Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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sábado, 20 de março de 2010

"Ninguém me ama" - por Norma Hauer

NINGUÉM ME AMA

Foi com o nome de Iracema de Souza Ferreira que ela nasceu no dia 20 de março de 1922 aqui no Rio de Janeiro.
Mas quem era ela?
Era uma cantora que marcou muito a história da música popular brasileira, com o nome de NORA NEY.
Ainda adolescente, ouvindo suas irmãs estudarem violão, aprendeu o instrumento sozinha, a ponto de seu pai presentear-lhe com um.
Mesmo assim, custou a se interessar pela carreira de cantora, depois de estudar solfejo e música, havendo primeiro estudado contabilidade no Instituto Rui Barbosa.
Freqüentando auditórios de rádio, sempre que tinha oportunidade de subir ao palco, ela cantava sucessos internacionais. Nessa mesma época, casou-se, teve dois filhos, mas não se deu bem no casamento, separando-se e depois se desquitando.
Certa vez, apresentando-se no Copacabana Pálace, ali conheceu o cantor Jorge Goulart.
Nesse época, ambos eram exclusivos da Rádio Nacional. Após seu desquite, os dois se uniram mantendo uma vida em comum durante 39 anos.

Seu primeiro grande sucesso foi um samba de Antônio Maria, de nome “Ninguém me Ama”. Depois vieram “Menino Grande”; “Bar da Noite”,(de Bidu Reis); “É Tão Gostoso, Seu Moço”;”Solidão”; “Chove lá Fora”;”Vai, mas Vai Mesmo”e centenas de outros, incluindo aí “De Cigarro em Cigarro”, o que acabou com ela e com a voz maravilhosa de Jorge Goulart.

Em 1964 ambos foram despedidos da Rádio Nacional, afastados pelo Ato Institucional n°1 apontados como pertencentes ao Partido Comunista.
Viajaram para a Europa e Ásia, tendo realizado um show na Praça Vermelha, de Moscou, sendo ovacionados, como poucos cantores internacionais na Rússia.
Regressando ao Brasil, ela passou a fazer parte de um grupo que se apresentava como as “Cantoras do Rádio”, onde atuavam Ademilde Fonseca, Zezé Gonzaga, Rosita Gonzales e Carmélia Alves. Mais tarde, Ellen de Lima uniu-se ao grupo.
20:04 (17 minutos atrás)
Norma
NINGUÉM ME AMA -2-
Ao mesmo tempo, fazia shows ao lado de Jorge Goulart.
Foi em um desses shows, no salão do Fluminense Futebol Clube, que ela teve um AVC e nunca mais se recuperou.
Um efizema pulmonar, provocado pelo maldito vício de fumar, agravou seu estado e ela veio a falecer, vítima de falência múltipla dos órgãos em 28 de outubro de 2003, aos 81 anos.

Zilda Gonçalves - por Norma Hauer


Quem será Zilda Gonçalves?
Ela era, nada mais, nada menos, que a ZILDA DO ZÉ, nascida em 18 de março de 1919, aqui no Rio de Janeiro.
Casada com José Gonçalves, desde 1938, formou com ele uma dupla que começou a atuar na Rádio Transmissora, exatamente onde se conheceram e atuavam com o nome de “Dupla da Harmonia”.
Passando, nesse mesmo ano para a Rádio Cruzeiro do Sul, a dupla foi ali “batizada” por Paulo Roberto de ZÉ E ZILDA. Assim, mantiveram-se juntos até que Zé faleceu prematuramente

Em 1946, Jorge Veiga gravou, da autoria de ambos, “Caboclo Africano “; Emilinha Borba “Nosso Amor” e Marlene , da co-autoria de Adelino Moreira e Zé, o samba “Quebra-Mar”.
O primeiro sucesso da dupla, como cantores, foi em 1954, no carnaval, com o samba “Ressaca”
“Tá todo mundo de ressaca,
Ressaca, ressaca, ressaca”...
Nesse mesmo ano, com o coro artístico da Odeon, fizeram outro sucesso:”Império do Samba”.
No ano seguinte, gravaram “As Águas Continuam”.
Com o falecimento de Zé, nesse mesmo ano, Zilda compôs em sua homenagem, o samba :”Vai, Que Depois Eu Vou” e “Meu Zé” .
Em 1958. outro samba:”Amor, Vem me Buscar”, dela com Ricardo Galeno.
Em 1961 gravou, de Paquito e Romeu Gentil, ainda em homenagem ao Zé, o samba “Vem Amor”.
Ela não se conformou com a morte de Zé mostrando o grande amor que os uniram.
Isso é muito bonito, principalmente tratando-se de dois artistas unidos na vida e hoje na morte.
Assim, ambos merecem nossa Saudade.

Colaboração de Edmar Cordeiro

NÃO DESISTIR JAMAIS!

