Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Grace Kelly


Grace Patricia Kelly (Filadélfia, 12 de novembro de 1929 — Mônaco, 14 de setembro de 1982) foi uma atriz norte-americana, vencedora do Oscar de Melhor Atriz e um ícone da moda.

Após seu casamento com Rainier III, príncipe-soberano de Mônaco, ela ficou conhecida também como Princesa Grace de Mônaco. O filho de Grace e Rainier III, titulado Albert II é o atual monarca do principado.

O Instituto de Cinema Norte-Americano já a listou como a 13.ª das 50 maiores lendas do cinema.


Isadora Duncan


Angela Isadora Duncan (São Francisco, 27 de maio de 1877 – Nice, 14 de setembro de 1927) foi uma bailarina dos Estados Unidos.

Marcos Valle


Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista, jornalista, repórter da TV Diário e arranjador brasileiro.

Valle foi um dos principais nomes da música popular brasileira nos anos 60 e começo dos 70. É irmão do letrista Paulo Sérgio Valle e primo do compositor Pingarilho.

Começou a estudar piano clássico aos seis anos de idade e formou-se em piano e teoria musical em 1956. O primeiro sucesso da dupla Marcos e Paulo Sérgio foi Sonho de Maria, em 1963.

Marcos começou tocando no trio formado por ele, Edu Lobo e Dori Caymmi. Em 1964, sua canção Samba de Verão atingiu o segundo lugar nas paradas de sucesso estadunidenses, e teve pelo menos 80 versões gravadas nos EUA.

Escreveu muitos temas para telenovelas, dentre elas Pigmaleão 70 e Os Ossos do Barão. Nos anos 70, a TV Globo encomendou aos irmãos Valle e Nelson Motta que fizessem uma canção de natal para o fim do ano, com os atores das telenovelas e artistas da Rede Globo cantando. A canção tornou-se um sucesso tão grande que nunca mais saiu do ar, sendo presença obrigatória no Natal da Rede Globo até hoje.

Jet-Samba foi o primeiro disco gravado no Brasil após dezenove anos, e o primeiro totalmente instrumental em 38 anos, com Valle comandando toda a produção e também assinando os arranjos. Seu último trabalho é o CD e DVD Marcos Valle Conecta, lançado em 2008.
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Arrigo Barnabé


Arrigo Barnabé (Londrina, 14 de setembro de 1951) é um músico e ator brasileiro. Compositor renomado, tem vários discos gravados. Um de seus sucessos mais elogiados pela crítica é "Clara Crocodilo". Tem como principal característica de composição o dodecafonismo.

Tem atualmente um programa de rádio na Rádio Cultura de São Paulo, o Supertônica.

Escreveu várias composições para trilhas sonoras de filmes brasileiros.

Seus discos possuí músicas em MPB mas o seu talento é a Música Experimental.

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Ismael Silva


Mílton de Oliveira Ismael Silva (14 de setembro de 1905 - 14 de março de 1978), conhecido como Ismael Silva. foi um músico do Brasil.
[editar] Biografia

Filho do cozinheiro Benjamim da Silva e da lavadeira Emília Corrêa Chaves, era o mais novo de um grupo de cinco irmãos.

Diante das dificuldades financeiras enfrentadas após a morte de seu pai, mudou-se com a mãe da praia de Jurujuba (Niterói) para o bairro Estácio de Sá (Rio de Janeiro), quando tinha três anos de idade.

Ismael frequentou a escola primária e terminou o ginásio aos 18 anos, depois de morar em outros bairros do Rio de Janeiro como Rio Comprido e Catumbi.

Aos 15 anos fez o samba Já desisti, considerado como a sua primeira composição. Em 1925 teve o seu primeiro samba gravado: Me faz carinhos. Essa composição promoveu a sua aproximação com Francisco Alves, o Chico Viola ou Rei da Voz. Ao lado de Nílton Bastos e Francisco Alves, Ismael formou o trio que ficou conhecido como Bambas do Estácio e que deu origem àquele que é considerado um dos mais bonitos sambas da história: Se você jurar. Após a morte de Nilton, teve início sua contribuição com Noel Rosa. As dezoito composições da dupla fazem de Ismael Silva o mais frequente parceiro do Poeta da Vila.

Em 1928, Ismael Silva, com um grupo de sambistas do Estácio, fundou o bloco que se tornaria o precursor da primeira escola de samba de que se tem notícia: a Deixa falar. A Deixa falar desfilou nos anos de 1929, 1930 e 1931. Seu final ocorreu em função da mudança de Ismael para o Centro do Rio de Janeiro, após as mortes de Nílton Bastos e Edgar Marcelino.

Ismael foi condenado a cinco anos de cadeia - tendo cumprido apenas dois anos, devido a bom comportamento - após atirar em Edu Motorneiro, um frequentador da boêmia carioca. Depois deste episódio, ele se tornou recluso e só retornou à cena carioca na década de cinquenta. Sabe-se que durante esse período ele atravessou enormes dificuldades financeiras. Ainda nesta mesma década, teve o seu samba Antonico gravado. Foi um grande sucesso.

