Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ana Cristina César




Ana Cristina Cruz Cesar (Rio de Janeiro, 2 de junho de 1952 — Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1983) foi uma poetisa e tradutora brasileira. É considerada um dos principais nomes da geração mimeógrafo (ou poesia marginal) da década de 1970.


ANA CRISTINA CÉSAR

Acreditei que se amasse de novo

esqueceria outros

pelo menos três ou quatro rostos que amei

Num delírio de arquivística

organizei a memória em alfabetos

como quem conta carneiros e amansa

no entanto flanco aberto não esqueço

e amo em ti os outros rostos

(em Contagem regressiva - Inéditos e Dispersos)

Ausência

Por muito tempo achei que ausência é falta

E lastimava, ignorante, a falta..

Hoje não a lastimo.

Não há falta na ausência.

Ausência é um estar em mim.

E sinto-a tão pegada, aconchegada nos meus braços

Que rio e danço e invento exclamações alegres.

Porque a ausência, esta ausência assimilada,

Ninguém a rouba mais de mim.

(Carlos Drummond de Andrade – Com o pensamento em Ana Cristina)

"DE PAULO PAES MONTEIRO PARA O OLHAR DE EDILMA SARAIVA"































Edilma. Esses são alguns desenhos do Paulo usando varias técnicas. Produz as capas de seus CD's sem usar o artifício de software. São desenhos que depois são impressos. Me lembrei de ti e postei para o teu "olhar" e comentários. Esse Blog é tão família, trocam-se receitas, poemas enchem nossa alma de beleza e os olhos de pureza. Ficamos mais cultos lendo José do Vale Feitosa, Emerson Monteiro, Socorro Moreira e todos que aqui deixam páginas de indescritível beleza e profundo conhecimento. Fotografias de mãos e olhares de anjos como Pachelli, Dihelson Mendonça, Eládio Duarte, os poemas de ternura encantadora de Claude Bloc, Socorro e tantos outros. Não estou cometendo injustiça. Sintam-se incluídos todos os amigos que aqui deixam suas bem traçadas linhas. Só não contavam com o meu sono. E já que somos uma família, permitam-me "corujar" esse meu rebento metido a cantor, compositor e pintando o "sete". Meu abraço fraterno em todos.


A chuva destas mulheres - José do Vale Pinheiro Feitosa

Quando o sol amanhecer a umidade do solo levantará assim como caiu e aos céus retornará. Feito nuvem, para distrair as luz dos olhos, pois estará abraçada a todos os corpos na superfície. Se misturando aos suores das águas que vêm de dentro do corpo. Quando o sol clarear o solo sentirá saudades das chuvas que lhe banharam, dos prantos que os céus derramaram e do clamor que os trovões reboaram.

Com a mesma intensidade tal quais as rinites alérgicas ao pólen do caju virão, as abelhas, pensando em preencher os casulos de cera com mel, chegarão. E no pleno da rama que nasce, abrem-se os campos para a tropelia dos faunos com as ânforas de vinho.

Uma sopa quente numa esquina da cidade. Olhares saborosos, mãos cantantes, entre as mesas a costurar um comunitarismo milenar. E quando pensaste nisso, havia no sangue uma ancestralidade dos pés de fogão a manter vivos os corações no rigor do inverno ou a taberna entre viajantes do gelo e os que eram daqui mesmo e do gelo se abrigavam.

Pois o coração da donzela não se encontrava frio. Ao contrário, as chuvas transbordaram suas comportas vastas num alagado de amor. Tão intenso e reprodutor que os casulos se abriram em borboletas, os ovos em revoadas e a cada milímetro do espaço uma vida acordou.

Em cores como um pleno salão de pinturas em outubro. No finzinho da contagem dos dias, uma guerreira atravessou veloz o espaço de Vênus entre ser gestada e juntar todas as almas em torno da expressão do mais demorado sussurro da alma humana. Em formas e cores, em pintura para um povo como uma curadora de almas, uma restauradora dos nossos sonhos em frangalhos.

E lá do meio do caminho, onde os pingos da chuva já se anunciavam, avisou que chegava. Com seus sonhos a atravessar a jornada da insone vida. A juntar fragmentos sobre um tecido branco e ali brincar com nossas emoções só por que tanta atenção nos desperta.

As chuvas que caíram na cidade que se dizem do caju, foram transmudadas nestas quatro mulheres que tornam o cariri muito mais que suas máscaras. E como não se pode rebaixar tal demanda a meros elogios, apenas enuncio a palavra formada pelas primeiras letras dos nomes delas assim como uma Aleph de Borges não ordem de citação: SLEC

Nota !

Fantástico ,o especial exibido na Globo sobre Adoniran Barbosa !


