Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Correio Musical

Rua Dr. João Pessoa - Anos 60 - Por: Socorro Moreira


( A rua da família de Dona Benigna)

De volta ao passado. Rua acima, rua abaixo.
Estou pisando nos ladrilhos da Dr. João Pessoa, da casa de Dona Benigna até a Praça Siqueira Campos, justo de onde, das trocas de olhares entre os brotos, nasciam grandes amores.
A casa permanece do mesmo jeito: jardim encantando um santuário. A casa das cinco mulheres: Dona Benigna, Dona Anilda, Dona Alda ,Dona Almina, e uma ruma de meninos (os filhos de Dona Almina), sem contar com toda a turma dos primos. Boas energias, boas prosas, bons cuidados. Muro com muro, morava Dona Laís. Mais uma das Arraes.Era bela , cabelos negros, pele clara, olhos cor de esmeralda, mãe de Everardo Norões (notável escritor), "Donaciano" e Fernando.

Depois, a casa da Dra. Josefina. Um casarão sombrio. Meus olhos lá nunca penetravam. Parecia-me que as luzes estavam sempre apagadas. Ela tinha uma personalidade que me intrigava- uma médica, nos anos 60 era coisa rara !

Lado oposto morava, numa casa minúscula, eu e a minha família. Dormíamos uns em cima dos outros, no aperto de todos os sentidos. Dias de chuva, a casa ficava inundada. Boiavam os nossos utensílios( domésticos e pessoais) . Eles sabiam nadar, gozar o prazer de um banho de chuva. Meu pai adormecido, nos seus sonhos de boêmio, conseguia nos lembrar:" cuidado com o meu sapato de cromo alemão!". Enquanto isso as mulheres adultas ficavam puxando e enxugando as águas.

Parede com parede, Dona Irismar e Seu Antonio; Seu Luiz (enfermeiro) e Dona Albertina. Dona Zeneuda (prima de Dr. Aníbal e Letícia Figueiredo) tinha quatro filhas: Antonieta (a mais bela), Elisabete, Ermira e Elisa. Vida de viúva , modesta, parcimoniosa, mas feliz!

Na esquina, a pensão Hermes. Janelas e portas abertas. Mesas bem forradas ervas azeitadas, viajantes, forasteiros, e o cheirinho dos temperos.

Praça Juarez Távora, Escola Técnica de Comércio, sob a direção do professor Pedro Felício Cavalcante. Movimento constante. Quem não podia estudar no Colégio Diocesano ou no Santa Teresa, formava-se lá. E naquela Instituição, muita gente se instruiu, e conquistou seu lugar-berço natural da Faculdade de Economia do Crato.

Até chegar na Praça Siqueira Campos, a gente tinha que pisar na calçada de Dr. Meudo, casa de Dr. Aníbal, Seu Eunício Dantas, Armazém Recife, Alfaiataria de "Rivadave", consultório de Dr. Derval Peixoto, sobrado de Joaquim Patrício ou seria de Antonio Luiz? Armarinho dos Vilar, Casas São José (ainda permanente na venda de chapéus); em frente à Azteca de seu Modesto a Livraria de Seu Ramiro Maia(Ronald no atendimento), e meu olhar a cobiçar livros, notadamente, os Romances; Tipografia Cariri de Seu Raimundo Maia e Dona Conceição: Casa Vênus, Casa Abraão, Casa Alencar, Livraria Católica de José do Vale e Vieirinha... (aposto que viviam por lá Do Vale e Zé Flávio, que ainda eram meninos); Ernani Silva, "Sal Míneo", Anísio Calçados, e O Grande Hotel.

Lado oposto, a partir da Pça S.Vicente, eu lembro da relojoaria Nonato, Casa do Pintor, Ótica aonde Sofia (irmã de Maildes Siqueira) trabalhava; Tércio Vidraçaria (ainda no mesmo lugar, e do mesmo jeito...!). A Babilônia de Wilson, sobrinho de Cícero Coló, Casas Pernambucanas, Banco Caixeiral de Seu Pedro, Augusto Gonçalves (meu padrinho de batismo), Ésio Braga... Na memória, ainda trabalham por lá; A Cratense de Seu Euclides Lima Barros e Dona Neném; Juvêncio Mariano, Loja Azteca, que calçava a nossa elegância; Thomaz Osterne de Alencar, e a praça!

A praça, a Frigidaire, Bantim e o Cassino. Essa rua era o nosso Shopping, nosso passeio público, nossa vitrine, nossas luzes de néon, nosso caminho!

* Não confiem plenamente, na memória de uma menina. A intenção é atiçar lembranças, e torná-las mais completas. Acrescentem. Cada nome citado merece um conto!

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Memórias do Quadilátero São Vicente - Maria Amélia Pinheiro


Uma pequena grande imagem faz várias outras passarem como um filme em nossa memória. São lembranças saudáveis de um tempo que não volta .

Certa manhã, navegando no “Cariricaturas”, vi uma linda foto da Praça Juarez Távora, conhecida como Praça São Vicente, por localizar-se em frente à igreja do mesmo santo. São Vicente era espanhol, um famoso pregador dominicano. O quadrilátero que formava a Praça São Vicente é um pedaço marcante da minha infância. Era passagem para vários lugares do Crato, como por exemplo para a casa de Tia Maria Alice, para o Instituto São Vicente Férrer , Estação ferroviária, AABB, igreja. Era passagem obrigatória para as missas dos domingos, para as quermesses da paróquia que angariava dinheiro para as obras sociais. Os bingos nas noites de abril, bebidas e comidas. Um espaço com mesas e cadeiras na rua, onde havia a confraternização dos paroquianos que prestigiavam a festa, reencontro de amigos degustando comidas, ou melhor os frangos com farofas leiloados pelos presentes. "Quem dá mais"?, perguntava Correinha....

Esse quadrado, onde a felicidade também morava, era privilegiado, com praça, igreja, colégio, pensão, hotel, a casa da D. Rosa Amélia, que era uma senhora distinta, proprietária de um poodle branquinho que era carregado dentro de um carrinho de bebe. Ela passeava orgulhosamente com o cão pela calçada, com a certeza de que o animalzinho era mais bem cuidado do que muitas crianças da cidade. Na esquina do hotel e restaurante do Sr. Hermes Lucas havia janelas altas e estreitas que, da calçada, possibilitava vermos os hóspedes nas mesas de toalhas brancas se deliciarem com a comida cheirosa e caseira da D. Conceição. Na outra lateral da igreja morava a D. Nery, dona de uma bodega, com um balcão preto de moscas, circundado por um cheiro característico de pinga e bolor. Lá, vendiam-se balas e chicletes maravilhosos. Uma quartinha de barro em cima do parapeito da janela, que dava para a rua, era acompanhada de uma caneca "democrática" de alumínio virada no gargalo, e aquela água deliciosa geladinha matava a sede de quem passasse na rua, dos fregueses da bodega e de alguns alunos do Instituto. A caneca era de todos. (Parecia que naquela época não existiam bactérias, H1N1, outros vírus, micróbios, micoses, ou será nós que tínhamos mais resistência a esses invisíveis bichinhos que o pessoal de hoje?)