Seu reconhecimento como um sambista verdadeiro, lhe rendeu alguns títulos por iniciativa do jornalista e estudioso do assunto Sérgio Cabral e da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Fez alguns shows esporádicos, nos quais participaram Aracy de Almeida, Carmem Costa e MPB-4. Um de seus últimos shows foi no ano de 1973, produzido por Ricardo Cravo Albim e intitulado Se você jurar.

Morreu em 1978 de um ataque cardíaco em decorrência das complicações surgidas após uma cirurgia para tratar de uma úlcera varicosa que tinha em uma das pernas.

Ismael Silva talvez tenha sido um dos sambista a exibir a mais alta originalidade no cenário da boêmia carioca.

Suas composições mais conhecidas são: Me faz carinhos, Se você jurar, Antonico, Para me livrar do mal, Novo amor, Ao romper da aurora, Tristezas não pagam dívidas, Me diga o teu nome entre outras.

wikipédia

Colaboração de Nívia Uchôa


Artigo
Por onde andará Cláudia Leitão
13/09/2010 02:00



Não fosse pelo programa Ciclo de Debates, que o professor e jornalista Luís-Sérgio Santos apresenta na TVC, tinha por mim que ela havia voltado a morar em Paris. De cabelos longos, agora com um franjão mais estiloso, Cláudia Leitão, titular da Secretaria da Cultura do Estado (Secult) entre 2003 e 2006, deu a entender que está tocando sua vida por aqui mesmo. Entretanto, pelo que vi na TV, segue conectada com o mundo, cheia de novidades sobre economia da cultura, capacitação acadêmica interdisciplinar e uma série de outras questões.

Como coincidências não acontecem, ouvi atento a fala da também pesquisadora, professora da Universidade Estadual do Ceará. Explico: dias antes, enquanto aguardava a apresentação da Valsa Proibida no Theatro José de Alencar, conversei com pessoas da atual gestão da Secult que me garantiram que o clima na equipe de Auto Filho já é de total despedida. Segundo consta, a marcha, que nem bem chegou na terceira, já deu para trás com as indefinições para a pasta em um possível segundo Governo Cid Gomes.

Pois bem: eis que Cláudia Leitão, que andava totalmente reclusa, ressurge num momento em que seu sucessor, a julgar pela opinião de quem vive os bastidores da Secult, não continuará no comando da mesma caso Cid seja, de fato, reeleito. Justiça seja feita, Cláudia Leitão cumpriu o que disse ao se despedir da Secult. Boa de briga que só ela, pulso firme, geniosa, prometeu trégua a quem a substituísse. E o fez. Até hoje, apesar da discrepância total entre a gestão dela e a atual, não fez nenhum comentário público.

Calada, é evidente que tem mil ponderações. Se tem uma área que o Governo Lúcio Alcântara galopa à frente do Governo Cid é a da gestão cultural. E o olha que o ex-governador, já em crise com Tasso Jereissati, que o antecedeu no Governo, dizia sempre que sua administração era de “vacas esquálidas”, e, não mais, gordas como no passado. O fato é que, também à boca pequena, corre o caso de que Cláudia e Lúcio não sentam mais na mesma mesa. Quem me contou da rusga, claro, pediu segredo, e confessou não ter espanto algum caso Cláudia volte à Secult em janeiro. A conferir.

Magela Lima - Editor executivo (interino) do Núcleo de Cultura e Entretenimento

http://opovo.uol.com.br/app/opovo/opiniao/2010/09/13/int_opiniao,2041478/por-onde-andara-claudia-leitao.shtml


O Core Ingrato - José do Vale Pinheiro Feitosa

Uma das canções mais belas do século XX. Catari, Catari, ou como mais comumente a conhecemos: O core ingrato! E mais bela é a melodia tão no sentimento como a canção "meridionale" ou a "napolitana" tem sido. E o improvável mundo pobre, da desgraça, vítima do preconceito e dos chefetes locais, como o sul da Itália fez uma canção que o norte separatista não chega nem aos pés. A não ser a bela ópera e suas arias, mas aí estamos falando numa "máquina" produtiva que se espalhava por toda a Europa além de Milão. Compare a riqueza da música nordestina, tanto a rural como a urbana para sentir o quanto do pulso da vida tem em comparação com outras. E quando chegamos no sul maravilha a seiva da vida está empoçada em alguns retalhos do tecido social. Mais comum naquele tecido roto, aquele esgaçado, mal costurado: o samba dos morros, as histórias da pequena classe média.

Não digo que a qualidade seja a salvação da pobreza. Apenas digo que mesmo para os ricos as palavras amargas, o desprezo e a traição são a regra do açougue. O tempo passa, a vida é tempo e com ele certos tipos. E diante de tanta dedicação ao foco, ao focar-se, objetivar-se vem Catari e lhe planta um gosto amargo.

Catarina, Catarina
Porque me dizes estas palavras amargas?
Por que me falas ao coração com estas tormentas, Catarina?
Não esqueças que te premiei meu coração, Catarina...
Não te esqueças....
Catarina...