O Cruzeiro - 19 de setembro de 1959.
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O Amigo da Onça
Mais Amigo da Onça

Colaboração de Fátima Figueiredo




O Cruzeiro - 6 de junho de 1959
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A história do ciúme - I

Está morrendo? Não, não está morrendo. Antes morresse. Mas, conforme diz o médico, pode viver assim muitos anos, pode até enterrar a todos nós.

Meu Deus, quando olho para a criatura, todo torto, atirado naquela cama, a mão em gancho, o pé duro, a bôca de lado, os olhos muito abertos e me parecendo tão humildes - vou tendo aquêle dó. Coitado, que sorte infeliz! mas aí me lembro do que êle fez, e me ataca um ódio, que piedade nenhuma abranda. Teve um ictus. Assim que o doutor diz: a gente diz que foi derrame, paralisia, ar - êles dizem ictus. Tomei horror de médicos; as mentiras que êles podem inventar, êsses nomes em latim e em grego que usam para confundir os leigos - e o pouco caso que têm pelos "leigos"!

Justamente, êle é médico. Ou era, porque agora só pode pensar no tempo passado. Era, fazia, queria. Agora é um morto-vivo. Castigo de Deus, não há dúvida nenhuma. Castigo; Deus é pai, mas também pode punir.

* * *

E pensar que o nosso caso começou por intermédio das crianças. Na praia, a Regininha, que tinha então três anos, cavava buracos na areia. Jorge, o mais velho, batia bola com um bando de garotos. Êle chegou, - um môço sério, magro, muito branco, via-se que não costumava vir à praia com freqüência e se queimar de sol. Deitou-se na areia, perto da menina e daí a pouco estava a cavar um túnel junto com ela. Jorge aproximou-se, desconfiado, era muito zeloso da irmã. Quando levantei de novo os olhos do jornal, vi que o môço chamava o vendedor de "kibon". Regina veio me perguntar se podia tomar sorvete, o estranho se aproveitou para falar comigo, disse que as crianças eram muito simpáticas, bem educadas - essas lisonjas que facilitam uma aproximação.

Poucos meses depois estávamos casados. Hesitei muito, a princípio, sempre tivera mêdo de dar padastro aos meus filhos, e além disso fôra tão infeliz no primeiro casamento. Mas a verdade é que fiquei louca por aquêle homem. E êle por mim, faça-se justiça. Apesar da terrível crueldade do que fêz comigo, não posso negar que gostasse muito de mim. Creio mesmo que tudo nasceu justamente dêsse amor que êle me tinha.

Na nossa lua de mel, as crianças ficaram com minha irmã mais velha. Mas ao voltarmos de Campos do Jordão, trouxe-as de volta para o apartamento. Só aí confesso que foi um pouco difícil habituar meus filhos à presença nova daquele homem, ocupando um lugar que antes era só dêles. Regina não se conformava em dormir sòzinha num quarto e Jorge, apesar de aos sete anos se considerar um rapaz, vinha de madrugada me pedir remédio, alegando dor de barriga, dor de dentes, insônia. Eu fingia não perceber a irritação de meu marido, que me parecia desarrazoada; afinal de contas, tratava-se de crianças, e êle devia ter pensado nisso tudo quando se resolvera a casar com uma viúva, mãe de dois filhos pequenos. Êle, porém, não cedia, não se comovia; ao contrário, deu para se irritar com tudo, mas tudo, que os meninos faziam. Certa vez Regina o tratou por "você" e êle reagiu como se fôsse um crime de lesa-majestade: "Senhor, tem que me chamar de senhor! Que educação é essa?" Se os garotos pegavam num objeto dêle, se apanhavam um lápis, se rasgavam uma revista, se abriam uma gaveta, eram explosões ferozes ou dias inteiros de zanga. A maior injúria era eu me deitar na cama com as crianças. No dia em que Jorge teve dor de ouvido e eu fiquei com o menino no quarto, parecia até que eu estava traindo meu marido com outro homem.

Meus filhos iam se habituando a só me fazer carinhos e só conversar comigo quando me viam sòzinha. Na frente dêle, tomavam um ar distante, sonso, ou medroso, que me enchia de angústia e sentimento de culpa. Curiosa foi a sanção que tàcitamente adotaram contra o padastro; deixaram de o chamar de "tio", como faziam a princípio, (de "papai", como eu tentara ensinar, nunca o chamaram) e até mesmo de "Dr. Paulo", como ùltimamente. Para os meninos, meu marido deixoiu de ter nome. Quando se viam forçados a uma referência direta, diziam constrangidamente “êle”.

Já estávamos casados há poucos mais de dois anos e a situação cada vez se agravava mais. Parecia-me intolerável o modo de Paulo tratar meus filhos, e, lá no fundo do coração, mais de uma vez me ocorrera a idéia de um desquite. Não tomava decisão nenhuma - Senhor, que amôr eu tinha àquele homem! - mas nem tanto amor me cegava, vendo aquela dureza, aquêle ciúme - (claro, tudo no fundo não passava de ciúme) de um homem feito, quarentão, contra duas crianças sem pai.

