Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Te amo calado(a) - com Lulu Santos




Não existiria som se não houvesse o silêncio
Não haveria luz se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim

Cada voz que canta o amor não diz tudo o que quer dizer
Tudo que cala fala mais alto ao coração
Silenciosamente
Eu te falo com paixão

Eu te amo calado
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncio e de luz
Nós somos medo e desejo
Somos feitos de silêncio e som
Tem certas coisas que eu não sei dizer

A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim

Eu te amo calado
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncio e de luz
Nós somos medo e desejo
Somos feitos de silêncio e som
Tem certas coisas que eu não sei dizer
(E digo)

Como uma onda - Lulu Santos

Reinos

Já não morro
por tua falta

e as noites
(ainda frias)

trazem lembranças
boas e tranquilas.

Já não desejo
tua companhia
(enlouquecido)

meu sonho agora
é uma pizza.

Já durmo bem mesmo
feito a plantinha da varanda

sem medo de lagartinhas
e insetos crescidos.

A brisa que me sacode as folhas
é a mesma que me arrepia os braços.

Sou de fato (creia)
a plantinha da varanda.

Acordo com os pássaros
aos meus ouvidos.

Um ruflar de cordas vocais
que meu deus do céu:
doidas andorinhas.

Óleo

Quando tu deixaste de lado
o porre e a loucura
fizeste inimigos.

Não é tão simples
largar da velha túnica.

Queimar os ossos.
Afogar-se no próprio oxigênio.

Quando percebeste a tolice
do eterno retorno

entes soberbos
diante do teu silêncio
ergueram-se com ira.

Mas nenhum mal (nem do céu nem da terra)
poderá te ferir a dileta alma

(nascida do fogo
e pelo fogo santa).

Mudar de pele
(enquanto os tolos blasfemam)
não é um milagre natural.

É preciso refluxo constante
da chama dentro do peito.

Dias e noites
margens opostas

pisando pântanos
jardins etéreos.

Ainda sentirás garras aos teus tornozelos.
Ouvirás vozes de veludo aos teus ouvidos.

Mas nenhum mal (nem do céu nem da terra)
cairá sobre tua cabeça
ornada por nuvens brilhantes.

Humano permanecerás atento.
Cercado de descuidos.

Leva contigo somente esta verdade:
nunca mais terás o sossego dos fracos.

lato sensu

Definitivamente:
formiga tem mais vida
do que um gato.

Quando se pensa afogada
dentro do balde

a alma transmigra-se,
rápido desperta:

sacode então as omoplatas
alonga as perninhas

e se perde na vastidão
das cerâmicas.
Olhe à sua volta!
- Claude Bloc -
.
Um ponto qualquer entre Sobral e Fortaleza

Açude de Forquilha - CE

Região alagadiça entre Lagoa Redonda e Porto da Dunas - CE

Região alagadiça entre Lagoa Redonda e Porto da Dunas - CE

Região alagadiça entre Lagoa Redonda e Porto da Dunas - CE

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Muitas vezes andamos por aí indiferentes, fechados, calados aos apelos da vida e do mundo à nossa volta. Esquecemos de olhar pela janela, de colher o néctar e a luz tão ao alcance de nossa mão.
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Desde 2003 venho passando por estradas pra lá e pra cá. As mesmas. Mas isso não significa que hoje as veja como as via ontem. A cada vez, assim como tudo na vida, elas se renovam, ganham nova graça. Fiz disso, dessa observação, um exercício da minha sensibilidade. Passei a vê-las com um olhar diferente a cada dia... Com poesia, pondo cores onde até não existem. Talvez porque seja assim a fórmula que encontrei para enxergar essa beiras de estrada que passam por mim (ou sou eu que passo por elas?), a todo instante, como uma terapia e um alento. Não permitindo deixá-las mais cair na obscuridade ou apenas não me permitindo passar por elas sem vê-las. Vê-las com a alma e o coração, sentindo-as, vivendo-as.
.
Piegas, eu? Talvez! Para muitos talvez eu pareça. Mesmo porque muita gente não se dá ao trabalho de ser feliz com os pequenos acréscimos que a vida oferece gratuitamente. Crêem que só se é feliz de forma absoluta e plena.
.
Eu, ao contrário, tenho somado em minha alma essa beleza que vejo por onde passo. Olhando pra tudo como se fosse a primeira vez e como se eu fizesse parte desse todo. Como se imersa nesse incenso que é a vida, eu pudesse colher, a cada emoção, a minha própria dose de felicidade que se renova a cada passagem.
.
Olhe pela sua janela ... .
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Claude Bloc - (fotos com o carro em movimento)

O Relógio do Coração - Alexandre Peligi

Este texto, cuja autoria é de Alexandre Peligi, é divulgado na net como sendo de Mario Quintana,

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário mostrar que eles ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.
Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.
Há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados das folhinhas.
Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembranças de horas.
Há eventos que marcaram, e que duram para sempre,
o nascimento do filho, a morte do pai, a viagem inesquecível, um sonho realizado.
Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.
Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.
Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz eu estava na ocasião.
O relógio do coração – hoje eu descubro - bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.
Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.
Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.
É olhar as rugas e não perceber a maturidade.
É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças da vida.
Pense nisso.
E consulte sempre o relógio do coração:
Ele te mostrará o verdadeiro tempo do mundo

Alexandre Peligi

Uma boa dose de Mário Quintana


Sábias agudezas… refinamentos…
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre…
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.