Recebida por e-mail


Carta aberta de Brizola Neto a José Serra: o Brasil não pode mais


Li boa parte de seu discurso, senhor José Serra. Talvez eu seja hoje o que o senhor foi, na minha idade, quando era um jovem, que presidia a União Nacional dos Estudantes e apoiava o governo João Goulart no Comício da Central. Quando o senhor defendia o socialismo que hoje condena, o patriotismo que hoje trai, o desenvolvimento autônomo do Brasil do qual hoje o senhor debocha.

Por Brizola Neto, no blog Tijolaço
O senhor, como Fernando Henrique, é útil aos donos do Brasil ­ sim, Serra, o Brasil tem donos, porque 1% dos brasileiros mais ricos tem o mesmo que todos os 50% mais pobres ­ porque foi diferente no passado e, hoje, cobre-se do que foi para que não lhe vejam o que é.

O símbolo do Brasil que não pode mais, que não pode ser mais como o fizeram.

Não pode mais o Brasil ser das elites, porque nossas elites, salvo exceções, desprezam nosso povo, acham-no chinfrim, malandro, preguiçoso, sujo, desonesto, marginal. Têm nojo dele, fecham-lhe os vidros com película para nem serem vistos.

Não pode mais ser o país das elites, porque nossas elites, em geral, não hesitam em vender tudo o que este país possui ­ como o senhor, aliás, incentivou fazer ­ para que a “raça superior” venha aqui e explore nossas riquezas de maneira “eficiente” e “lucrativa”. Para eles, é claro, e para os que vivem de suas migalhas.

Não pode mais ser o Brasil dos governantes arrogantes, como o senhor, que falam de cima ­ quando falam ­ que empolam o discurso para que, numa língua sofisticada, que o povo não entende, negociem o que pertence a todos em benefício de alguns.

Não pode mais ser o país dos sábios que, de tão sabidos, fizeram ajoelhar este gigante perante o mundo e nos tornaram servos de uma ordem econômica e políticas injustas. O país dos governantes “cultos”, que sabem miar em francês e dizer “sim, senhor” em inglês.

Não pode mais ser o país do desenvolvimento a conta-gotas, do superávit acima de tudo, dos juros mais acima de tudo ainda, dos lucros acima do povo, do mercado acima da felicidade, do dinheiro acima do ser humano.

O Brasil pode hoje mais do que pôde no governo do que o senhor fez parte.

Pôde enfrentar a mais devastadora crise econômica mundial aumentando salário, renda, consumo, produção, emprego quando passamos décadas ouvindo, diante numa crise na Malásia ou na Tailândia que era preciso arrochar mais o povo.

Pôde falar de igual para igual no mundo, pôde retomar seu petróleo, pôde parar de demitir, pôde retomar investimentos públicos, pôde voltar a investir em moradia, em saneamento, em hidrelétricas, em portos, em ferrovias, em gasodutos. Pôde ampliar o acesso à educação, ainda que abaixo do que mereça o povo, pôde fazer imensas massas de excluídos ingressarem no mundo do consumo e terem direito a sonhar.

Pôde, sim, assumir o papel que cabe no mundo a um grande país, líder de seus irmãos latino-americanos.

O Brasil pôde ser, finalmente, o país em que seu povo não se sente um pária. Um país onde o progresso não é mais sinônimo de infelicidade.

É por isso, Serra, que o Brasil não pode mais andar para trás. Não pode voltar para as mãos de gente tão arrogante com seu povo e tão dócil aos graúdos. Não pode mais ser governado por gente fria, que não sente a dor alheia e não é ansiosa e aflita por mudar.

Não pode mais, Serra, não pode mais ser governado por gente que renegou seus anos mais generosos, mais valentes, mais decididos e que entregou seus sonhos ao pragmatismo, que disfarça de si mesmo sua capitulação ao inimigo em nome do discurso moderno, como se pudesse ser moderno aquilo que é apoiado pelo Brasil mais retrógrado, elitista, escravocrata, reacionário.

Há gente assim no apoio a Lula e a Dilma, por razões de conveniência-político eleitoral, sim. Mas há duzentas vezes mais a seu lado, sem qualquer razão senão a de ver que sua candidatura e sua eleição são a forma de barrar a ascensão da “ralé”. Onde houver um brasileiro empedernidamente reacionário, haverá um eleitor seu, José Serra.

Normalmente não falaria assim a um homem mais velho, não cometeria tal ousadia.

Mas sinto esta necessidade, além de mim, além de minha timidez natural, além de minha própria insuficiência. Sinto-me na obrigação de ser a voz do teu passado, José Serra. É um jovem que a Deus só pede que suas convicções não lhes caiam como o tempo faz cair aos cabelos, que suas causas não fraquejem como o tempo faz fraquejar o corpo, que seu amor ao povo brasileiro sobreviva como a paixão da vida inteira. Que o conhecimento, que o tempo há de trazer, não seja o capital de meu sucesso, mas ferramenta do futuro.