A crise chegou afinal, no dia seguinte ao aniversário de Jorge. Veio tão diferente do que eu esperava, tão imprevista, que não pude agir de outro modo. Deus que me perdoe, se não escolhi meus filhos. Mas na hora me parecia até que eu estava sendo heróica, que me sacrificava por êles...


O Cruzeiro on line é um trabalho de preservação histórica do site Memória Viva

" EU QUERIA UM EMBAIXADOR, GANHEI UMA ARTISTA"






Paulo Paes Monteiro, nome artístico PAES, é cantor e compositor. Sua relação com a música teve início ainda na infância, nos blocos de carnaval e maracatus nas ruas das cidades de Recife e Olinda e nas audições freqüentes de discos em vinil tocados pelo seu pai.

Após este período, estudou música nas escolas Minami e Salesiano, vindo a se especializar em teclado e baixo elétrico.

Durante esta época, formou grupos de música pop/experimental com influências do jazz americano e de ritmos de origem nordestina, o Ivete Fubá, o projeto Três Kadeiras e o quinteto Dyamundo.

Depois de fazer uma série de shows pelos circuitos estudantis e independentes da região, descobriu no violão a melhor forma para compor suas músicas autorais, antes instrumentais e finalmente suas canções.

Em 2007 finalizou o elogiado EP “Paulo Paes”, onde registrou em estúdio seis composições de sua autoria, acompanhado de uma banda formada por músicos de diferentes gerações e cenas do estado de Pernambuco, da qual fazem parte Sidclei (Isaar/Ticuqueiros): bateria e percussão, Lito (Isaar): baixo e Claudio Xêro de Côro: guitarra. As participações ficaram por conta do cantor e compositor Tiné, do cantor Maneco Baccarelli e do poeta Miró. O trabalho foi lançado em um show na Livraria Cultura Paço Alfândega no mesmo ano, dando iníco a uma série de apresentações.

Em 2008, assinou contrato com a produtora Sofia Fomento Cultural com a qual lança o CD “Brisa” em parceria com a Urubu Clã, nome dado a banda que o acompanha nas apresentações e em seus discos, formada por Hugo Gila: baixo, Raphael Beltrão: bateria (Orquestra Contemporânea de Olinda), Claudio Xêro de Côro: guitarra, Michael Loveman: Piano elétrico e Mestre Viola (Dona Cila do Coco): percussão. Em dezembro do mesmo ano seguiu em turnê com a Orquestra Contemporânea de Olinda pelo Rio de Janeiro.

No início de 2009 gravou o programa de televisão “Som na Rural” produzido pela TV Viva em conjunto com a TV Brasil, como convidado da banda Eddie. Em abril participou do CD (ainda sem nome) do percussionista olindense Gilú em parceria com o pianista Piero Bianchi (Terra Papagalli). Recentemente participou da gravação do CD Lundum do cantor e compositor Geraldo Maia e do show de lançamento do mesmo, realizado no Teatro de Santa Isabel em Recife, contemplado pelo prêmio e produção do Projeto Pixinguinha.

Em 2010 cumpriu temporada na Argentina, acompanhado pelos músicos Lezu Kaeru: bateria e Santiago Vasquez: piano, tendo ainda como convidado o saxofonista-tenor argentino Beto Fischer. As apresentações passaram por quatro cidades e obtiveram boa receptividade do público e da crítica local.

O grupo apresentou-se no Centro Cultural de Buenos Aires com crítica elogiosa de jornais especializados.

Realizou e vem realizando inúmeras apresentações no espaço da Livraria Cultura em Recife e Casas de Show da cena pernambucana. Recentemente Gravou um DVD de um desses shows com o título: “Paes” com duas músicas autoral: “Infinito” e o “Céu da lua” e duas músicas de Jards Macalé: “Movimento dos Barcos” e “Soluços”. Já tem três CD’s na praça e trabalhando no quarto CD a ser lançado em breve. Mantém página no My Space (www.myspace.com/paeseurubucla/br). Trafega também nas artes plásticas com trabalhos em bico de pena a nanquim e outras técnicas. Alguns deles podem ser vistos no Mayspace.


