Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Estação -Por Ana Cecília S.Bastos

Transbordo.
Poros abertos ao tanto que posso ver.
Ver através da pele, sem formato ou palavra.
A pura imagem, nela repouso.
Conter-me ali, quando tudo se dissolve e se esvai
a certeza do ser.



Imensidão. Foto de MVìtor.

























Querida Sofia

Hoje o cosmo acima e abaixo da linha do meu horizonte parece que se tornou mais amplo. Tinha muito mais coisas do que imaginava seria tudo o que via. Por exemplo, o que a tarde do último sábado, dia 28 de junho de 2010, teve a mais do que as tardes cariocas. Seja no Maracanã, na praia, no Aterro do Flamengo, na Lagoa, no Norte Shopping em Madureira ou os cinemas de Santa Cruz.

Foi uma tarde muito maior que o espaço em que nos encontramos. As dezenas de barracas com comidinhas de São João, as bandeirolas, as mesas espalhadas naqueles vários ambientes da tua escola. Ali onde permaneces as horas luminosas do sol nos teus dois anos de idade.



Sabe, pequena, aquela multidão - nossos dedos são menos numerosos -, chegava a quase mil num vai e vem que impressionava uma vez que o ir e vir era ali, naquele mesmo lugar. Muitos ainda chegavam, mas o circular era no ambiente.

Não vou te lembrar de toda a variedade de coisas nas barraquinhas, do algodão doce colorido, do salsichão, da tapioca, da canjiquinha, não vou enumerar isso tudo. Os estalinhos, o pula-pula ou o jogo de argolas. Nem vou relembrar as crianças subindo os troncos das árvores de tua escola diante dos olhos apavorados das mães. Tampouco aquela variedade de mulheres e homens, crianças de carrinho aos adolescentes, dos avós cansados dos seus cabelos brancos a suportarem tamanha movimentação.

Pequena o teu avô nunca te viu tão desmesurada, não existiam motivos para a régua dele de medir o mundo desde que nele te encontras. Eras a pequena frente ao incomensurável do mundo sobre humano. Mas, neste sábado, todas as dimensões ultrapassaram os próprios limites, pelo menos aqueles ele que achava que os era.

Naquele sábado de São João se encontravam dezenas de brasis, desde aqueles coloniais, passando pelos imperiais, os regionais e até a rua cheia de automóveis de agora. Abria o sentimento para a música e evoluía a mais remota música folclórica dos povos que ferveram na história do país.

A grande medida, querida criança, do momento quando se juntava a vida rural que dirigira os destinos do teu país aos tempos de hoje quando é somente apêndice da urbanidade de tua geração. E por assim a escola fazer este São João, quando tu compreendes um pouco, tenhas por certo que no futuro tal estará em tua alma que será, por isso mesmo, muito maior no tempo e no espaço em que te desenvolverás.

Uma alma pode ser muito pequena, do mesmo modo que poderá ser grande. E estas dimensões não são dadas fora dos nossos horizontes. É neles e deles que um dia poderá ser tão grande como sábado, contigo vestida como uma caipira, formando uma roda ao som da música ancestral que é particularmente forte, pois nasceu bem no coração do antes que viera muito antes daquelas horas nossas por ali.

No rastro da lua -Por Socorro Moreira





Meu corpo resolveu madrugar

Revolver lembranças e lençóis

Preciso verbalizar o quê , se apenas sinto ?

O entendimento pleno de si ,e do outro

é  instântaneo !

Tudo passa , mas deixa um rastro

A gente pode retroceder como João e Maria ...

Sem bagagem , com fome de aventura ,

e a leveza dos meninos .

É possível amar sozinha ...

Sob todos os sentidos !


Personagem da minha infância ( tio Valdir) - por Socorro Moreira

Tio Valdir do Pai Mané , filho adotivo de Alfredo e Donana (meus avós paternos ).