Vi um homem, já idoso, enfrentar derrotas eleitorais e morrer como um vitorioso, por jamais ter traído as ideias que defendeu. Erros, todo humano os comete. Traição, porém, é o assassinato de nós mesmos. Matamos quem fomos em troca de um novo papel.

Talvez venha daí sua dificuldade de dormir.

Na remota hipótese de vencer as eleições, José Serra, o senhor será o derrotado. O senhor é o algoz dos seus melhores sonhos.

Sertão - por Socorro Moreira- Foto de Pachelly Jamacaru

Eu já vivi por aí
já andei por muita estrada
do mar até o sertão
cruzei com gente encantada
cansei  de arrumar a mala
voltei pro sertão do Crato.

Sou sertaneja , e me orgulho
embora  eu goste do mar
mas o mar verde da flora
vejo do lado de cá
avisto a minha chapada
 e tento me acomodar.


sertão  tem a sua gloria
 coisas boas de provar
 o cheiro de mato,
o açude,
a chuva que cai do ar
 molha mangueira e caju
pois o sertão é um mar !

Mar de luar bonito
de gente simples, calejada
que passa o dia na roça
mas de noitinha ela dorme
com a cabeça no lugar.

Me despeço nesse verso
do povo do Cariri
quem quiser nos visitar
pode chegar e roer
um caroço de pequi !

Estou ligada no vídeo
assistindo um filme lindo
"Te amarei para sempre"
é o título desse filme
Quem puder, pode alugar
garanto que é bonito !

A palavra que eu sugiro
 é de  cinema ou novela
Pois então faça a escolha
 e se livre  do que é vício,
no ócio que se revela !

Frase do dia - por Norma Hauer

"Adoro escrever e relembrar a música brasileira até os anos 60.Vivo com ela, mas não sou saudosista. Apenas gosto do que é bom. 
Tenha 20 ou 200 anos."

Por Norma Hauer

ONÉSSIMO GOMES - GRANDE SERESTEIRO
Ele foi um grande seresteiro, embora não tenha muitos registros de sua voz nas poucas gravações autênticas que deixou.

ONÉSSIMO GOMES faleceu em 13 de setembro de 1999, aqui no Rio de Janeiro, onde trabalhou muito tempo na administração da Rádio Mayrink Veiga apesar de ser um grande intérprete de serestas. Na Mayrink ele era quase tudo, de administrador a contra-regra.
Ele nascera em 28 de outubro de 1914; assim, faleceu sem completer 85 anos.
Começou a chamar atenção como seresteiro ao gravar composições de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas, antes lançadas em discos pelo próprio Sílvio.
Mas Onéssimo tinha um timbre diferente e um modo próprio de interpretar, fato que mostrou em duas músicas que podem ser citadas como as que marcaram sua carreira: "Brinquedo do Destino", de Herivelto Martins e Aldo Cabral e "Violão", de Vitório Júnior e Wilson Ferreira, ambas gravadas ainda em 78 rotações.
Já na fase dos LPs tornou a gravar essas melodias em um LP de nome "Serestas do Brasil", onde também incluiu "Noite Cheia de Estrelas", "Mimi" , "Serenata"...

Foi Onéssimo Gomes quem "descobriu" Jamelão, o grande cantor da Mangueira e o levou para gravar, o que na época não era fácil os sambistas conseguirem.

Norma

Para Norma Hauer

Carircaturas homenageando a grande Norma Hauer, que hoje completa 85 anos !




Para  ela todas as serenatas do universo com os seresteiros da terra e do céu !

Abraços , e obrigada pela qualidade de informações que você nos passa.

Sou sua  ardorosa fã !