(Extraido do Jornal do Commercio - 20/10/2010)


Postado por: Nilo Sérgio Monteiro

O novo livro de Daniel Walker - Emerson Monteiro

Será hoje (28 de outubro de 2010), às 20h, no Hotel Verdes Vales, em Juazeiro do Norte, o lançamento do livro História da Independência de Juazeiro, escrito por Daniel Walker, uma obra que reúne os principais elementos a propósito do marcante acontecimento de 100 anos, fator preponderante na formação do Cariri da atualidade. Composta de ilustrações fotográficas raras e valiosas, vem recheada de achados biográficos, depoimentos, citações jornalísticas e narrativas reveladoras, o que, decerto, enriquecerá sobremaneira o vasto acervo até aqui consolidado.
Daniel Walker compõe o elenco dos escritores da forte literatura caririense responsável pela preservação do acervo da história social deste lugar. Ao lado de outros quais Geraldo Menezes Barbosa, Napoleão Tavares Neves, Padre Antônio Gomes de Araújo, Raimundo Araújo, Renato Casimiro, Otacílio Anselmo, Nertan Macedo, J. de Figueiredo Filho, Armando Lopes Rafael, Raimundo de Oliveira Borges, Joaryvar Macedo e outros de inestimável valia, forma o grupo responsável pela composição da nossa historiografia, dentro dos moldes técnicos da pesquisa acadêmica, concedendo à posteridade acervo fundamental à interpretação dos fenômenos determinantes destes séculos mais recentes, as bases da nossa civilização interiorana. Pelas mãos desses autores, encetadas em suas produções criteriosas, desfilam, pois, peças imprescindíveis para a formulação da realidade histórica regional.
Nascido em Juazeiro do Norte em 06 de setembro de 1947, desde jovem Daniel se volta às lides jornalísticas e literárias, redigindo com intensidade também para o rádio e para a imprensa escrita de Fortaleza, correspondente que foi de vários jornais da capital do Estado.
Junto à Universidade Regional do Cariri exerceu o magistério, a pesquisa, e dedicou-se aos estudos da história juazeirense, publicando diversos trabalhos consagrados sobre a vida de Padre Cícero Romão Batista, além de outros de cunho didático-pedagógico e de temas da sua área de formação universitária, a biologia, graduado em História Natural pela Faculdade de Filosofia do Crato, com especialização em Ciências, pela Universidade Federal do Ceará.
Dentre as fontes analisadas por Daniel Walker para a contextualização do material que ora oferece ao público está a coleção do jornal O Rebate, órgão fundamental para a fermentação das ideias da independência do Juazeiro e para a formação institucional do município posterior. Em vista da importância do conteúdo de O Rebate, a comissão responsável pelo centenário juazeirense cuidou de resgatar toda a coleção, em edições fac-similadas.
Assim, o trabalho independente, realizado pela gráfica HB, de Juazeiro do Norte, é uma bem cuidada edição de 196 páginas, que visa homenagear o município por ocasião do centenário, porquanto, em 22 de julho de 1911, se dera a sua emancipação política, antecedida das movimentações que busca com zelo e honesta preocupação oferecer subsídios a futuras investigações.

