Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

sexta-feira, 30 de abril de 2010


Cine Mais Cultura Lança resultado da Bolsa de Interação Estética do Cineasta Jefferson Albuquerque

Neste sábado dia 1º de maio será lançado durante a aula espetáculo Meio ambiente inteiro os curtas metragens Os Sonhadores e A catadora de Pequi, fazendo parte da programação do Cine Mais Cultura.
O Instituto de Ecocidadania Juriti através do Projeto Cine Clube Juriti, , foi selecionado no edital Cine Mais Cultura 2009, do Ministério da Cultura. O referido Edital é direcionado ONGs que desenvolvem ações de exibições de obras audiovisuais e de formação e multiplicação de público para o setor audiovisual. Concorreram 234 projetos de todo o país e 150 foram contemplados.
O projeto contemplado recebeu por meio de termo de permissão de uso Kits de equipamentos audiovisuais com tecnologia digital e fornecimento de 104 programas da Programadora Brasil, o maior acervo audiovisual, em suporte digital, do país. O Cineclube Juriti funcion com programação definitiva, todas as sextas feiras as 19 horas na sede do Instituto de Ecocidadania Juriti.

Mas as ações de audio visual do Instituto de Ecocidadania Juriti não param por aí. O Cineasta Jefferson Albuquerque apresentou projeto a FUNARTE e recebeu uma bolsa de 25 mil reais para desenvolver o projeto Inter-ação Audiovisual Juriti
Projeto inter-ação audio visual Juriti

OBJETIVOS

Geral
Dar continuidade às ações do Ponto de Cultura do Instituto de Ecocidadania Juriti, no que diz respeito à capacitação e estimulo a produção audiovisual dos jovens que participam de suas diversas atividades, dando possibilidades de uma maior interação entre elas através do uso do Audiovisual, como um instrumento instigador e meio de comunicação interna e externa, com o poder transformador da imagem e do som, fazendo-os desempenhar um importante papel no processo participativo na sociedade.

Específicos

Fomentar a participação dos jovens no processo de preservação ambiental e cultural;

Desenvolver a capacidade criativa dos alunos., capacitando-os através da oficina de realização audiovisual;

Dar condições de apreciar o cinema/vídeo com uma visão crítica e lúdica;

Descobrir e incentivar vocações para a produção de audiovisual com temática local.

Dar suporte ao Projeto Audiovisual de Educação Ambiental da Chapada do Araripe, ampliando as discussões ambientais, culturais e relativas ao desenvolvimento sustentável da região, a partir da utilização do audiovisual.

Justificativa

O Instituto de Ecocidadania Juriti, como um dos principais Pontos de Cultura da região sul do Ceará, na região de entorno da Chapada do Araripe, desempenha um importante papel para o resgate da cidadania e de preservação do meio ambiente. Dentre suas atividades existe um núcleo audiovisual, com equipamentos próprios, mas se faz necessário uma maior capacitação dos jovens que participam deste núcleo e do envolvimento de outros, que tenham a possibilidade de desenvolver suas aptidões artísticas e técnicas, numa interação entre as diversas atividades culturais e em defesa da preservação ambiental na região onde está situado o Ponto de Cultura. Nada é mais adequado para esta interação do que o audiovisual, onde cada atividade pode contribuir de maneira significativa, não só no processo de criação, como de produção, divulgação e comunicação das atividades do Ponto de Cultura. Resgatando também as histórias da região, as manifestações folclóricas, artísticas e culturais, as atividades de transformação do lixo industrial em artesanato. Ao mesmo tempo, através da Educação Ambiental, usar o audiovisual como instrumento catalizador e transformador das atitudes das comunidades, nos seus hábitos cotidianos, que de maneira direta ou indireta, interferem nos uso dos recursos naturais e na produção de resíduos sólidos.

Na Oficina de Realização Audiovisual, os educandos, além das noções sobre a história do audiovisual, a partir da classificação das artes e o surgimento do cinema, como sétima arte, participarão desde a escolha do tema à elaboração do roteiro, produção e até a edição final de um vídeo, onde destacaremos também o audiovisual como meio de comunicação, da expressão plástica e investigação intelectual, neste espaço aberto às discussões e propostas, onde é o elemento aglutinador e instigador no processo de valorização da região, em direção a um desenvolvimento sócio-ecônomico e cultural sustentável.
Esta proposta visa também integrar o Instituto de Ecocidadania Juriti, no Projeto Audiovisual de Educação Ambiental da Chapada do Araripe, em 37 municípios da área da APA –Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe, em sua terceira etapa, em parceria com outras ONGs da região.

Planejamento da execução

1. Fase de sensibilização, divulgação e inscrição dos alunos interessados em participar das Oficinas de Realização Audiovisual.
2. Exibição de filmes/vídeos produzidos pelos alunos do Instituto Juriti, da MoVA Caparão Itinerante de Espírito Santo, e do Circuito Tela Verde, além de outros filmes/vídeos ambientais nacionais e internacionais, documentários ou ficção, servindo de estímulo a debates e a identificação com a temática regional, a partir da leitura e análise das imagens e seus simbolismos.
3. Oficina de Roteiro:
Parte teórica com ilustrações: Classificação das Artes e pequeno histórico das primeiras
manifestações artísticas ao audiovisual;
Noções técnicas: Projeção animada- Persistência da imagem na retina
Luz – Imagem – Movimento - Fotograma

Divisão do filme em Planos – Cenas – Seqüências

Tipos de planos

Movimento de Câmera e Angulação

Como elaborar um roteiro – Categorias e Gêneros

Planejamento e produção de um audiovisual: As diversas fases de uma produção

4.Escolha do tema a ser trabalhado e definição da sinopse.

5.Elaboração dos roteiros com os temas escolhidos pelos alunos, um de ficção e um documentário.

Por Cristina Diogo

Por Norma Hauer


É DOCE MORRER NO MAR

Foi no dia 30 de abril de 1914 que DORIVAL CAYMMI nasceu na Bahia.
Falar dele é repetir o que todos sabem, mais gostaria de lembrar seu começo na Rádio Mayrink Veiga, em 1939.
Carmen Miranda o conheceu cantando amadoristicamente e percebeu que ali havia um gênio. Levou-o à presença de César Ladeira (Diretor artístico da emissora) que o aprovou e, com ele, ela se apresentou na Rádio Mayrink Veiga cantando "O Que é Que a Baiana tem?" e "A Preta do Acarajé".
Dai para as gravações foi "um pulo". Na emissora havia uma cantora lírica, de bonita voz, que se apresentava no "Teatro de Operetas",que,aos domingos, era levado ao ar no Programa Casé,com os cantores Cândido Botelho, Marcel Klass e Stela Maris.
Embora ele a conhecesse na Rádio Nacional, pode-se dizer que foi na Mayrink que o amor nasceu.
Bonita, bem apessoada, Dorival Caymmi por ela se apaixonou e aquele teatro perdeu sua maior estrela, que foi brilhar na casa de um baiano, deixando a Mayrink "na mão" mas iluminando a casa de Caymmi, dando origem a mais três estrelas: Nana, Dori e Danilo.

Dorival Caimmy faleceu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos.

Norma

D.Almina Arraes de Alencar Pinheiro


"D. Almina Arraes de Alencar Pinheiro nasceu Araripe em agosto de 1924Onde uma professora particular lhe ensinou as primeiras letras.
Seus pais mudaram-se para o Crato a fim de possibilitar a educação formal aos filhos:
Fez o curso primário na Escola Santa Inês, da Mestra Lourdinha Esmeraldo, e o colegial na Santa Tereza.
Concluui o curso de formação de professora, na época chamada “curso normal”, na Escola Normal Rural Federal de Limoeiro do Norte, na cidade do Limoeiro do Norte, Ceará, onde ficou interna durante três anos. Foi a oradora.
Usuária e guardiã da biblioteca familiar é leitora contumaz, poetisa, incentivadora de artistas e intelectuais.
Foi responsável pelo registro escrito da poesia de Patativa Assaré, possibilitando a publicação do primeiro livro dele, respiração Nordestina, a primeira edição desta obra, 1953, foi impressa através dos manuscritos dos cadernos de Almina Arraes:
Era o próprio Patativa do Assaré quem lhe ditava os poemas.
Também tem domínio sobre muitas técnicas de bordado e da pintura sobre tela.
Aos 83 anos despertou para a informática, motivada pela possibilidade da comunicação virtual com os filhos, pois ela continua vivendo no Crato, mas os filhos são profissionais em diferentes cidades do Brasil.
Freqüentou cursos, recorreu a professores, aprendeu a pesquisar na internet, a restaurar fotografias antigas, a gravar e armazenar suas músicas preferidas: recorre ao computador como um instrumento multimídia.
Para sedimentar suas informações fez as anotações que compõe esta cartilha, agora oferecida como contribuição para o aprendizado dos amigos.
Será sempre um documento incompleto: A cada dia uma aula se acrescenta."