Você já pensou em abandonar algum compromisso, alguma atividade antes de acabá-la, só porque estava difícil demais?

Já se viu desistindo de resolver um grande problema, porque ele se mostrou maior do que você estava disposto a solucionar?

Talvez muitos de nós já tenhamos passado por alguma dessas situações. O de desistir de algo, de algum intento, de algo previamente planejado.

Algumas vezes o motivo é o cansaço, outros o desestímulo, ainda pode ser a falta de perspectiva... Seja qual for a causa, o resultado é sempre o mesmo: tarefa inacabada, tarefa adiada.

Nosso livre-arbítrio nos permite tal ação, mas a resposta da vida será sempre a mesma: em algum momento, nos encontraremos novamente com o compromisso, a fim de concluí-lo.

Quanto mais importante for o compromisso adiado, mais tormentos e dificuldades, e mais energia vai-nos exigir para a sua continuidade.

Será sempre mais trabalhoso retomar o compromisso mais tarde pois, ao abandoná-lo, ele não se extingue, apenas continua lá, do mesmo tamanho e tão desafiador como sempre.

Desses compromissos que, algumas vezes pensamos em adiar, abandonar, fugir, sem dúvida, o maior deles é a própria vida.

Você já se deu conta de que viver é um grande compromisso de nós para conosco mesmo e para com Deus?

Ninguém vive por acaso, por obra do acaso e de maneira aleatória.

A vida de cada um de nós é experiência de extrema importância em nossa história de Espíritos imortais.

A cada vida, um planejamento, uma programação, sob a tutela e os cuidados da Providência Divina, para que tudo ocorra da melhor maneira possível.

Dessa forma, é natural que, para nossa vida, também estejam programados embates, desafios, alguns dissabores... São os resultados do ontem refletindo no hoje.

Mas todas as experiências que a vida nos oportuniza são para aprendizado, nada ao acaso, nada tempo perdido.

Por isso, evadir-se da vida pelo caminho infeliz do suicídio é opção insensata dos que imaginamos que todos os nossos problemas se solucionarão ao darmos as costas para eles.

Os problemas não só continuarão, como estarão aguardando nossas ações para sua solução, em momento oportuno.

É ilusão imaginar que a morte irá trazer a solução dos problemas. Pelos caminhos tristes do suicídio, ela nos trará apenas a decepção para quem se iludiu, imaginando que a vida acaba com a morte do corpo, esquecendo-se que a alma permanece.

Os nossos problemas são os mais adequados para a nossa estrutura emocional e para nossas capacidades.

Ninguém no mundo está abandonado. Deus, como Pai amantíssimo, cuida de cada um de nós, com um desvelo que poucas vezes nos damos conta.

* * *

Se algum dia tal ideia infeliz lhe passou pela cabeça, liberte-se dessa infame ilusão, pois que, por esses caminhos, a morte nada lhe trará a não ser a certeza de que tudo o que você quer abandonar hoje, terá que ser retomado mais tarde, sob a injunção de maiores dificuldades e dores.

Sem dúvida, o dia de hoje, o momento atual, é o mais adequado, favorável e feliz para a solução dos seus problemas.

Redação do Momento Espírita.
Em 19.03.2010.


Aries - 21 de março a 20 de abril

Simbologia de Aries
1º Signo do Zodíaco - 21 de Março a 20 de Abril

Príncipio: Ativo
Dia: Terça
Elemento: Fogo,Cardeal
Pedra: Rubi
Parte do corpo: Cabeça
Metal: Ferro
Estação do ano: Outono (Hemisf. Sul)
Cor: Vermelho
Planeta Regente: Marte
Incenso: Lavanda

Áries - O dom da criação
Comportamento Geral

A pessoa nascida com o Sol em Áries gosta de ser a primeira em tudo. Tende a passar do pensamento à ação de forma imediata.

Valente, corajoso, intrépido. Raramente se desencoraja quando se trata de iniciar alguma atividade. De espírito empreendedor, tende a ser autoritário, a assumir "a cabeça das situações".
Sem mesmo se dar conta, o ariano já se faz líder.

Busca sempre progredir, tomar iniciativas. Tem determinação, atividade e ambição. Sabe revelar de sensibilidade e franqueza. Costuma ir direto ao assunto, não gostando de rodeios (às vezes até um pouco demais).

Um ariano não hesita em lutar bravamente contra quem lhe faz resistência.Aliás, se não há lutas em sua vida, o ariano inventa alguma.

Arianos adoram inventar atividades e parecem incansáveis.Também adoram aventuras e se entregam aos impulsos como o carneiro : se jogam de cabeça direcionando força e vigor. Aliás, uma frase tipicamente ariana é: "se é para ser que o seja já".