Em frente à bodega, ficava a pensão de Sr. João do Alto, que tinha o costume de colocar a cadeira de balanço na calçada para ver o movimento da rua, e nós saiamos da escola vendo aquele pacato senhor sentado naquela cadeira de balanço. De vez em quando o ajudávamos a embalar a cadeira, até que um dia ele resolveu deixar um pedaço de madeira roliço perto da cadeira e não tivemos mais como embalá-la. (Desconfio que o incomodávamos). Saudosas travessuras de criança.

No final da rua, onde ficava localizado o Instituto São Vicente, os moradores da rua passavam uns mau bocados com os gritos, correiras e brigas dos alunos. Tal acontecia na espera pelo som do apito da fabrica, pois a escola abria nesse momento e os alunos entravam em horda bagunçada até as salas de aula. Não respeitávamos a sesta das D. Maria Pia, Maria Guedes e de Lilia, que hoje descansam em paz.
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Maria Amélia Pinheiro
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Cogito ergo Sun" - Por : João Nicodemos



COGITO ERGO SUN"
PENSO, LOGO...
SOU.


se penso que sou,
sou,
se não penso,
não sou...


(se)
penso Bem
penso sem amarras
dez amarras desamarram...


penso AMAR
dez armas
se desarmam


pense também!
pense Bem!!
De João Nicodemos : arte e poema

Poema de João Nicodemos



MOTO CONTÍNUO

COM A PRÁTICA
A PERFEIÇÃO
VEM

POR INÉRCIA.


Encanto - Por João Nicodemos



Encanto


O fio
da faca
não resiste ao canto
da pia

Beijaflor - Por : João Nicodemos de Araújo Neto


Beijaflor
Flor bela, minha flor,
Minha flor bela,
Violeta minha,
Catléia lilás,
Hortência florindo a serra,
Sempre viva
Sempre linda...
Me deixa
Te beijaflorar!




Tela e poema de João Nicodemos

São

Dois dias,
exatos dois dias
o fígado acorda
sob a melancolia
dos monstrengos -

as paredes
mudando de cores
e de ruídos.

Edu Lobo - Um dos maiores compositores da Música Popular Brasileira


Filho do compositor Fernando Lobo, começou na música tocando acordeão, mas acabou se interessando pelo violão, contra a vontade do pai. Iniciou a carreira nos anos 60 fortemente influenciado pela bossa nova, quando então numa parceria com Vinicius de Moraes, compôs Só Me Fez Bem. Porém, com o decorrer do tempo adotou uma postura mais político-social, refletindo os anseios da geração reprimida pelo ditadura militar brasileira. Nesta fase surgiu uma parceria com Ruy Guerra e as composições engajadas Canção da Terra, Reza e Aleluia.

Ao mesmo tempo em que participava de vários festivais de música popular, obtendo o primeiro prêmio em 1965 como Arrastão (com Vinicius de Moraes) e em 1967 com Ponteio (com Capinam), Edu dedica-se a compor trilhas para espetáculos teatrais, entre eles o histórico Arena Conta Zumbi, ao lado de Gianfrancesco Guarnieri. Depois de uma temporada nos Estados Unidos, Edu volta ao Brasil e retoma várias parcerias, entre elas a com Chico Buarque, e compõem a música de novas peças e balés.

O Grande Circo Místico
Pensado originalmente para o ballet teatro, do Balé Teatro Guaíra, e inspirado no poema homônimo do parnasianista/ modernista Jorge de Lima (da obra A Túnica Inconsútil, 1938), o espetáculo estreou em 1983, mesclando música, balé, ópera, circo, teatro e poesia. Tamanho o sucesso, originou uma turnê de dois anos pelo país, assistida por mais de duzentas mil pessoas, em quase duzentas apresentações. Consagrou umas das mais completas obras já apresentadas no país, lotando o Maracanãzinho e o Coliseu dos Recreios, em Lisboa. As canções foram interpretadas por Milton Nascimento, Gal Costa, Simone, Gilberto Gil, Zizi Possi, entre outros. O disco coletivo foi lançado pela Som Livre.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura, cantou, ainda que com uma participação especial diminuta, no coro da uma versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.


O disco Meia-noite recebeu o Prêmio Sharp de melhor disco de música popular brasileira do ano de 1995. O disco Cambaio, gravado com Chico Buarque, recebeu o Grammy Latino de melhor álbum de MPB em 2002.


Canções em destaque
Ponteio (com Capinam)
Arrastão (com Vinicius de Moraes)
Upa, Neguinho (com Gianfrancesco Guarnieri)
O Circo Místico (com Chico Buarque)
Choro Bandido (com Chico Buarque)
Beatriz (com Chico Buarque)
Pra Dizer Adeus (com Torquato Neto)
Aleluia (com Ruy Guerra)
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* Nasceu no Rio de Janeiro , no dia 29 de agosto de 1943.



... Fica! - Socorro Moreira


As pessoas partem

a paisagem fica

Perdem-se os aneis

os dedos afinam-se

Mudamos de cidade

o poço fica

Perdemos um amor

o vazio fica


Em todas as perdas

ganha-se algo de mais valia

O amor não envelhece

Fica sábio,

preguiçoso, mais pacato


Incondicional é o amor

que não desiste.

Ingrid Bergman - Uma das mais belas estrelas de Hollywood -



Nasceu na capital sueca, filha de mãe alemã e pai sueco. A sua mãe morreu quando tinha dois anos e pai, Justus Bergman, era um fotógrafo boémio que lhe transmitiu o amor pelo teatro.

