Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

terça-feira, 20 de julho de 2010

Festa do Cariricaturas - Você é nosso convidado !

Dia 22.07, no Rachel de Queiroz às 19 h

Lançamento do livro "Poeiras na réstia" do escritor cratense Everardo Norões
Amostra da exposição "Cascas do Crato" pela artista plástica Sônia Lessa Norões
Recital de piano por Dihelson Mendonça

*Pós evento, confraternização no restaurante Pau D'arco

Dia 23- Alomoço literário, no "Quatro Estações"- a partir das 12 h
12,00 por pessoa.

Dia 24.07- no CTC  a partir das 20 h
Lançamento do livro "Cariricaturas em prosa e verso" - coletânea de 33 autores
Coquetel
Performances poéticas
Sorteios
Baile

Mesas : 40,00 ( 4 ingressos e um exemplar do livro)

ùltimas unidades !
Contato : 35232867/
              88089685/ (socorro moreira)

Esperamos  encontrá-los, em todos os eventos !

Claude,Socorro, Emerson e Edilma.

Por Norma Hauer

HAROLDO LOBO
O mês de julho marca o nascimento (22/07/1910) e o falecimento (20 /07/1965) de HAROLDO LOBO, um dos compositores que mais sucessos obteve no carnaval do "povão", quando este brincava de verdade.
Faleceu em seu "inferno zodiacal", como os astrólogos consideram os 30 dias anteriores ao nosso aniversário.
Completaria 50 anos dois dias depois.
HAROLDO LOBO era de uma família de músicos, como seu pai (Quirino) e seu irmão (Oswaldo). Assim era natural que aos 13 anos compusesse seu primeiro samba.
Suas primeiras gravações o foram com Aurora Miranda ("Metralhadora", mais uma música relacionada à revolução constitucionalista de São Paulo) e "De Madrugada").
Haroldo fez parceria com Milton de Oliveira na maior parte de suas composições, como:"Juro"; "Índio Quer Apito";"A Mulher do Padeiro";"Clube dos Barrigudos"...
Ele gostava de fazer melodias sobre bichos, daí ter composto "O Passarinho do Relógio", quando surgiram os primeiros relógios com o Cuco; "Passo do Canguru";"Miau Miau" e "Tem Galinha no Bonde", todas gravadas por Aracy de Almeida.
O bonde, veículo popular em sua época, ainda serviu de tema para "O Bonde do Horário já Passou" e "A Mulher do Padeiro", que "viajava só no bonde de Alegria".
Sem fugir dos transportes, compôs,"Oito em Pé". Esta música surgiu porque na época passou a ser permitido que os ônibus levassem oito passageiros em pé.
Hoje pode parecer inconcebível, mas nos ônibus não era permitido que os passageiros viajassem "em pé". Foi então emitido um decreto, pela então Prefeitura, admitindo que fossem permitidos "oito em pé", daí a idéia de Haroldo Lobo, gravada por Aracy de Almeida, a mais constante cantora das músicas de Haroldo.
Por ocasião da volta de Getúlio ao poder, Haroldo Lobo e Marino Pinto lançaram, na voz de Francisco Alves, "Retrato do Velho", mandando recolocar o retrato de Getúlio nas paredes das repartições públicas e nas particulares, cujo donos desejassem tê-lo novamente em suas casas.

Na época da 2ª guerra, compôs "Ruas do Japão", gravada por Linda Batista.

“Ruas do Japão” é uma sátira aos japoneses e seus costumes, lançado no tempo da 2ª guerra.
Assim :

Mas ruas do Japão
Não há mão nem contra-mão(xi)
Lanterna de papel é lampião(xi)
Suicídio lá se chama haraquiri (xi)
Aquilo é um verdadeiro abacaxi.

Quando lá é meia-noite,
Nas ruas do Japão,
Aqui é meio-dia
O quimono lá é moda,
Aqui é fantasia.
Por isso todos dizem:
Na terra do Micado,
Tudo,tudo, tudo
Tudo é atravessado.

É os tempos eram outros, mas o Japão ainda é assim, apesar de toda a evolução que veio depois da guerra, quando os americanos desejavam que seus costumes fossem lá adotados.
Poucas modificações conseguiram.

