Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 25 de março de 2010

Saudade Imprudente - Por Zé Marcolino


Oh que saudade imprudente
No meu peito martelando
Quando estou só me lembrando
Da minha vida na roça

Quando alegre um rouxinol
Cantava pelo arrebol
Quando centelhas de sol
Penetravam na palhoça

Minha casa era de arrasto
Frente virada pro norte
Pra ser feliz, pra dar sorte
Pra não se dá coisa ruim

Parece aquilo eu tá vendo
Pela lembrança, doendo
E a saudade trazendo
Tudo pra perto de mim

Conversa sem protocolo
De fácil vocabulário
Sem precisar calendário
Eu fazia anotação

Na minha imaginação
Eu achava tão comum
Contar mês de trinta e um
Na palma da minha mão


OBS: Esta música é do poeta Paraibano Zé Marcolino e foi gravada por Dominguinhos em 1982, no seu LP SIMPLICIDADE.

Pensamento para o Dia 25/03/2010



“A riqueza adquirida pela graça da Mãe Veda é, por si própria, a sabedoria mais potente. Por essa razão, os antigos videntes oravam a Deus da seguinte forma: “Querido Deus, Tu és a própria personificação de Veda. Preenche-me não com riquezas materiais, mas concede-me a sabedoria que é a fonte do tesouro mais elevado (Paramaishwarya). Que eu me torne plenamente satisfeito com tal riqueza e, uma vez que ela pode ser usada para o Teu serviço, Tu também estarás feliz quando eu a tiver!””
Sathya Sai Baba

Miguel Gustavo por Norma Hauer

ELE COMPÔS JINGLES


Foi no dia 24 de março de 1922 que ele nasceu aqui no Rio de Janeiro, recebendo o nome de Miguel Gustavo Werneck de Souza Martins, mas ficou conhecido com o nome abreviado de MIGUEL GUSTAVO.
Foi jornalista, radialista, compositor,autor de jingles e poeta.
Começou como discotecário da Rádio Vera Cruz em 1941, após largar os estudos aos 19 anos . Mais tarde passou a escrever programas de rádio.
Destacou-se como compositor de jingles, além de ter também feito sucesso como compositor de sambas e marchas.
Quando o cantor Moreira da Silva estava afastado, Miguel Gustavo compôs uma série de sambas de breque que marcaram a volta triunfante do cantor. Todos foram sucessos. São eles: “O conto do Pintor”; “O rei do gatilho”;” O último dos Moicanos”:” O sequestro de Ringo”; “O Rei do Cangaço” e “Morengueira contra 007”.
Foi em 1950 que começou a compor “jingles”, dentre os quais o das Casas da Banha, que criou fama e causou polêmica por utilizar um trecho da melodia "Jesus alegria dos homens" de J. S. Bach. Em 1963 foi a vez do Leite Glória.

A música “A dança da Boneca”, gravada por Chacrinha para o carnaval de 1967 foi depois transformada no prefixo do Programa do Chacrinha, com ligeiras modificações na letra e se popularizou pelo Brasil inteiro.

Quando o Brasil saiu vitorioso da Copa do Mundo de 1970, realizada no México, conseguindo seu tri-campeonato, Miguel Gustavo compôs o hino Pra Frente Brasil ao participar de um concurso organizado pelos patrocinadores das transmissões dos jogos.
Os versos "Noventa milhões em ação, pra frente Brasil, do meu coração…" e a melodia tornaram-se símbolo da seleção canarinho, sendo hoje ainda entoado, quando os 90 milhões são o dobro.

E o Carequinha? Quem não se lembra de

“Ela é fã da Emilinha,
Não sai do César de Alencar,
Grita o nome do Cauby (Cauby)...
E depois de desmaiar
Pega a Revita do Rádio
E começa a se abanar"

Miguel Gustavo foi casado com a também radialista Sagramour de Scuvero (uma das primeiras mulheres a ter um programa radiofônico.
Além desse pioneirismo, ela e Lygia Maria Lessa Bastos, foram as primeiras vereadoras eleitas no Rio de Janeiro.

Miguel Gustavo faleceu em 22 de janeiro de 1972, sem completar 50 anos.