Com frequência, pela sua intensidade irão jogar toda sua energia naquilo que fazem e, ao final do dia caem duros - sem nenhuma reserva de vitalidade.Mas muito rapidamente se recarregam também.

Se quiser castigar a um Ariano diga-lhe que não pode fazer nada. Sem ação,o ariano se torna impaciente, frustrado e aborrecido.

O Signo de Áries e a Amizade

Os arianos são comunicativos e curiosos.Costumam ter uma mente bastante aberta e de poucos preconceitos.Em sua maioria, eles procuram amizades mais por atração intelectual do que por sentimentalismo.

Eles a-do-ram amizades diferentes, se verem rodeados de pessoas criativas, por vezes, até terem pessoas ditas excêntricas como amigos. Gostam de fazer amizade dentro de algum grupo onde possam participar de projetos em comum.

Por vezes, movido por novos interesses ou atividades, o ariano desaparece da vista dos amigos por anos, reaparecendo então tão repentinamente quanto desapareceu.

O Signo de Áries e o Amor

Com esta natureza fogosa, arianos se apaixonam intensamente.
Têm ideais elevados nos assuntos do amor o que, às vezes, torna difícil sua satisfação. São honestos e espontâneos em suas emoções.

Sedutores, a conquista é como um jogo onde gostam de atos heróicos e de intensa expressão emocional.No amor, se entregam por completo, confiantes, com uma certa pureza infantil.

O ariano necessita dividir sua vida com alguém, se sentir admirado. Busca por um relacionamento harmônico e equilibrado.

Sentem-se atraídos por pessoas de beleza, de elegância, ou que tenha sensibilidade
artística.

Saudade É: 1,2,3...Já!


Saudade
é quando a gente vê a pessoa e não pode abraça-la.
Saudade
pode ser aquele sonho gostoso e quando acorda: nada!
Saudade
é a falta que não sabíamos que íamos sentir, ao perder.
Saudade
é ter o coração apertado por não ter pertinho quem longe está.
Saudade
é ouvir a voz e não poder falar: estou aqui!...
Saudade
é a forma que o coração chora sem lágrimas nos olhos.
Saudade
pode ser sentir o cheiro de alguém que não está presente.
Saudade
é cabeça, corpo, alma e mente sentindo falta de pessoas, fatos e de tempos idos.
Liduina Vilar.

Assis Valente - por Norma Hauer

Foi no dia 19 de março de 1908, que nasceu, no interior da Bahia, José de Assis Valente, que se tornou conhecido como ASSIS VALENTE.

Segundo consta, foi seqüestrado de sua família, por um casal que o levou para Alagoas, onde viveu algum tempo, regressando, com esse casal, para a Bahia,onde depois de crescido, foi explorado, trabalhando praticamente, o dia inteiro.
Com a chegada de um circo em Salvador, ele seguiu esse circo, vindo para o Rio de Janeiro no final dos anos 20. Aqui aprendeu a profissão de protético e, com um amigo, abriu um laboratório de prótese.

Mas seu destino era a composição musical. Em 1932 conheceu Heitor dos Prazeres que o levou para o meio dos músicos da época, iniciando sua carreira de compositor. Naquela mania de francês que veio do início dos anos 20, Assis Valente compôs o samba "Tem Francesa no Morro", gravado por Aracy Cortes.

1932 foi o ano que em São Paulo eclodiu a revolução constitucionalista. Assis Valente, já entusiasmado com seu primeiro sucesso, compôs um samba intitulado "Para Onde irá o Brasil ?"
Para que? Convocado para prestar esclarecimentos à Polícia de então, quase teve sua carreira morta no nascedouro porque, em pleno ano da Revolução, ousou perguntar para onde iria o Brasil. E Carlos Galhardo que a gravou (foi sua 2ª gravação) quase entra de "gaiato" também. Essa era a censura dos anos 30, antes da criação do DIP.

Felizmente para ambos, as "autoridades" concluiram que a música não constituía "perigo para a segurança da Pátria" e a liberaram. Assim, depois do susto, a Paz voltou e nesse mesmo ano, Assis criou a primeira música para o Natal, que, gravada ainda por Carlos Galhardo, transformou-se numa espécie de hino para as festas de fim de ano. Seu nome: BOAS FESTAS"

Anoiteceu, o sino gemeu..."

Foi nessa mesma época que Carmen Miranda aproximou-se de Assis e pediu que ele compusesse músicas para ela gravar.

A partir daí, Assis conheceu vários sucessos, alguns ainda hoje regravados pelos artistas atuais.