Ingrid entrou para a Real Escola de Arte Dramática de Estocolmo e antes de terminar o curso estreou no cinema, levada por um caçador de talentos. Em dois anos participou de nove filmes na Suécia.
Já famosa no seu país, Ingrid foi levada para Hollywood em 1939 para estrelar a versão de um dos seus mais bem sucedidos filmes suecos, "Intermezzo". A partir daí, o mundo inteiro rendeu-se a uma grande atriz que tinha um estilo próprio que em Hollywood alguns diretores e produtores definiam com um glamour ao ar livre, que fazia com que ela intrepretasse da mesma maneira vibrante tanto uma camponesa como uma princesa.
Bergman foi três vezes premiada com o Oscar, sendo duas como melhor atriz e uma como melhor atriz coadjuvante. O primeiro Oscar veio em 1944 com "À Meia-Luz", o segundo em 1956 com "Anastácia, a Princesa Esquecida", e o terceiro em 1974 como uma solteirona retraída em "Assassinato no Orient Express". Participou em numerosos filmes, incluindo clássicos do cinema americano, como Casablanca, ou do italiano, como Stromboli.

Casou-se em 1937 com Petter Lindström , com quem teve uma filha, Pia. Em 1949 divorciou-se e casou com o diretor italiano Roberto Rossellini, uma união que causou muita polémica, pois ambos eram casados quando se apaixonaram e abandonaram as respectivas famílias para viverem juntos. Essa paixão fez com que Ingrid fosse acusada de adúltera e de mau exemplo para as mulheres americanas e levou-a a ficar anos sem filmar nos Estados Unidos. Com Rossellini ela teve três filhos: Roberto e as gêmeas: Isotta Ingrid e Isabella, hoje a atriz Isabella Rossellini. Esse casamento durou até 1957, quando se divorciaram. Foi casada com Lars Schmidt de 1958 até 1975, quando também se divorciou.

Ela morreu no dia do seu aniversário de 67 anos, depois de lutar seis anos contra um câncer nos seios e de fazer duas mastectomias. Em uma entrevista um ano antes de falecer, Ingrid disse que se recusava a se render à doença e que por isso continuava a fumar e a beber vinho e champagne.

Recebeu 6 indicações ao Oscar, na categoria de Melhor Atriz, por suas atuações em "Por Quem os Sinos Dobram" (1943), "À Meia Luz" (1944), "Os Sinos de Santa Maria" (1945), "Joana D'Arc" (1948), "Anastacia, a Princesa Esquecida" (1956) e "Sonata de Outono" (1978). Venceu em 1944 e 1956.
Ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, por sua atuação em "Assassinato no Orient Express" (1974).
Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Atriz, por suas atuações em "À Meia Luz" (1944) e "Os Sinos de Santa Maria" (1945). Venceu em 1945.
Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Atriz - Drama, por suas atuações em "Anastacia, a Princesa Esquecida" (1956) e "Sonata de Outono" (1978). Venceu em 1956.
Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Atriz - Comédia/Musical, por sua atuação em "Flor de Cacto" (1969).
Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz - Minissérie/Filme para TV, por sua atuação em "A Woman Called Gloria" (1982).
Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Atriz Estrangeira, por sua atuação em "A Morada da Sexta Felicidade" (1959).
Ganhou o BAFTA de Melhor Atriz Coadjuvante, por sua atuação em "Assassinato no Orient Express" (1974).
Ganhou um César honorário, em 1976.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ingrid_Bergman
.
Data de nascimento
29 de Agosto de 1915
Local de nascimento
Estocolmo Suécia
Data de falecimento
29 de Agosto de 1982 (67 anos)
Local de falecimento
Londres, Inglaterra Reino Unido



Aniversariante do dia : o escultor e poeta , Antonio Sávio Nunes -



"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o." ( Nietzsche.)

PRAZERES

(Sávio Nuves)

E o que restam desses risos amargos
Desses goles, desses tragos, dessa noite fulgás
O que restam de tantos os passos
Se a maiorias deles foram dados para trás

O que resta da beleza, desta vil sensação
Desta mentira, dessa vil utopia
De embreagar-se de uma pequenez doentia
E depois sentir as dores de um gigante malsão

O que resta, porque fazemos, a que troco?
A tais perguntas não queremos responder
Mas a verdade é certa e sofrem os loucos

Que temem as profundezas do teu saber
Assim cala a voz deste brado rouco
Que louco morrerá tentando a vida entender.

http://poesiaquemdiria.blogspot.com/
Sávio é cratense e atualmente reside em Teresina. Esse querido colaborador do nosso blogue é protador de inúmeros talentos , notadamente : pintura, escultura ,poesia e literatura . Desejamos-lhe nesse dia 28 de agosto , que os seus sonhos pessoais e de artista , se concretizem.

Nos conhecemos de poucos anos, mas ele sabe o quanto nos queremos bem.

Pra você, menino, um aniversário cheio de alegrias !


Abraços do Cariricaturas.

Tributo a Charlie Parker - O Bird !



Charles Parker, Jr. (29 de agosto de 1920 – 12 de março de 1955) foi um saxofonista americano de jazz e compositor. No início da sua carreira Parker foi apelidado de Yardbird; esse apelido mais tarde foi encurtado para Bird e permaneceu como o apelido de Parker para o resto da sua vida.
Parker é comumente considerado um dos melhores músicos de jazz. Em termos de influência e impacto, sua contribuição foi tão significativa que Charles Mingus comentou que se Bird fosse vivo hoje, ele poderia pensar que estava vivendo em uma parede de espelhos. O talento de Bird é comparado, quase sem argumentos, com músicos lendários tais como Louis Armstrong e Duke Ellington. Sua reputação como um dos melhores saxofonistas é tal que alguns críticos dizem que ele é insuperável; o crítico de jazz Scott Yanow fala por muitos fãs do jazz e músicos, quando sugere que "Parker foi indubitavelmente o melhor saxofonista de todos os tempos."

Figura fundadora do bebop, a forma inovadora de Parker para melodia, ritmo e harmonia tem exercido uma incalculável influência no jazz. Varias canções de Parker tornaram-se standards do repertório do jazz, e inúmeros músicos têm estudado a música de Parker e absorvido elementos do seu estilo.

Parker tornou-se um ícone para a geração do Beat, e foi uma figura-chave no desenvolvimento conceptivo do jazz como um artista descompromissado e intelectual, ao invés de apenas um entretenedor popular. Por várias vezes, Parker fundiu o jazz com outros estilos musicais, do clássico (buscando estudar com Edgard Varese e Stefan Wolpe) à música latina (gravando com Machito), abrindo um caminho seguido mais tarde por outros.

Consumido pelo álcool e pelas drogas, Parker teve uma existência breve e trágica, que inspirou criadores como o escritor argentino Julio Cortázar (que se inspirou nele para delinear o personagem central do conto "O Perseguidor") e o cineasta Clint Eastwood (que recebeu seu primeiro Globo de Ouro com o filme "Bird", de 1988, estrelado por Forest Whitaker, o qual, por sua vez, levou o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes graças a este trabalho).