Norma Hauer

Por Lupeu lacerda



na faixa de gaza o borba gato é um delírio de um só. um poeta encalacrado em suas veias envelhecidas pela nicotina bela e maldita. vontade de beber vinho. vontade de ser baudelaire e chamar por satanás. vontade de ser ginsberg e vomitar ácido nas paredes da américa. vontade de ser lupeu e ter um microfone psicografando morrison. vontade de explodir o borba gato. e construí-lo em um desenho menos es-tru-tu-ra-do. vontade: essa coisa que é ao mesmo tempo o umbigo, e o fio do impossível. entre o nada e a coisa nenhuma... preccisaria beber uma ayhuasca, ou fumar um do bom pra entender um cara desses. lobo bom em ser mau, come chapeuzinho, nega o filho, exige dna.


um dia a tristeza chegou com suas malas e sua cara triste nas portas do borba gato. ninguém falou com ela. ela tampouco falou com ninguém. em seu ombro direito um urubu metafísico, no esquerdo, uma borboleta de chumbo. abriu uma pequena tenda do lado do jardim. o jardim secou imediatamente. olhou em direção ao vendedor de abanos. e ele começou a cantar uma ópera deprimente e sem fim. todos querem que ela vá embora. ela diz que não tem nada a dizer.


por lupeu lacerda

Móbile- por Ana Cecília S.Bastos






Novos espaços,
e os mesmos labirintos de ocultamento e disfarce.
Perturbação e enleio, desconforto no próprio eu.

O eu está desconfortável.
Como o equilibrista do Cirque du Soleil, confia naquele que segura os fios.
Seu movimento é ilusão, só existe nas mãos daquele.

O equilibrista está desconfortável.
Inventa nós e tranças.
Abismos e angústias nada mais são que disfarces.

O salto no infinito.


[Publicado em A Impossível Transcrição.] O trabalho de Igor Souza, Sem título, está disponível em http://www.fotolog.com.br/igorsouza/


Assim Falou Zaratustra (em alemão Also sprach Zarathustra) é um livro escrito entre 1883 e 1885 pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que influenciou significativamente o mundo moderno. O livro foi escrito originalmente como três volumes separados em um período de vários anos. Depois, Nietzsche decidiu escrever outros três volumes mas apenas conseguiu terminar um, elevando o número total de volumes para quatro. Após a morte de Nietzsche, ele foi impresso em um único volume.

O livro narra as andanças e ensinamentos de um filósofo, que se auto-nomeou Zaratustra após a fundação do Zoroastrismo na antiga Pérsia. Para explorar muitas das idéias de Nietzsche, o livro usa uma forma poética e fictícia, freqüentemente satirizando o Novo testamento.

O centro de Zaratustra é a noção de que os seres humanos são uma forma transicional entre macacos e o que Nietzsche chamou de Übermensch, literalmente "além-do-homem", normalmente traduzido como "super-homem". O nome é um dos muitos trocadilhos no livro e se refere mais claramente à imagem do Sol vindo além do horizonte ao amanhecer como a simples noção de vitória.

Amplamente baseado em episódios, as histórias em Zaratustra podem ser lidas em qualquer ordem. Mas aconselha-se que se leia em ordem, para melhor entendimento.

A razão pela qual o livro possui uma linguagem, por muitos interpretada como difícil, é que o conhecimento é algo que só pode vir de dentro - Por exemplo, no lugar de Zaratustra falar "O homem deve ser superado!", Nietzsche faz com que o leitor em si chege a essa conclusão; Como resultado, é uma forma de escrita, de comunicação mais eficaz do que a tradicional linguagem clara e de facílimo entendimento.

Zaratustra contém a famosa frase "Deus está morto", embora esta também tenha aparecido anteriormente no livro Die fröhliche Wissenschaft (A Gaia Ciência) de Nietszche.

Os dois volumes finais não terminados do livro foram planejados para retratar o trabalho missionário de Zaratustra e sua eventual morte.
Wikimedia

Por Murilo Hildebrand de Abreu

(amar é despertar um sonho, despertar-se sonho, ave só asas, ninho feito de céu

(é preciso não temer o fogo pois a alma é um incêndio

(a manhã nasce como uma pintura (e a cada momento, a cada piscar de olhos, renasce-se como uma nova pintura (e eu continuo sendo, eu com ela renascendo


(e tanto faz se caímos, tropeçamos ou tomamos pontapés: o importante é não esquecer que é por isso que ainda somos os melhores palhaços deste grande circo

(a alma é um silêncio dançarino

(com as cores aprendi a dançar

(embriagar-se de caminhos


Autor: Murilo Hildebrand de Abreu

Simone Signoret




Simone Signoret, pseudônimo de Simone-Henriette-Charlotte Kaminker (Wiesbaden, 25 de Março de 1921 — Paris, 30 de Setembro de 1985) foi uma famosa atriz francesa nascida na Alemanha.

Considerada uma das atrizes mais convincentes do cinema francês, ela começou em 1942 com o filme Bolero, durante a ocupação nazista. Em 40 anos de carreira interpretou uma grande diversidade de personagens.

Em 1944 se casou com o diretor Yves Allegret com quem teve a filha Catherine e de quem se divorciou em 1949. Em 1951 se casou com o cantor e ator Yves Montand. Juntamente com ele militou até o início dos anos 80 no Partido Comunista Francês.

