, padre cancela missa. As ruas se vestem do verde-amarelo, cada brasileiro enverga a camisa da seleção e bandeiras tremulam em cada casa , cada esquina. No primeiro jogo do Brasil, uma colega pediatra resolveu ir ao consultório, no horário da partida, sob o pretexto de que não gostava de futebol. Teve que voltar e assistir, pacientemente, ao embate: não apareceu uma criança sequer para se consultar. Sararam, como por encanto!
Em tempos de Copa, perdemos aquele complexo de vira-lata de que falava Nélson Rodrigues; latimos alto como cão do melhor pedigree. Talvez porque, na África do Sul, nos sentimos um pouco em casa. Vendo a alegria contagiante dos sul-africanos percebemos , claramente, que à etnia afro devemos nosso despojamento, nosso espírito festeiro e dançante, nossa capacidade de vencer as adversidades : sem travo, sem amargor, sem sangue escorrendo pelas ruas. Se , como tão bem disse o Desmond Tutu na abertura, naquele momento a humanidade estava voltando para o lar, nós brasileiros, mais que ninguém, nos sentimos reintegrados à tribo Zuzu. É que estamos conseguindo, pouco a pouco, canalizar a paixão do futebol para nossas atividades mais cotidianas e o gigante vai se levantando do berço esplêndido onde ficou hibernando por tantos e tantos séculos.
No Brasil, por nossas peculiaridades, o futebol terminou virando arte: um misto de bailado, de capoeira, de ginga, de manha, de catimba. A bola, herdada do fleugmatismo inglês, aqui encontrou a liberdade nas pernas tortas de Garrincha, nos pedaladas de Robinho, na bicicleta de Leônidas. Numa nação nova, carente de heróis, o futebol nos trouxe as glórias que nos faltavam em muitas outras modalidades esportivas e sociais. Funcionou como cola, como adesivo , unificando os sonhos díspares de um país multiforme, diverso e de dimensões quase que continentais. Ofereceu-nos a primeira razão de orgulho, o seminal sentimento de identidade pátria. Talvez, por isso mesmo, o futebol tenha uma ressonância tão profunda, tão avassaladora, tão magnética nos corações dos brasileiros.
Há uns dois meses, contou-me um sobrinho que mora em Recife, faleceu um velhinho já quase nonagenário, avô de um colega seu de faculdade. A família toda era de torcedores fanáticos do Sport Clube do Recife, até porque o velho era uma dos sócios mais antigos do clube e, inclusive, fora diretor por vários anos. E o Sport em Pernambuco, amigos, representa a paixão como o Corinthians em São Paulo e o Mengão no Rio. A doença havia sido insidiosa e de muito sofrimento, de maneira que o velório estava tranqüilo, com um pesar muito bem dosado. Todos conversavam, conformados com a inevitabilidade da morte, quando de repente, a viúva, já idosa, andando com muita dificuldade, aproximou-se lentamente do caixão e colocou a bandeira do Sport por cima, numa última homenagem . Foi como se o mundo tivesse desabado ! A família irrompeu numa crise de choro convulsivo que foi difícil de controlar. Meu sobrinho foi categórico : se o Brasil ganhar o Hexa, eu acho que o velho pula do caixão e se for contra a Argentina, então, ressuscita e sai dançando frevo pelas ruas da cidade:



“Voltei, Recife !
Foi a saudade que me trouxe
Pelo braço...”




J. Flávio Vieira

CLIQUE - Por Edilma Rocha

Avisem aos Pássaros por João Marni de Figueiredo


Se eu fosse uma árvore, gostaria de viver todas as estações por anos numerosos, esgotando toda a minha seiva e deixando cair a última folha numa brisa matutina.


Dos meus galhos, que o homem fizesse pelo menos um cajado para que pudesse servir de apoio a alguém humilde ou idoso. Ou um cabo de guarda-chuva para o mesmo senhor. Nunca uma bengala, pois certamente correria o risco de não ser alívio, mas ostentação para algum arrogante vaidoso e depois, já fora de moda, ficar esquecido num sótão...

Meu tronco deveria voltar a compor o solo, levando consigo as mensagens dos namorados. Assim, teria esperança de que meus átomos se reuniriam novamente na formação de uma nova árvore.
 Avisem aos pássaros!