Conforme já disse, após os sucessos de "Tem Francesa no Morro" e "Boas Festas", Assis começou a compor para Carmen Miranda e conheceu novos sucessos..
Para as festas juninas escreveu "Cai, Cai, Balão"; já com o inglês substituindo o francês, ele, criticando, escreveu "Good-Bye, Boy"...deixa a mania do inglês. Isso é feio p'ra você, moreno frajola, que nunca freqüentou as aulas da escola..."
Em 1938, quando aqui foi exibido um filme de nome "Sossega Leão", Assis aproveitou a "deixa" e compôs "Camisa Listrada":
Vestiu uma camisa listrada e saiu por aí;
Em vez de tomar chá com torrada, ele bebeu parati.
Levava um canivete no cinto e um pandeiro na mão.
E sorria quando o povo dizia, sossega leão, sossega leão..."

Assis gostava de aproveitar fatos explorados pelos jornais e compunha algo. Foi assim que escreveu "Uva de Caminhão", quando aqui surgiram caminhões trazendo uvas frescas do Rio Grande do Sul; "...E O Mundo não se Acabou", quando se noticiava que o planeta Marte iria aproximar-se da Terra, podendo haver uma explosão e o "mundo iria se acabar" e "Recenseamento", quando, após 20 anos, um novo recenseamento seria realizado aqui, esse bastante divulgado.

EM 1939-40 estava havendo muita falta d'água na cidade e Assis compôs"Jarro D'água", desta vez gravado por Cinara Rios, uma cantora que não ficou muito
conhecida mas que passou a fazer parte do elenco da Mayrink Veiga depois que Carmen Miranda foi para os Estados Unidos.

Em 1940, outro grande sucesso colheu Assis Valente, o samba exaltação "Brasil Pandeiro", que, na época,recebeu o nome de "Chegou a Hora" e ele dizia que fora feito em homenagem à revista PRANOVE, da Rádio Mayrink Veiga. Consta esse fato do nº 27, de agosto de 1940, da própria revista, no qual Assis Valente dá uma entrevista à mesma. Quem sabe disso?

Muitos sucessos...e daí? Assis era feliz?

Será que Assis Valente foi uma pessoa feliz?
Segundo soube, já quando compôs "Boas Festas", ele estava em depressão. Continuou exercendo a profissão de protético,

No dia 15 de maio de 1941 tentou o suicídio, atirando-se do Corcovado; caiu sobre uma árvore e foi salvo pelos bombeiros.

Casou-se; seu casamento só durou o tempo da gestação de sua filha única.

Tentou, após a separação, o suicídio mais uma vez; agora cortando os pulsos. Novamente foi salvo, mas no dia 10 de março de 1958, dezenove dias antes da data em que completaria 50 anos, obteve o que desejou: tomou guaraná com formicida em um banco de praça e, sendo uma mistura que "não tem volta", dessa vez ele partiu.

Porque será que suicidas escolhem o guaraná para fazer a mistura com formicida?

Tive ocasião de conhecer Assis Valente, quando ele exercia a profissão de protético em um laboratório no Edifício Carioca, um edifício que existia ali em frente ao Convento de Santo Antônio e em cuja galeria os bondes de Santa Teresa faziam ponto final.
Assis costumava fazer lanche em um de seus bares e palestrava com todos, que dele se aproximavam. Na época não parecia uma pessoa infeliz.

Mas a verdade é que Assis pôs fim à vida em 10 de março de 1958.

Norma

Lembrando o Crato da minha adolescência ...

Lembrando o Crato da minha infância ...

A longa espera de um náufrago - Emerson Monteiro

Que inigualável o pensamento!... De um momento a outro, formam-se nuvens de imagens e apontam no horizonte as palavras, quadro nítido a contar o que isso quer dizer, no trânsito filosófico de conceitos, à pulsação de significados. Existência quer falar, neste mar sem fim. Os endereços das mensagens abrem portas, pedindo clemência, num fervilhar de ancas, dançarinas fogosas de lábios convidativos, e descem pelas veias do instante a seiva de persistir, diferente de quando o barco afundou, largou tripulantes no alto mar, ou em meio aos rochedos afiados de continentes escuros, ou areias escaldantes de ilhas desertas, indiferentes projetos ilusórios que antes alimentavam sonhos fantasmagóricos, perdas largadas nas ondas por náufrago agarrado a vida incógnita qual derradeira esperança irresponsável.
Vem o Sol, vem a Lua, as Estrelas, dias e noites pontuais... Popas distantes de outros barcos passam ao largo inalcançáveis... Chuva... Vento... Uma lâmina impaciente de vagas brilhantes cobre de espumas cinzentas narinas ofegantes.
Boiar sobre escombros, agarrado aos laços de cordas rotas, língua seca e lábios tostados, marcas purulentas de esverdeadas escamas lhe cobrem a pele. Nisso, luz intensa perfura-lhe os olhos, enquanto a pulsação das águas fustiga o flanco do destino à deriva, ritmo de canção entranhada na memória sem qualquer sentido, que persiste no oceano de inconsciente sonâmbulo, vadio marulhar forte na caverna dos ouvidos.
Lento esperar por quem nunca avisou que chegaria aos comboios próximos das circunstâncias possíveis... Porém mandara subscrito inevitável demonstrando a obrigação de viver enquanto no peito sacudir o tambor do coração...
Ao apagar das luzes do verão absurdo, fogo-fátuo indiferente crepita o infinito da planura e saltam mechas derradeiras de poente, cenário próprio ao delírio da sede que lhe corrói as entranhas, aviso pegajoso do trilho comum a todos os seres vivos.
Retornam, através da sensação, espasmos frios de gotas saltitantes, desejo apreensivo de rever a família reunida em torno do pão, à mesa do jantar, quando filhos se divertem com menores assuntos. Ouvir o futuro, abandonar asas ao crepitar sereno das tardes simples, solenes, espaço das certezas que fogem, fagulhas amolecendo na brisa de ausências que apenas aguardam outras combinações de letras e argumentos, exemplos eternos da cena seguir em frente, maior do que meros organismos que se dissolvam.
Essa espera também domina o Universo; aves resvalam terras douradas, às vezes bem aqui, outras distantes, reforços do instinto de sobreviver, contenção da indesejável solidão do cérebro tostado no calor das tempestades da alma. Dormir bem que acalmaria por algum tempo o impulso de levar aos outros aquela aventura vivida, e ver outra vez nascer o dia.