Foto de Antonio César

O risco das generalizações - Emerson Monteiro

Onda recente de notícias trouxe aos meios de comunicação ocorrências de pedofilia no seio da Igreja Católica, revelando as marcas humanas no seio da milenar instituição e sua longa história. Pessoas, sobre as quais pesavam responsabilidades extremas para o encaminhamento moral das novas gerações, no momento seguinte se veem no foco de acontecimentos ilícitos, a permitir o crivo da civilização que explora ao máximo o sensacionalismo e tende a precipitar conclusões, numa época fértil em denominações religiosas.
Defronte do quadro das mazelas verificadas no interior da maior e mais tradicional condutora de fiéis do Ocidente cabem algumas interpretações que signifiquem algo complementar aos libelos acusatórios impiedosos levantados.
A boa ciência reclama serenidade, invés de precipitação, nos sérios julgamentos. Porquanto há caldo volumoso, ainda a ser considerado, de serviços validos creditados aos quantos conduzem a Barca de São Pedro, como se costuma chamar a Igreja.
E no andar dos conceitos, desponta na memória o trecho da vida de Jesus quando lhe foi trazida ao exame uma mulher adúltera, que entre os judeus sofreria execução pública por causa do crime praticado, no império da lei vigente.
Perguntado qual sua posição ante a sentença, o Divino Mestre devolveu aos maiorais daquele povo, prontos exercer a pena e matar a mulher, as célebres palavras evangélicas: “Quem estiver sem pecados, atire a primeira pedra” (João 8, 1-11).
É isso que vem ao pensamento, na sede justicialista dos que reclamam justiça fria e cruenta aos delitos identificados nos grupamentos católicos, de algumas localidades do mundo, a esquecer aspectos valiosos de sensatez do conjunto católico, nas eras da sua história, evidenciando a exclusiva falibilidade humana dos níveis individuais de cada crime, o outro nome da generalização preconceituosa.
Igualmente, quase sempre os autores das severas condenações esquecem dos débitos da humanidade para com os sucessos multiformes da Igreja Católica em lances benfazejos. Apontar, de modo único e fatal, ordenar a pronta lapidação da instituição como responsável exclusiva pelos defeitos da raça composta de muitos indivíduos, que deve também ao espírito da justiça cristã sua vasta formação de mentalidade civilizadora, sujeita impor aos bons dores fruto de pecados particulares de uma parte desse todo, a denotar parcialidade e ingratidão.
Nisso a História prescreve um exame consciencioso dos casos indesejáveis e suas imediatas reparações, rumo aonde o joio nunca seja o trigo, sem pretender generalizar motivos parciais, coerência esta que ensina a Verdade, nas promessas do eterno Amor.

PSICOLOGIA, TEOLOGIA E FILOSOFIA: A ARGUMENTAÇÃO MARAVILHOSA, SIMPLES E CONVINCENTE DO PADRE FÁBIO DE MELO


(FOTO RETIRADA DA INTERNET)

Bernardo Melgaço da Silva
Já faz algum tempo que venho acompanhando, pela televisão, as palestras do padre Fábio de Melo. E mais recentemente, por uma questão de saúde, tenho mais tempo para assistir e analisar suas belas palestras – e ontem a noite (uma quinta-feira por volta das 22:00 horas – programa Direção Espiritual) foi um desses momentos raros e enriquecedores. Confesso que me emocionei com a sua facilidade de oratória e argumentação sustentada em três pilares: psicologia, teologia e filosofia. E padre Fábio tem ainda a seu favor uma qualidade de oratória carismática. Essas qualidades qualificam o seu verbo e o faz se aproximar das pessoas, aumentando cada vez mais os seguidores e admiradores (como eu!).

É importante frisar que não se deve confundir oratória com argumentação. São dois processos distintos, porém complementares entre si. Isto implica dizer que nem sempre um bom orador é também um bom argumentador. E vice-versa. O exemplo mais visível desse contexto-problema se percebe no campo dos debates da política partidária. Eu mesmo já tive a oportunidade de conhecer brilhantes oradores, no campo político, com deficiências graves de argumentação. Certa vez fui convidado por um jornalista, dono de um jornal local em Magé-RJ, para assistir uma reunião organizada no intuito de se desenvolver uma estratégia voltada para as eleições que se aproximavam. O dono do jornal me pediu, já no final da reunião, para que eu falasse alguma coisa para os candidatos ali reunidos. Falei apenas cinco minutos e agradeci pelo convite para participar daquela reunião partidária. É bom afirmar e informar que nunca me filiei a qualquer partido, isto porque a minha filosofia tem por base e fundamento um modo de vida unitária e jamais partidária. De modo que, no final da reunião o jornalista e também organizador do evento me chamou num canto da sala e fez a seguinte intervenção:

- Bernardo, eu sou um profissional da política, há mais de vinte anos, inclusive, já ajudei pessoas a se elegerem vereadores e/ou prefeitos. Eu sinto que você tem capacidade (e por isso percebeu) para avaliar a minha argumentação. Eu acho que hoje tive várias falhas – você percebeu isso?

Eu tenho um exemplo simples que mostra a diferença entre a oratória e a argumentação. O exemplo é o da caixa d´água. A caixa vazia e todos os tubos seriam a oratória. O conteúdo, a água, propriamente dito é a argumentação. Eu cheguei a fazer – há muitos anos! - um curso de oratória (aqui no Rio de Janeiro) com um senhor que, segundo ele mesmo, havia trabalhado como locutor no Rio de Janeiro ainda quando era bem jovem. E o seu apelido no meio artístico era “REI DA VOZ”. E de fato a voz daquele homem era de uma beleza rara (mesmo já bastante idoso!). Fui também professor da disciplina Teoria da Argumentação no curso de direito da Universidade Cândido Mendes (RJ).

Na antiguidade os filósofos (os verdadeiros!) gregos sabiam separar a oratória retórica da argumentação inteligente e ética. Os verdadeiros filósofos chamavam os retóricos de “PROSTITUTAS DO CONHECIMENTO”. E Jesus Cristo nos alertou: “cuidado com os falsos profetas [verdadeiros retóricos!]”. Nesse contexto, são raros aqueles que conseguem associar essas qualidades numa argumentação filosófica, teológica e psicológica - ao mesmo tempo! E Fábio de Melo é um desses religiosos que domina também a filosofia e a psicologia em suas palestras bastante saudáveis.

Prof. Bernardo Melgaço da Silva – NECEF/URCA (CE)
O Espetáculo Patativa do Assaré Cuidante do Semi-árido continua sendo ensaiado pela Trupe do Circo Escola de Ecocidadania
Patativa do Assaré Cuidante do Semi-árido

"O homem é o grande fazedor de desertos”