comer rezar amar

Poema para o Louco - Colaboração de José Nilton Simões




Um louco existe dentro de todos nós. Dançarino livre, andarilho, herói que sai pelo mundo em busca de experiências, amor, de vitórias, de liberdade e alegrias. Ele caminha no mundo e encontra alegrias e tristeza, perdas e ganhos.
E, é através deste salto que ele poderá chegar ao auto-conhecimento.
O louco pertence ao mundo de magos, músicos, ciganos, artistas, mágicos... Podemos encontrá-lo como um mágico (Merlin), Rei Momo, Artista – como um Mago, Bobo da Corte, Mendigo, seresteiro, Poeta, Humorista, Maestro, Mestre de Bateria, Cartunista. O louco interior dança, canta e comanda a orquestra da vida dentro do coração daqueles que não se apegam ao poder, à ambição e ao controle. Ele é o mestre das estrelas, dança no universo a música das esferas. Ele segue indiferente a fama, a glória, ao poder. Ele é livre. Ele vive o amor no aqui e no agora. É intenso apaixonado. Quem conhece o amor em seus braços nunca esquece, conhece o prazer em suas células.
Ele não tem medo de morrer de amor, e e se entrega perdidamente, sem limites. Ama como se, cada momento fosse o último. Quem conhece o amor, envolve o outro com o verdadeiro amor.
O louco é verdadeiro e inspira confiança. Quem não tem medo de perder, de morrer, vive intensamente. Ele sabe que a intensidade de um momento, vale por uma eternidade. Ele não tem medo da perda e não se apega a segurança.
Ele é abençoado com as graças da vida. Ele se chama liberdade e voa como os pássaros. A esperança está acesa em seu coração. Ele é a nossa criança interior, antes de se transformar em um adulto “mumificado” pelo sistema.
Ele caminha com o seu animal sagrado, ele é um xamã, ele conhece e respeita os mistérios da natureza... Ele fala a linguagem das fadas, das estrelas, dos bruxos e dos iniciados.
Ele procura compreender, não julga. “Sem a energia do Louco todos seríamos meras cartas de jogar. Ele pode virar o jogo da vida a qualquer momento, Ele sempre tem uma carta guardada para a virada. O louco, dança no fogo da paixão sem medo da entrega e nos empurra para a vida, onde a mente reflexiva poder ser super cautelosa, o medo não domina sua mente”.
A sua fé, move o seu entusiasmo. Ele não carrega dentro de si os fantasmas controladores dos passado. Ele não carrega no seu coração a mágoa, o ressentimento, a culpa. Os “demônios” da sua mente, dançam a música da alegria e estão embriagados com a alegria de viver. Ele é livre do adversário interior, sua mente é clara como um céu azul. Ele vive no aqui e no agora. Quando dança ele está em paz, e em harmonia. Ele confia na vida e vive o seu destino, naturalmente. O louco não é condenado pela culpa e pelo castigo. Habitam-lhe os espíritos dos ventos da profecia, criatividade, intuição e da poesia. Ele dança e canta para a vida. Ele é o Criador da Magia. Ele sabe usar a música da vida para atrair a felicidade. A vida gosta de quem gosta dela.
A gratidão é mãe de todas as virtudes e nos aproxima da luz. As graças inspiram o poeta, o músico que vive dentro dele. Ele reverencia as Deusas com o seu coração.
O Louco é um mestre que bebe e canta com os boêmios, os brancos, mulatos, políticos, banqueiros, os pedintes, os religiosos, os negros, os índios, os ciganos, as prostitutas, os homossexuais – senta ao meu lado e me faz companhia – com os excluídos ele aprende a viver. Ele é um mestre que reconhece a luz no coração daquele que o mundo condena. Ele re-conhece as motivações humanas, suas misérias e mentiras, sua podridão e reconhece o cheiro do inferno na alma que se arrasta na lama.
Ele re-conhece a humilhação, a necessidade nos olhos e no corpo do outro. Ele pode se olhar no espelho sem se envergonhar dos seus limites, das suas fraquezas. Ele perdoa e compreende. No silêncio amigo ele me aceita, não me questiona, sabe ouvir...
Ele respira a verdade, não tem vergonha da sua própria escuridão. É um mestre que não julga, não condena, não discrimina. Ele é a humanidade que vive dentro de todos nós que revela sua fragilidade e sua força ao mundo sem vergonha. Não tenta destruir o outro excluído socialmente, sabe que não é nem o melhor, nem o pior, só mais um no meio da multidão. Não quer destruir dentro dele, “aquele” – dentro dele – que ele tem medo de um dia se tornar.
Vive a boêmia sem se envergonhar do vinho que toma. Ele é mais um no meio do povo. Ele é o povo... A multidão. Sua voz é a voz da multidão. Sua emoção canta no coração de todos. Ele é um mestre de bateria. Ele leva a “escola” para a Avenida, sem errar o compasso. Seu coração é uma porta aberta, ouve sem julgar e deixa ficar todos que chegam. Ele é forte e Senhor da harmonia. Ele “venceu” sua própria sombra. Ele conhece a si mesmo, reconhece o seu perfume e o seu veneno. É um observador do seu ódio, da sua amargura e desespero; não é dominado pela fúria cega e sem direção.
Integrou no ponto do Tao seus demônios e seus deuses. E ri, da vida como um palhaço que também chora. Ele é o herói, o vilão, o vencedor e o vencido. Um pouco de todos nós. Nós somos um dia o herói ou o bandido, na vida de alguém.
Ele fala a língua de todos os povos, reza em todas as cartilhas e cultua todos os deuses. Ele sabe que Deus é Um. Ele é a coragem e a garra do vencedor. Inocente, flexível, generoso, imprevisível, amigo, ele é o “vir-a-ser.”
O dharma, a mudança, o movimento, a ação da vida. Ele dança livre, é filho da liberdade. Dança para Shiva e ama a vida e o prazer... Ele é a inspiração e a intuição que nasce na fonte criativa do vazio. Ele é a fé que move montanhas. O início. O zero de todos os números. O ponto e o círculo.
O louco é generoso e convida todos para dançarem a dança da vida. É preciso coragem para viver, para se entregar, largar tudo e seguir. É um Mago que conhece todas as possibilidades que há no vazio... Ele é um arquétipo (imagem) que nunca morre. Eterno adolescente, eterna poesia da juventude. “Sua Roupa colorida é símbolo da união de muitas espécies, dos opostos. É a ponte entre o mundo caótico do inconsciente e o mundo ordenado da consciência”.
O louco se liga ao símbolo do falo, tanto no sentido da devassidão, como da fertilidade. Seu chapéu com campainha, toca como um sino que desperta para o Divino, quem está a sua volta... Ele representa o “puer eternus” o adolescente de vigor imortal – com vários séculos de idade. Sua vara – sua flauta mágica, seu som faz os inimigos dançarem e assim, acalma a cólera e o ódio.
Em nossa jornada para a individuação, o louco demonstra com freqüência sua curiosidade impulsiva, para sonhos impossíveis. Sua busca do prazer nos lembra nossa infância. O louco como Eros, busca a beleza e o prazer. Encanta a todos com a sua paixão pela vida e com o seu brilho. Ele dança a dança da vida com sua alma. Por isto, o universo conspira ao seu favor.
Quero dançar e cantar com a alma possuída pelo artista divino, que saboreia a vida com o prazer de viver e não permite que algemas do controle, medo, punição e da dominação nos roube a nosso maior tesouro – a sabedoria da arte de viver.
O louco sem limites, sem controle de si mesmo poderá vir a ser um marginal social, que se destrói e traz a destruição à sua volta. Aquele que ama e respeita o próximo, assume sua responsabilidade... O Louco é um artista, e aquele que não ama é um insano. Podemos destacar o lado sombrio do louco que não encontrou sua harmonia com o mundo: exagero, preguiça, solidão, excesso de planos delirantes, extravagância, impetuosidade, imprudência, indecisão, ingenuidade, imaturidade, inconseqüência, indisciplina, vício, devassidão, atração pela morte e pelo crime.
O “insano” é aquele que não consegue avaliar suas atitudes, egoísta,orgulhoso, prepotente, irado, déspota, tirano, alienado da realidade social e não preocupa com os outros. Ele está no escuro, sem alma, vive separado na solidão do egoísmo. Espero que todos possam encontrar o seu ”Louco”, no caminho da esperança. Envio do meu coração para o coração de todos a paixão do louco que queima no meu coração. Estamos juntos na estrada da vida em busca da luz.
Poema para o Louco