Um dos maiores sucessos de Haroldo Lobo,desta vez com Nássara, ainda hoje fazendo parte de blocos carnavalescos, foi "Alá-lá-ô", gravado por CARLOS GALHARDO. Quem não o conhece?

Houve uma "tristeza" na vida de Haroldo Lobo; este seu samba "Tristeza", lançado pouco antes de seu falecimento, como música de "meio de ano" "estourou" no carnaval de 1966, quando Haroldo já havia falecido.

É conhecido no mundo, mas seu autor não viu seu sucesso, pois falecera, como ficou dito acima, em 20 de julho de 1965.
Norma

Sofia e o Ursinho Pimpão - José do Vale Pinheiro Feitosa

Meu caro Edgar Poças, já o teu tempo andou mais dois anos que o avô de Sofia, ela aponta o dedinho e pede que toque Ursinho Pimpão. Põe a mão no queixo como aquelas fotos da década de trinta e sonha na música.

Logo que as notas iniciais começam e a voz infantil de Simony as canta, os olhos vagalumeiam como nas noites ancestrais dos sertões. E algo espetacular ocorre: Sofia, diziam-me, é de agora e quem o é não se conecta com a música do passado. E agora, Edgar Poças? Como explicar Sofia querendo ouvir tantas vezes esta mesma canção?

Ela abre um sorriso como se encontrasse a seiva que sai do centro do mundo. A seiva que bebida explica tudo. Inclusive ela. Ela e sua abertura de tempo. Seu tempo que inventa relevos e histórias sobre ele.

A nascente brota abaixo da construção imensa da montanha e Sofia coleta todo este movimento. Enche-se de meiguice com a vida. Os olhos mexem para cima e para baixo confirmando o alvo daquele momento.

O avô ao lado transfere o calor do seu corpo vivo. Sofia compreende o calor e deita a cabeça ao peito grande dele se ao corpo pequenino se comparar, mas irrelevante para a imensidão daquele momento dela.

Ela não deita a cabeça por descanso, ao contrário, é por concentração e enlevo sobre a superfície tosca a que o avô se acostumou pisar. A superfície das coisas úteis, das regras pragmáticas, dos objetivos mensurados.

Todo o peso do corpo dela se encontra como gravidade ao tronco do avô. Mas certo que alguma fração da força G se subtraiu e foi para o rosto feliz de Sofia. Aquela felicidade que permeia os modos de infinitamente: o grande e o pequeno.

Tudo, meu Caro Edgar Poças e sua composição Ursinho Pimpão, flui bem agora, junto com estes sinais gráficos. A recordar aquele momento de grande descoberta, da criança com menos de três anos de idade achando o mesmo ponto que Arquimedes desejou para mover o mundo.

O mesmo ponto em que seu rostinho de novidade sonhava um sonho muito além da linha do horizonte do seu avô. Muito depois do que dizia as manchas solares, as rugas e as evidências das veias tortas sobre o dorso da mão e braço do avô que abraçava Sofia.

ATENÇÃO - Não Perca !!! - Quinta-Feira dia 22 de Julho - CONCERTO - Dihelson Mendonça - O Dom da Música - Teatro Rachel de Queiroz - Crato - CE



Concerto de Piano 400 - Dihelson Mendonça

Em uma carreira musical de mais de 30 anos devotada à música, e considerado um dos grandes pianistas Brasileiros, o tecladista/arranjador/compositor Dihelson Mendonca, nascido em Crato-CE em 1966, já demonstrou o seu talento, tocando lado a lado com os maiores nomes da música Instrumental brasileira, tais como: Hermeto Pascoal, Gilson Peranzzetta, Mauro Senise, Arismar do Espírito Santo, Luciano Franco, Toninho Horta, Vinícius Dorin (Saxofonista), André Marques, Itiberê Swarg (Baixista) , Márcio Bahia (Baterista), Beto Batera ( Irmão do Carlos Bala - baterista ), Carlinhos Patriolino, Márcio Resende, Nenê (Baterista), Fátima Santos (cantora), Lia Chaves (cantora), João Senna ( Sax ), Ricardo Júnior (Pianista e Arranjador da cantora Dóris Monteiro), Cleivan Paiva (Guitarrista com quem mantém um dueto de Jazz), dentre muitos outros. Enormemente aclamado por onde tem passado, Dihelson Mendonca possui um estilo eclético e virtuoso, que de imediato cativa a platéia. Compositor de cunho erudito e profundo pesquisador da música pianística, considera-se principalmente um pianista de Jazz, embora em seus concertos, execute frequentemente obras eruditas, de Bach à Stravinsky, e em especial, Frederic Chopin.