Euclides da Cunha

Patativa do Assaré descobriu a poesia na terra semi-árida e tudo que escreveu não poderia deixar de ser a fala, o sentimento do homem e da mulher, da menina e do menino vivente neste lugar: O semi-árido, sua flora, fauna, paisagens, pinturas rupestres e céus exuberantes.
O semi-árido brasileiro se estende por uma área que abrange a maior parte de todos os Estados da Região Nordeste (86,48%), a região setentrional do Estado de Minas Gerais (11,01%) e o norte do Espírito Santo (2,51%), ocupando uma área total de 974.752 Km2.
Para 25 milhões de habitantes do semi-árido brasileiro, que significado pode ter a idéia de ecossistema, de estabilidade biológica ou de contaminação ambiental, imensas massas analfabetas, cuja luta cotidiana e desigual é por sua própria sobrevivência em condições precárias e absolutamente hostis? É isto que queremos fazer com arte: um contínuo processo de alfabetização ecológica; Patativa e sua poesia foi pioneiro neste desafio.
Patativa não tem tamanho, ele ultrapassou as barreiras das medidas, pois sua história se mistura com a história da luta do homem/mulher pela terra, pelo acesso ao conhecimento que possibilitou que ele falasse de igual para doutores e governantes.
Ele emprestou sua voz ao povo do semi-árido, emprestou também sua sabedoria que sempre serviu de apelo para acabar com as desigualdades sociais e para com o cuidado com a terra, que para ele, mais que sagrada, não pode ser abandonada, como abandonados estão nossos meninos e meninas que ainda são escravos do trabalho infantil neste imenso semi-árido brasileiro.
Não dá para falar de Patativa sem rima e é esta rima solta e de bom grado que se fará presente no espetáculo Patativa do Assaré Cuidante do Semi-Árido: uma experiência de montagem de espetáculo circense baseado no teatro do oprimido de Augusto Boal, na pedagogia do oprimido de Paulo Freire e nos princípios de alfabetização ecológica de Fritjof Capra, bases teóricas do nosso circo social, onde 17 adolescentes e adultos jovens do Circo Escola de Ecocidadania vão apresentar seu primeiro espetáculo circense, depois de cinco anos de preparação nas artes do circo, da música, do teatro, da dança, da poesia, das artes plásticas, vídeo, fotografia e nas artes da cidadania.
Por meses de construção do espetáculo, esses meninos e meninas se transformaram em operários de sonhos e de artes, pesquisando o semi-árido: sua geografia, sua história, sua política, sua sociologia, sua antropologia, sua economia e seu meio ambiente. Cada passo da montagem do espetáculo foi construído coletivamente: textos, cenário, figurino, maquiagem, idéias para a trilha sonora, catálogo, cartaz e a decisão da estréia do espetáculo de ser no dia 27 de março de 2006, em homenagem ao Dia Nacional do Circo.
A idéia de colocar Patativa no centro do picadeiro nos perseguia há muito tempo, até que fim conseguimos apoio para dar início a esta jornada: fomos um dos vencedores do Prêmio FUNARTE DE ESTÍMULO AO CIRCO 2005 e BNB Cultural 2006, razão de estarmos agora nesta peleja de fazer rir, fazer pensar, possibilitar sonhar e contribuir para transformar a realidade do semi-árido brasileiro. É para o povo do semi-árido que estamos construindo este espetáculo, na esperança de que este povo compreenda que é preciso colher chuva do semi-árido e usá-la da melhor maneira, pois não falta água, há falta de armazenamento de água. Que é preciso pressionar os governantes para contemplar nos orçamentos municipais dinheiro para recursos hídricos. Os governantes precisam mirar-se nas ONGs, que realizam silenciosamente e bravamente pequenas e exitosas intervenções no semi-árido. Esse povo precisa reaprender a cuidar da terra e convivendo com seus desafios possa construir oportunidades de terem suas vidas nas suas próprias mãos : Este desafio para nós, como o circo, é o maior espetáculo da terra. É um espetáculo em crescente montagem, em crescerte movimento.
O espetáculo Patativa do Assaré Cuidante do Semi-árido aborda a nova realidade do semi-árido e usa na fala dos narradores textos como : “Queremos falar dessa parte do Brasil de cerca de 900 mil km2, imensa porém invisível, a não ser quando a seca castiga a região e as câmeras começam a mostrar as eternas imagens de chão rachado, água turva e crianças passando fome. São imagens verdadeiras, enquanto sinais de alerta para uma situação de emergência. Mas são, também, imagens redutoras, caricaturas de um povo que é dono de uma cultura riquíssima, capaz de inspirar movimentos sociais do porte de Canudos e obras de arte de dimensão universal do clássico Grande Sertão, do escritor Guimarães Rosa, até o recente Central do Brasil, do cineasta Walter Salles.” (Declaração do semi- árido - Recife, 26 de novembro de 1999). Aí, o conteúdo do espetáculo pretende quebrar o paradigma de que a fome que mata nas secas do Nordeste alimenta a arte.
Senhoras e senhores, meninas e meninos, abram bem os ouvidos e prestem muita atenção, pois vai começar o espetáculo “Patativa do Assaré Cuidante do semi-árido, uma prova de que o circo ainda é o maior espetáculo da terra e é um instrumento de inclusão sócio ambiental através da arte”.
por Blog do Telecentrinho
Casa onde nasceu Vicente Leite vai ser transformada num espaço de inclusão social


Vicente Leite (1900, Crato, CE - 1941, Rio de Janeiro, RJ)

A casa onde nasceu o artista vai ser restaurada funcionando um restaurante escola, um café, uma agência de comunicação social, uma biblioteca, oficinas de artes integradas e um ateliê solidário. Participe deste desafio....

De 1920 a 1926, com bolsa de estudos do Governo do Estado do Ceará, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde estudou na Escola Nacional de Belas Artes como aluno livre. Seus mestres: Rodolfo Chambelland, Baptista da Costa e Lucílio de Albuquerque. Seus colegas: Portinari, Roberto Rodrigues e Lula Cardoso Ayres, entre outros. Participou de diversos salões nacionais, com destaque para as participações no Salão Nacional de Belas Artes (onde obteve medalha de bronze em 1926, de prata em 1929, prêmio de viagem ao país em 1935 e prêmio de viagem ao exterior em 1940) e no Salão Paulista de Belas Artes (medalha de bronze em 1938 e de prata em 1939). Realizou exposições individuais em São Paulo e no Rio de Janeiro e integrou duas mostras internacionais, em Rosário (Argentina) e em Nova York (EUA). Integra os acervos do Museu Nacional de Belas Artes e da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Referências: Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; Nordeste histórico e monumental (Odebrecht, 1982/1991), de Clarival do Prado Valladares; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros.


por Blog do Telecentrinho


AOS MEU AMIGOS

Anam Cara

Anam Cara é uma expressão celta que significa "Amigo de minha alma" ou "amigo d'alma".

Há duas maneiras de interpretar o Anam Cara:

1. Neste plano fenomênico de manifestação densa, ele é o seu amigo(a) querido(a), aquela pessoa com a qual você poderá contar em qualquer ocasião, mesmo quando todos tiverem voltado as costas para você. E mais: é aquela pessoa à qual você pode abrir o coração com confiança. Quando você pensa nela, algo em seu coração brilha mais. Você sabe que ela existe e está no mesmo plano que você. Sabe que ela é valiosa e que, só de ver você, já sabe como você está, pois ela lhe conhece profundamente, além das aparências. Ela sabe sentir você em espírito.

2. Em outros planos mais sutis, ele é o amparador, aquela consciência extrafísica que lhe ajuda invisivelmente. Ele é aquele que lhe conhece há muitas vidas. Sabe dos seus dramas e de seus acertos ao longo dos milênios. Pode até ter participado dos eventos anteriores junto com você. Porém, no momento ele está em outra condição vibracional. Mas não esqueceu de você!

Muitas vezes, ele mergulha nos planos mais densos para lhe apoiar invisivelmente. Você não percebe sua presença, mas ele vela secretamente pelo seu progresso. Ele não é uma divindade, é apenas o seu amigo invisível, um Anam Cara extrafísico.

O Anam Cara poderá ser o seu filho(a), seu parceiro(a), seu irmão, seu pai, sua mãe, seu parente, ou apenas um amigo que você reconheceu ao longo da vida. Não importa nada disso. O laço real não está na carne nem no sangue, está na alma. Por isso, o Anam Cara independe de idade, raça ou condição.

Você o reconhecerá pelo brilho do olhar, sentirá o seu coração pulsando junto com o seu, sentirá muita saudade dele e reconhecerá a sua riqueza interior. No entanto, muitas vezes o orgulho poderá bloquear tal percepção, e é possível que os seus olhos não o vejam, e que seu coração não o reconheça mais. Então, o coração não falará mais ao coração no silêncio de uma vibração silenciosa trocada no olhar da alma. Haverá apenas o olhar que percebe o convencional, e que se perde nele em meio à dor de tentar achar o Anam Cara aonde ele não está.

Sentir alguém que é um Anam Cara em sua vida, seja ele o irmão, o amigo ou o parceiro, é sentir-se acompanhado na existência por uma alma brilhante. É viajar pelo denso enganoso acompanhado de alguém que também vê algo além... É sentir-se ligado em alma, dentro do coração.

O Anam Cara é seu refúgio dentro da loucura em volta. É o porto que a nave de seu coração gosta de aportar em meio à tempestade. Pense numa canção que lhe fala ao coração. Ao ouvi-la, você lembrará de muitas coisas. O Anam Cara é semelhante à essa música. Quando você lembra dele, o coração viaja...Ele pode ser seu amigo, amparador, irmão ou parceiro. Tanto faz. O que vale mesmo é que ele é uma riqueza que você achou no mundo.

O Anam Cara é isso: um amigo d'alma. Nesse aspecto, o TODO é o amigo d'alma de todos os seres. E como o TODO está em tudo, Ele também está nos amigos d'alma, desse e de outros planos. Pode-se gostar de alguém em vários níveis: mental, emocional, energético ou sexual. Porém, a ligação do Anam Cara transcende esses níveis e chega ao espírito. Por isso, os celtas antigos reverenciavam o conceito de Anam Cara.

Para eles, tratava-se de uma riqueza sem paralelos. E eles sabiam que as ligações que não são em espírito e verdade, são apenas manifestações temporárias e irrisórias ao sabor dos pensamentos, emoções e energias do momento. Para eles, o real sempre foi o espírito eterno, não a bruma que dificulta a percepção.
Por isso, os poetas cantavam:

"Oh, Anam Cara!
Muitos outros vieram, mas só sinto
Tua comunhão sagrada.
Só escuto a tua canção.
Ali está o sol,
Mais tarde virá a lua.
Mas, só me importa a tua canção".

O Anam Cara é isso: uma riqueza sem paralelos. Só o coração é que sabe. Só ele é que sente.
Certa vez, o mestre Bábaji ensinou: "Quando o coração fala ao coração, não há mais nada a dizer".
O Anam Cara, seja ele(a) quem for, é um presente da vida ao coração.
Sua ligação não vem da Terra, mas do espírito!

Que as pessoas conscientes possam reconhecer o Anam Cara pelo coração.

PS- texto enviado por Luis Carlos Santos

Hoje, Hoje, Show Musi(ca)minhos... às 19h, chegar às 18.40 por aí...