A biografia de Parker contabilizou duas tentativas de suicídio e uma longa internação em um sanatório, antes de chegar ao fim, aos 34 anos -o estrago causado em seu corpo pela vida desregrada era tão grande que o legista atribuiu ao morto a idade de 53 anos.

Com absoluto domínio técnico de seu instrumento, Parker era um virtuose consumado, que conseguia combinar a mais complexa organização harmônica, rítmica e melódica com uma clareza muito rara de encontrar em instrumentistas anteriores ou posteriores à sua atuação.

Para Parker, improvisar não era simplesmente tomar uma melodia original e construir variações sobre ela. Quando o saxofonista pegava um tema qualquer como base para criar, o que o interessava não era a melodia, e sim a harmonia. Era o esqueleto harmônico do tema original que ele utilizava como ponto de partida e estímulo para suas digressões, nas quais uma mescla cativante de garra e fantasia constituía a regra.

Foi assim que, no pós-guerra, ao lado do trompetista Dizzy Gillespie, Parker tornou-se um dos fundadores do bebop, o novo estilo sofisticado com o qual o jazz se tornaria definitivamente música "para ouvir", substituindo a música "para dançar" que havia sido a marca das big bands dos anos 40.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Charlie_Parker

Peixada à Paulo Frota - Por : Socorro Moreira


Nos anos 60 o melhor ponto de Gastronomia cratense, e em minha opinião do meu pai era Paulo Frota. Digo do meu pai, porque era de praxe com jantar por lá uma família, no mínimo uma vez por semana. Escolhia uma noite da sexta-feira. E nos habituamos comer peixe, nesse dia da semana.
Um dia, enquanto conversava com papai Seu Paulo, minha mãe deu uma escapada para a cozinha, ea esposa de Seu Paulo falou: "Sente-se aqui Valdenôra, e acompanhe o Preparativo da peixada, apreciam tanto que vocês." .

" Peixe a escabeche "

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O peixe tem que ser nobre: cavala, cioba, pargo, obalo, cortados em postas, passar e lavar sem sal com limão. MarinaR Deixar.
Enxugar com um paninho Estender e cada uma numa peneira para ficar bem secas ..
Em seguida, passar na farinha de trigo, e esperar que o óleo Esteja quente. Frita-las, arruma-las e deposita-las em guardanapo de papel para retirar o excesso de gordura. Reservar.
Molho:
Dourar cebola no azeite, acrescentar tomates, pimentão, pimenta de cheiro, cheiro verde (picadinhos), acrescentar leite de um coco, e uma lata de creme de leite, sal a gosto, uma pitada de pimenta (se quiser), extrato de tomate , e esperar ferver e adquirir uma boa consistência. Mergulhar as postas fritas, sem molho, e esperar que elas absorvam-no. Servir quente com arroz branquinho e talharim macarrão, uma farofa torradinha, alface, ovos e legumes cosidos.

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Minha mãe repetiu em casa, e ficou perfeita. Todas as filhas, na seqüência aprenderam uma receita, que devemos à família Frota, e hoje a repasso para o Cariricaturas, como opção para o jantar dessa noite.

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Diz a minha mãe que a gente segura o marido é pelo estômago, e ela sabe das coisas!

Enquanto o jantar fica pronto , jogue uma partida de buraco tomando uma cervejinha ou um vinho branco gelado. O s que não podem/não gostam do álcool , que tal uma limonada ?

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Gente , agradeço as manifestações de carinho, ontem recebidas. Vocês fizeram a festa - a mais bonita que eu já tive !


Socorro Moreira

Andre Rieu e os "Dois Anjos Brasileiros"

André Rieu nasceu em 1 /10/1949, em Maastricht( Holanda ).Inicia a aprendizagem de violino com a idade de cinco anos, e demonstra um enorme potencial no domínio desse instrumento. Em 1967, continua sua formação musical no Conservatório de Música de Maastricht até 1973,e depois de 1974 a 1977, no de Bruxelas.

Após terminar seus estudos, assume o primeiro violino da Orquetra Sinfônica de Limburgo até 1987, ano em que decide formar sua própria orquestra a “Johann Strauss Orchestra”. A orquestra rapidamente cria fama e se apresenta em diversas cidades da Alemanha, Bélgica, e Holanda.A gravação de discos é uma conseqüência lógica e André realiza a proeza de trazer a valsa de volta ao prazer do público, em sua terra natal, e logo em toda a Europa e, finalmente em todo o mundo. Isto se deve ao sucesso da valsa.Andre não esquece, no entanto, a ampla variedade de nuances que a música clássica permite, e tenta em cada novo álbum, apresentar aos seus ouvintes uma parte dela, para o maior prazer e deleite de nossos ouvidos.
Alguns DVDs:
-André Rieu at Schönbrunn, Vienna
-Andre Rieu Live in viennaAndre Rieu New York Memories
-Andre Rieu Romantic Paradise –in Toscana -
-Andre Rieu Live in Australia

Carmen Monarcha e Carla Maffioletti



Carmen Monarcha


Nasceu a 27 de agosto de 1979 em Belém do Pará. Ainda criança veio com a família para o Rio de Janeiro, onde passou a infância e aos 14 anos de idade, em 1995, mudou-se para São Paulo.

Foi criada em um núcleo de artistas, recebendo influência familiar pelo gosto e dedicação as artes. Mãe cantora e pai escritor. Com a mãe Marina Monarcha, aprendeu o amor a música e com o pai a literatura. Segundo ela com a música clássica conseguiu combinar música e literatura, transformando suas performances num misto de teatro e música, sensibilizando multidões.
Muito jovem aprendeu a tocar piano e violino. Tinha o objetivo de se tornar violoncelista de concerto, no entanto, em 1996 começou a estudar canto e aperfei çoamento de voz com sua mãe, mestre no assunto.
Seu talento e presença de palco a consagraram como uma das cantoras líricas brasileiras mais aclamadas da atualidade. A soprano Carmen Monarcha desperta as emoções em quem a ouve, atraindo multidões a seus concertos, além dos que a assistem quando suas apresentações são transmitidas ao vivo para toda Europa.

Em 2000, por meio de bolsa Vitae, estudou canto no Conservatorium Hogeschool Maastricht na Holanda; formando-se em Solo Singing Performance. De 2002 a 2005 assinou contrato de exclusividade como solista da Orquestra Johann Strauss, com quem realizou turnês na Europa e Estados Unidos.

Ganhou vários prêmios dentre eles o Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, competição anual, internacionalmente conhecida realizada no Brasil.