Ele tinha uma doçura sem par.Ensinou-me Augusto do Anjos: :"Eu e outras poesias ". Assustou-me com a frase de Augusto,no leito de morte : "Ó Deus , se é que existes , tirai a minha alma , se é que a tenho ".
" A mão que afaga é a mesma que apedreja".Confie, desconfiando, fuja de quem trapaceia , mas não escarre , na boca que te beija. Assim falava meu tio ...A troca é pura delicadeza , e gera sinergia !
Tivaldir ganhava tão pouco, mas assegurava-me uma mesada semanal. Com aquele rico dinheirinho , tinha ingressos no Carrocel , pipocas no cinema , guloseimas , nas bancas de bombons. Tenho uma pena danada , hoje , daque bolso rasgado , generoso .
Ele tinha respostas, na ponta da lígua , para todas as minhas curiosidades ... Pingava sabedoria , na minha cabeça chata !
Em 1981 , conheci Sampa por três dias .Com endereço na mão , e dinheiro contado, peguei um taxi até o ABC paulista. Cheguei naquela casa de operário com o coração aos saltos . Seus olhos azuis platinaram ... choramos, e nos abraçamos , emocionados ! Foi o reencontro da despedida .Morremos de alegria !
Ainda é vivo o mago da minha infância ?
Filmes antigos , vida mambembe , palhaços ( os tristes , que detonam alegria ), me fazem lembrar  a mítica figura do Tio.
Fazer como Madre Tereza:
"não permitir que alguem saia da
nossa presença sem se sentir melhor
ou mais feliz".

FILHOS POR JOÃO MARNI


Filhos são tudo para nós. Quando pequenos, não dormem sem um balanço ou sem uma história. Pela manhã, ao acordarem, abraçam-nos com aquele cheirinho maravilhoso, típico deles, e já nos pedem algo. Adiante, crescidos, não dormimos nós enquanto não chegam! Preocupam-nos se não comem, se não estudam, com quem andam, o que fazem; interferimos como se vestem, reclamamos quando falam alto, se não escovam os dentes, se borram as roupas de baixo- as quais lavamos-, se escutam as músicas deles, se falam entre o grave e o agudo... Quando namoram, queremos saber de seus pares, para dar-lhes notas. Não damos chance nem que aprendam e protestamos sobre seus odores, sem valorizarmos suas dores. O fato é que, a partir deles, quase perdemos nossa identidade, não sabendo mais quem verdadeiramente somos, sem tempo para introspecção. Dói em nossas consciências se compramos um par de meias que seja sem que pensemos neles. Melhor usássemos só alpargatas...
Chutaríamos nossos filhos crescidos dos ninhos se plumas ou penas tivéssemos. Mas não as temos. Tirou-nos Deus as penas, pondo-as em nossos corações, recanto dos nossos ais. Talvez isso explique porque choramos quando vão e nos alegramos quando chegam. A casa de sempre são nossos corações. Se adoecem, adoecemos mais ainda. Ao recuperarem-se, ficamos em oceanos de paz. Mas se um dia a vida nos reservá-los mortos, invocaremos ao Misericordioso que os acompanhemos também.
A vida é um legado tão extraordinário que somos impelidos a homenagear e agradecer àqueles que nos antecedem e a proteger a estes que nos sucedem, a todo o custo. Pelos filhos, o discípulo Pedro não teria ouvido o canto do galo. Dirá três vezes!
A grande indagação é sobre a melhor maneira de educá-los, discipliná-los. Não há uma fórmula única, mas o diálogo e a paciência predominam em todas as culturas. Seria como a teia da aranha na tensão certa: nem demasiadamente frouxa, nem tão esticada. Por “reconhecimento”, de presente, dão-nos netos. Não é um grande momento?
Cuida, senhor,
... para que tenhamos filhos e que os beijemos até quase desbotá-los;
...para que nossas mãos os soltem somente quando puderem andar por si próprios;
...que não percebam nossas dores e nossas lágrimas, garantindo-lhes o sorriso;
..que se preciso for, enganemos a nossa fome, para que lhes sobre o alimento.