Com participações pra lá de especiais de:
Abidoral Jamacaru, Dihelson Mendonça,
João do Crato, Luis Carlos Salatiel,
acompanhados pela banda TRIO CARIRI e, o Mestre Jairo Starkey

Bom dia, galera do Cariricaturas !

Acordo sempre muito cedo. Durmo sempre antes da novela das nove. Nem tento entender meu relógio biológico . voltando ao tempo dos mingaus... Só pode !
Ontem tive um sonho tão bonito ! Encontrei-me com pessoas , mas só lembro de um terno abraço em Dona Ruthe , mãe de Ana Cecília. Acho que tem a ver com a festa de lançamento do livro "Cariricaturas em prosa e verso"! E essa festa que parecia longe, agora nos parece próxima , em contagem regressiva, porque amanhã já é Maio .
Muita coisa se prepara para o segundo semestre de 2010 :
A festa de lançamento do nosso livro , agendada para 23 de Julho, no Crato Tênis Clube , e a Inauguração da Casa do Recreio - Almina Arraes, para o mês de Agosto, da qual falaremos mais, inclusive na possibilidade de edição da cartilha de Dona Almina, para internautas !
No caos cotidiano , ainda é possível materializar belos sonhos !
Mas hoje tem show de Pachelly Jamacaru. sabendo que o horário foi alterado para as 19 h. Aconselho que todos cheguem mais cedo para que possam pegar seus ingressos .
Tenham um dia , último de Abril, ensolarado de amor !
Abraços do Cariricaturas !




Por Cristina Diogo



Aula Espetáculo Meio Ambiente Inteiro

O dia primeiro de maio está chegando e os educandos e educadores do Circo Escola de Ecocidadania estão todos agitados, em clima de estréia. O espetáculo será em homenagem a mais nova Madrinha da Juriti a senhora Almina Arraes, que vem demonstrando seu encantamento pelo circo.
Portanto sábado no picadeiro do Circo Escola promete grandes emoções no grande espetáculo da ecocidadania. Venha conferir, traga sua família, seus amigos e quem você encontrar pelo caminho.





Stacatto- por Ana Cecília S.Bastos





É o verão que se insinua.
É a gota de sangue na letargia da tarde.
O aconchego das nuvens ao entardecer.
Rosas e azuis.

Não vi o semblante das ruas e pessoas.
Talvez alguns passos.

Não vi o suor ou a lágrima colados ao humano.
O dia é cor de shopping e estou morta.

Publicado em A Impossível Transcrição (De tudo fica a poesia). Abstrato. Foto de MVítor.

Alfred Hitchcock - por Norma Hauer


ELE FALECEU EM 29 DE ABRIL

Seu nome era Alfred Joseph, nascido em 13 de agosto de 1899.Que importa esse nome, se era conhecido como HITCHCOCK?
Ele foi um GÊNIO. Depois que "descobri" HITCHCOCK no filme "Spelbound", que aqui recebeu o nome de "Quando Fala o Coração", com dois maravilhosos artistas (Gregory Peck e Ingrid Bergman) não deixei de acompanhar sua carreira e querer conhecer o que fizera antes. Sua música, de tão emocionante, nos deixa "arrepiados".

Nascido na Inglaterra, é natural que tivesse começado sua carreira lá. De seus filmes ingleses, não me canso de rever "A Dama Oculta"(primeiro filme com Michael Redgrave exibido aqui). Possuo, ainda, em vídeo"Os 39 Degraus" e "Estalagem Maldita", de sua fase inglesa.
Nos Estados Unidos, seu primeiro grande filme foi "Rebecca", que fez enorme sucesso lá e cá, tendo recebido indicação para o "Oscar" de melhor filme de 1940.

"Quando Fala o Coração"conta a história de uma psiquiatra que se apaixona por seu cliente (o que é considerado anti-ético) mas foi sua luta que o salvou, ajudado pela interpretação de uns traçados de Salvador Dali.
Depois...depois acompanhei sua carreira vendo seus filmes "Festim Diabólico";"Pacto Sinistro";Janela Indiscreta";"O Homem Errado";"Disque M para Matar";"Cortina Rasgada";"Topázio";"Um Corpo Que Cai";"O Homem que Sabia Demais"(este teve uma primeira versão inglesa, sendo que a americana, com James Stewart e Doris Day foi superior). Com toda a intriga e pesadelo, que sua personagem passa, Doris Day interpreta MARAVILHOSAMENTE "Que Será, Sera´?".

Não dá para pensar em Hitchcock sem ter vontade de rever um de seus filmes e é o que vou fazer agora, revendo "Interlúdio", com Ingrid Bergman e Cary Grant, em que há uma parte filmada aqui no Rio,com os bondes circulando na Cinelândia, quando de fato ali era uma "Cinelândia", com seus cinemas famosos onde assisti a vários filmes de Hitchcock e dos grandes diretores de sua época.

Sou obrigada a confessar que não gostei de dois de seus filmes, por sinal bastante famosos:"Os Pássaros" e "Psicose".

O filme "Psicose" foi realizado em preto e branco porque Hithcocok não quis que a cor do sangue (obviamente vermelha) que escorrega pelo chão do banheiro onde sua personagem é assassinada "chocasse" o espectador. Tão famoso foi esse filme que anos depois surgiram Psicose 2 e 3, mas que já não tinham a "mão" do gênio.

"Os Pássaros", colorido, mostra cenas muito cruéis. Entendo o suspense de Hitchcock , como emocionante, mas não como violento. E são cenas muito violentas que aparecem em "Os Pássaros", envolvendo crianças. Hoje a violência esta banalizada, mas em 1963 (ano de "Os Pássaros") não era assim.

Inúmeros outros filmes ele produziu, mas quis deixar aqui assinalados os mais importantes aos quais tive ocasião de assistir e admirar (alguns várias vezes) primeiro no cinema e agora em vídeo e DVD.
Seu último filme foi realizado em 1976 e recebeu o nome ,em português, de "Trama Diabólica".

HITCHCOCK faleceu em 29 de abril de 1980, ano em que completaria 81 anos

Norma

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"Lula o líder mais influente do mundo", não passou de uma piada de mau gosto - Por: Samuel P. Teles

A revista "Time" negou no início da tarde desta quinta-feira (29) que tivesse colocado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o primeiro em uma lista de líderes mais influentes do mundo.

Pela manhã, o site da revista norte-americana divulgou uma relação com os nomes dos 25 líderes mais influentes do mundo escolhidos pela publicação. A lista era numerada de 1 a 25, não estava em ordem alfabética, e colocava o presidente brasileiro em primeiro, ao lado do número 1 (veja foto acima). Na edição eletrônica da publicação, ao clicar na sessão "líderes", o internauta era direcionado automaticamente para um perfil de Lula escrito pelo cineasta Michael Moore.

O UOL e outros sites noticiosos brasileiros e internacionais divulgaram a informação que Lula havia sido escolhido o líder mais influente do mundo. A redação do UOL Notícias entrou em contato com o departamento de Relações Públicas da revista "Time", que negou que a lista numerada era um ranking. Segundo a assessoria, "a Time não faz distinção no nível de influência das 100 pessoas que aparecem na lista."

Após os questionamentos do UOL, o site da "Time" retirou os números na lista de líderes mais influentes do mundo.



Fonte: UOL Noticias



Parabéns, Victor!


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Quero redimir-me aqui mesmo neste espaço.

Aqui onde Victor, esse menino tão querido, comemora sua data.

O dia passou depressa e o computador estava distante e desligado e consequentemente não pude oferecer a tempo meu abraço e meu carinho ao aniversariante neste dia.

Socorro fez o bolo confeitado e não o trouxe aqui pra gente.

Deixou-o escondidinho lá na cozinha.

Mesmo assim, senti alguma coisa no ar. Vim depressa, mas perdi um dia todo para descobrir que havia festa.

Senti o cheiro, tentei sentir o gosto, mas o vento estava na direção oposta e, além disso,não consegui chegar a tempo.

Portanto, mesmo com atraso, quero deixar aqui para Victor o desejo de que ele possa de agora em diante recuperar todo o tempo perdido e preenchê-lo da mais pura e clara felicidade.


Abração, Victor!


!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Parabéns !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Claude
( e a galera do Cariricaturas)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Borrifos - por Claude Bloc


Hoje não havia ainda chegado perto do PC. Ando numa fase meio negra. Problemas devastando minha alegria. Reflexões severas... decepções expressivas.

Se fosse depressiva estaria no fundo de uma rede, com cara de paspalha, mas não posso me permitir deixar um minuto sequer de viver. De enfrentar as mazelas da vida. Escrever, por exemplo, me salva. Me liberta da dor. Apaga as tristezas e me permite encontrar esse bálsamo que a gente procura no fundo de um baú... Lá onde estão recolhidas e preservadas nossas alegrias e nossa história.