PÁGINAS DA MINHA VIDA por Rosa Guerrera

As vezes me bate uma saudade danada dos tempos quando eu era “ repórter de rua ‘
É bem verdade que o corre-corre era também demais , e hoje reconheço que já não possuo mais idade nem condições físicas para voltar àquele período sufocante e tão agitado .
Mas, impossível negar que foi exatamente fazendo esse tipo de jornalismo para jornais , rádios e tvs, nas ruas, praças, delegacias, presídios, festas comemorativas e tumultos ,que essa missão se tornou a maior paixão da minha vida.
Era tudo muito diversificado ! Se numa semana eu entrevistava astros da tv ( Dercy Gonçalves, Aracy Balabanian, Fulvio Stefanini, Tarcicio Meira, Ângela Maria , Jerry Adriani , Francisco Cuoco ) e tantos outros ; na semana seginte lá estava eu no IML fazendo um levantamento de acidentes, homicídios, estupros, suicídios que faziam parte da minha pauta de repórter.
Sempre estive presente no mundo da notícia . Nunca faltei na hora de escrever ou relatar um fato , fosse ele bom ou ruim, levando sempre em conta que é essa a missão de um jornalista : “ colocar em primeiro plano a notícia , e nunca a emoção.
Jamais pratiquei o jornalismo opinativo , me reservando nos padrões de dar a notícia, e entregar aos leitores ,ouvintes ou telespectadores suas respectivas opiniões .
E assim hoje recolhendo poeiras e fragmentos de lembranças de tantos lugares onde exerci a “ reportagem de rua”, liberei dentro de mim essa saudade gostosa que me traz cada vez maior a certeza de que eu jamais saberia exercer outra profissão tão apaixonante e dinâmica como essa que há tantos anos passados me abriu as portas num vestibular que fiz para Jornalismo.

E o Centro da Cidade? - Por José do Vale Pinheiro Feitosa

As cidades tinham um centro. Territorial: juntava a polis em ação econômica, social e política a um determinado local.

O Crato tinha um centro. Sumiu. Onde se encontra? Talvez apenas por estudos antropológicos ou sociológicos se possa saber. Mesmo assim apenas como um conceito teórico, já que em lugar nenhum se encontra. Não seria mais territorial.

Aqui em Paracuru, em franco processo de tornar-se um apêndice metropolitano, ainda existe um centro. Onde a alma da cidade se manifesta. Com as crianças correndo, um grupo de capoeira jogando, os velhos olhando as pernas das moças, as senhoras com um olho nas netas e outro na circulação da vida alheia.

Ali se encontra o velho e o novo. A roda dos comerciantes naturais da cidade, filhos das antigas famílias, normalmente ajuntados com a situação do governo municipal e outra roda, um tanto balançante, mas mesmo assim uma roda. A roda dos comerciantes “estrangeiros”, gente de outros estados e europeus que por aqui ficaram.

A juventude toda se expande. Mais radical do que em certas áreas das grandes cidades. Com o Hip Hop, um gosto pelo Funk, sem contar as freqüentes incursões aos sons do forró eletrônico. Vestem-se com as grifes, mesmo que de camelôs. Bonés e não falta, para o incrível que pareça, casacos de frio com aqueles capuzes e eles cobrem a cabeça como em algum morro ou comunidade do Rio e São Paulo.