FORMAÇÃO MUSICAL

Dihelson Mendonça iniciou seus estudos de piano clássico na Sociedade de Cultura Artística de Crato-CE ( SCAC ), com a professora Diana Pierre no início dos anos 80. Com raro talento, dsenvolveu rapidamente, e aprendeu a tocar em apenas 3 anos de estudo, peças de enorme dificuldade técnica. Concentrou-se nos românticos, principalmente Chopin. A descoberta do Jazz deu-se por essa época, (1982) ao descobrir por um acaso, um disco do pianista Oscar Peterson, gravado pela “Rádio Canadá Internacional”. “Depois disso nada foi como antes!”, afirma o músico. Em seguida iniciou-se uma grande peregrinação para compreender a sua nova paixão: O JAZZ ! Pelo fato de em sua cidade natal as possibilidades de estudo de Jazz eram escassas, resolveu estudar por conta própria todo o tipo de material relacionado ao estilo, desde trascrições que fazia à partir de discos e fitas, a livros variados e revistas sobre Jazz, como a DownBeat.

Por volta de 1984, chegou a cursar a Universidade Federal da Paraíba, no curso de Engenharia Eletrônica em Campina Grande, mas, o seu amor pela música tocou mais alto, e Dihelson abandonou sua futura carreira de Engenheiro Eletrônico para se dedicar exclusivamente ao Piano. Nessa época, já com sólido embasamento musical e sob influência de músicos modernos como Chick Corea, Bill Evans e Keith Jarrett, formou com o guitarrista paraibano Jocel Fechine e mais quatro integrantes, o seu primeiro sexteto, do qual participaram alguns dos maiores nomes do Jazz do nordeste: Jocel Fechine à guitarra, Fernando Rangel baixista ( músico renomado, e hoje, integrante do grupo Contrabanda do Recife), Fernando trompete, Sérgio Manfredo ao Saxofone, e o grande baterista Giovanni. Esse grupo foi a "sensação" do departamento de Artes DART da UFPB em Campina Grande em 1985/86 onde realizava seus periódicos concertos.

Ainda por essa época, assombrou os alunos da Universidade Federal da Paraíba em João Pessoa, ao se apresentar com o guitarrista Jocel Fechine num concerto-surpresa. Em Campina Grande, estudou com diversos professores, dentre eles, o Prof. Otávio, que havia sido aluno do grande gênio francês Pierre Boulez, considerado um dos pilares da música moderna do século XX.

À partir de 1986 , abandonou de vez a Universidade e tornou-se autodidata, por achar que as universidades brasileiras não continham o estudo musical de que necessitava. Tratou de continuar a sua peregrinacão intensa por livros, discos, e toda espécie de material de pesquisa de Jazz e música contemporânea que persiste até os dias de hoje. Ainda em 1986, firmou seu “Quartel-General” em Crato, sua terra natal, onde formou o primeiro grupo da região especialmente dedicado ao Jazz: O "Cariri Samba-Jazz Quartet" que foi motivo de várias entrevistas em diversos jornais e revistas cearenses. Após o "CSJQ", Dihelson Mendonça se concentrou em seu aperfeiçoamento musical, como professor de Piano, Harmonia de Jazz e improvisação na “Sociedade de Cultura artística de Crato” (SCAC), em 1987, além de gravações em estúdio. No entanto, nunca interrompeu as suas apresentações para convidados seletos que apreciam a música clássica, ou em festivais de MPB, desde Manaus, a Porto Alegre, onde, em 1991, por ocasião do Festival Nacional dos Economiários, participando como arranjador numa música da autoria de Pachelly Jamacaru, o fez ganhar o prêmio de melhor arranjo do festival. Em Porto Alegre, se apresentou informalmente na conceituada sala Tom Jobim, para um público seleto, que o aplaudiu veementemente, então com 24 anos de idade. Em 1989, apresentou-se em Fortaleza com os excelentes músicos Brasileiros Gilson Peranzzetta, e Mauro Senise, que já lhe advertiam de que deveria deixar o Ceará o quanto antes e fazer vôos mais altos, coisa que sempre recusou a fazer.