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DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

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DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

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Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

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Quem Sabe um Dia

Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois

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Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

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No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...

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A verdadeira arte de viajar...

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

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Qualquer ideia que te agrade,
Por isso mesmo... é tua.
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro em ti se achava inteiramente nua...

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PEQUENO ESCLARECIMENTO

Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio rm que escrevo e em que tu me lês.

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DA OBSERVAÇÃO

Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...

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PRESENÇA

É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.

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Amar:

Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro.

Mario Quintana

Fiquem ligados !



Faltam 08 dias, Show MUSI(CA)MINHOS de Pachelly Jamacaru

Contagem regressiva, será dia: 30 Abril no Centro Cultural BNB em Juazeiro do Norte,às 19.15h. Participaçãoes Especiais: Abidoral Jamacaru, Luis Carlos Salatiel, João do Crato, Dihelson Mendonça, Nivando Ulisses, acompanhados por: Aminadaber, Danilo, Isaias do(Trio Cariri) e o Mestre Jairo Starqey Convidamos a todos, marquem presenças!

Por Claude Bloc

No pé de mandacaru
a fruta vermelha
sob um céu azul
a vida que passa
o sol que se embaça
e a flor, a parelha
saudade de tu.


" POCHAMAMA" - Por Ernesto !



Ultimamente, tenho lido bastante sobre o assunto e fico cada vez mais assobrado com o que descubro. Segundo estudiosos do nosso meio ambiente, estima-se que diariamente quatro espécies (entre animais, vegetais, micro-organismos...) sejam extintas nas florestas tropicais úmidas brasileiras. Quatro por dia!

Os cientistas afirmam que o planeta terra tem entre 5 milhões e 30 milhões de espécies. Acho que precisamos começar a pensar nisto, antes que seja tarde. As grandes mudanças ambientais que estão acontecendo desde o início da Revolução Industrial (há 150 anos), em particular a desenfreada exploração do planeta nos últimos 50 anos, são fatos que não podem ser escondidos.

Alguns pesquisadores prevêem que 50% da flora e da fauna da Terra poderiam estar a caminho da extinção já em 2100.

A maioria dos biólogos acredita que uma extinção em massa está a caminho. Apesar de divididos a respeito dos números, muitos cientistas acreditam que a taxa de perda de espécies é maior agora do que em qualquer outra época da história da Terra.

Os estudos mostram que cerca de 12,5% das espécies de plantas conhecidas estão sob ameaça de extinção. Alguns dizem que cerca de 20% de todas as espécies viventes poderiam desaparecer em 30 anos. Quase todos dizem que as perdas são devido às atividades humanas, em particular a destruição dos habitats de plantas e animais.

No Brasil - país de maior diversidade biológica do mundo, segundo o Worldwatch Institute (EUA) -, onde vivem cerca de 15% a 20% do total de espécies do planeta, 300 animais e vegetais encontram-se em perigo de extinção.

Outros estudos mostram que a relação entre crescimento populacional e o uso de recursos do Planeta já ultrapassou em 20% a capacidade de reposição da biosfera e esse déficit aumenta cerca de 2,5% cada ano. Isso quer dizer que a diversidade biológica - de onde vêm novos medicamentos, novos alimentos e materiais para substituir os que se esgotam - está sendo destruída muito mais rápido do que está sendo reposta. Esse desequilíbrio está crescendo. Até 2030, 70% da biodiversidade poderá ter desaparecido..." (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL, Almanaque Sócio-ambiental Brasil 2008, São Paulo, 2007, p. 33.).

O extermínio de espécies acontece naturalmente desde o surgimento da vida na Terra. Entre suas principais causas estão os processos de desertificação, as glaciações e alterações na atmosfera provocadas por atividades vulcânicas ou meteoros. Calcula-se que 95% das espécies que já existiram na Terra desapareceram. Esse processo acontecia a um ritmo de, aproximadamente, uma espécie extinta a cada 13 meses. Hoje, segundo a UICN, são cerca de 5 mil espécies por ano, ou 13,7 por dia. Só na Indonésia, país recordista em destruição da biodiversidade, some uma espécie por dia. Isso acontece, sobretudo, pelo aumento da degradação ambiental - como a poluição das águas, dos solos e do ar -, pelo desmatamento e pela contaminação do meio ambiente por radioatividade e agrotóxicos.