Embora pouca gente tenha ouvido falar de Carmen no Brasil ela tem em seu currículo apresentações memoráveis com audiências de até 25.000 pessoas, em lugares como Walbühne em Berlim, International Fórum Hall em Tóquio, Bercy em Paris, Forest National em Bruxelas, Fox Theater em Saint Louis e Detroit, Skydom em Toronto/ e Bell Center em Montreal, dentre outros.

Carmem é elogiadíssima pelas performances em " mio babbino caro"de Giacomo Puccini e “Habanera de Carmen”. Tem participação em diversos álbuns do maestro André Rieu, considerado um dos regentes mais talentosos das últimas décadas.

O maestro coloca a música clássica figurando entre artistas pop’s da atualidade. E foi este maestro que arrebatado pelo talento da jovem cantora convidou- a para solista na sua orquestra.

Carmen Monarcha figura entre as maiores cantoras líricas internacionais e brasileiras. Quando se fala em música clássica, remete-se logo para Europa com a Itália aparecendo como nossa primeira lembrança. Porém com alguns nomes nacionais de cantoras líricas talentosas, como a da soprano Adélia Issa, uma das mais importantes cantoras líricas brasileiras e considerada uma das maiores intérpretes brasileiras de Mozart; Celina Imbert, uma das maiores sopranos brasileiras de todos os tempos e Carmen Monarcha o Brasil começa a despontar neste universo com nomes de grande peso e está paulatinamente conquistando lugar de prestígio no universo da música clássica.

Deve-se destacar neste novo cenário a importância e incentivo de algumas iniciativas como a criação dos prêmios Bidu Sayão e Carlos Gomes que alavancou algumas das maiores vozes da atualidade.

Carmen e uma das artistas que representa o Brasil mundo a fora. Encantadora, simpática, voz forte que conduz a elevação de espírito e sensibilidade mais recôndita.

Carla Maffioletti, soprano grasileira,nasceu no Rio Grande do Sul em 1980, perto do rio Gaiba. Começou a tocar violino e violão clássico desde pequena.

Seus talentos são muitos, no início de sua adolescência começou a fazer concertos pelo país. Na universidade teve aulas de canto e rapidamente desenvolveu sua incrível voz.Multilingue, Maffioletti decidiu estudar canto na Academia Maastricht de Música em Maastricht, no noroeste da Europa e fez amizade com Carmen Monarcha. Ainda na academia , ela chamou atenção de nada mais que André Rieu, que a fez vocalista na Orquestra Johann Strauss.

Na turnê global, Maffioletti demonstrou performances solo em vários dos álbuns de Rieu e apareceu na emissora de televisão PBS dos Estados Unidos.

Andre Rieu his orchestra choir with the sopranos Carla Maffioletti (Brazil) and Carmen Monarcha (Brazil) sing (Belle nuit) Barcarole from Les contes d'Hoffmann in the City of Cortona, Tuscany

http://www.geocities.com/Vienna/8179/bidu.html
www.mulher500.org.br/


Goethe : Importante representante da literatura alemã


Johann Wolfgang von Goethe nasceu em 28 de agosto de 1749 em Francoforte sobre o Meno am Main, Alemanha. Era o filho mais velho de Johann Kaspar Goethe, advogado de poder econômico e posição social de relevo, homem culto e amante das artes, Conselheiro da Corte de Frederico II, E de Katharina Elisabeth Textor, vinte anos mais nova que o marido.
Sua educação, inicialmente, foi ministrada pelo próprio pai e, depois, por tutores contratados. Em 1765, Inicia seus estudos de Goethe em Direito na Universidade de Leipzig, lugar onde também desenvolve o interesse pelo desenho e pintura. Em Leipzig, Goethe entrega-se aos excessos da Vida Boêmia.
Em 1768, Para Retorna Francoforte sobre o Meno Um fim de recuperar uma saúde debilitada. Enquanto se recupera, dedica-se a leituras, experiências com alquimia e astrologia. Recuperado, seus pais o enviam um Estrasburgo, Alsácia, A fim de continuar os estudos em Direito.
Em 1770, Já formado, Goethe entra em contato com o movimento literário Sturm und Drang e torna-se amigo de Johann Gottfried Herder. Sua Peça Götz von Berlichingen, de 1773 Torna-se um dos expoentes do movimento literário. Por força do trabalho de advocacia, passa quatro meses, em 1772, Em Wetzlar, Sede da corte de justiça imperial. É em Wetzlar que se apaixona por Charlotte Buff, noiva de um colega, o que quase o leva ao suicídio e que mais tarde inspiraria o romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, De 1774.

Fachada da última residência de Goethe em Weimar, Alemanha
Em 1775, Carlos Augusto Herda o governo de Saxe-Weimar-Eiisenach e convida Goethe a visitar Weimar, capital do ducado. Disposto a Desfrutar os prazeres da corte, Goethe aceita o convite um acaba por mudar-se para Weimar. Em pouco tempo uma população o acusa de desencaminhar o príncipe, que por sua vez reage e faz Goethe comprometer-se com setores do governo. Goethe passa então ministro, como, alguns serviços administrativos Exercer um solo, como Minas Inspecionar e fazer irrigação, entre outros.
Em 1780, De SE Juntamente com Herder, torna-membro uma sociedade secreta, os Illuminati (conhecida como Maçonaria Iluminada, extinta pelo governo da Baviera em 1787), Que alcança grande prestígio entre as elites européias.
Em 1786, Goethe realiza a famosa viagem à Itália, onde fica até 1788. Conhece Verona, Veneza, Lago di Garda, Roma, Nápoles e Sicília. Ainda na Itália, Escreve um Taúrides em Peça Ifigênia e os famosos poemas reunidos sob o título de Elegias Romanas.
De volta a de Weimar, trava amizade com frau Schopenhauer, mãe do filósofo Arthur Schopenhauer.
Em 1794, Com inicia amizade Friedrich von Schiller, Que passa também uma residir em Weimar. Literatura alemã Essa amizade entre os dois grandes escritores é celebrada como um dos maiores momentos da. A contribuição entre ambos é intensa e estimulante. Quem é que Goethe Schiller insiste continuar a escrever sua Peça Fausto (cuja primeira parte publicada em fóruns de 1790). Goethe, por sua vez, contribui com vários textos ao periódico Die hören, editado por Schiller, algumas obras em conjunto e escrevem.
Em 1805, Intervenir para que Hegel Seja Nomeado professor na Universidade de Berlim. Ainda em 1805, a morte de seu grande amigo Schiller o abala profundamente.