INFLUÊNCIAS

Dihelson Mendonça diz que tudo lhe serve de influência, de Bach à Hermeto Pascoal, passando até pelos “Irmãos Aniceto” (grupo de pífaros local), mas, é inegável que se ouve em sua música um forte sotaque de Chopin, Liszt, Ernesto Nazareth e até Stravinsky. Ainda devem ser mencionados como principais influências os músicos: Chick Corea, Bill Evans, Herbie Hancock, Keith Jarrett, Claire Fischer, Hermeto Pascoal e Debussy, dentre muitos outros.

O ARRANJADOR:

À partir de 1986 começou a se dedicar ao trabalho de arranjador, tendo trabalhado em dezenas de CDs. Produziu e dirigiu todos os CDs do também artista cratense Pachelly Jamacaru. Foi o diretor musical de inúmeros shows locais, tais como "Soy Loco por Ti América Latina" de Luiz Carlos Salatiel, que teve grande impacto de público e de crítica. Em 1997 foi a Nova York, numa espécie de peregrinação musical, onde tratou de contactar grandes nomes do Jazz, e chegou a fazer amizade com o grande pianista da República Dominicana, Michel Camilo, considerado um dos maiores pianistas de Latin-Jazz da atualidade, além de contactar o grande saxofonista Joe Henderson, e o legendário pianista de Jazz Mccoy Tyner. Ainda em 1997, formou um grupo de Jazz com o baterista fortalezense Denilson Lopes, e o contrabaixista Jerônimo Neto.

Dihelson Mendonça já integrou por diversas vezes grupos que se apresentaram no projeto "BEC - Seis e Meia" em Fortaleza, bem como promoveu WorkShop de Piano-Jazz realizado na UECE (Universidade Estadual do Ceará) em 1998. Em 1999, montou seu próprio estúdio de gravações profissionais na região do Cariri cearense, o DMSTUDIO, que é ponto de referência nas gravações de teor cultural da região. Também como arranjador, trabalhou como diretor musical e arranjador do segundo CD do compositor Pachelly Jamacaru em 1999.

GUARAMIRANGA & CIA

Participou por diversas vezes do “FESTIVAL DE JAZZ & BLUES de GUARAMIRANGA”, muitas vezes com seu próprio grupo, do qual figuraram nomes como: Luizinho Duarte (baterista do grupo Marimbanda), “David Alexander Krebs” o “Alemão”, Ricardo Leite (baixista), Denilson Lopes, Jerônimo Neto, e também como integrante de grupos de diversos artistas locais de renome, tais como Márcio Resende (Sax), e Luciano Franco (baixista, e compositor). Também, no mesmo festival, tocou no show de Toninho Horta e Arismar do Espírito Santo, onde fez uma das mais aclamadas apresentações na história do festival. Em 2001/2002 Dihelson trabalhou em diversos projetos de CDs de outros artistas, inúmeras apresentações com os novos duetos com o saxofonista Márcio Resende, o grande bandolinista Carlinhos Patriolino, e o promissor saxofonista Felipe Oliveira, além de trabalhar em suas próprias composições e projetos.

Em 2003, entrou num processo de reclusão e pesquisa, para se dedicar exclusivamente à composição e ao aperfeiçoamento pianístico. Adquiriu grande quantidade de partituras da literatura pianística universal e se dedicou à pesquisa, ao estudo, e à escrita musical. Em setembro de 2003 realizou um grande projeto: voltou ao palco e se apresentou no CCBN (Centro cultural Banco do Nordeste) , em Fortaleza - CE, executando exclusivamente obras de FREDERIC CHOPIN. No Ano Anterior, havia se apresentado no mesmo local, com um tributo ao gênio Hermeto Pascoal, e ainda no mesmo local, em Setembro de 2004 fez grande apresentação com seu "Tributo à BILL EVANS", apresentando os grandes "hits" do grande gênio do Jazz Piano. Ainda em Fevereiro de 2004 se Apresentou pela 5a vez no Festival de Jazz de Guaramiranga, desta feita com uma superbanda em "Tributo à Chick Corea". Ganhou o prêmio Nelson's em 2003 de Melhor Tecladista do Ano! - Tem se apresentado regularmente pelo Centro Cultural Banco do Nordeste em numerosos concertos, bem como do SESC.