Vou citar um caso... apenas um, para vermos o tamanho do prejuízo ao planeta! Os estudos mais recentes revelam uma aceleração no processo de degelo no Ártico. Com base em estudos mais antigos, as estatísticas apontavam para um derretimento da calota polar do Ártico somente para o ano de 2100 com percentual de 80% de degelo. Esta estatística foi refeita e a previsão agora é para o ano de 2040 ou 2050. Estudos realizados pela universidade do estado de Washington e pela administração americana para a atmosfera e os oceanos (N.O.A.A.), "permite prever um Ártico praticamente sem gelo dentro de 32 anos."

Por tudo isto é tão importante olharmos mais para nossa Pachamama . É como dizia o grande Chico Mendes: “No começo, pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade”

Há um segredo em teus cabelos- por Norma Hauer

HÁ UM SEGREDO EM TEUS CABELOS

Ele nasceu no dia 22 de abril de 1893, em São Paulo, recebendo o nome de Gastão Marques Lamounier ou apenas GASTÃO LAMOUNIER, como ficou conhecido.
Muito jovem veio para o Rio , aqui se encontrando com Mário Rossi (que viera de Petrópolis) com quem compôs “...E O Destino Desfolhou”, gravação original de Carlos Galhardo.
Mas quem lançou essa valsa, em estúdio, foi Albenzio Perrone, que ficou aborrecido por Gastão dá-la a Carlos Galhardo para gravar..

Compôs várias outras valsas que se tornaram famosas e continuam a ser lembradas em muitas serestas, entre as quais, "Arrependimento", com Olegário Mariano; "Suave poema de amor", com Mário Rossi e "Há um segredo em teus cabelos", com Osvaldo Santiago.

Em 1929, convidado pelo cantor Albenzio Perrone, ingressou na Rádio Educadora onde permaneceu por mais de dez anos, chegando a ser diretor artístico, além de criar o "Programa Lamounier", no qual atuaram inúmeros nomes da música popular brasileira.
O mesmo Albenzio Perrone gravou em 1939 as valsas "A vigília da Lâmpada”e "Lição de amor".
. Em 1945, o "Programa Lamounier" passou a ser apresentado na Rádio Nacional e posteriormente na Rádio Clube do Brasil.
Sua valsa “Há um Segredo em Teus Cabelos” recebeu letra de Oswaldo Santiago e se transformou em um “jingle para um produto de nome “Juventude Alexandre”.
Sílvio Caldas gostou da música e gravou-a, tendo na outra face do disco a valsa, também de Gastão Lamounier “Só Nós Dois”.

HÁ UM SEGREDO EM TEU CABELOS

“Em teus cabelos de seda,
Que perfume, que aroma sutil.
Dos sonhos pela alameda,
Bailam flores, num baile gentil
Há um segredo cantando,
Trescalando uma essência de flor.
Onde vibram ardejos, desejos.
Misteriosos eflúvios de amor.”

O “jingle” terminava e o “Speaker” (como os locutores eram conhecidos na época) anunciava a Juventude Alexandre.afirmando que o produto deixava o cabelo “trescalando uma essência de flor”.

Gastão Lamounier faleceu em 28 de janeiro de 1984, aos 91 anos.

Planeta Terra - por Norma Hauer

Sobre uma edição especial que veio inserida no jornal "O Globo", com o título "Planeta Terra".
Na página três há uma foto de uma grande ressaca ocorrida em Ipanema. Coisa que eu nunca vira antes.

No suplemento não consta o dia da ressaca, nem mesmo a data do próprio suplemento. Só consta que é de março deste ano.

Guardei esse suplemento que mostra algumas maravilhas dos mares do mundo e uima matéria bonita sobre os tigres, uma das espécies em extinção. Salvá-los fora de seu habitat , com o homem destruindo floresta, não será fácil.

E aqui no Brasil ? Araras, mico-leão, onças...quantas espécies de animais sobreviverão com a devastação cada vez maior da Amazônia?

E os ursos polares? Quantos icebergs se desprenderam no Polo Norte e ursos sobrevivem um pequenas placas de gelo.

Estive na Suécia em pleno inverno de 2006/2007 e o governo estava preocupado com os ursos que se aproximavam das cidades à procura de comida. Nesse inverno, eles não hibernaram. Foi um ano em que os termômetros não saíam de zero graus.
Já este último inverno, foi aquilo que a imprensa mostrou. Em um ano há o excesso de frio ou calor e no outro a temperatura fica amena em todo o mundo.

Lamento o futuro das crianças de hoje e das próximas gerações que herdarão uma terra (se ainda existir) em péssimo estado. Calor nunca visto aqui e frio também não visto no Hemisfério Norte.
Isso ocorreu neste último verão (hemisfério sul) e inverno (hemisfério norte).