Seu primeiro papel de protagonista foi em Démons de l'aube, em 1946, e pouco depois impôs sua beleza em La ronde de 1950, uma comédia provocadora baseada na obra de Arthur Schnitzler. Atuou sob a direção de Luís Buñuel em La mort en ce jardin, de 1956, e obteve o primeiro Oscar outorgado a uma atriz não-estadunidense por seu papel em Room at the Top, que no Brasil teve o título de Almas em leilão, em 1959.

Simone Signoret formava com Yves Montand um lendário casal. Estavam unidos por uma profunda ternura e por muitas causas e lutas políticas vividas juntos e o longo de um casamento de 35 anos. Eles trabalharam juntos pela primeira vez, já casados, na peça de Arthur Miller, As feiticeiras de Salém, uma alegoria do macartismo. Depois eles fariam juntos cinco filmes, entre eles Paris está em chamas (1966), de René Clement e A confissão (1970) de Costa-Gavras.

Outros desempenhos brilhantes desta atriz foram em O gato, de 1970, em um duelo interpretativo com o grande ator francês Jean Gabin; em A viúva, de 1971, ao lado de Alain Delon; e em Madame Rosa, de 1977.

Sua autobiografia, A nostalgia já não é o que costumava ser, foi publicada em 1977. Ela morreu de câncer em sua residência na localidade de Eure, na zona oeste de Paris.

Wikiquote
"Tudo que uma pessoa pode imaginar, outras podem tornar real."

Volta ao mundo em 80 dias (1872)

Neste obra o personagem principal, Phileas Fogg, faz uma aposta com um grupo de cavalheiros, garantindo que conseguiria dar a volta em todo o mundo em 80 dias. Esta tarefa atualmente é bem mais simples. Com a internet podemos dar a volta ao mundo em alguns cliques. Contudo, no final do século XIX era um grande desafio. O balão que você vê na abertura do site foi utilizado por Fogg em uma das etapas de sua viagem.
20 mil léguas submarinas (1870)

Aqui Verne descreve as aventuras de um moderno submarino movido a eletricidade, o Náutilus. Embora esta tecnologia não existísse na época, muitos pesquisadores apontam que o escritor se baseou em conhecimentos concretos sobre física e mecânica para criar este enredo.
Viagem ao centro da Terra (1864)

Uma história cheia de mistérios, em que o personagem principal, Dr. Lidenbrock encontra um manuscrito, escrito em código. Ao decifrá-lo Dr. Lidenbrock percebe que encontrou relatos e instruções sobre uma visita ao centro do planeta Terra.

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Júlio Verne




Júlio Verne, em francês Jules Verne, Nantes, 8 de fevereiro de 1828 — Amiens, 24 de março de 1905) foi um escritor francês.

Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado (avoué), e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de um família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o precursor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.
Júlio Verne passou a infância com os pais e irmãos, na cidade francesa de Nantes e na casa de verão da família. A proximidade do porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Com nove anos foi mandado para o colégio com seu irmão Paul. Mais tarde, seu pai, com a esperança de que o filho seguisse sua carreira de advogado, enviou o jovem Júlio para Paris, a fim de estudar Direito. Ali começou a se interessar mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns livretos de operetas e pequenas histórias de viagens. Seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro, o que o levou a trabalhar como corretor de ações, o que teve como propósito lhe garantir alguma estabilidade financeira. Foi quando conheceu uma viúva com duas filhas chamada Honorine de Viane Morel, com quem se casou em 1857 e teve em 1861 um filho chamado Michel Jean Pierre Verne. Durante esse período conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo.

A carreira literária de Júlio Verne começou a se destacar quando se associou a Pierre-Jules Hetzel, editor experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand e Erckmann-Chatrian.

Hetzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas em um balão. Essa história continha detalhes tão minuciosos de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa.

Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado em navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne ao seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas ideias.

O sucesso de Cinco semanas em um balão lhe rendeu fama e dinheiro. Sua produção literária seguia em ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novo livro de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: Vinte Mil Léguas Submarinas, Viagem ao centro da terra, A volta ao mundo em oitenta dias, Da terra à lua, Robur - o conquistador.

Seu último livro publicado foi Paris no século XX. Escrito em 1863, somente publicado em 1989, quando o manuscrito foi encontrado por bisneto de Verne. Livro de conteúdo depressivo, foi rejeitado por Hetzel, que recomendou Verne a não publicá-lo na época, por fugir à fórmula de sucesso dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias. Verne seguiu seu conselho e guardou o manuscrito em um cofre, só sendo encontrado mais de um século depois.

Até hoje Júlio Verne é o escritor cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.

Nos últimos anos, Verne escreveu muitos livros sobre o uso erróneo da tecnologia e os seus impactos ambientais, sua principal preocupação naquela época. Continuou sua obra até a sua morte em 24 de Março de 1905. O seu filho Michel editou seus trabalhos incompletos e escreveu ele mesmo alguns capítulos que estavam faltando, quando da morte do pai.

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Diana Krall - Este teu olhar