Dharma Dhannyael
Fonte: http://www.clubedotarot.com.br/

Hoje, 28 de Outubro é dia do Flamenguista !

Eu sinto saudades de Dina Sfat !




Dina Kutner de Souza, mais conhecida como Dina Sfat, (São Paulo, 28 de outubro de 1938 — Rio de Janeiro, 20 de março de 1989) foi uma atriz brasileira.

Dia do Servidor Público : 28 de Outubro !




O atendimento nos serviços públicos é um direito da população

No dia 28 de outubro comemora-se o dia do funcionário público. A data foi instituída no governo do presidente Getúlio Vargas, através da criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil, em 1937.

Em 1938 foi fundado o Departamento Administrativo do Serviço Público do Brasil, onde esse tipo de serviço passou a ser mais utilizado.

As leis que regem os direitos e deveres dos funcionários que prestam serviços públicos estão no decreto nº 1.713, de 28 de outubro de 1939, motivo pelo qual é o dia da comemoração desse profissional.

Em 11 de dezembro de 1990, foi publicado o novo Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, a Lei nº8112, alterando várias disposições da antiga lei, porém os direitos e deveres desses servidores estão definidos e estabelecidos na Constituição Federal do Brasil, além dos estatutos das entidades em que trabalham.

Os serviços públicos estão divididos em classes hierárquicas, de acordo com os órgãos dos governos, que podem ser municipais, estaduais ou federais. Os serviços prestados podem ser de várias áreas de atuação, como da justiça, saúde, segurança, etc.

Para ser servidor público é preciso participar de concursos e ser aprovado no mesmo, garantindo assim a vaga enquanto profissional. O bom desse tipo de trabalho é que o servidor tem estabilidade, não pode ser dispensado de suas funções. Somente em casos extremos, em que se comprove a falta de idoneidade de um funcionário público, é que o mesmo é afastado de seu cargo.

Os salários dos funcionários públicos são pagos pelos cofres públicos, dependendo da localidade. Se for municipal, são pagos pelas prefeituras; se estadual, pelos governos estaduais; e se federal, pagos pelos cofres da União.

Os servidores públicos devem ser prestativos e educados, pois trabalham para atender a população civil de uma localidade. É comum vermos pessoas reclamarem dos serviços públicos, da falta de recursos dos mesmos, falta de profissionais para prestar os devidos atendimentos ou até mesmo por estes serem mal educados e ríspidos com a população. É bom enfatizar que esses profissionais lidam com o que é público, ou seja, aquilo que é de todas as pessoas. Portanto, ganham para prestar serviços a toda comunidade.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Um Balaio de CHINESES - Por Heládio Teles Duarte

A Eterna Sombra

Que farei da poesia
no dia em que a felicidade
transformar-se em virtude

e a alegria corromper-me
a alma e o silêncio?

Que farei da poesia
na noite em que o meu quarto
não me espante e os objetos se calem

e fuja da minha vista
a exuberante vida do inanimado?

Que farei da poesia
quando não ouvir a voz do vazio

e o nada e coisa alguma
deixem de me ferir as têmporas?

Que farei da poesia
se não mais houver meus sussurros
ao ler e tentar encaixar um som
entre sílabas?

Que farei da poesia
quando os fantasmas ao meu redor
acordarem e me suplicarem o exílio?

O que serei?

Voltarei a ter um olhar
além da fascinação
e do distúrbio?