O COMPOSITOR

Como compositor, Dihelson Mendonça é bastante eclético: possui mais de 150 composições Jazzísticas e populares (Sambas, Choros, Bossas, Baiões, Frevos ), e muitas parcerias com outros compositores, tais como Haroldo Ribeiro, e Luciano Franco, e tem se dedicado também ao campo erudito, tendo já composto várias peças nesse sentido, que vão desde estudos para piano, prelúdios, valsas, choros, e peças de caráter improvisatório a serem publicados. Neste específico setor, suas influências principais são: Bach, Bartok, Liszt, Stravinsky, Beethoven, Chopin,e Debussy. Também tem se dedicado a um enorme projeto chamado "Projeto Chopin", já em andamento , que consiste numa série de Concertos apresentando diversas das principais peças do compositor polonês juntamente com suas próprias composições e “paráfrases” , ao final da qual, pretende registrar em CD; Nas suas próprias palavras, “Sou pianista de Jazz por opção, mas também, sou um músico erudito de coração, e creio que os dois estilos para mim, se complementam. O músico nunca será completo sem conhecer e compreender as raízes da música e/ou as suas vertentes”.

2009 – Dihelson Mendonça acaba de gravar com patrocínio exclusivo do Banco do Nordeste, o seu primeiro CD Autoral intitulado “A Busca da Perfeição”.

REFERÊNCIAS:

“O Dihelson, é um “cabra danado”, improvisa pra “danar”, é o repentista dos Teclados!”

Hermeto Pascoal

“O Dihelson Mendonça está entre os 10 (ou 5) melhores pianistas do Brasil. Sou seu fã.”

Vinícius Dorin – Saxofonista. Hermeto pascoal

“Ele (Dihelson) , está pronto pra tocar em qualquer lugar do Mundo!! “

Wilson Curia – Pianista e Prof. Música. ( considerado Um mestre dos Pianistas Brasileiros )

“Um dos maiores músicos do mundo”

Cleivan Paiva

“Um dos maiores músicos com quem já toquei”

Márcio Resende - Saxofonista

“O Dihelson toca legal pra caramba!”

Arismar do Espírito Santo – Músico.

“Ele toca Jazz como os nativos tocam...”

Edison Távora – Tecladista

“O maior músico do Ceará”

Haroldo Ribeiro - Compositor

CONTATOS:
Visite os websites oficiais:
www.dihelson.com
www.dihelson.blogspot.com

SERVIÇO: O Concerto para Piano "O Dom da Música", de Dihelson Mendonça, faz parte das comemorações do lançamento do Livro "Cariricaturas em Verso e Prosa", da revista eletrônica Cariricaturas, que se estende do dia 22 ao dia 24 de Julho em Crato.

No Repertório, peças de Bach, Mozart, Chopin, Beethoven, Pixinguinha, Zequinha de Abreu, além de Composições e Arranjos do próprio artista sobre temas populares, consagrados pelo público.

Local do Concerto: Teatro Rachel de Queiroz - Crato - CE
Data: 22 de Julho, Quinta-Feira, 20 horas
Entrada Franca