Pensamento para o Dia 16/06/2010


“As pessoas hoje acreditam que são o corpo, os sentidos etc. e anseiam por prazeres materiais. Elas se convencem de que esse prazer é necessário e, com essa noção equivocada, procuram satisfazer seus desejos. Iludem-se achando que podem garantir bem-aventurança cuidando do corpo e dos sentidos. Tais tentativas não podem assegurar bem-aventurança. O prazer obtido a partir de objetos externos traz junto tristeza, e essas tentativas de obter prazer são recompensadas com desilusão, derrota e desastre. Os três textos-fonte (Upanishads, Brahma Sutra e Bhagavad Gita) claramente exortam que VOCÊ é a própria personificação da bem-aventurança (Ananda). Eles auxiliam as pessoas a atingirem a mais elevada sabedoria.”
Sathya Sai Baba

Comunicado Vila das Artes

comunicacaoviladasartes@gmail.com

Programação cancelada
A Vila das Artes informa que devido a greve dos motoristas e trocadores de ônibus, suspendeu suas atividades no período noturno.

O que inclui as aulas dos cursos Pontos de Corte e Doc.Web, o Cineclube Vila das Artes e as Mostras Especiais, que nesta semana trazia filmes do cineasta Neville D’Almeida que estará na próxima semana em Fortaleza participando do projeto O Cinema e a Cidade.

Em razão da situação de incerteza quanto ao transporte vários alunos e funcionários da Vila têm encontrado dificuldade de deslocamento, principalmente, no período da noite.

Desta forma, a Vila das Artes cancela as atividades com o intuito de não prejudicar os alunos e funcionários, bem como o andamento de sua programação. Tão logo os ônibus voltem à sua normalidade, as atividades seguirão seu curso normal.
Todas as aulas e exibições serão repostas em calendário a ser divulgado posteriormente. A Vila das Artes agradece a compreensão de todos.

Vila das Artes - Rua 24 de Maio, 1221, Centro. Fortaleza|Ceará|Brasil
Telefone (55+85) 3252.1444 comunicacaoviladasartes@gmail.com,

Parabéns, Maryfran Nunes Oliveira!

Feliz aniversário com o nosso abraço, e desejo de muitas felicidades !

Mary  é uma presença afetiva,  constante na minha vida. Somos filhas de duas irmãs parecidas e, como tais , as diferenças individuais perdem para as grandes afinidades.

Bethânia


Maria Bethânia Viana Teles Veloso
Apelido Abelha-Rainha
Data de nascimento 18 de junho de 1946 (63 anos)
Origem Santo Amaro da Purificação, Bahia
País Brasil
Gêneros MPB
Período em atividade 1965 - presente
Gravadoras Universal Music Brasil, Verve Records, EMI Brasil, Biscoito Fino, Wrasse, Sony BMG
Influências Amália Rodrigues
Billie Holiday
Cartola
Tom Jobim
Nana Caymmi
Nara Leão
Edith Piaf
Página oficial www.mariabethania.com.br
Maria Bethânia Viana Telles Velloso, mais conhecida como Maria Bethânia, (Santo Amaro da Purificação, Bahia, 18 de Junho de 1946) é uma cantora brasileira que tem a marca de ser a segunda artista feminina em vendagem de discos do Brasil, sendo a maior da MPB, com 26 milhões de cópias. Atende pela alcunha de Abelha-rainha por causa do primeiro verso da música que dá nome ao LP Mel de 1979.

Considerada por muitos brasileiros uma das maiores cantoras da história do Brasil. É irmã caçula do compositor Caetano Veloso e da poetisa e escritora Mabel Velloso.

Eu sabia que ia trabalhar no palco e que ia ser do palco, ia ser...uma vida de artista...Sabe de holywwodiana

— Bethânia

Cely Campelo



Célia Benelli Campello, cujo nome artístico era Celly Campello (São Paulo, 18 de junho de 1942 — Campinas, 4 de março de 2003  foi uma cantora e precursora do rock no Brasil, surgindo antes que a Jovem Guarda. Também fez uma participação como atriz na novela Estúpido Cupido.

Depois de casada, passou a assinar Célia Campelo Gomes Chacon.