Beberei água sem pensar
na textura do copo
e na delicadeza da cozinha?

Minhas botas serão apenas botas
e a minha xícara (enfim) será salva
da minha loucura?

O que a poesia fará de mim
no dia em que eu acordar
um homem normal
preocupações normais
e sonhos corriqueiros?

O que a poesia fará de mim
na noite em que eu resolver
partir de vez deste mundo
sem a sua companhia?

Quem me perdoará
se apenas o seu cajado é mágico
e o seu amor verdadeiro?

Seja lá o que eu faça com ela
e ela faça comigo continuaremos
na dúvida e no laço apertado.

E não saberemos nunca
qual o fim da nossa fábula

e por que somos uno
e por que nos repartimos.

Pérolas nos Bastidores - Por Socorro Moreira

Ida
note
volte
vida
Eros
logos
Era
e ainda será
quem já passou
nunca deixou de ficar.

Pequenas. Liduina Belchior.


O calor se fez chuva
A atmosfera recebeu
E você me amará
Sabendo que nem sou
Chuva, nem sou sol,
Nem lua????

Albertinho Fortuna - Por Norma Hauer



Ele nasceu em Portugal em 28 de outubro de 1922, mas com seis meses veio com sua família de mudança para o Brasil, indo residir em Niterói, onde viveu toda sua vida. Seu nome ALBERTINHO FORTUNA.

Como desde menino gostava de cantar, foi levado , com 7 anos, à Rádio Mayrink Veiga, onde César Ladeira o denominou:"o Garoto que vale ouro".

Pode-se dizer que foi com essa idade que se iniciou profissionalmente, visto que se apresentou outras vezes na então PRA-9, fazendo, posteriormente, parte do Programa Infantil, da Rádio Guanabara, dirigido por Cristóvão de Alencar, onde também se apresentava Lourdinha Bittencourt. Daquele programa, os que se tornaram adultos e continuaram no ramo foram exatamente Albertinho e Lourdinha.

Fez parte do grande "cast" da Rádio Nacional, onde, com Paulo Tapajós e Nuno Roland, formou o Trio Melodia que se apresentava no programa "Um Milhão de Melodias",
.
Não foi daqueles que mais se destacaram naquela Rádio, que por possuir o maior "cast" dentre as rádios da América do Sul, não podia dar o mesmo destaque a todos seus artistas.
Ainda assim, como componente do Trio Melodia sua participação na PRE-8 teve grande repercussão.
Foi Albertinho quem gravou a "Marcha dos Gafanhotos", de Frazão e Roberto Martins,
e Frazão, que representou seu maior sucesso carnavalesco.

Já na fase dos LPs gravou versões de tangos famosos em "Tangos de Ontem e de Hoje" e "Tangos Inesquecíveis" , marcando sua carreira também como cantor desse ritmo, não ficando atrás de alguns cantores argentinos.

Albertinho Fortuna faleceu em 31 de dezembro de 1997, em Niterói.

MARCHA DOS GAFANHOTOS
Autores Roberto Martins e Erastóones Frazão

Gafanhoto deu na minha roça,
Comeu,comeu, toda minha plantação.
Xô, gafanhoto, xô, xô ,
Deixa um pé de agrião pro meu pulmão
Gafanhoto, isso não se faz.
Deixa minha roça em paz.

Minha verdura,
Gafanhoto comeu.
A rapadura,
Gafanhoto comeu.
Não há mais nabo,
Que diabo!
Não há couve,
O que que houve?
Gafanhoto comeu

Norma

Peri Ribeiro - Por Norma Hauer



Há 73 anos, na data de 27 de outubro de 1937, nascia Peri de Oliveira Martins, que é conhecido como PERI RIBEIRO. Filho de dois gigantes de nossa música, só poderia também ser um gigante. Seus pais: Dalva de Oliveira e Herivelto Martins.

PERI RIBEIRO recebeu o nome de Peri porque naquele ano uma música de Herivelto Martins, gravada pelo "Trio de Ouro" fez um grande sucesso "Peri e Ceci"(não me lembro se é exatamente este o nome).

A letra dizia assim:

"Peri beijou Ceci,
Ceci também beijou Peri;
ao som da sinfonia matutina,
que deu margem ao Guarani.
Daí, Peri, nunca mais deixou Ceci,
Daí, Ceci, nunca mais deixou Peri"

PERI RIBEIRO escreveu um livro sobre seus pais, descrevendo, sem nenhum rancor, a luta que foi sua vida após a separação de seus pais e o fim do "Trio de Ouro ", com Herivelto, Dalva e Nilo Chagas.

Mas Dalva, cantando solo, enriqueceu seu repertório e se transformou na grande Estrela Dalva.