DIA DO AMIGO E DA AMIGA: CARIRICATURAS EM PROSA E VERSO


Hoje é um dia muito especial: a lembrança dos amigos e amigas que tive (porque jê foram embora desse mundo) e daqueles que tenho guardado de lembrança no coração. E esses últimos agradeço de coração pela amizade, confiança, carinho e atenção ainda manifestada. E os amigos (as) do Cariri um especial abraço por tudo que aconteceu comigo nos bons momentos alegres e felizes pelos quais passamos juntos. E mesmo estando agora no Rio de Janeiro não esqueci de vocês. Senti muita saudade de cada um que se doou para a construção de uma relação amiga e sincera. Muito obrigado a todos vocês amigos e amigas. Quanta vontade tive de ir visitar vocês durante esse ano ausente do Cariri. Como uma boa parte de vocês está sabendo fui obrigado a me ausentar desde abril de 2009 para tratamento de saúde. Felizmente tenho uma boa perspectiva de retorno ao Cariri para final desse ano ou início do ano de 2011. Deus está me dando uma segunda chance de viver e reviver minhas amizades – os últimos exames foram bons para mim deixando o meu médico bastante otimista da minha recuperação. E não vejo a hora de voltar e abraçar vocês por tudo – tudo mesmo! – que fizeram por mim. “Amigo é para se guardar no centro do peito” Milton Nascimento.

Foi nos meus momentos mais difíceis que percebi o valor da amizade. A doença me fez ver cada um de vocês sorrindo e me confortando quando a minha fé caía num buraco vazio do meu peito. Mas, não estava vazio e sim preenchido com a imagem e a força moral que cada um me transmitiu aí no Crato e em outros lugares. Era o momento de Deus me lembrar que a amizade tem também poder de cura. Assim, nos meus vários momentos de sofrimento solitário tive vontade de me transportar para o Cariri e recebê-los para captar a força do Amor contida em cada intenção amorosa e gesto carinhoso de todos vocês. A batalha não terminou ainda, mas sinto que venci uma parte difícil dos obstáculos.

E fico feliz em comemorar o lançamento do livro CARIRICATURAS EM PROSA E VERSO. E como não poderei estar ai nos dois dias (23 e 24 de julho) comemorativos de lançamento, desejo de coração SUCESSSO E MUITA ALEGRIA COM MÚSICA, DISCURSOS BONITOS E CONFRATERNIZAÇÃO!

Gostaria que me enviassem pelo correio um (O RESTANTE da MINHA PARTE RECEBO NO FINAL DO ANO AI NO CARIRI) exemplar do livro. O meu endereço aqui no Rio de Janeiro é esse:
Estrada do Portela 118 casa 4 – Madureira – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 21351-050

Telefone Residencial: (021) 3015-8288

PAZ E SAÚDE COM ALEGRIA SINCERA E AMIGA!

Bernardo Melgaço

Chocolates

Meu coração é uma máquina
de fazer sonhos.

Sou todo feito
de sonhos.

De valsa
e de chuva.

Ao leve tremor dos cílios
o coração dispara
e inunda.

EntrePontos no Cariri

UMA FOTO DE ESTUDIO - Por Telma Saraiva


Willie Nelson - On the Street Where You Live (American Classic Album 2009)






Você lembra de "My Fair Lady"? Aqui está uma das canções, desta vez cantada por Willie Nelson. Confira!

Expocrato? Estou fora! – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Não gosto do Crato no período da exposição. Barulho ensurdecedor até o raiar do dia, ruas estreitas entupidas de automóveis, motoqueiros transitando pelas calçadas, gente em demasia que nos faz sentir-se num outro lugar que não a nossa bucólica e pacata terra. E o que é pior, nos tornamos forasteiros em nossa própria casa. Nas estradas o movimento é intenso. Constantes blitz’s fazem parar nosso carro duas ou três vezes. Nada mal, pois ela surpreende os irresponsáveis motoristas alcoolizados, evitando deste modo que o número de acidentes cresça mais ainda. O pior mesmo são as bandas de forrós que fazem um barulho tão grande que ecoa por toda área urbana do Crato e roubam o sono de muitas pessoas, que não estando de férias, trabalham no dia seguinte.

Soube que a URCA suspende suas aulas no período da Expocrato? Pode um negócio desses? E o Hospital São Francisco que fica tão próximo? Que é feito dos doentes? Onde estão o silêncio e a paz tão necessários para a cura das enfermidades?