Paul McCartney


Sir James Paul McCartney MBE (Liverpool, 18 de junho de 1942) é um cantor, compositor, baixista, guitarrista, multi-instrumentista, empresário, produtor musical e cinematográfico e ativista dos direitos dos animais britânico. McCartney alcançou fama mundial como membro da banda de rock britânica The Beatles, com John Lennon, Ringo Starr e George Harrison. Lennon e McCartney foram uma das mais influentes e bem sucedidas parcerias musicais de todos os tempos, "escrevendo as canções mais populares da história do rock". Após a dissolução dos Beatles em 1970, McCartney lançou-se em uma carreira solo de sucessos, formou uma banda com sua primeira mulher Linda McCartney, os Wings. Ele também trabalhou com música clássica, eletrônica e trilhas sonoras.

Em 1979, o Livro Guinness dos Recordes declarou-o como o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial de todos os tempos. McCartney teve 29 composições de sua autoria no primeiro lugar das paradas de sucesso norte-americana. Vinte das quais junto com os Beatles (que compôs junto com John Lennon) e o restante em sua carreira solo ou com seu grupo Wings.

Paul McCartney é o canhoto e baixista mais famoso da história do rock, embora também toque outros instrumentos, como bateria, piano, guitarra, teclado, etc. É considerado como um dos mais ricos músicos de todos os tempos. Foi eleito, em 2008, o 11º melhor cantor de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Fora seu trabalho musical, McCartney advoga em favor dos direitos dos animais, contra o uso de minas terrestres, a favor da comida vegetariana e a favor da educação musical. Em 1997 foi publicada a biografia intitulada Many Years From Now, autorizada pelo músico e escrita pelo britânico Barry Miles. Sua empresa MPL Communications detém os direitos autorais de mais de três mil canções, incluindo todas as canções escritas por Buddy Holly.

Paul McCartney é vegetariano e já declarou à imprensa como tomou essa decisão: "Há muitos anos, estava pescando e, enquanto puxava um pobre peixe, entendi: eu o estou matando, pelo simples prazer que isso me dá. Alguma coisa fez um clique dentro de mim. Entendi, enquanto olhava o peixe se debater para respirar, que a vida dele era tão importante para ele quanto a minha é para mim". É membro honorário e participante ativo das campanhas do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo tratamento ético dos animais, em português).


 Wikipédia

Charles Gounod


Gounod (Paris, 17 de junho de 1818 – Saint-Cloud, 18 de outubro de 1893) foi um compositor francês famoso sobretudo por suas óperas e música religiosa.
Gounod era filho de um pintor e uma pianista. Muito jovem, entrou para o Conservatório de Paris, onde foi aluno de Jacques Fromental Halévy e Lesueur. Em 1839, compôs uma cantata (Ferdinand) e ganhou o Prix de Rome, um prêmio famoso para jovens compositores, que dava direito a uma bolsa de estudos na Itália. Naquele país, ele entrou em contato com a música polifônica do século XVI, que o fascinou. Tomado por idéias místicas (que nunca o abandonaram completamente), ele pensou em entrar para o sacerdócio, e começou a compor música religiosa. Terminados seus estudos na Itália, ele regressou à França, mas não sem antes passar por Viena, e assumiu o cargo de organista na Igreja das Missões Estrangeiras em Paris, que ocupou por três anos. Por volta dessa época, ficou conhecendo duas mulheres, que tiveram grande influência na sua vida: uma foi a cantora Pauline Viardot, que o introduziu ao mundo da ópera, e a outra foi Fanny Hensel, que apresentou a Gounod seu irmão, o célebre compositor Felix Mendelssohn. Através de Mendelssohn, Gounod entrou em contato com a música de Bach, então pouco conhecida.

A primeira ópera de Gounod, Sapho, estreou em 1851. Várias óperas se seguiram, mas as mais importantes são Fausto (1859), Mireille (1864), Roméo et Juliette (1867) - todas as três estão entre as mais populares do repertório operístico francês.

Ao rebentar a Guerra Franco-Prussiana (1870), Gounod se refugiou na Inglaterra, onde permaneceu até 1875. Lá, ele adquiriu uma amante inglesa, Georgina Weldon, e sua música fez grande sucesso na Inglaterra vitoriana.

Nos últimos anos de vida, Gounod só compôs música religiosa.

wikipédia

Procópio Ferreira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Procópio Ferreira junto com Aída Izquierdo e sua filha Bibi Ferreira

Procópio Ferreira, nome artístico de João Álvaro de Jesus Quental Ferreira, (Rio de Janeiro, 8 de julho de 1898 — Rio de Janeiro, 18 de junho de 1979) foi um ator, diretor de teatro e dramaturgo brasileiro. É considerado um dos grandes nomes do teatro brasileiro.