Mesmo com essa enorme pressão exterior ainda há, em Paracuru, um interior que outras cidades maiores perderam. Assim como era em Crato: os jovens dos anos 40 e 50 imitando os paletós e as “farwest” que surgiam nas telonas do Cine Rádio Araripe, Cassino e Moderno. Aqui há toda a influência vinda pela televisão, o DVD e as pessoas que chegam a busca de Kite Surf vindas de todas as partes do mundo. Reforçando a idéia: em Paracuru ainda existe um centro no qual a polis se manifesta.

Mais ainda: existe o centro do centro. Este se encontra na barbearia do “Seu Nenen”, bem na esquina ocidental do mercado. Aquela esquina que recebe o vento refrescante do nascente e do mar. Quando nas manhãs o sol lhe penetra o ambiente, lentamente sobe e por volta das 10 horas a suas duas calçadas já são quase sombra. Após o meio dia é lugar de sentar em roda, trocar uma conversa sobre tudo que se quer, principalmente como dizia Adoniran Barbosa: “coisas que nós não entende nada”.

Ali se pratica a mais divina alma cearense. A alma do repente, do chiste, da pronta resposta à provocação. E como se provoca. Seu Nenen, é um mestre da pronta resposta. Alguém chega pela porta, ali permanece e lhe entrega uma nota de 20. Seu Nenen pede que um ajudante, um velho com um problema circulatório nos membros inferiores, faça o troco. Enquanto isso vem a provocação: Seu Nenen, o cabelo do homem está cheio de ponta. A resposta imediata: cabelo é coisa da natureza de ponta. Tu já viu cabelo sem ponta?

Aqui em Paracuru, no presente, com um gostinho do Crato que se perdeu, como Tom e Vinícius falando de Ipanema.

Pensamento para o Dia 20/03/2010



“As pessoas tendem a demorar a fazer suas obrigações. Mas para a realização de práticas espirituais, não há ontem nem amanhã. Este exato momento é o momento. Se você tiver gravado essa compreensão em seu coração, então você pode fundir-se ao Senhor Shiva. Se essa verdade não é assimilada e você imerge em objetivos para hoje e amanhã, e estabelece as bases para o apego mundano, então você nascerá de novo e de novo, tendo o Darshan de Yama (o Deus da Morte)! Aqueles que percebem essa verdade não falharão, mesmo em pequena escala, em suas práticas espirituais. É direito de todo aspirante ter a visão de Shiva (Senhor da Auspiciosidade).”
Sathya Sai Baba

Encontro de amigos - por Heládio Teles Duarte




No Cantinho do Pimenta,comemorando o dia de São José ( choveu mesmo ) , os amigos Peixoto e Haroldo, relembrando os velhos tempos do Diocesano.

* Eita, inveja ! Só a boemia fera !Hoje tem mais ?
Heládio, avise , antes de acontecer ...!

Socorro Moreira

A poesia de Geraldo Urano

minha branca de neve
foi uma chinesa
paixão e abacaxi
alucinada sinfonia
que me roubou o havaí
e eu não sei onde anda
aquela canção
da minha prima
que ficou grávida
de um poeta do haiti
em apareceu no céu
de uma cidade do litoral
antes do carnaval
.
sua boca
é uma boca pequena
sua boca
é uma boca vermelha
e por coincidência
sua boca
é a boca linda que me beija
até chegar a hora do sol
que virá ao encontro de nós dois
dois pequenos sóis
na bicicleta do tempo
por isso digo
é da cor da alegria
é azul três vezes
.
bárbara rara baby
barbalha
afro sol
na piscina uma página de kafka
brasileiro-xavante
sua princesa navaja

Escolha- Elisa Lucinda - Para Ana Cecília e Virgílio



Eu te amo como um colibri resistente
incansável beija-flor que sou
batedora renitente de asas
viciada no mel que me dás depois que atravesso o deserto.
Pingas na minha boca umas gotas poucas
do que nem é uma vacina.
Eu uma mulher, uma ave, uma menina…
Assim chacinas o meu tempo de eremita:
quebras a bengala onde me apoiei, rasgas minhas meias
as que vestiram meus pés
quando caminhei as areias.

Eu te amo como quem esquece tudo
diante de um beijo:
as inúmeras horas desbeijadas
os terríveis desabraços
os dolorosos desencaixes
que meu corpo sofreu longe do seu.
Elejo sempre o encontro
Ele é o ponto do crochê.
Penélope invertida
nada começo de novo
nada desmancho
nada volto

Teço um novo tecido de amor eterno
a cada olhar seu de afeto
não ligo para nada que doeu.
Só para o que deixou de doer tenho olhos.
Cega do infortúnio
pesco os peixes dos nossos encaixes
pesco as gozadas
as confissões de amor
as palavras fundas de prazer
as esculturas astecas que nos fixam
na história dos dias

Eu te amo.
De todos os nossos montes
fico com as encostas
De todas as nossas indagações
fico com as respostas
De todas as nossas destilairias
fico com as alegrias
De todos os nossos natais
fico com as bonecas
De todos os nossos cardumes
as moquecas.