É, então, nesse espaço que busco me conciliar com minha consciência, com meu passado, com meu presente e com o que pressinto do futuro. Lamentar adianta? Certamente não! Mas tem um tempo pra tudo, inclusive pra afogar no peito as lágrimas e morrer um pouquinho só para a dor passar pela tangente.

Pois é, nem sempre posso sorrir. Nem sempre quero chorar. E hoje não quero nada disso. Apenas a chance de poder borrifar sobre mim essas gotinhas de felicidade que iluminam a vida de todos nós.

Um abraço sereno.
Claude

Trânsito

Se aquele carro
estivesse veloz
quebraria meus joelhos
esmagaria minhas pernas
faria do poeta mingau.

Na faixa de pedestre
os cáusticos pneus
do infame corolla
cuspiram às minha botas
toda a arrogância do miserável
a julgar-se rei dentro do último modelo:
uma carruagem de alumínio.

Encostei meus braços escravo romano
na luxuosa lataria

lancei meu olhar entidade egípcia
a faiscar o fumê do para-brisa

esbravejei, enfim, com a voz de hindu:
"meu amigo, olha o sinal..."

Até minha ira é ingênua.
Patética.

Se tal ofensa tivesse ocorrido
com os comparsas da infantaria:

teriam chutado a porta
quebrado o retrovisor

atirado contra as luzes traseiras
puxado pelo pescoço o maluco

pisado a garganta
furado os olhos.

Mas poeta pacífico que sou
apenas desejei do fundo da alma
morte súbita ao vaidoso cavalheiro.

O Político & O Correto

É fácil perceber, em nós brasileiros, a tendência inequívoca à catalogação. Parecemos um funcionário de supermercado com sua maquineta, pronto a etiquetar todos que nos cercam. Tendemos a não observar a individualidade das pessoas e as separamos por grupos de forma segregatória e preconceituosa. Os judeus são pães-duros, os portugueses burros, as louras debilóides, os árabes desonestos, os homossexuais safados, os africanos pobres, os índios preguiçosos, os paulistas trabalhadores, os cariocas malandros... e por aí vai. Estes critérios são reiteradamente explorados em piadas de toda espécie e amplificados, de língua em língua, nas rodinhas de praça, nas mesas de bar, nas barracas da praia. Superficialmente até parece engraçado e, apreciado por indivíduos fora dos grupos atacados, a coisa é tida como uma brincadeira carinhosa. Para todos efeitos, não existe nenhum preconceito no Brasil. O caldeirão étnico que fundiu a terra brasilis traz no seu bojo a franca idéia de que aqui todos convivem harmoniosamente, que todos respeitam galhardamente as diferenças várias : de cor, de raça, de gênero, de religião, de condição financeira, de opção sexual. No dia a dia, no entanto, virada a primeira página do nosso livro de história,a beleza da capa se esfuma : o Brasil tem uma cultura profundamente discriminatória. Rico nunca vai preso; a mulher tem um salário bem menor que o do homem; a homofobia é uma realidade do nosso cotidiano; o tráfico de influência é uma moeda fortíssima; a cor da pele influencia em muito na seleção de Recursos Humanos.
Gilberto Freyre foi visionário quando vislumbrou que a fortaleza da cultura brasileira se encontrava justamente nessa diversidade . As arestas existentes vão se aplainando, caminhamos para uma lindíssima confluência cultural e étnica. Só que o Brasil ainda é uma criança, brincando de esconde-esconde nos seus tenros quinhentos anos. Muitos grilhões ainda precisam ser quebrados. Há menos de duzentos anos deixamos de ser colônia portuguesa; há somente cento e vinte anos enxotamos a monarquia e a escravidão. Há pouco mais de cem anos, também, abrandamos a Inquisição. Tantas chagas não cicatrizam rapidamente e, mesmo quando fecham, permanecem cicatrizes que só o tempo ajuda a amenizar.
Certamente terá sido pensando nisso tudo que a Secretaria Especial de Direitos Humanos criou, em 2004, uma “Cartilha Politicamente Correto & Direitos Humanos”. Num governo popular, cujo presidente vindo das classes mais desfavorecidas certamente terá sentido na pele uma enxurrada de preconceitos os mais variados, a cartilha pretendia, ao menos oficialmente, cortar do uso cotidiano palavras tidas e sabidas como preconceituosas. Já tínhamos leis anteriores que combatiam a prática do preconceito: a 3688 ainda de 1941 e 7716, mais recente, de 1989. Acreditamos que é indiscutível o poder que estas leis tiveram em balizar as relações dos brasileiros na convivência com suas diferenças. A possibilidade de abertura de processos educa de maneira drástica os indivíduos. As mudanças, no entanto, se importantes , são quase sempre de superfície. As transformações culturais demandam tempo. No fundo, o preconceito apenas se mimetiza e muda suas formas. O empresário já não chama o funcionário de negro, pois isso pode dar cadeia, mas o boicota de todas as formas possíveis pois ainda o considera inferior , apesar do discurso. Ele já o havia etiquetado previamente, às vezes até inconscientemente, e o colocado na prateleira dos inferiores, por conta da coloração da pele.
Pois bem, a Cartilha carrega consigo dificuldades parecidas. A intenção parece ótima , mas de bem intencionados até o Democratas está cheio. Reflitamos sobre algumas dessas incongruências. O primeiro ponto é que a palavra ou a expressão não existem isoladas do discurso. Se eu digo, por exemplo: -- Caboclo velho, o emprego é seu, você sempre foi um grande amigo da família! O “Caboclo velho” parece ser uma forma carinhosa de tratar uma pessoa, e pode não ter qualquer viés de preconceito. Por outro lado, se se diz : --- Isso só podia ter sido feito mesmo por um afro-descendente! Temos uma discriminação visível, independente da palavra politicamente correta.
O segundo ponto é que , em algumas situações, o uso da cartilha ajuda afastar as pessoas. A indicação , por exemplo, de sempre tratar as pessoas como “eles e elas”, “senhores e senhoras”, evitando o plural no masculino que, historicamente, incluía todos, parece criar barreiras entre as pessoas. Seria melhor, por exemplo, que para compensar, nos próximos mil anos se utilizasse a forma feminina no plural para se referir a todos. Uma outra questão importante é que as palavras são muito parecidas com as pessoas. Elas envelhecem e, frequentemente, saem de moda. Vejam, por exemplo tertúlia , baile, flerte, película... hoje são termos totalmente obsoletos. Não bastasse isso, no seu dinamismo, a língua muda com o tempo, os costumes, as gerações. O termo politicamente correto nesse momento pode já não ser amanhã. “Bárbaro”, por exemplo, nos últimos tempos pode denominar uma coisa bem legal, já não é o adjetivo repugnante que aparece em “crime bárbaro”. Muitos verbetes, inclusive , tomam outros significados e dimensões. O verbo “denegrir”, lembrem, advém etimologicamente de negro e, na sua origem, é preconceituoso, mas hoje, já não tem nenhum resquício dessa conotação. Chamar um motorista de “barbeiro”, hoje, já não tem ligação direta com o cabeleireiro. Chamar uma moça de mulata é bem diferente o significado que se depreendia disso no Século XIX; mais frequentemente se trata de um elogio. Comunista hoje já não come criancinhas. Há que se falar ainda das sérias dificuldades que teremos em tornar de uso corriqueiro algumas definições politicamente corretas. Trocaremos : surdo, cego, mudo por “portadores de necessidades especiais”. A língua no seu dia a dia busca rapidamente a Lei do Menor Esforço. Vai ser complicado a fixação do termo fora da língua culta, em pouco eles poderão ser chamados de “pornes”.
A intenção da Cartilha é ótima mas é bom lembrar que não será por conta dela que os apenados terão celas mais dignas; os afro-descendentes conseguirão iguais condições de trabalho; os homossexuais e as mulheres sofrerão menos violência; os portadores de necessidades especiais conseguirão melhor acessibilidade. A luta está apenas começando. Só caminharemos quando o país deixar de se engalfinhar tentando descobrir qual é a cor mais bonita da aquarela e chegar à conclusão que o multicolorido do arco-iris pátrio é que nos dá a individualidade e a beleza inigualáveis. O politicamente correto tem sérias limitações até nome: no Brasil o político e o correto, historicamente, não se homogeneízam muito bem.


J. Flávio Vieira

Os paulistas continuam o problema - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Tai, o pessoal da Dilma que me desculpe, mas Zé Serra é dos nossos. Fez movimento estudantil, estava ao lado das lideranças que defendiam o nacionalismo e o desenvolvimento brasileiro. Por isso teve que sair do país e depois voltou para a política dentro do PMDB, a grande federação de oposição ao que a ditadura significava. Quando o PMDB passou a ter a cara de apenas uma federação de interesses regionais, ajudou a fundar o PSDB com a bandeira da ética. Portanto, não procurem falar mal dele naquilo que ele tem de melhor. Estou com a pessoa dele, mas não com o personagem que hoje se apresenta para ser presidente.