Sou favorável que a Exposição volte às suas origens. Imaginem que eu alcancei nos distantes anos de 1954/1955 duas exposições tendo como local a atual Praça Alexandre Arraes, naquela época denominada "Bosque Municipal", depois Parque Municipal, bem defronte da Maternidade e muito próximo do Hospital São Francisco. Ao redor do local já existiam as residências que por lá permanecem até hoje. E não houve incômodo algum para os moradores, a não ser o grande “mosqueiro” que vem após. Afinal, a Expocrato é uma exposição de gado, de produtos agrícolas, agro-industriais, cultura regional e não de swhos musicais com estridentes bandas de forrós e de extremado mau gosto. Para que esse som tão ensurdecedor? Por ventura são surdos? Esquecem também que os animais que ali estão expostos sofrem dez dias de estresse que lhes são prejudiciais à saúde. Então que se volte a fazer a Exposição como ela era até meados de 1960. Sem música estridente, sem bandas de forró. Até então tínhamos festas em todas as noites da exposição que eram realizadas no Crato Tênis Clube. Época em que íamos às festas e além de dançar, podíamos bater um agradável papo. Todos ouviam a música num tom normal, ninguém era surdo. Por que então, em vez de transferir o parque para outro local, não levar esses shows para cima da Serra do Araripe, no antigo Aeroporto, por exemplo? Será que o IBAMA deixaria? Tenho certeza que não, pois seria prejudicial à fauna e também à flora. E nós, o bicho homem, podemos suportar tudo isso?

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

BANCO SOLITÁRIO - Por Edilma Rocha

Guarda uma historia
e a cada reencontro revela uma vida,
um momento...
Solitário em alguma praça,
aqui, ali ou num mundo distante...
Sempre a espera de amigos, familiares e amores,
cedendo lugar a algum coração
como num momento mágico.
Escuta declarações de amores tímidos
ou audaciosos
invisível em sua sublimidade.
Vive o calor do abraço apertado,
o sabor do beijo esperado,
sem o constrangimento das palavras...
Escuta a oração que agradece a Deus
e espera o retorno querido.
Assiste o belíssimo espectáculo do amanhecer do dia
e da chegada da noite
na sua verdadeira essência.
Sofre as verdades ditas sem dó e piedade
e vive momentos de paz na espera
dos amores esperançosos
Pode ser poético, prático, certo ou errado,
calado na compreensão da vivência humana.
Solitário a contemplar cenas
do mundo, da praça...
Um banco solitário,
um lugar de reencontro
que fica na memória para sempre...

Por Vinícius de Moraes

"Soneto do Amigo"
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com os olhos que contem o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual à mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

(Vinícius de Moraes)

Hoje, 20 de Julho ,é o dia do AMIGO !

Poema aos Amigos
(Jorge Luis Borges)


Não posso dar-te soluções
Para todos os problemas da vida,
Nem tenho resposta
Para as tuas dúvidas ou temores,
Mas posso ouvir-te
E compartilhar contigo.

Não posso mudar
O teu passado nem o teu futuro.
Mas quando necessitares de mim
Estarei junto a ti.

Não posso evitar que tropeces,
Somente posso oferecer-te a minha mão
Para que te sustentes e não caias.

As tuas alegrias
Os teus triunfos e os teus êxitos
Não são os meus,
Mas desfruto sinceramente
Quando te vejo feliz.

Não julgo as decisões
Que tomas na vida,
Limito-me a apoiar-te,
A estimular-te
E a ajudar-te sem que me peças.

Não posso traçar-te limites
Dentro dos quais deves atuar,
Mas sim, oferecer-te o espaço
Necessário para cresceres.

Não posso evitar o teu sofrimento
Quando alguma mágoa
Te parte o coração,
Mas posso chorar contigo
E recolher os pedaços
Para armá-los novamente.

Não posso decidir quem foste
Nem quem deverás ser,
Somente posso
Amar-te como és
E ser teu amigo.

Todos os dias, penso
Nos meus amigos e amigas,
Não estás acima,
Nem abaixo nem no meio,
Não encabeças
Nem concluís a lista.
Não és o número um
Nem o número final.

E tão pouco tenho
A pretensão de ser
O primeiro
O segundo
Ou o terceiro
Da tua lista.
Basta que me queiras como amigo

Dormir feliz.
Emanar vibrações de amor.
Saber que estamos aqui de passagem.
Melhorar as relações.
Aproveitar as oportunidades.
Escutar o coração.
Acreditar na vida.

Obrigado por seres meu amigo.