Creme de Cupuaçu



* Ingredientes
* 2 latas de creme de leite
* 2 latas de leite condensado
* Cupuaçu
* Biscoito de chocolate sem recheio ou biscoito champanhe

* Modo de Preparo

1. Bata no liquidificador as 2 latas de creme de leite com as 2 latas de leite condensado, e 1 lata de cupuaçu, você pode medir em umas das latas
2. Bata um pouco de cada vez, jogue a primeira camada num refratário
3. Em seguida uma camada de biscoito, e continue nessa ordem
4. Depois é só colocar para gelar na parte de baixo da geladeira

Soneto do Amor Total - Vinícius de Moraes




Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

19 de março : trinta e dois anos! (Ana e Virgílio)





...e continuo a descobrir que te amo.
.
por Ana Cecília

Olival Honor de Brito - O Trovador

Amizade

I
Amigo bom, verdadeiro,
Não pede rega nem trato.
Dá sombra e fruto ao viageiro,
Qual pequizeiro do Crato.

II
A amizade de primeira
Finca raízes no chão,
Vai ser árvore fagueira
Nas terras do coração.

III
Plantei semente-amizade
No canteiro dos amores :
Um pé de felicidade
Nasceu entre os pés de dores.
Voltando...
- Claude Bloc -

Cheguei.
No aeroporto, Socorro, Nicodemos e Victor.
Olhei tudo em volta e lá estava minha serra exibindo-se azul, acolhedora.
Abracei-a e respirei fundo. Enchi os pulmões com o ar puro do Cariri. Entrei de imediato em sintonia com a gente da terra, com os sotaques, com a musicalidade da voz em todos os discursos e risadas ao meu redor.
E veio um nó na garganta que parecia querer explodir: alegria, alegria, alegria.
Uníssona melodia que multiplica vontades de voltar, e mais uma vez voltar, e sempre estar de volta...
Pois é, cá estou. Tentando voltar. Voltando pra tentar.
Um abraço no Crato e em todos de uma só vez.
.
Claude

Graciliano Ramos



Graciliano Ramos de Oliveira (Quebrangulo, 27 de outubro de 1892 — Rio de Janeiro, 20 de março de 1953) foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX,autor de Vidas Secas.
Graciliano Ramos viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro. Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista. Voltou para o Nordeste em setembro de 1915, fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, deixando-lhe quatro filhos.

Foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930. Segundo uma das auto-descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas." Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção de Augusto Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés (1933).

Entre 1930 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial e diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo, e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico insuflado por Getúlio Vargas após a Intentona Comunista de 1935. Com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra.

Foi libertado em janeiro de 1937. As experiências da cadeia, entretanto, ficariam gravadas em uma obra publicada postumamente, Memórias do Cárcere (1953), relato franco dos desmandos e incoerências da ditadura a que estava submetido o Brasil.

Em 1938 publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino. Em 1945 ingressou no antigo Partido Comunista do Brasil - PCB (que nos anos sessenta dividiu-se em Partido Comunista Brasileiro - PCB - e Partido Comunista do Brasil - PCdoB), de orientação soviética e sob o comando de Luís Carlos Prestes; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a países europeus com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no livro Viagem (1954). Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico.

Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.

O estilo formal de escrita e a caracterização do eu em constante conflito (até mesmo violento) com o mundo, a opressão e a dor seriam marcas da literatura. Memória: Graciliano foi indicado ao premio Brasil de literatura.

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Paulo José




Paulo José Gómez de Sousa (Lavras do Sul, 20 de março de 1937) é um ator e diretor brasileiro.

Foi casado com Dina Sfat, com quem teve três filhas, as atrizes Bel Kutner, Ana Kutner e Clara; com a atriz Beth Caruso, com quem teve um filho, Paulo Caruso; e com Zezé Polessa, com quem não teve filhos.

Começou a fazer teatro em 1955 em Porto Alegre, onde ajudou a criar o Teatro de Equipe, juntamente com Paulo César Pereio, Lilian Lemmertz, Ítala Nandi, Fernando Peixoto e outros.

Já no Rio de Janeiro, Paulo José formou, junto com Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal, Juca de Oliveira, Paulo Cotrim e Flávio Império, o grupo que adquiriu o Teatro de Arena criado por José Renato, em 1962. No Arena, Paulo José atuou como ator em Os Fuzis da Senhora Carrar, de Brecht; A Mandrágora, de Maquiavel ; O Filho do Cão, de Guarnieri, e do qual foi também diretor; e Tartufo de Molière. Dirigiu e atuou na montagem carioca de Arena Conta Zumbi.