Em 1806, Weimar é Invadida pelos franceses e Goethe casa-se com Christiane Vulpius. Em 1808, Napoleão condecora Goethe, no Congresso de Erfurt, Com uma grande cruz da Legião da Honra. De acordo com sua correspondência, sobretudo os registros Eckermann, seu amigo, Goethe ficou bastante aturdido com um Revolução Francesa. Prova disso, é a segunda parte de Fausto, Publicada postumamente, conforme carta ao amigo, ao qual dizia só para se abrir o pacote após sua morte, num lamento profundo, prevendo que sua literatura seria deixada sem esquecimento.
Nesse período Goethe incursiona pela ciência e publica algumas obras a esse respeito. A Teoria das Cores é publicada em 1810.
Em 1816, Sua esposa Christiane morre. Nesse ano e não seguinte publica Viagem à Itália, diário e reflexões de sua viagem, em duas partes, respectivamente.
Em 1823, Jean-Pierre Eckerman torna-se secretário de Goethe eo ajuda na revisão e publicação de escritos até sua morte. Como Conversações com Eckerman São fruto dessa relação.
Goethe falece em Weimar, Em março de 1832, Aos 82 anos. Suas últimas palavras antes de morrer foram: "Deixem entrar a luz".

O método "goetheano de análise fenomenológica não se restringia à botânica, MAS UM Abrange também teoria das cores ea do conhecimento. No início do século XX, O filósofo Austro-Húngaro Rudolf Steiner fundou uma Ciência Espiritual, Ou Antroposofia, Inspirado no método de observação dos fenômenos desenvolvido por Goethe (sem qual uma parte subjetiva do observador é também Considerada).

Principais Obras
Götz von Berlichingen -- 1773
Prometheus (poesia) -- 1774
Os Sofrimentos do Jovem Werther 1774
Egmont -- 1775
Iphigenie auf Tauris -- 1779
Torquato Tasso -- 1780
Reineke Raposo -- 1794
Xenien (com Friedrich Schiller publicado) -- 1796
Hermann e Dorothea -- 1798
Fausto -- 1806
Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister -- 1807
No campo científico, passou anos obcecado pela obra Da Teoria das Cores, em que propunha uma nova Teoria das Cores, Em oposição à teoria de Newton. Essa obra por muito tempo foi deixada de lado, em boa parte Devido à maneira violenta pela qual Pretende provar que Newton estava errado. Goethe fez diversas observações corretas sobre a natureza das cores, especialmente sobre o aspecto da percepção emocional e psicológica, que Serão retomadas anos mais tarde pela Escola da Gestalt e não ferem uma teoria de Newton, mas tentou justificá-las com argumentos falhos. Esses argumentos fizeram-no cair em descrença na comunidade científica.
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Goethe: pronuncia-se "Guete", com o primeiro e arredondado, com ot quase imperceptível, e com o segundo e final de forma muito curta.
Wikipédia

Conheça melhor , o escritor "Assis Brasil"...

Nascido em Porto Alegre, em 1945, Luiz Antonio de Assis Brasil passa parte da infância em Estrela, com uma familia, que de lá retorna à capital em 1957. Cinco anos mais tarde começa a estudar violoncelo.

Em 1963 termina o Curso Clássico no colégio Anchieta, em Porto Alegre, dos padres jesuítas. Em 1964, ano do golpe militar, ocorre sua entrada Exército não, para o serviço militar obrigatório. Um ano mais tarde Luiz Antonio Ingressa no curso de Direito da PUCRS e também passa fazer uma parte da OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - como VIOLONCELISTA, lá permanecendo por 15 anos. Forma-se em Direito em 1970. Advoga por dois anos. Em 1975 Ingressa como professor na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, função na qual atua até hoje, no mesmo ano inicia a colaborar na imprensa com artigos históricos e literários.

Estreia em 1976 com o romance Um quarto de légua em quadro, lançando-o na 32 ª Feira do Livro de Porto Alegre, e que lhe dá o Prêmio Ilha de Laytano. Em 1976 inicia sua trajetória de administrador cultural, primeiramente na Prefeitura de Porto Alegre [Chefe da Secção de Atividades Artísticas] e depois no Estado do Rio Grande do Sul [Diretor do Instituto Estadual do Livro - 1983]; 1978 é também o ano de lançamento de A Prole do Corvo. Em 1981 publica das Almas Bacia. No ano seguinte, Manhã transfigurada. Em 1981, Luiz Antonio de Assis Brasil assume a direção do Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre

No inverno 1984/1985 vai à Alemanha, como bolsista do Goethe-Institut [Rothenburg-ob-der-Tauber, na Francônia]. Em 1985 lança aquele que, segundo o autor, é seu livro com maior carga emocional, As virtudes da casa. Começa a Coordenar uma Oficina de Criação Literária do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, em atividade até hoje, e que recebeu o Prêmio Fato Literário, da RBS / Banrisul ao completar 20 anos de atividades ininterruptas. Em 1986 sai mais uma obra, O homem amoroso, uma novela com forte acento autobiográfico. Cães da província, em 1987, retoma o ciclo histórico, adotando Assis Brasil o dramaturgo José Joaquim de Campos Leão, o Qorpo-Santo, como personagem e evocando os tenebrosos crimes da Rua do Arvoredo. O romance dá o título de Doutor em Letras e ao autor faz jus ao Prêmio Literário Nacional, do Instituto Nacional do Livro.

Em 1988 Assis Brasil recebe da Câmara Municipal de Porto Alegre o Prêmio Érico Veríssimo pelo conjunto de sua obra. Videiras de Cristal RECRIA, que um saga dos Muckers, é lançado em 1990. Nova experiência é o romance três volumes Um castelo em não pampa, que se divide em Perversas famílias [1992 - ganhador do Prêmio Pégaso de Literatura, da Colômbia], Pedra da memória [1993] e Os senhores do século [1994]. Concerto campestre, Breviário das terras do Brasil e Anais da Província-boi saem em 1997, ano em que o romancista é eleito Patrono da 43a Feira do Livro de Porto Alegre.

Em 1998 é palestrante convidado na Brown University, em Providence, EUA em 2000 e participa do programa Distinguished Brazilian Writer in Residence, na Universidade de Berkeley, Califórnia.

Em 2001 publica O pintor de retratos, que recebe o Prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.

Em 2003 lança o livro A margem imóvel do rio, o qual é contemplado com três prêmios: Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira [o romance único dentre os três primeiros classificados], Prêmio Jabuti [finalista menção honrosa] e Prêmio Açorianos de Literatura.