O “personagem” tem a cabeça e o porte dos barões da Avenida Paulista, pensando que o Brasil é apenas eles e para eles. Por isso é contra o Mercosul. Por motivo específico. O motivo é que eles querem subordinar todo o resto ao modelo de São Paulo locomotiva, antes do Brasil e agora da América do Sul. Os vagões seguem lá atrás recebendo a brasa e a fumaça da Maria Fumaça. Explico melhor. Os Barões da Paulista ainda estão no tempo da Maria Fumaça.

O personagem decorou o texto e subtexto do pensamento liberal que veio desde Gustavo Corção, passando por “gênios” com Simonsen (recorde do separatismo do pai em 32) e Roberto Campos. Liberais, explico, nem tão assim, apenas a força de argumento para que tudo fique sob a guarda do núcleo único e superior do campo capitalista que se traduz, territorialmente, exclusivamente na elite paulista. As grandes famílias paulistas e todas as subordinadas no território nacional.

O texto, para que não venham cobrar-me a fonte, não é citação direta de Corção, Simonsen ou Campos. Ele passou pela CEPAL, é intelectualmente preparado e sabe fazer um “O” sem ajuda de uma quenga. É do “personagem” que falo, aquilo que representa. E ele representa aquele discurso liberal que viceja nas páginas da mídia das quatro famílias poderosas do texto paulistano: Frias, Civita, Mesquita e por adoção, os Marinho.

Uma questão deste pensamento se camufla por trás da questão Estado e Não Estado. Camufla-se atrás do discurso do Neoliberalismo, mas isso faz parte desta malandragem brasileira, “Prá Inglês Ver”. Aqui o Neoliberalismo tinha e tem um motivo. Qual seja o horror a que os fundos públicos venham a desenvolver o resto do país, tornando os outros estados mais fortes e relativizando o poder único paulistano.

Por isso mesmo as federações oposicionistas são isso mesmo, uma juntada de interesses, na maior parte das vezes, divergentes. Retornando à questão de então, quando o PMDB era muito forte em São Paulo. Hoje é muito difícil não pensar-se que as lideranças paulistanas, incluindo as velhas raposas do PSD, os medianos de movimentos de classe média e operária como Mário Covas e Almino Afonso, e o jovens intelectuais universitários como Serra e FHC não tivesse por trás o mesmo rancor aos militares. O rancor pela ousadia de alguns nacionalistas entre os líderes das forças armadas que pensaram num projeto nacional e tentaram abrir portas de desenvolvimento regional.

Agora sintam o motivo porque, mesmo sendo tão pródigo com a indústria automobilística paulistana, Juscelino Kubitschek sempre foi acusado de ser a fonte da inflação brasileira. E por quê? Por Brasília, mas não a cidade, mas a marcha para Oeste, criando novos pólos de desenvolvimento fora do círculo de giz paulistano.

Alguém, e com certa razão, apontará uma contradição. Mas se São Paulo é um mundo da concentração de capitais, o desenvolvimento regional só lhe seria favorável. É na tua cabeça, mas não na dos Barões, que são territorializados e amam os acordos unilaterais de livre comércio. São Paulo acima de tudo. Abaixo o Mercosul.

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Lula é eleito o líder mais influente do mundo pela "Time"
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Em perfil assinado por Michael Moore, a história de vida de Lula é ressaltada; cineastachama o presidente brasileiro de "verdadeiro filho da classe trabalhadora da América Latina".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito nesta quinta-feira (29) pela revista americana "Time" o líder mais influente do mundo. Lula encabeça um ranking de 25 nomes e é seguido por J.T Wang, presidente da empresa de computadores pessoais Acer, o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o presidente americano Barack Obama e Ron Bloom, assessor sênior do secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Essa é a segunda vez que o brasileiro aparece em uma lista da publicação. A primeira foi em 2004.

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No perfil escrito pelo cineasta Michael Moore, o programa Fome Zero (praticamente substituído pelo Bolsa Família) é citado como destaque no governo do PT como uma das conquistas para levar o Brasil ao "primeiro mundo". A história de vida de Lula também é ressaltada por Moore, que chama o presidente brasileiro de "verdadeiro filho da classe trabalhadora da América Latina".

A revista relembra que Lula decidiu entrar para a política quando, aos 25 anos, perdeu sua primeira esposa Maria, grávida de oito meses, pelo fato de os dois não terem acesso a um plano de saúde decente. Ironizando, Moore dá um recado aos bilionários do mundo: "Deixem os povos terem bons cuidados com a saúde, e eles causarão muito menos problemas para vocês".

Moore afirma que quando os brasileiros elegeram Lula pela primeira vez em 2002, os "barões do roubo", que transformaram o país em um dos locais mais desiguais do planeta, nervosamente verificaram os medidores de combustível de seus jatos particulares.

Entre os líderes em destaque também estão a ex- governadora do Alasca e ex-candidata republicana à Vice-Presidência dos EUA, Sarah Palin; o diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn; os primeiros-ministros japonês e palestino, respectivamente Yukio Hatoyama e Salam Fayyad, e o chefe do Governo da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

A lista mostra os 100 nomes de pessoas mais influentes do mundo em diversas áreas -líderes da esfera pública e privada, heróis, artistas, pensadores, entre outros.

Outras posições de destaque

Lula apareceu no ranking da "Time" pela primeira vez em 2004, dois anos depois de ser eleito pela primeira vez à Presidência, acalçando o 3° lugar da lista de "líderes e revolucionários" encabeçada, na época, peloex-presidente americano George W. Bush.

Na ocasião, Lula ganhou destaque pela posição na reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio) no México, em setembro passado, quando liderou uma coalizão de nações em desenvolvimento que se recusaram a negociar novas regras de investimento estrangeiro até que os EUA e a União Europeia prometessem o fim dos subsídios agrícolas à exportação.

O perfil do presidente em 2004 afirmava que "ao contrário dos radicais contra a globalização, Lula, 58, insiste que quer destruir a nova ordem mundial. Ele só quer que funcione de forma mais justa." O texto lembrava também os escândalos de corrupção que caíram sob seu governo, mas ressaltava que, apesar de alegações, ele havia se tornado porta-voz do novo mundo em desenvolvimento.

Líderes mais influentes do mundo:
1° Luiz Inácio Lula da Silva
2° J.T. Wang
3° Almirante Mike Mullen
4° Barack Obama
5° Ron Bloom
6° Yukio Hatoyama
7° Dominique Strauss-Kahn
8° Nancy Pelosi
9° Sarah Palin
10° Salam Fayyad
11° Jon Kyl
12° Glenn Beck
13° Annise Parker
14° Tidjane Thiam
15° Jenny Beth Martin
16° Christine Lagarde
17° Recep Tayyip Erdogan
18° General Stanley McChrystal
19° Manmohan Singh
20° Bo Xilai
21° Mark Carney
22° Irmã Carol Keehan
23° Xeque Khalifa bin Zayed al-Nahyan
24° Robin Li
25° Scott Brown

Ano passado, Lula ganhou destaque internacional quando foi eleito personagem do ano pelo jornal espanhol El País e pelo francês Le Monde.

Mais categorias
O ex-presidente americano Bill Clinton é o primeiro na categoria dos "heróis" pelo trabalho realizado no Haiti depois do terremoto de 12 dejaneiro por meio da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo seu perfil, escrito pelo cantor Bono Vox, da banda irlandesa U2, "sem ele, o universo não seria tão amigável para os seres humanos."

Abaixo de Clinton aparecem: a sul-coreana Kim Yu-na, que conseguiu o primeiro ouro em patinação artística para seu país em Vancouver; o opositor iraniano Mir Hussein Musavi, e o ator Ben Stiller por seu trabalho na reconstrução de escolas no Haiti.

A cantora Lady Gaga encabeça o ranking da categoria "artistas" e recebe elogios da colega Cyndi Lauper, que mostra sua admiração pelo trabalho da nova-iorquina de 24 anos. Lauper destaca que "a arte de Lady Gaga capta o período em que estamos agora" e rasga elogios à postura polêmica de Gaga: "ela mesma é a arte. Ela é a escultura."

Além disso também aparecem a cantora Taylor Swift, os atores Ashton Kutcher e Neil Patrick Harris, assim como o produtor e popular juiz do programa de talentos "American Idol", Simon Cowell.

Depois de Lady Gaga, aparecem na lista artística: o humorista Conan O''Brien, que abandonou seu programa na rede de televisão americana "NBC"; a cineasta Kathryn Bigelow, primeira mulher a ganhar o Oscar de melhor direção por seu filme "Guerra ao Terror" e a apresentadora Oprah Winfrey.

Ex-governador do Paraná aparece em listaNa lista dos "pensadores", o urbanista Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, aparece em 16° lugar por seu "maravilhoso legado de sustentabilidade urbana", destacado pelo prefeito de Vancouver.

A revista "Time" também inclui uma análise de quem de sua lista são os mais influentes na internet, através de uma análise do número de seguidores e de conexões que essas pessoas acumulam nas redes sociais Facebook e Twitter.

