Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"E agora? O que será do vazio sem a lixa, os ferros e os martelos?
Como serão as noites sem a solução do inacabado da tarde?
E as manhãs acordadas para experimentar as soluções urdidas nas noites silenciosas?

Será uma outra arte?
A de fazer a madeira ecoar as vibrações das cordas de aço?
A rabeca revirar este mundo que se esconde na música dos astros?"
(José do Vale )


Estou cheia de atividades domésticas. Aproveitarei o mês de Janeiro pra colocar em ordem a minha vida.
A vantagem de um blog coletivo é que ele não perde por esperar siêncios e ausências.

Voltarei depois de um pequeno intervalo.Voltarei em Fevereiro !

Abraço com carinho todos os meus amigos.


AS PERIPÉCIAS DE UM JORNALISTA

Pedro Esmeraldo

Fim de ano! Foi horrível para mim. Tive um comportamento assombrado, estimulado por pessoa maldosa, de baixo nível social.

Fiquei deveras magoado e continuarei com mágoas até o fim com uma figura estóica que permanece com asas sustentadas por alguém que deveria ser uma pessoa notável no meio político, pois se iguala a outra figura semelhante, dando prioridade a suas doutrinas de homem de comportamento desequilibrado.

Mas o que fazer? Essa figura notável se diz filho do Crato, deveria comportar-se como político de alta linhagem democrática, mas que “perde as estribeiras”, assemelhando-se aos seus comparsas e trazer boas maneiras com boas perspectivas para o Crato. Mas não, essa figura se perde no espaço vazio, aloja-se a pessoas perversas que só sabem esmaecer os amigos, pretendendo anuviar o bom procedimento dos cidadãos de bem.

Parei de escrever por uns dias a fim de equilibrar-me emocionalmente, fugindo das forças negativas que invadem o Crato.

Graças a Deus, volto à luta, enfrento o batente tenebroso para mostrar aos amigos que os considero indigestos, (porque não sabem o que dizem), não sou pessoa de esmorecer por pouca crise, visto que “o que vem de baixo não me atinge”, vou em frente, permanecerei na luta com muita garra, enfrento dissabores e cairei em cima dos erros que surgem constantemente.

Saibam senhores cheios de idéias fantasiosas (que cheiram mal), Crato não comporta esse tipo de pessoas dúbias e que pensam que o mundo é deles e entorpecem o desenvolvimento da cidade com palavras maldosas.

Neste presente momento, volto a dizer a esses homens apáticos que só sabem debochar de suas companheiras, se quiserem viver em paz, não repita mais esses atos grosseiros e deixem de dizer asnice ofendendo seus amigos. Seria melhor calarem com essa boca, dando abraço de tamanduá, aquietando-se, deixando-nos em paz.

A leitura como finalidade - Emerson Monteiro

Dentre outros resultados da leitura como hábito saudável, ler com frequência ativa funções cerebrais necessárias para viver consciente e com maior durabilidade no tempo.
Um conhecimento, que é de todos, repete os ditos da ciência de que o que não se usa atrofia. Em vista de serem os neurônios células vitais do sistema nervoso, à medida que se apagam, levam consigo a vitalidade essencial do bom andamento das demais atividades do corpo. Enquanto que a constância da leitura mantém a sobrevivência dessas células, e ocasionam saúde ao corpo inteiro.
Há um livro intitulado A arte de ler ou como resistir à adversidade, escrito pela pesquisadora francesa Michèle Petit, que desenvolve o tema da leitura do modo utilitário, sob o ponto de vista psicológico. Ela considera o ato de ler nos momentos críticos da vida, diante das desilusões amorosas, morte de pessoas da família, doenças, crises ou catástrofes coletivas, qual instrumento poderoso de restabelecimento dos aspectos pessoais positivos. Naquelas ocasiões, o livro apresenta sua fidelidade ao leitor, de modo a permitir energias suplementares para vencer os embates difíceis da existência.
Amigo incondicional, o livro conduz as pessoas a lugares mentais que lhes permitem chegar aos meios da calma, apaziguando distúrbios e conflitos ocasionais.
Em todos os cantos, leitores utilizam o poder da leitura para reverter situações adversas, mostra a pesquisadora, desde a Europa à América Latina, Brasil, Argentina, México, Colômbia. Ela viajou pelas diversas localidades estudando experiências de professores, psicólogos, artistas, escritores, editores, trabalhadores sociais, considerando diferentes públicos, crianças, adolescentes, mulheres, homens, escolarizados, marginalizados, sempre com a visão essa interpretativa da leitura e sua utilidade revitalizadora.
Na concepção dessa estudiosa francesa, a leitura conduz ao esquecimento temporário da dor, do medo e da humilhação (...) para despertar a interioridade, colocar em movimento o pensamento, relançar a atividade de simbolização, de construção de sentido e incita trocas inéditas. Conclui, então, que o hábito de ler permite intercalar momentos de paz nas realidades dolorosas, ofertando uma sobrevida aos leitores. Invés de fuga do mundo real, ler permite uma pausa, um intervalo necessário para curar as feridas de uma realidade demasiado dolorosa, nas suas palavras.
Segundo Michèle Petit, apropriar-se dos livros é reencontrar o eco longínquo de uma voz amada na infância, a relembrança dos entres queridos e suas sonoridades em que as palavras são bebidas como se fossem leite ou mel.
Resta a todos, também por isso, valorizar o hábito da boa leitura e o privilégio de se ser alfabetizado entre tantos que ainda não obtiveram esse direito.