Mãe das Dores - Emerson Monteiro

15 de setembro, mais uma festa católica de Nossa Senhora das Dores, marcada em Juazeiro do Norte, na paróquia a ela dedicada, por fortes manifestações populares em seu louvor, com a presença de algumas centenas de milhares de fiéis daqui e provenientes de tantas outras localidades nordestinas, próximas e distantes.
O culto à santa, uma das expressões místicas da mãe de Jesus, vincula-se às tradições da gente brasileira, trazido na cultura cristã da catequese portuguesa, estabelecido nesse espírito religioso próprio das crenças ibéricas.
A Virgem prefigura, pois, os sofrimentos por que passou Maria na conta das marcas fincadas pelas agonias da paixão do Filho, assistidas no tronco da cruz, lá no alto do Gólgota.
Transpostos ao viver das populações sertanejas, tais sofrimentos indicam, na alma dessas pessoas, o espinho cotidiano das intempéries físicas do mundo de injustiças sociais e carências seculares.
Padre Cícero Romão Batista, o pároco que consagrou em Juazeiro a data, nos inícios da cidade, expressa a escolha do símbolo de mensagem transcendente da resistência aos obstáculos da vida que se vive, aqui neste chão áspero, quente, sob desigualdades, pesares, na luz da esperança em dias melhores, nos ditames de valores elevados, olhos postos nos horizontes da fé.
As condições da persistência indicam, por isso, notícias que fluem da coragem de crer e sobreviver além das limitações dos planos inferiores, bem menos reais aos fiéis do que os valores imortais de um coração religioso, resignado e temente a Deus.
A cada ano, massas humanas reúnem-se nas praças, igrejas e ruas; cantam, rezam, clamam, imploram, transpiram; alegram-se e sofrem nas despedidas; energia que circula no seio das celebrações, qual sinal infinito do amor à verdade em forma de comunhão dos que sempre voltam.
Numa transfusão suprema de bons esforços para visitar a Meca nordestina, os romeiros cumprem, há mais de século, esse itinerário que traduze seus sentimentos originais, envoltos nas dificuldades comuns. Chegam em transportes de carga, ônibus, carros menores, motocicletas, bicicletas, a pé; de todas as idades e diversos níveis. Caminham confiantes, através dos pontos históricos. Reduzem naturais obstáculos. Miscigenam culturas; fazem amizades, e por vezes ficam mais tempo, deixando expressões íntimas do mistério existencial de pessoas dignas e obstinadas, na busca dos caminhos da realização definitiva, nas estradas distantes.
Portanto, cabe aos caririenses dignificar esses lugares de que são depositários dos nordestinos que retornam sinceros para revê-los, fortes símbolos de sacralidade pura, que os alimenta no recôndito da viva imagem de Maria, também nossa Mãe das Dores.

Fernando Pessoa

Mar de todo lugar - Por Aloisio !



“O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia”
[Candeia]

“O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito”
[Dorival Caymmi]

“O mar beijando a areia / O céu e a lua cheia / Que cai no mar / Que abraça a areia”
[Sérgio Ricardo]

“Lá no meu sertão plantei / Semente de mar / Grãos de navegar / Partir"
[Márcio Arantes / Chico César]

“Ai, hoje eu sou / Água-viva dos mares do sul
...
Ah eu fui naufragar / Em teus olhos de mar azul”
[Ednardo]

“O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão”
[Antonio Conselheiro]

“O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão”
[Sá e Guarabira]

“E nesse desafio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio”
[Luiz Gonzaga / Zé Dantas]

Mar de todo lugar

São tantos mares cantados
Que fico aqui deste chão
Pensando no que foi mar
E hoje virou sertão

Outros mares encontrei
Depois deste mar de poesia
E outros muitos haverão
Pois nem todos desbravei

O mar há muito é cantado
Estando bravio ou sereno
Prefiro quando está ameno
Pois navego sossegado

Mar, doce mar, tão salgado
Tempero de minha paixão
Quando sair deste mar
Quero voltar pro SERTÃO



 por Aloisio

Corrente - por Socorro Moreira



A cidade era bonita ,  numa vida bem pacata. Eu vivia com a  família de gênio muito abrandado., e quse sempre feliz !
Papai pintava os carros, a minha mãe ensinava, e costurava uns vestidos, além de cuidar da casa.. Na sua moderna "Singer", escutava a zoadinha, que a tal máquina fazia, pra costurar meus vestidos.
Ainda  quase menina, cumpria alguns recados:
"Menina , me compre já, linha corrente-laranja, na cor branca  e rosa chá"!.
Mas a corrente  da rede, que  a vó me balançava, namorava o armador, ora pra lá e pra cá. Enquanto cantarolava, ela bem  devagarzinho, com seus pés  bem pequeninos , saía silenciosa , e me deixava a sonhar.
A correntinha de ouro, que  perdi no mês  de Agosto, foi presente do meu tio, quando completei 10 anos. Ela tinha uma medalhinha, só não sei qual era o santo.
Depois entrei na corrente do rio no Maranhão, cantava com o barqueiro, aquela velha canção:

" eu vi
as águas do rio correr
 e a canoa do negro passar..."

Lembro a expressão feliz,
do sol, naquela manhã
achava que todo canto
era na sua intenção.

Correntes nunca me atam,
não me escravizam , nem matam
não as tenho em sentimentos
nem tão pouco em pensamentos

" acorrentados ninguém pode
amar..."
 diz o refrão de uma música
 que eu já não sei mais cantar.

mas deixo um tolo conselho
não siga, se não gostar
não acorrente alguém
pensando que vai  ganhar
um amor  pra vida inteira
 sem deixar ele voar

amor é contra-corrente
é livre e gostador
pródigo em carinhos e beijos
mas precisa respirar
no jardim da sua dor.

Finalizando a palavra
vejo que falei demais
pois então complete agora
o  jeito de versejar
use a palavra " primeiro"
senão a loa não para
nem com a luz do luar.



Pessoa- Por Aloisio





Pessoa de fino trato
Pessoa que não desafina
Pessoa maneira, menina
Pessoa sincera, mulher
Pessoa que gosto de olhar
Pessoa que não me sai do pensamento
Pessoa que eu gosto de amar

Silvia foi a pessoa
Que grudou a minha mão
E hoje eu vivo agarrado
Dentro do seu coração

E num mote bem pedido
Pra se dizer num repente
Silvia, meu amor, minha vida
Eu te amo para sempre...