Segundo essa análise, Barack Obama e Lady Gaga, seguidos do ator Ashton Kutcher, da cantora Taylor Swift e da apresentadora Oprah Winfrey dominam o manejo dessas ferramentas eletrônicas.

Palavras





Odeio a beleza das tuas palavras,

a criação de um mundo de ilusão...

Procurei um caminho pra te encontrar

Cai em poças de lágrimas históricas ,escutei

de longe os lamentos dos índios e de muitos que seguiram

Dancei por você sobre os túmulos dos teus predecessores

para esquecer a maldade e o sofrimento .

Por que os teus gestos não me inspiram poesia ¿

A luz queima as imagem de pureza que eu vi nos teus olhos

Sentados um perto do outro no chão de um velho portão,

no dia do teu aniversário.

A cidade dorme sempre em um sono de intimo pecado,

e acorda nos bancos dos testemunhas .

O medo cobre todos com um manto azul escuro,

e a luz d’aurora virá para tranquilizar as almas

para mais um dia sem amor.
Assinado: Sara

AMANHÃ, AMANHÃ, SHOW MUSICAL, no Centro Cultural Banco do Nordeste.

Clic na imagem para ampliar!

Cristina Diogo, convida !

O Instituto de Ecocidadania Juriti recebe a visita no dia do trabalhador do Projeto CicloVida.

É com muita alegria que a meninada do Instituto de Ecocidadania Juriti está se preparando para receber um grupo de 30 pessoas do Projeto Ciclo Vida do Assentamento localizado em Pentecoste/CE que também é Ponto de Cultura.

Na programação vai acontecer um café da manhã e logo em seguida uma roda de acolhimento. Em seguida os visitantes vão ser convidados a participar da oficina de fosfografia ministrado pela fotógrafa Nívia Uchoa num processo de reconhecimento do entorno da sede do Instituto de Ecocidadania Juriti com foco no Riacho das Timbaúbas. Também será oferecida uma oficina circense. A tarde a Mestra Fanca vai apresentar o projeto História em Retalhos e vai escutar a história deste grupo para ser transformada em panô que posteriormente será enviada a sede do Ciclovida. A noite teremos uma aula espetáculo em homenagem aos nossos ilustres visitantes.
O Ciclovida é uma iniciativa coletiva de cunho sócio-ecológico e cultural com o intuito de, por afinidade, estabelecer discussões, conversas e trocas de sementes crioulas - como também - o uso da bicicleta como meio de transporte ecológico.


Mais detalhes no blog:http://projetociclovida.blogspot.com/

Agarrando um novo desafio - por Cristina Diogo





O Instituto de Ecocidadania Juriti agarra o novo desafio acreditando na construção de um espaço coletivo onde a cultura colaborativa possa estar exercitando a generosidade intelectual a serviço da transformação social. A Casa Recreio vai ser um laboratório de saberes e fazeres no campo da tecnologia da comunicação, das artes cênicas (teatro e circo) nas artes visuais, da música, na cultura tradicional e no apoio a inclusão com sucesso no ensino formal com foco na matemática.
Um restaurante Escola, um café e o Atelier solidário vão garantir a sustentabilidade do espaço que também abrigará uma Agência de Publicidade Social para cuidar da imagem das ongs do Cariri.
Estamos buscando trabalho voluntário nas éreas de atuação da Casa Recreio, pois nossa meta é estar entregando a Casa à comunidade cratense na primeira semana de Agosto deste ano.


Cristina Diogo
* Esse projeto agradece à generosidade da família Arraes Pinheiro, representada pela figura de Dona Almina Arraes Pinheiro !

Feliz Aniversário, Kaíka Luiz !



Grande abraço do Cariricaturas !

"Murmurando" - por Norma Hauer

ODETE AMARAL nasceu em Niterói no dia 28 de abril de 1914. Tinha pouco mais de 1 ano quando sua família mudou-se aqui para o Rio de Janeiro.
Terminado o curso primário no Colégio Uruguai, começou a trabalhar em 1929, empregando-se como bordadeira na América Fabril.
Por sua bonita voz foi sempre estimulada a cantar, até que o fez na Rádio Guanabara, em 1935., cantando o samba “Minha Embaixada Chegou”, de Assis Valente, então sucesso de Carmen Miranda.
Em seguida, Almirante levou-a para cantar na Rádio Clube. Participou da inauguração do Cassino Atlântico e pouco depois passou a cantar na Rádio Ipanema.
Em 1938, já na Rádio Mayrink Veiga, conheceu o cantor Ciro Monteiro, com que se casou em 1938.
Seu maior sucesso carnavalesco foi a marcha “Não Pago o Bonde”, de J. Cascata e Leonel Azevedo.
Mas sua carreira ficou mesmo marcada com o samba “Murmurando”, da autoria do Maestro Fon--Fon.
Odete Amaral faleceu em 11 de outubro de 1984, aos 70 anos

Por Norma Hauer

PAULO BARBOSA
Foi em 28 de abril de 1900 que nasceu o compositor Paulo Barbosa, irmão de mais dois artistas:Barbosa Júnior,comediante,produtor do programa "Picolino",na Rádio Mayrink Veiga e Luiz Barbosa, cantor falecido precocemente, mas que deixou algumas gravações e atuações no cinema nacional.

Paulo Barbosa foi, principalmente ,autor de valsas (comuns em sua época) e responsável pelo primeiro grande sucesso de Carlos Galhardo no ritmo em que ele foi "rei": "Cortina de Veludo".

Compôs ainda, "Salão Grenat", "Italiana", "Colar de Pérolas","Madame Pompadour","Lenda Árabe","Salambô" e muitos outros que foram sucessos, ainda com Carlos Galhardo.

Mas Paulo não compôs só para Galhardo, embora tenha sido um dos responsáveis pelos maiores sucessos do cantor.

Tivemos com Carmen Miranda "Casaquinho de Tricot e"Dona Gueixa"; com Castro Barbosa "Lig, Lig, Lé e" Marchinha do Grande Galo"; com Gastão Formenti "Jóia Falsa"... Enfim, Paulo Barbosa marcou a fase áurea do rádio com suas mais de 100 composições, a maioria ao lado de Oswaldo Santiago.

Paulo Barbosa faleceu em 4 de dezembro de 1955, aos 55 anos.


Norma

Dorival Caymmi


30/04/1914, Salvador (BA) 16/08/2008, Rio de Janeiro (RJ)

'O que é que baiana tem' é um dos maiores clássicos de Dorival Caymmi
Com uma obra caracterizada pelos temas praianos e músicas que destacam a beleza de sua terra natal, Dorival Caymmi é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira.

Neto de italianos, seu avô veio para o Estado trabalhar na reforma do Elevador Lacerda, um dos principais cartões postais da capital baiana, Caymmi nasceu em Salvador no dia 30 de abril de 1914. Sua ligação com a música vem desde a infância. Seu pai trabalhava como funcionário público e era músico amador, tocando violão, piano e bandolim, e sua mãe cantava em meio aos afazeres domésticos.

Ao completar 13 anos, interrompeu os estudos, após concluir o 1° ano colegial, e foi trabalhar no jornal "O Imparcial", onde ficou até 1929, quando o veículo encerrou suas atividades. Com 16 anos, já sabia tocar violão, técnica que aprendeu sozinho, e compôs a sua primeira música, a toada 'No Sertão'. Quatro anos depois, estreou na Rádio Clube da Bahia cantando e tocando violão, até que em 1935 ganhou o seu próprio programa: 'Caymmi e suas Canções Praieiras'. Nesta época recebeu um abajur cor-de-rosa ao vencer um concurso de músicas de Carnaval com o samba 'A Bahia também dá'.

Dois anos depois, aos 23 anos, Caymmi pegou um ita (nome dado aos navios que faziam a rota Norte-Sul do Brasil) e foi para o Rio de Janeiro realizar um curso preparatório de Direito e tentar conseguir um emprego como jornalista. Morando em uma pensão e trabalhando em um jornal do grupo 'Diários Associados', continuou compondo e cantando. Em 1938, começou a se apresentar como calouro na rádio Tupi (RJ), de propriedade de Assis Chateaubriand, e, depois de algum sucesso, passou a cantar em um dos programas populares da época, o 'Dragão da Rua Larga'.

Sucesso Internacional
Foi nessa época, final dos anos 30, que Dorival Caymmi deu um grande salto para o sucesso mundial, ao interpretar no rádio uma de suas canções, 'O que é que baiana tem'. O estilo inovador chamou atenção de uma empresa de cinema que buscava uma música para substituir 'No Tabuleiro da baiana', de Ary Barroso, que foi recusada devido ao alto cachê cobrado pelo artista mineiro, então no auge da carreira. A música, tema do filme 'Banana da Terra', impulsionou a carreira de Caymmi e consagrou internacionalmente Carmem Miranda. O primeiro encontro entre os dois aconteceu na casa do compositor. Logo após ouvir a música que seria tema do filme, a cantora portuguesa criou o figurino de roupas rendadas e balangandãs que marcou definitivamente a sua carreira.