Ainda em 2003 acontecem três publicações no Exterior: O pintor de retratos sai em Portugal pela Editora Ambar, do Porto; O homem amoroso é publicado pela Editora l'Harmattan, de Paris [l'Homme Amoureux], e na Espanha, pela Editora Akal , de Madrid, lança a tradução de Concerto campestre [Concierto Campestre]. Também em 2003 publica um livro de ensaios literários pela Editora Salamandra, de Lisboa: Escritos açorianos: tópicos acerca da narrativa açoriana pós-25 de abril. Em 2005 sai na França, pela editora Les temps des Cerises, o Breviário das terras do Brasil [Bréviaire des Terres du Brésil.]

Em 2006, Assis Brasil participa, com conferências na Alemanha [Tübingen, Leipzig, Berlim] de programa oficial do Ministério da Cultura do Brasil.

Música perdida é lançado em 2006, vence o qual, em 2007, uma Copa de Literatura Brasileira e recebe indicação ao Jabuti. Em 2008 segue com sua coluna quinzenal no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e publica Ensaios íntimos e imperfeitos, uma coleção de pequenos textos de caráter ensaístico e poético.

Extraído da
Revista número 01 VOX
(edição de novembro de 2000).
Atualizado em maio de 2009.



Entrevista com José Pinheiro Torres

José Pinheiro Torres - Começando pelo princípio: como foi sua formação?

Luiz Antonio de Assis Brasil - Pensando em formação escolar, esta foi de excelente qualidade. Estudei com os jesuítas, que Possuem um Colégio Centenário em Porto Alegre. Os padres da Companhia estimulavam os estudos clássicos, a filosofia ea língua portuguesa. Já na adolescência eu lia Cervantes, Chateaubriand e Milton no original - e isso não é vantagem alguma, porque todos os colegas faziam o mesmo. Creio que esse foi o grande impulso para a literatura, embora em casa o ambiente não fosse estranho às letras. Tive também uma oportunidade, de estudar música: aprendi violoncelo e fui músico da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Todo esse conjunto de fatores creio, já preparava o futuro romancista. Esquecia de dizer: tomei aulas de aquarela, mas não passei das Maçãs e das garrafas.

JPT - Falando sobre a Orquestra Sinfônica: como foi a experiência?

Assis Brasil - Foram quinze anos dedicados à Orquestra da minha cidade, uma experiência importante, por vários motivos. Em primeiro lugar, pela consciência de que, em uma orquestra, o músico é um executante sem sentido próprio do termo. A emoção ea paixão são do maestro e do compositor. Em segundo lugar, enquanto experiência social, esta é riquíssima. Vive-se, na orquestra, um ambiente bastante neurótico, porque se trata de um pequeno Grupo no qual há muita competição em torno dos postos. Postos melhores salários significam maiores, ea partir desse fato se Estabelece uma pesada hierarquia dentro da orquestra. E eu vivi esse clima durante uma ditadura militar, quando havia enorme verticalização do poder. As coisas eram mais Sepulturas bem Do que se pensa.


JPT - E isso deu livro?

Assis Brasil - Deu: O homem amoroso, uma Novelinha.

JPT - O senhor então abandonou a música?

Assis Brasil - Jamais. Não posso praticar meu instrumento, mas hoje sou mais músico do que antes: não tenho mais, sobre mim, uma tirania das notas musicais.

JPT - Quais as leituras ou autores que mais o influenciaram?

Assis Brasil - O primeiro romance que li por inteiro foi A Relíquia, de Eça de Queirós. Só descansei quando não havia mais nada para ler desse autor. Depois, foi a vez de Flaubert, Madame naturalmente COM. Bovary. E depois vieram Machado de Assis e Erico Verissimo. Em seguida, Balzac, Stendhal e Zola. Dentre os modernos e contemporâneos, estão Thomas Mann, Faulkner, Hemingway, Gide, Julien Green, Cortázar, Carpentier, García Márquez, Vargas Llosa, Saramago, Günter Grass, Pascal Quignard. Antes que essa relação se transforme numa lista telefônica, resta-me dizer que li e leio muito, e de modo assistemático, Guiando-me pelo instinto ou pela sugestão de pessoas a quem respeito. Não me considero particularmente destes Influenciado por nenhum, mas por todos em geral, se fosse imprescindível responder à pergunta, diria que Eça Ainda não está cimo Panteão desse especial: com ele aprendi, ou penso ter aprendido, como um romance se como se estrutura e Desenvolve uma personagem.

JPT - O que pensa da chamada literatura pós-moderna?

Assis Brasil - Não acho nada, pois se trata de um e estético momento, ser entendido como tal DEVE. Particularmente, minha sensibilidade não chega a perceber como, em certo viés da pós-modernide, se Construa um romance sem Conflitos, personagens sem Conflitos, personagens sem drama. Mas o futuro é que um juízo PODERÁ ESTABELECER mais razoável.


JPT - começou Quando a escrever profissionalmente "?

Assis Brasil - Em 1974 tive uma doença gravissima, que implicou e internamento hospitalar, cirurgia, risco de vida, etc Na convalescença comecei a escrever aquilo que seria meu primeiro livro, Um quarto de légua em quadro. Não tinha idéia do que se Tratava. Minha intenção inicial era escrever uma obra histórica sobre o povoamento açoriano no Rio Grande do Sul. Pois virou romance, e desde aí não parei mais.


JPT - Açores Por que?

Assis Brasil - Explico: sou descendente de açorianos por parte de pai e de mãe. Assim, o que era um interesse genealógico acabou em interesse pelos Açores, minha segunda pátria, e onde tenho excelentes e amigos Fraternais. Já dei aulas de Literatura Brasileira na Universidade dos Açores e lá fiz uma investigação de pós-doutorado.

JPT - A propósito: É uma carreira acadêmica?

Assis Brasil - Encontrei-me no trabalho universitário. Tenho, ali, uma Possibilidade de conviver, de maneira mais palpável, com a literatura e seus autores. Não poderia fazer outra coisa. À parte disso, minha Universidade me propicia ministrar uma Oficina de Criação Literária, que teve início em 1985 e que segue até hoje. Orgulho-me de meus ex-alunos, que por ali passaram, e que hoje são escritores RECONHECIDOS pela crítica e pelo público.

JPT - Mas voltando para sua produção: como é seu método de trabalho?

Assis Brasil - Como sou - bom ou mau - romancista, sinto Necessidade de um planejamento prévio da obra. Sem planejamento não poderia escrever.

JPT - Isso não tolhe a imaginação?

Assis Brasil - Não, pois o verdadeiro momento de Criar um quando se tem uma idéia. Depois, é trabalhar a idéia, de modo que se Apresente lógica, pois nenhum romance vige o Princípio de causa e efeito. O que importa entretanto, é o resultado final, isto é, se o livro é bom ou ruim. O modo como o romance foi escrito é algo que pertence ao Domínio Privado do autor.