- . –

Passo a palavra a vocês
Que falem como se sentem
Não me venham com algemas
Quero uma outra CORRENTE



Postado por Aloisio

Pérola da MPB -Retiro- Paulinho da Viola

Retiro

Composição: Paulinho da Viola

Meu tempo às vezes se perde
Em coisas que não desejo
Mas não repare esse lado
Pois meu amor é o mesmo
Nos momentos de carinho
Eu me desligo de tudo
Nos braços de quem se ama
É fácil esquecer o mundo

Às vezes eu me retiro
E nada me faz sentido
Só há um canto na vida
Aonde eu me refugio
Afasta as sombras que eu vejo
Em teus olhos tão aflitos
Você conhece minh’alma
E quando quer me visita


Um jeito estúpido de Amar ...

Amar- por Socorro Moreira



descobri o amor
em tenra infância
quando o colo de avó me acolheu
e os cuidados de avô me envolveu
brincadeiras na casa com meu pai
que me entregava de pijama
o seu domingo
chuvoso ou ensolarado
enquanto a mãe fazia mimos

conheci o amor
quando sentia  na madrugada
a mão zelosa de mãe
trocando os lençóis  mijados
as colheradas de mel
a flanela na garganta
pra  acalmar minha tosse
das poeiras  e das artes
que eu trazia comigo
do quintal e da calçada.

conheci o amor
quando aprendi com os mestres
as lições  pra toda vida,
inclusive o catecismo...

aprendi a amar
sem rumo e sem prumo
experimentando o amor
em todas as suas formas
de expressão e valor

agora tenho um o caminho
já marcado com meus meus passos
aprendo o amor com o Victor
que é  puro e  devotado
às vezes nos desligamos
tomamos sustos danados
ao confirmar que o amor
é presa do nosso lado.

Porisso Amar é inerente
ao ser humano e divino
quem não adota esse verbo
e pratica desatinos
tem que voltar pro abc
e aprender de novo a ler
 a grande lei que é divina :
amar a todas as coisas
amar ao próximo mais próximo
e também ao mais distante
amar o desconhecido
e aquele  que é no sangue
o nosso elo  mais forte

o pecado no amar
 inexiste, está provado ...
mas é bom que se defina
que o amor que se procura
é solução do destino.
dissolve o medo,
a tensão ,
cura até desilusão
sana o corpo e alma
cura tudo feito erva
que Deus  jogou lá na serra,
pra espantar nossos males.

Amar é palavra-verbo
a mais doce
a mais completa
mas pra amar de verdade
é preciso que se tenha
por nós o desejo interno
de amar com  liberdade !

Agora deixo o meu mote
no amar de toda gente
escolha o a merecedor
do seu amor
num repente
E diga àquela "PESSOA"
que a ama para sempre !

socorro moreira

Incentivo à marginalidade - José Nilton Mariano Saraiva

Definitivamente, em termos futebolísticos, dentro das quatro linhas a bola da vez é o jovem atacante do time do Santos, Neymar, jogador de indiscutíveis qualidades técnicas. Lépido, leve, com incrível facilidade de driblar e/ou deslocar-se, consegue chafurdar qualquer defesa adversária, mercê da habilidade com a bola nos pés.
Lamentavelmente, no quesito disciplinar, peca pelo cai-cai constante, pela recorrente
tentativa de simulação de faltas, pela impaciência ante uma marcação mais rígida, pelo flagrante desrespeito à arbitragem.
O que é inconcebível, já que um verdadeiro incentivo à marginalidade, é que os seus destemperos comportamentais e seu descontrole emocional dentro do campo sejam minimizados e absorvidos por certo segmento da mídia, sob a desculpa fajuta de que puni-lo seria castrar a própria arte.
Já à borda de campo essa mesma amestrada mídia trata de “endeusar” e proteger certos espertalhões que, por terem jogado razoavelmente o futebol, resolveram se auto-intitular “treinadores” e aí estão enganando dirigentes incautos, que lhes pagam verdadeiras fábulas (Mário Sérgio, Renato Gaúcho e demais).
É preciso que moralizemos o futebol, descartando tais nocivas figuras.

José Nilton Mariano Saraiva

Nos bastidores ...- Por Aloisio

Socorro
O recado abaixo é pra comunidade Cariri.
Abraços
Aloísio

Já dizia Gilberto Gil:
“Poetas, seresteiros, namorados, CORREI...
Talvez as derradeiras noites de luar...” (Lunik 9)
SOCORRO pede socorro, este pedido é uma lei
Esperando que vocês, compareçam agora já.
Venham rápido e depressa, sobre este tema falar.
Deixo também o desafio pra quem sabe o que é AMAR.
(Aloisio)

Rádio Nacional -Por Norma Hauer

RÁDIO NACIONAL - 74 ANOS
Era 12 de setembro, o ano era de 1936, quando uma canção já tradicional ecoou em nossos céus e uma voz firme abriu uma nova emissora dizendo: “está entrando no ar, neste momento, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro”.
A canção era “Luar do Sertão” e a voz era de Celso Guimarães.