No cinema protagonizou o filme Todas as Mulheres do Mundo, dirigido por Domingos de Oliveira, contracenando com Leila Diniz.

Além de ser um dos mais ativos e talentosos atores brasileiros dos últimos 50 anos, com presença destacada no cinema, teatro e televisão, e de ter dirigido vários espetáculos de teatro, também é diretor de televisão, com trabalhos marcantes como as minisséries O Tempo e o Vento, de 1985; Agosto, de 1993; e Incidente em Antares, de 1994.

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Dina Sfat




Dina Kutner de Souza, mais conhecida como Dina Sfat, (São Paulo, 28 de outubro de 1938 — Rio de Janeiro, 20 de março de 1989) foi uma atriz brasileira.

Filha de judeus poloneses, Dina sempre quis ser artista. Estreou nos palcos em 1962 em um pequeno papel no espetáculo "Antígone América", dirigida por Antonio Abujamra. Daí pulou para o teatro amador e foi parar no Teatro de Arena, onde estreou profissionalmente vivendo a personagem Manuela de "Os Fuzis da Senhora Carrar" de Bertold Brecht. A atriz se transformou em uma grata revelação dos palcos e mudou seu nome artístico para Dina Sfat, homenageando a cidade natal de sua mãe.

Participou de espetáculos importantes na década de 60 em São Paulo e conquistou o Prêmio Governador do Estado de melhor atriz por seu desempenho em "Arena Conta Zumbi" em 1965, um musical de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. Foi para o Rio de Janeiro e estreou nos palcos de um teatro na peça "O Rei da Cidade".

Em 1966 estréia no cinema em "Corpo Ardente" do diretor Walter Hugo Khouri e no cinema se consagra em 1969 vivendo a guerrilheira Cy de "Macunaíma", filme premiado de Joaquim Pedro de Andrade, ao lado do marido, o ator Paulo José que ela conheceu nos tempos do Teatro de Arena.

Ela chega à televisão no final da década de 60 e destaca-se em papéis de enorme carga dramática em telenovelas de autoria de Janete Clair, como Selva de Pedra, Fogo Sobre Terra , O Astro e "Eu Prometo", mas também brilhou em outras como "Verão Vermelho", "Assim na Terra Como no Céu", "Gabriela" e "Os Ossos do Barão".

Posou nua para revista Playboy em janeiro de 1982, num ensaio secundário. Foi casada por 17 anos com Paulo José, com quem teve três filhas: Isabel ou Bel Kutner, que também é atriz, Ana, que também se aventurou na carreira e Clara.

Descobriu o câncer, inicialmente no seio, em 1986, mas não deixou de trabalhar, mesmo em tratamento. Já com a doença, viajou para a União Soviética e participou de um documentário sobre o país e os primeiros passos da Perestroika; escreveu um livro, publicado em 1988, um pouco antes da sua morte, sobre sua vida e a luta contra o câncer, chamado "Dina Sfat- Palmas prá que te Quero", junto com a jornalista Mara Caballero e fez a novela "Bebê a Bordo", seu último trabalho na TV.

Seu último filme foi "O Judeu" que só estreou em circuito depois da morte da atriz.

Dina Sfat morreu em 20 de março de 1989, aos 50 anos de idade depois de lutar alguns anos contra o câncer de mama.

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O violeiro Xangai




Eugênio Avelino, popularmente conhecido como Xangai (Itapebi, 20 de março de 1948) é um cantor, compositor e violeiro brasileiro.

Nasceu às margens do Córrego do Jundiá, afluente do Rio Jequitinhonha, na zona rural do município de Itapebi, no extremo sul da Bahia.

Filho e neto de sanfoneiro, ainda aos 18 anos fixou-se com os seus pais na cidade de Nanuque, no norte de Minas Gerais. Xangai é descendente direto do bandeirante João Gonçalves da Costa, fundador do Arraial da Conquista, atualmente Vitória da Conquista.

Viveu em Vitória da Conquista, na Bahia, de onde recebeu a influência que o tornou um cantor sertanejo.

Seu pai era proprietário de uma sorveteria chamada Xangai na cidade de Nanuque, daí se originando o seu apelido e atual nome artístico.

No ano de 1976, gravou o seu primeiro disco, "Acontecivento", com destaque para as músicas Asa Branca, Forró de Surubim e Esta Mata Serenou.

Apresenta na Rádio Educadora da Bahia o programa "Brasilerança", através do qual contribui para a divulgação da cultura musical da região nordestina brasileira.

É considerado como o melhor intérprete de Elomar, propiciando inclusive a facilitação do entendimento das composições deste compositor classificado como erudito por muitos.

Participou com o cantor Waldick Soriano dos últimos shows da carreira deste antigo nome da chamada música brega brasileira, inclusive na cidade natal de Waldick, Caetité, em 26 de maio de 2007.

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