Em setembro de 39, Dorival Caymmi começou a compor e apresentar várias obras-primas com o mar como principal inspiração, como 'Rainha do Mar', 'Promessa de Pescador' e 'O Mar', música utilizada em um espetáculo coordenado pela então primeira-dama Darcy Vargas. Já trabalhando na Rádio Nacional (RJ), conheceu a cantora Stella Maris, com quem se casou e teve três filhos, todos músicos: Danilo, Dori e Nana.

A partir dos anos 40, o compositor baiano passou a se dedicar ao samba-canção, gênero musical que vinha sendo praticado desde Noel Rosa. A música emblemática desta fase é 'Marina', gravada em 1947, por Dick Farney. Também neste período conheceu um conterrâneo que se tornou um grande amigo, Jorge Amado. Os personagens do escritor serviram de inspiração para algumas de suas canções como 'É doce morrer no Mar', 'Modinha para Gabriela' e 'Retirantes'.

Em 45, musicou um hino para a campanha do líder comunista Luís Carlos Prestes ao Senado. Mantida em sigilo durante muitos anos, a letra foi publicada pela primeira vez no livro 'Dorival Caymmi, o Mar e o Tempo', de autoria da neta Stella Caymmi. 'Vamos votar/ com Prestes votar/ Para o Partido Comunista/ Vamos votar', dizia um dos trechos do hino.

Na década de 50 surgiu um outro baiano na vida de Caymmi. Com um estilo de cantar diferente, João Gilberto gravou 'Rosa Morena' e 'Saudade da Bahia', levando a música de Caymmi para a Bossa-Nova, ritmo que explodiu em todo o mundo e influenciou toda uma geração de artistas. Na Bossa-Nova, ele também conheceu um compositor que levaria a beleza da música brasileira para o mundo: Tom Jobim. Até a morte de Jobim, em dezembro de 94, os dois compositores mantiveram um forte laço de amizade.

Títulos e homenagens
Reconhecido e premiado em vários países, Dorival Caymmi ganhou a alcunha de 'preguiçoso' por demorar muito tempo para lançar discos e apresentar novas músicas. Nunca compôs sob pressões externas e chegou a levar anos na criação de algumas músicas. Conta-se que demorou nove anos para concluir esta estrofe da letra de 'João Valentão'. 'E assim adormece este homem/ Que nunca precisa dormir pra sonhar /Porque não há sonho mais lindo / Do que sua terra não há!'.

A obra de Caymmi não pode ser considerada extensa: aproximadamente 120 canções distribuídas em 20 discos, onde se destacam as melodias praieiras, as de inspiração no folclore da Bahia e os sambas-canções urbanos. Para isto, Caetano Veloso, outro baiano, tem uma explicação. "É verdade que Caymmi compôs pouco mais de 100 músicas, mas todas são obras-primas. Quem é o compositor que pode se dar a esse luxo? Eu queira ser um preguiçoso assim."

Ao completar 90 anos, em abril de 2004, ganhou uma grande homenagem de seus filhos: um show que percorreu as principais capitais brasileiras com as suas canções. Desde que deixou Salvador, Dorival Caymmi divide seu tempo entre a tranqüilidade da cidade natal de sua esposa, Pequeri, na região de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e o Rio de Janeiro.

Símbolo de sabedoria e sucesso, coleciona homenagens, como títulos (Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro e Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia), comendas (Orde dês Arts et dês Letters e Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho e Ordem do Mérito da Bahia), medalhas (Medalha do Mérito Castro Alves, Medalha Machado de Assis e Medalha do Mérito Santos Dumont), e um busto (modelado pelo escultor Bruno Giorgi nos anos 50) em Salvador, passando pela praça e avenida Dorival Caymmi em Itapuã, também na capital baiana. Outra grande homenagem à obra do compositor baiano aconteceu em 1986, quando a Escola de Samba Mangueira venceu o Carnaval carioca ao escolher como tema do seu samba-enredo a sua vida.

Caymmi morreu aos 94 anos de idade, de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos. O compositor estava em casa, mas, segundo declaração de familiares, sua saúde já estava abalada há algum tempo.

uoleducação

Quem quiser comer bolo confeitado , pode vir... Hoje tem !

Mãe é bicho besta ... Não deixa passar em branco um aniversário de filho.
Hoje, 29 de Abril, a festa é do Victor !




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Quero redimir-me aqui mesmo neste espaço.

Aqui onde Victor, esse menino tão querido, comemora sua data.

O dia passou depressa e o computador estava distante e desligado e consequentemente não pude oferecer a tempo meu abraço e meu carinho ao aniversariante neste dia.

Socorro fez o bolo confeitado e não o trouxe aqui pra gente.

Deixou-o escondidinho lá na cozinha.

Mesmo assim, senti alguma coisa no ar. Vim depressa, mas perdi um dia todo para descobrir que havia festa.

Senti o cheiro, tentei sentir o gosto, mas o vento estava na direção oposta e não consegui chegar a tempo.

Portanto, mesmo com atraso, quero deixar aqui para Victor o desejo de que ele possa de agora em diante recuperar todo o tempo perdido e preenchê-lo da mais pura e clara felicidade.


Abração, Victor!


!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Parabéns !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Claude

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Gaby e o Olhar







De repente "O Olhar", espaço cultural da cidade , fechou as suas portas ... Não foi substituído, como não foi substituído o "Flor do pequi", nem "O Navegarte".
Dia de sexta-feira , pra onde vai a moçada ?
E os casais , os grupos de amigos ?
Vocês não acham que poucas são as alternativas ?
Estamos construindo o hábito de gerar encontros , nas nossas casas. Sem dúvidas uma grande, e quase única saída ! O que não podemos deixar acontecer é o distanciamento social entre tribos, afins, pessoas que teem tanto pra trocar , em termos afetivos e culturais.
Hora do recreio, do entretenimento , de rir e brincar juntos... Cadê o lugar ?
Saudades do "OLHAR"!
E olha, que nem costumava passar noitadas por lá ... Mas faz falta !
As oficinas de pintura, desenho, escultura; aulas de dança e capoeira; festas do vinil; shows musicais, e diversos eventos artísticos /culturais...Tudo interrompido!
Acabou o que era bom e doce !

Fotos do acervo de Gabriella Federico

Mãe- Colaboração de Walda de Farias

MÃE

Mãe não entende se você não come tudo que está no prato.
Mãe não aceita desculpas do tipo 'Se os outros podem, por que eu não posso?'.
Mãe responde: 'Os outros não são meus filhos'.
*****
Mãe adora ouvir o barulho da fechadura quando o filho chega.
Mãe tem cheiro de banho, tem cheiro de bolo, tem cheiro de casa limpa.
*****
Mãe fica assustada quando vê o caso daquela modelo que morreu de anorexia:
'Eu já falei pra você comer tudo!'
Mãe fica assustada quando lê notícia de assalto.
Mãe fica assustada quando lê notícia de acidente.
Mãe fica assustada quando lê notícia de briga.
Mãe fica assustada quando lê notícia.
Mãe fica assustada.
*****
Mãe não está nem aí para o que os outros pensam.
Mãe foge com o filho para o Egito, montada num burrico.
Mãe tem sonho.
Mãe tem pressentimento.
Mãe tem sexto sentido – e sétimo, oitavo, nono, décimo.
Mãe não faz sentido (para quem não é mãe).
*****
Mãe chora ao pé da cruz.
Mãe chora em rebelião.
Mãe chora se o filho é messias ou bandido.
Mãe acredita.
Mãe não pode ser testemunha no tribunal.
Mãe é café com leite.
Café com leite, pão com manteiga, biscoito, bolacha de água e sal, banana cozida.
E ainda faz você levar um pedaço de bolo pra casa.
*****
Mãe só tem uma, mas é tudo igual.
Mãe espera o telefone tocar.
Mãe espera a campainha tocar.
Mãe espera o resultado do vestibular.
Mãe espera o carteiro.
Mãe moderna espera e-mail.
Mas espera.
Mãe sempre espera.
*****
Mãe ama.
Assim, verbo intransitivo, como queria Mário de Andrade.
Porque, se é mãe, já se sabe o que ela ama.
A culpa é da mãe, dizem os freudianos superficiais.
Os verdadeiros freudianos sabem que, sem mãe, nada feito.
*****
Uma amiga costuma dizer: 'Pai é palhaço, mãe é de aço'.
A frase é interessante, porque o aço é uma liga de ferro e carbono.
Ferro é o símbolo da força; carbono é o elemento presente em todos os organismos vivos.
A mãe constitui a liga entre a fragilidade e a força do indivíduo.
Não há algo mais vulnerável e mais sólido que a maternidade.
Mãe é de aço.
*****
A esta altura, você deve estar perguntando:
'Mas por que esse cara está falando tanto de mãe?'
A verdade é que eu não sei.
Talvez seja porque a palavra mãe não tenha equivalente.
Já notaram? Mãe só rima com mãe.

( sem autoria conhecida )