O que seria o rádio antes? Quantas emissoras, pioneiras, abriram espaço para que mais uma surgisse? O espaço foi a visão de futuro de Roquette Pinto, que, nos idos de 1923, inaugurou a primeira emissora de rádio no Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Roquette, como Professor, percebeu a facilidade da educação através de um elemento novo e desconhecido: o rádio. Daí seu lema ”pela cultura dos que vivem em nossa terra, pelo progresso do Brasil.”
Seu objetivo foi tomando vulto, vieram outras emissoras oriundas de pequenos núcleos familiares e clubes ou sociedades, sem muito prestígio. Além disso, os aparelhos receptores que alguns privilegiados possuíam, eram feitos de cristais de galena, um derivado de chumbo, que tinha capacidade receptiva e conseguia captar os sons emitidos pelas ainda pouco conhecidas ondas hertezianas.

No final dos anos 20, aqui no Rio, já funcionavam, além da Rádio Sociedade, as Rádios Clube e Educadora do Brasil e Mayrink Veiga. Todas seguindo o lema de Roquette, uma vez que só com o fim educativo tinham permissão de funcionar.
Não era admitida propaganda comercial nas emissoras, o que dificultava sua manutenção, por falta de capital.
Foi no início dos 30 que a empresa holandesa “Philips”, que já
investia em aparelhos receptores de rádio, resolveu instalar-se aqui, importar esses aparelhos, ao mesmo tempo em que teve permissão de criar uma nova estação radiofônica : a Rádio Philips.
Com esse investimento e com a permissão, a partir de 1932, da transmissão de anúncios comerciais, as emissoras tomaram impulso e a Rádio Philips investiu firme em um programa de outro pioneiro: Adhemar Casé.
Pois foi exatamente a Rádio Philips, que deu origem à Rádio Nacional. Embora o prefixo da Philips fosse PRC-6, a Nacional nasceu como PRE-8.
Um ano antes da Nacional foi inaugurada a Rádio Tupi , em um galpão em Santo Cristo.
Até o início dos anos 40, a Nacional se manteve no mesmo nível das outras emissoras, sendo que, na época, a de maior prestígio era a Mayrink Veiga,

Principalmente a partir de 1933, com o ingresso ali de César Ladeira –outro pioneiro.
A Nacional, que passou a funcionar no edifício do jornal “A Noite”, foi anexada às Empresas Incorporadas ao Patrimônio Nacional e, com o apoio do então Presidente Vargas, deu um salto, transformando-se na maior emissora da América Latina.

Ao mesmo tempo, outras importadoras entraram na disputa pelo comércio de aparelhos de rádio, atingindo quase todas as classes sociais.
Enquanto isso, a Nacional foi lançando programas que alcançavam o grande público, já então fanático pelo rádio.

Eram cantores, rádio-atores, instrumentistas, programadores, animadores de auditório, maestros, locutores ...
Francisco Alves, liderava os cantores; Celso Guimarães e Ismênia dos Santos, os radio-atores; Jacó do Bandolim, os instrumentistas; Paulo Roberto os programadores; César de Alencar, os animadores de auditório; Radamés Gnatalli , os maestros impulsionando a grande orquestra da Nacional; Saint-Clair Lopes, os locutores...

Pela Rádio Nacional passaram os maiores gênios do rádio, como Paulo Tapajós, Almirante, Mário Lago, Renato Murce, Lamartine Babo, Iara Salles e Herbert de Boscoli e seu “Trem da Alegria”, Paulo Gracindo, Manoel Barcelos; Brandão Filho...cantores e cantoras alucinavam os auditórios...Orlando Silva, o cantor das multidões, Emilinha Borba, Linda Batista, Dalva de Oliveira, Marlene, Caubi Peixoto, Francisco Carlos, Bob Nelson, Jorge Goulart, Nora Nei,Alcides Gerardi, Nuno Roland, Gilberto Milfont, Carlos Galhardo...Não dá para citar todos.
Seu "cast" foi o maior da América do Sul, quiçá do mundo.

Teriam as emissoras americanas, inglesas, francesas, um "cast" tão grande e tão eclético? Não creio!

Os programas humorísticos, finos, bem feitos, como o “ Edifício Balança, mas não cai”, “Neguinho e Juraci”,“Tancredo e Trancado”; os que ofereciam prêmios, como “A Felicidade Bate a sua Porta”, os de auditório, como os de César de Alencar, Paulo Gracindo e Manuel Barcelos, as disputas das “fãs” de Emilinha e Marlene...o Trio de Osso, com Lamartine Babo, Iara Sales e Hebert de Boscolli...

O rádio-teatro, com o "Teatro em Casa", tendo à frente Celso Guimaães e Ismênia dos Santos, como os principais astros.

E as novelas? As novelas do rádio eram mais interessantes que as da TV.
Como os artistas não eram vistos, nossa imaginação idealizava os personagens.