Peri recebeu incentivo de Dalva , enquanto Herivelto não confiou muito no talento de seu filho. Talvez por isso, ele não quis aparecer com seu verdadeiro nome e adotou, o de Peri Ribeiro, escolhido por César de Alencar, em 1950.
E VENCEU !!! como vencem os grandes.

Foi PERI RIBEIRO quem primeiro gravou "Garota de Ipanema", quando essa música, e a bossa nova, estavam dando seus primeiros passos.

Em 1961 gravou "Manhã de Carnaval " e o samba de "Orfeu'. do filme "Orfeu Negro".

PERI RIBEIRO viajou pelo México e Estados Unidos; viveu longo tempo em Los Angeles, onde sempre foi muito aplaudido, mais do que aqui.

Em 1999 gravou um CD em homenagem a Nelson Gonçalves, falecido no ano anterior.

Atualmente tem-se apresentado em casas de show, aqui no Rio de Janeiro e em qualquer parte do Brasil, onde for solicitado. Mas foii aqui que lançou seu livro "Minhas Duas Estrelas" e seu último CD. Ambos lindos.

A PERI RIBEIRO, nestes seus 73 anos, a merecida homenagem e os votos para que continue assim: VITORIOSO !!!.
Norma


Agência Brasil

Publicação: 27/10/2010 11:18

Brasília - Pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje (27/10) mostra que a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 58,6% da intenções de votos válidos, superando o candidato José Serra (PSDB), que aparece com 41,4%. O resultado se refere à consulta estimulada, ou seja, não são computados votos brancos e nulos ou de indecisos.

Na pesquisa espontânea, Dilma tem 50,4% das intenções de voto e Serra, 35,7%. A pesquisa identificou que 4,6% pretendem votar em branco ou anular o voto. Não souberam responder 8,9% dos entrevistados.

Foram ouvidas 2 mil pessoas em 136 municípios em 24 estados, entre os dias 23 e 25 de outubro. A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 37.609/2010.

Essa é pra você ! A música de Nelson Cavaquinho, não sei por que, é a tua cara !

Nelson Cavaquinho


Cabelos prateados. Uma voz de aço, com rouquidão curtida em madrugadas boêmias pelo Rio de Janeiro. Temas surpreendentes, onde a Morte é personagem assídua.
Nelson Cavaquinho foi um trovador moderno, espalhando sua música e poesia pela noite carioca. Suas músicas são de uma simplicidade impressionante, como somente os grandes gênios conseguem fazer, não há um verso ou nota a mais que o necessário.

Nelson Cavaquinho é o prontaganista de diversas estórias já folclóricas era também capaz de no final de uma madrugada distribuir todo dinheiro ganho em um show pelos mendigos e prostitutas. Ficando até mesmo sem ter como pagar a condução de volta para casa. Vendia músicas e parcerias para sobreviver nos momentos mais difíceis. Inclusive esta é a razão de serem tão raras suas parcerias com o também mangueirense Cartola, que não gostou quando Nelson vendeu música que fizeram juntos.

Seu mais constante parceiro, com quem compôs diversos clássicos da música brasileira, foi Guilherme de Brito, uma pessoa com um estilo de vida completamente oposto ao bohêmio Nelson. Outro que não pode ser enquadrado entre seus "parceiros de ocasião" é Alcides Caminha, mais conhecido como escritor de populares histórias em quadrinhos eróticas, nas quais assinava como Carlos Zéfiro.

Nelson Cavaquinho é um dos grandes compositores da história da música brasileira, foi gravado pelos mais importantes artistas é revenciado pelos músicos. Aproveite para aproveitar aí embaixo algumas das gotas de poesia que ele espalhou pelas noites."

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Ninho Desfeito
(Nelson Cavaquinho - Wilson Canegal) Album : Flores em Vida
Canta : Nélson Cavaquinho Amostra [wav] 510K

Vives no meu pensamento
Não esqueço um segundo de ti
É minha vida um tormento
Sofrimento igual nunca vi
Teu perfume ficou em meu leito
No meu peito ficou teu amor
Volta que ninho desfeito é uma casa onde mora a dor

Se batem na porta do meu triste lar
No peito meu coração se agita
Abro, a esperança desfaz-se no ar
Por nao encontrar por quem ele palpita
No entanto, eu espero sem desesperar
Pois sei que voltarás um dia
Sei que virás novamente enfeitar nosso lar de prazer e alegria

Luz Negra
(Nelson Cavaquinho - Amâncio Cardoso) Album : Documento - 1971
Canta: Nelson Cavaquinho Amostra [wav] 720K

Sempre só,
Eu vivo procurando alguém
Que sofra como eu também
E não consigo achar ninguém

Sempre só
E a vida vai seguindo assim
Não tenho quem tem dó de mim
Estou chegando ao fim

A luz negra de um destino cruel
Ilumina o teatro sem côr
Onde estou representando o papel
De palhaço do amor
http://www.samba-choro.com.br/s-c/nelson.html