Proteja, senhor, a nossa família num grande abraço. Todavia, seríamos indignos de tamanha bênção, se pedíssemos apenas pela nossa. Então que abrace a todas.

O Casamento- por Luiz Fernando Veríssimo



Minha esposa e eu temos o segredo pra fazer um casamento durar: duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida, e um bom companheirismo.
Ela vai às terças-feiras, e eu às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Fortaleza e a minha em São Paulo.

Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento. “Em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!” ela disse.

Então eu sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras.

Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica. Então ela disse: “Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar”. Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.”

Lembrem-se, o casamento é a causa número um para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a “Sra. Certa”. Só não sabia que o primeiro nome dela era “Sempre”.

Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: “O que tem na TV?” E eu disse “Poeira”.
No começo Deus criou o mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e descansou.

Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o mundo tiveram mais descanso.

Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes: o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer. Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei.
“- Quando você terminar de cortar a grama,” eu disse, “você pode também varrer a calçada.”
Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida”.

O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido…

O Livro do Cariricaturas

Dos nossos 64 colaboradores , 33  farão parte da coletânea :"Cariricaturas em prosa e verso".
Por motivos diversos, nunca falta de competência, os demais serão contemplados , na próxima edição, se assim desejarem.
Sentimos , notadamente, a ausência das  participações de :

Maria Amélia Castro
Rosa Guerrera
Dihelson Mendonça
Lupeu Lacerda
Marcos Leonel
Jorge de Carvalho
Elmano Rodrigues
Rogério Silva
Ceci
Pedro Esmeraldo, etc.

Tínhamos prazo para  adesões,  recebimento de textos e release,  pagamento de quotas , etc.

Pedimos desculpas por nossas falhas, e esperamos poder contar com todos os calaboradores, na edição do nosso ppróximo  trabalho: Julho/2011.

Claude, Emerson e Socorro Moreira

Receita de pamonha de milho verde

Ingredientes:

• 12 espigas médias de milho verde bem novo
• 4 colheres (sopa) de açúcar
• ½ lata de leite
• 1 lata de leite condensado
. 1 pires de queijo ralado
. 1 colher de manteiga
. 1 pitada de sal

Preparo da Receita

Corte a base das espigas e descasque o milho. Limpe e lave as espigas e as folhas. Rale as espigas bem rente aos sabugos. Bata o milho ralado no liqüidificador com o Leite Moça, o açúcar e o leite, a manteiga, o queijo e o sal.. Reserve. Afervente rapidamente as folhas do milho em uma panela funda para amolecerem. Separe as menores e desfie formando tiras estreitas. Segure a folha no sentido do comprimento e faça duas dobras sobrepostas. Dobre ao meio, unindo as extremidades abertas. Segure o pacote pela extremidade e encha-o com o creme de milho, deixando bastante espaço vazio na borda. Feche o pacote, amarrando com a tira reservada. Cozinhe em água fervente, até que a palha amarele e as pamonhas fiquem firmes. Retire da água e escorra. Sirva quente ou fria.
Dica para esta receita- Para fazer os pacotes é importante que as espigas estejam intactas, totalmente revestidas pela palha.
- Se preferir, ao invés de ralar as espigas, corte o milho rente ao sabugo e prossiga com a receita.
- Para um preparo mais simples, despeje a pamonha em um recipiente refratário médio e asse em banho-maria em forno médio (180ºC), preaquecido, por cerca de 1 hora ou até dourar.
- Os ingredientes da pamonha variam conforme a região do país. Pode-se, por exemplo, acrescentar 1 colher (chá) de canela em pó ao creme da pamonha; ou substituir o leite por leite de coco; ou, ainda, acrescentar coco fresco ralado.