Procópio descobriu cedo o talento de envolver a plateia, arrastando aos seus espetáculos contingentes de público de fazer inveja aos maiores sucessos de hoje. Em 62 anos de carreira, Procópio interpretou mais de 500 personagens em 427 peças.

Sabores na lembrança

Hoje, enquanto fazia o almoço, no cpricho, comecei a lembrar pessoas  , associadas a sabores inesquecíveis;
A canja de galinha caipira, que a minha mãe comia , nos resguardos dos filhos;
O chouriço do meu avô Alfredo e as suas balas de umburana;
As chupetas de mãe Candinha e Tia Amália;
As tapiocas e sorvete de ameixa de Erice ( mãe de Geraldo Urano);
O doce de manga de Nazaré;
As papas de carimã , o bolo, a canjica, a galinha caipira da minha mãe;
A carne moída de Rosineide;
Os quitutes do aniversário de Stela Siebra;
O doce de abóbora de Maristela ( Bela Vista-MS)
O pão caseiro de Anita ( Friburgo-RJ)
O pão recheado de Maria de Jesus
O bolo Luiz Felipe da esposa de Seu Orestes;
O pudim de caramelo de Dona Rita (Teixeira-PB) ;
A macarronada de Dona Lourdes ( mãe do Nicodemos)
O Bolo de carne e o nhoque de Zilda(Recife-PE) ;
O arroz com quiabo e os biscoitos de goma , na palha de banana, da minha avó Donana;
A peixada de Dorvina ( esposa de Zivaldo Maia);
Os bolinhos de soja de Gabi;
O caldo de carne  com ovos e nata de Dona Almina;
A lasanha de Babo;
A sopa de feijão de Chica;
A paçoca e o pastel de carne de tia Ivone;
O doce de leite e bolo de puba de Eunice( irmã de Isabel Virgínia);
O doce de goiaba de tia Auri;
O rocambole de arroz de Fátima Figueiredo;
A torta de bacalhau de Socorrinha ( nora de Magali)
Os pães de queijo do meu sobrinho Bruno;
O arroz carreteiro do meu filho André;
O arroz com carneiro do meu filho Caio;
O tijolo de jaca de Dona Evanir
A sopa de legumes de Zélia Moreira;
As marmitas de Paulo Frota
O mamão batido com sorvete e licor do meu primo Montoril....
O salpicão  eu garanto !

Fiquei com vontade de repetir todos esses pratos, e oferecer um banquete  ao povo do Cariricaturas.
Preciso só de uma mesa enorme, muitas cadeiras, uma cozinha ampla, e gente pra lavar a louça. Quem  assume a produção, quem se habilita ?

COMPOSITORES DO BRASIL




“Não sou eu quem repete essa história
É a história que adora uma repetição” (Rebichada, Chico Buarque).

CHICO BUARQUE
Parte III

Por Zé Nilton

Poderia fazer um prolegômeno sociológico sobre a obra de Chico Buarque de Holanda, neste último programa Compositores do Brasil, até para mostrar erudição e conhecimento sobre a vida e obra do renomado compositor brasileiro. Não o farei.

Prefiro viajar no verso da música que ele fez e cantou com os Trapalhões, trilha sonora do filme “Os Saltimbancos Trapalhões”, de 1981, baseado na peça teatral Os Saltimbancos, de Sergio Bardotti, Luis Enríquez Bacalov e Chico Buarque, por sua vez uma adaptação do conto Os Músicos de Bremen dos Irmãos Grimm, e que foi dirigido por J. B. Tanko, sendo considerado pela crítica como o melhor filme do grupo.

Não, Chico de jeito nenhum insinua contradizer a célebre e irônica sacada do velho Marx, respondendo a Hegel, no livro “O 18 Brumário de Luiz Bonaparte”, publicado em 1852, de que os fatos e personagens históricos não se repetem duas vezes sob a mesma forma, a não ser “a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

No entanto, a opressão,a intimidação, a exploração, a intolerância, o desprezo pelo outro, e a atitude humana de não se deixar calar ante um rosário de mesquinharias praticadas em qualquer latitude e sob quaisquer formas de poder, isto se repete, e como se repete!