Assim, cada ouvinte tinha o “seu” Albertinho Limonta e “sua” Mamãe Dolores (de “O Direito de Nascer”). Mamãe Dolores era representada por uma atriz branca e moça (Iara Salles). E a imaginávamos uma preta simpática e rochonchuda.
Outras novelas marcaram época, como a primeira “Em Busca da Felicidade” que “rendeu” um ano; “Renúncia”; Vidas Mal Traçadas”....

Transmissões esportivas, com Oduvaldo Cozzi, Jorge Curi “traziam” o Maracanã para nossa casa, da mesma forma que “Alma do Sertão” e “Jerônimo” nos “traziam” o sertão e “O Sombra” o suspense ...”Quem sabe o mal que se esconde no coração humano?... o “Sombra” sabe, ah,ah, ah...”.

É, não dá para falar um mínimo sobre a extensão e a importância da Rádio Nacional.
O que podemos fazer é dar “asas” à nossa lembrança e trazermos à ´memória a grandeza do rádio brasileiro e a exuberância da Rádio Nacional.

Norma

Juscelino Kubitschek de Oliveira - POR NORMA HAUER


Ele também nasceu em um 12 de setembro, em Diamantina-Minas Gerais.
Foi no ano de 1902.

Exerceu a Presidência da República de 1955 a 1961. Seu lema "50 anos em 5".
Foi criticado, foi elogiado mas deixou sua marca na construçãao de Brasília, tirando do carioca o "gosto" de viver na Capital do Brasil.

Mas também marcou sua presença aqui com a construção do Aterro do Flamengo, depois transformado naquele belo Parque, exatamente por aquele que mais o criticava: Carlos Lacerda.
Foi no final de seu Governo que ele, ao lado do então Presidente de Portugal (Craveiro Lopes) inaugurou, no Aterro, a Avenida Infante D.Henrique, que recebeu esse nome em homenagem aos 500 anos da Escola de Sagres.
E transformou o Palácio do Catete no Museu da República, abrindo aquele belo parque que o contorna ao povo, principalmente às crianças.

Norma

ESQUECIMENTO- POR DOMINGOS BARROSO

Eu não aprendo.

Apago a luz e esqueço
de escrever os últimos versos.

Escovar depois os dentes.

Se bem que agradável
o flúor nas gengivas,

enquanto o dedo
(brilhante do E.T)

cinge o teclado
e faz tremer
a escrivaninha.
Saudade

Daniel Boris (Jacques)

.

Tem saudade e saudades...
Tem saudade que dói
Que destrói
Que corrói
Mas também tem saudades boas
Para onde nossas memórias voam
Saudades que nos fazem sorrir
Suspirar
Que até nos dão saudade de não ter tido saudade antes
Saudades matreiras
Saudades, segredos de sete chaves
Saudades Criança
Saudades do bem
Saudades que tenho
Quando encho o peito, suspiro e me digo:
Como foi bom! que Saudade!


USINA DA MÚSICA : O MAR !- POR SOCORRO MOREIRA




 Gostei muito das lembranças
dessa turma que me encanta
Arrigo Barnabé é tudo
Dominguinhos e Sivuca,
e o nosso alagoano.
Se falar em Tom Jobim
Nosso Antonio brasileiro
eu fico querendo o Chico
 seu mais famoso parceiro
Mas nunca esqueço o Vinícius
 que  tomava  uma dose
 e apaixonava  um comício.


Edu, filho de Fernando
passou a perna no pai
mas quem compôs 
chuva de verão
é simplesmente um arraso...
Um arraso, e nada mais !



Caymmi  é pai de Dori
tem também no contraponto
O Danilo e a Nana
Gosto da família toda
 e do mar que é baiano. 

Rosa Passos  é meu xodó
Bem lembrada, por sinal
E o  instrumental Aramandinho
Fecha  o estoque final
sem desprezar o Naná
que faz percussão legal.


Se você falar  em  Parra,
Volto logo pro Brasil
Athaulfo, e Zé Kéti,
e o Nelson Cavaquinho
Lembro também do Cartola
aquele mestre que diz
que a rosa não fala... Chora !


O Pablo  e a Évora,
sem contar com a Omara,
é coisa que eu muito escuto
escuto, e muito gosto


No francês ,
eu já separo,
o Brel e  o Yves Montand
às  vezes pra variar
escuto a grande Piaf
o Adamo e a François.

Miles Davis, o Jarret
também me tiram a tensão
a verdade é que sou Música
de alma e de  coração ...
Pois um amigo me disse:
"é a linguagem da emoção"!


Porisso peço a você
 que cuide doS seus ouvidoS
 e quando estiver cansado
use a  música terapia
 e vá dormir bem tranquilo
 na falta de som no quarto
use o seu rádio de pilha !

Me despedindo por hoje
 deixo  a minha sugestão
 que o mote  seja forte
 como o vento e o tufão
 que  seja da cor do céu
  com nuances de outra cor
que seja verde  mulato
os olhos  daquele amor
Vamos falar  de um mar,
gente que mora em sertão !?