APLAUSOS por Rosa Guerrera


Aplaudo o CARIRICATURAS pelo breve lançamento de uma coletânea de artigos escritos pelos participantes desse maravilhoso blog - livro que será lançado ao público , em grande estilo, com noite festiva de autografos a acontecer no proximo dia 23 de julho, e que possui o sugestivo título : CARIRICATURAS EM PROSA E VERSO.
A todos os meus votos de grande sucesso .

Antes do jogo - por Socorro Moreira

O Crato acordou molhado e de céu limpo.Choveu a noite toda , e o friozinho inaugurou as noites amenas , como nos velhos tempos, juninas e julinas. Penso no jogo  do Brasil daqui a pouco... Penso na noite de São Pedro que é hoje.Não posso comemorar com álcool, nem com a glicose do milho e da batata.
Tenho só que buscar no imaginário, a  lombra  etílica ,  ou senão, o gostinho da pipoca com açúcar , que a minha infância gostou. 
Na rua do comércio , Dr. João Pessoa, terá uma banca pra vender  fogos ? Fabiana de Zé Flávio  sabe onde comprá-los. Compra prodigamente, e ainda distribui com os amigos,  chuvinhas e cebolinhas. Brincadeira inofensiva, que foi perdendo a contumácia, mas ainda faz estrelas , e provoca risos de alegria.
Hoje encontrei na caixa de e-mail um texto de Babo,  um bom amigo.Lembrei-me  que ele gosta de escrever contestando e versando... Convidei-o pra ser colaborador. Espero que aceite !
No mais, a vida corre em paz. Estamos atentos aos preparativos da festa do Cariricaturas. Se depender de reservas de mesas, já estamos garantidos !
Mas, a festa é o livro , e a presença dos autores, colaboradores, leitores e amigos !
Tenham sorte, na torcida de hoje. O Brasil precisa de rezas fortes !


Pense na Felicidade- por Francisco Babo Jr.


A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... Não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos amor, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanto cinema.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E, se a gente tem pouco, é com este pouco que vamos tentar segurar a onda, com humor, fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista, é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. se a meta está alta demais, reduza-a.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.

do Babo Jr.

IDÉIAS CABEÇUDAS

Pedro Esmeraldo
Ainda continuamos na luta e com certeza não vamos esmorecer, pois temos como objetividade defender os direitos do cidadão que preza pelo bom patrimônio do serviço público. Não somos hostis e nem incompreensíveis, só queremos permanecer em um estado de direito correto e agradável a todos. Por isso, estamos aqui na luta contra a emancipação de distrito inadequado e com pensamento obscuro a querer elevar-se a um grau de superioridade. Nesse caso está incluído o distrito de Ponta da Serra.

Prezado amigo historiador Antônio Correia, homem simples, possuidor de educação finíssima, de estilo puro, não desrespeitador de idéias alheias, queremos combater o seu pensamento dúbio de querer elevar à categoria de cidade o distrito inconseqüente que até agora não atingiu ao ápice de padrão superior.

Deixem de lado esse pensamento de fanfarrice (“ação dita ou maneira de fanfarrão”) de querer, juntamente com o religioso, separar esse distrito da cidade do Crato. Afastem de si essas idéias caturras que só nos causam nojo.

Lembramo-nos que uns distritos de Fortaleza, que são realmente equilibrados financeiramente e socialmente não pensam em se desmembrar da capital. Permanecem juntos, gozando de todos os direitos de que gozam todos os bairros da cidade e não pensam em separar-se da cidade.

Dizem que, quem quer ser grande, que nasça viçoso; por quanto permanecemos com o nosso dever de continuar unidos, lutando com o crescimento demográfico em equilíbrio de moralidade constante a fim de atrair forças que poderiam dar um poder magnífico de coesão que satisfaça ao bom desempenho na construção das máquinas administrativas.

É claro que todos almejam subir, mas convém dizer que devemos permanecer cautelosos, pois caso contrário, poderemos cair num fosso abismal, onde permaneceremos em caminho do desengano, do desrespeito com pernas quebradas, caindo no desengano de causas onde permanecerão de pires na mão, solicitando ajuda ao Estado.