Deixo a letra de Rebichada como veículo aberto para os que quiserem viajar comigo em busca de uma sociedade de equidade na justiça e na distribuição dos bens materiais e imateriais.

“Não me importa trabalhar pra cachorro
O jumento é meu igual
Morro muito mais que gato no morro
Quando chega o carnaval
Sou eu quem cutuca o galo, viu
Pro galo cocorocar
Mas se pisam no meu calo
Não me calo
Eu tenho que falar
Como falo

Au, au, au, hi-ho, hi-ho
Miau, miau, miau, cocorocó
Essa história é mais velha que a história
Dos tempos de glória do velho barão
Quem não sabe de cor essa história
Refresque a memória e me preste atenção
Não sou eu quem repete essa história
É a história que adora uma repetição
Uma repetição

Sou eu que distraio o galo, de fato
Quando a outra vai chocar
Sou eu quem arruma cama de gato
Ponho o gato pra mijar
Beijo a mão de vira-lata, sim
Chamo burro de doutor
Mas se alguém me desacata
Maltrata meu brio
E meu valor
Largo a pata

Au, au, au, hi-ho, hi-ho
Miau, miau, miau, cocorocó
Essa fábula vem de outro século
Pelo fascículo de um alemão
O irmão do alemão deu prum nego
Que vendeu prum grego
Por meio milhão
Esse grego morreu de embolia
E deixou para a tia
O que tinha na mão
Essa tia casou com um pirata
E afundou com a fragata
Lá no Maranhão
Essa lenda rolou na fazenda
Moeu na moenda
E espalhou no sertão
E eu não nego que roubei dum cego
E inda ponho no prego
Pra comprar meu pão
Não sou eu quem repete essa história
É a história que adora
Uma repetição
Uma repetição”.

Na sequencia do terceiro programa dedicado ao compositor Chico Buarque de Holanda, nascido em 19 de junho de 1944, ouviremos e falaremos de suas músicas produzidas entre 1979 a 1993:

BYE, BYE, BRASIL, de Chico e Roberto Menescal, com Chico Buarque
EU TE AMO, de Chico e Tom Jobim com Chico Buarque
O MEU GURI, de Chico com Chico Buarque
REBICHADA, de Chico e Enriquez – Bardotti com Chico Buarque e os Trapalhões (Dedé, Didi, Mussum e Zacarias)
A HISTÓRIA DE LILY BRAUN, de Chico e Edu Lobo, com Maria Gadu
MIL PERDÕES, de Chico com Chico Buarque
PELAS TABELAS, de Chico com Chico Buarque
TANGO DO COVIL, de Chico com Os Muchachos
ANOS DOURADOS, de Chico e Tom Jobim com Chico Buarque e Tom Jobim
TODO SENTIMENTO, de Chico e Cristóvão Bastos, com Chico Buarque
A MAIS BONITA, de Chico com Bebel Gilberto e Chico Buarque
PARA TODOS, de Chico com Chico Buarque
A VIOLEIRA, de Chico e Tom Jobim com Elba Ramalho

Quem ouvir verá.

Informação:
Programa COMPOSITORES DO BRASIL
Rádio Educadora do Cariri
Todas as quintas-feira de 14 às 15h.
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Apoio Cultural: CCBN-Cariri
Retransmissão: cratinho.blogspot.com

Quem lembra esta canção?

Professora
Carlos Galhardo
Composição: Benedito Lacerda-Jorge Faraj

Eu a vejo todo dia
Quando o sol mal principia
A cidade a iluminar
Eu venho da boemia


Ela vai, quanta ironia
Para a escola trabalhar
Louco de amor em seu rastro
Vaga-lume atrás do astro


Atrás dela eu sou um trem
E no trem das professoras
Outras vão sedutoras
Eu não vejo mais ninguém


Esta operária divina
Que lá no subúrbio ensina
As criancinhas, a ler
Naturalmente condena


A minha vida serena
O meu modo de viver
Condena porque não sabe
Que toda culpa lhe cabe


De eu viver ao deus-dará
Menino querendo ser
Para com ela aprender
Novamente o beabá

Finalizando o semestre e comemorando...

Na simplicidade, o aconchego da amizade
***
Comemorando: as aniversariantes do mês - Colegas da UVA
As mestrandas (Claude, Olívia e Marinete)

Mayara e namorado (sobrinha de Maurício Tavares)

Aurineide, Mayara e Claude

Festejos

Bênçãos


Alegria!!!