Não podemos auferir lutas compensatórias por que não temos uma mente arejada para criarmos idéias sadias e que poderão elevar ao homem o pensamento positivo. Viverão chorando, choro minguado eternamente como a cantiga da perua, pior a pior e serão humilhados junto aos políticos quando estiverem nas ocasiões amargas.

Escutem-nos senhores, olhem para o futuro, pensem no dia de amanhã, pois ninguém saberá o que vai acontecer, mostrem que são dinâmicos, capacitados, batendo com a mão no peito dizendo: somos os maiores defensores a um bairro da cidade do Crato.

Crato, 24/06/2010

28 de Junho, comemora-se ! - por Ernesto


28 de junho de 1919

Com o término da Primeira Guerra Mundial, era assinado o famoso “Tratado de Versalhes”. Todos os nossos livros dizem que o famoso “tratado” selava a paz com os alemães. Alguns autores, muito corretamente, assinalam as terríveis condições impostas pelos aliados à Alemanha que, além de perder as suas colônias (divididas entre os vencedores Aliados), é dividida em duas partes. O país é obrigado a pagar indenizações pelos danos causados pela guerra e fica proibido de formar exército.

Até aí, tudo bem... É o que os nossos livros contam e é verdade. Mas há uma parte do Tratado de Versalhes que poucos conhecem.

Acontece que, além do fim da guerra, a Europa vivia uma situação muito difícil, com o movimento operário crescendo, os sindicatos ganhando muita força e uma novidade no mundo conhecido da época: o surgimento da primeira revolução socialista da história, na Rússia (1917). Isto, é claro, assustou terrivelmente os capitalistas da época que trataram de se defender.

Vale ainda destacar que, um ano antes do tal Tratado (exatamente no dia 28 de junho de 1918), o governo da então União Soviética havia nacionalizado toda a indústria! 06:03 (2 horas atrás) Ernesto
Temendo que o exemplo se espalhasse pela Europa, os governos “aliados” resolveram incluir no Tratado alguns itens “sociais”. Isto mesmo, os países que assinaram o tal Tratado (inclusive o Brasil) comprometiam-se a criar legislações de proteção social e direitos para os trabalhadores. A velha tática de “entregar os anéis para não perder os dedos”.

A necessidade de proteção ao trabalhador com vistas a se alcançar o que chamam de “justiça social” já vinha sendo defendida ao longo da história: desde Robert Owen (na Inglaterra), autor de "New View of Society"(1812); passando pela Primeira Internacional Socialista (1864) em que atuaram Marx e Engels; pela Encíclica Rerum Novarum (1891) do Papa Leão XIII.

Em 1919, com o Tratado de Versalhes, surgia também a Organização Internacional do Trabalho (OIT), hoje um departamento da ONU.

Uma curiosidade: o neoliberalismo faz exatamente o caminho inverso. Prega a retirada dos direitos sociais e o enfraquecimento dos movimentos dos trabalhadores. Basta ver o que está acontecendo na Europa, hoje, quando os governos alegam dificuldades com a tal “crise” e reformulam suas Constituições, reduzindo os direitos históricos dos trabalhadores e dos aposentados.

Ernesto

Festa do Cariricaturas - Faltam 25 dias !

DIA 23.07 , NO CRATO TÊNIS CLUBE a partir das 20:00 h

MESAS Á VENDA
PREÇO 40,00 ( COM DIREITO A 4 INGRESSOS, E UM LIVRO "CARIRICATURAS EM PROSA E VERSO"

Programação:
Lançamento do nosso livro;
performances poéticas;
coquetel;
4 horas de baile, ao som da banda de Hugo Linard.



FAÇAM AS SUAS RESERVAS !
E-MAIL : sauska_8@hotmail.com
Telefones : 35232867/88089685/ ( Socorro Moreira)

Claude, Emerson, Edilma e Socorro , CONVIDAM !