JPT - O senhor reescreve muitas vezes?

Assis Brasil - No passado, sim, hoje, com o uso permanente do computador, posso refazer à medida em que escrevo, mas a intervalos imprimo uma versão, para testemunho e registro.

JPT - Acha importante a técnica?

Assis Brasil - Técnica literária - eis um sintagma Certos diabolizado Meios em cultos: é como se a literatura derivasse apenas da inspiração (sabe-se lá o que é isso), ou que a técnica fosse algo menor, própria dos Obreiros manuais, dos carpinteiros e Alfaiates. A outra é verdade: qualquer arte Possui sua técnica. Tinham razão os arquitetos das Catedrais góticas: ars sine scientia nihil est Entendo uma técnica literária como uma soma das Condições NECESSÁRIAS A escrita. É o senso de medida na frase, sua musicalidade, uma perfeita construção do Diálogo, eficiência e uma descritiva e em especial narrativa, uma idéia de proporção da Peça inteira, de modo que suas partes dialoguem com uma harmonia compositiva necessária. Técnica também é não atrapalhar-se com as palavras, ao contrário, é fazer com que TRABALHEM A nosso favor. Técnica e entender o axioma: O que se corta, ganha-se leitores - os, aliviados, agradecerão essa providência higiênica. Técnica e saber que não se escreve para desabafar, mas para construir uma realidade estética autônoma, a ser fruída pelos leitores. Dominar uma técnica é escrever de tal maneira que o leitor queira saber o que virá no capítulo seguinte. É, por isso, dizer algo novo a cada frase.

JPT - Então a técnica aprendida pode ser?

Assis Brasil - A técnica literária - assim com a técnica da pintura, da arquitetura, da música, etc - pode ser conquistada num curso à semelhança dos Laboratórios do texto (no Brasil, "Oficinas"). Os laboratórios são uma experiência consagrada no mundo inteiro, e vem obtendo Crescente aceitação desde que foram criados nos Estado Unidos, a partir da década de 40 do século passado. Grande escritores saíram dali, e agora lembro Raymond Carver. O curioso, nesse sarau polêmico, é que não se discute a utilidade, por exemplo, de uma academia de dança. Pensado na raiz desses preconceitos e equívocos, percebe-se, Subjacente, uma atitude algo elitista, algo reacionária, algo romântica, algo ingênua, que leva alguns autores acreditarem uma apenas no talento, algo problemático, por dividir entre as pessoas talentosas e não -- talentosas, partição inaceitável num mundo que se esforça para, sem Discriminações, EA Integrar e assimilar as diferenças como paquete. A propósito, há um interessante livro de Beth Joselow, chamado, muito significativamente, de escrever sem uma musa. (1995). Evoco, para ilustrar, uma célebre crítica que Machado de Assis escreveu um O primo Basílio, na revista O Cruzeiro, em 16 de abril de 1878. Ali, pela primeira vez, foi dita em português, a expressão "oficina literária". A certo instante do texto - na verdade, uma desanda geral não colega português - diz Machado: "[Eça de Queirós] transpõem ainda há pouco as portas da oficina literária ..." Por evidente não referir um está-se a esse fenômeno atual, mas alerta para uma Existência de uma técnica e para uma Necessidade de um aprendizado dessa técnica. E nem Machado furtou-se a isso.

JPT - Quais suas relações com uma crítica?

Assis Brasil - Temos de distinguir: Muitas de um lado há uma verdadeira crítica, que é uma Peça de reflexão embasada num referencial estético-teórico, a qual analisa a obra mediante Critérios ponderáveis reconhecíveis e universalmente, de outro lado, há uma opinião, fruto da efemeridade vezes gosto não, quando não de sentimentos derivados do compadrio ou, ao contrário, do preconceito. Recomendo ao escritor que leia a ambas, quanto à primeira, aprenderá bastante sobre a arte literária, o que PODERÁ ajudá-lo a escrever melhor, quanto à segunda, acho-a ainda mais interessante, pois aprenderá, e muito, sobre a natureza humana - Que é, matéria, afinal uma-prima da Literatura.

JPT - Dentre sua obra, o romance Há algum de que o senhor goste mais?

DE UM PAI qual filho gosta mais de Assis Brasil - Isso é o mesmo um que perguntar, mas para não fugir à pergunta: As virtudes da casa é que o romance melhores lembranças me traz da época de sua escrita. Não sei se é o melhor falando, literariamente, mas é certo pertence ao inventário das minhas obras inesquecíveis.

JPT - Passando ao cinema. O senhor tem várias obras que passaram ao cinema ou estão em fase de passar. Como o senhor vê esse fato?

Assis Brasil - Com muita naturalidade. Se há algum mérito nisso, ele se restringe à circunstância de eu Manter-me sentir uma idéia: toda uma narrativa DEVE Possuir acontecendo episódios, coisas. Isso é cinema. Todo o romance DEVE despertar no leitor aquela pergunta sôfrega: "E agora? O que vai acontecer?". E é isso que se espera de um filme. Não me considero um purista quanto à fidelidade do filme ao livro. São duas Modalidades diversas de narrativa. Se o romance pode ter maior liberdade em explorar as personagens e suas tramas, abrindo espaços para uma reflexão, o cinema ficar Já não DEVE "Osso da história", pois é preciso compactar em hora e meia todo um universo narrativo. Sempre dei poder ilimitado aos adaptadores ou diretores dos meus filmes baseados em livros. Tal como no romance, importa é que seja um bom filme.

JPT - Alguns críticos acham que o senhor pratica o romance histórico. Concorda com isso?

Assis Brasil - O romance histórico tradicional, ao estilo de Scott e Herculano, não se pratica mais, pelo menos, se pratica pouco - e de má qualidade. No denominado "novo romance histórico" - que Linda Hutcheon chama de historiográfica metaficção "-, a história é sempre pretexto, e é deformada, reinterpretada, discutida e, até, criada. Imagino ter feito, e com certa freqüência, essa segunda modalidade, com recurso à paródia, ao pastiche e, uma ou duas vezes, ao plágio burlesco. Penso, contudo, que é um capítulo encerrado em meu trabalho. Hoje me preocupa, mais que tudo, uma ficção. Mesmo que os Estejam parcelas Situados num tempo pretérito, isso é apenas uma opção do autor: o passado me dá maior liberdade criadora, e as paixões e emoções me parecem mais Autênticas.

JPT - Valesca de Assis, sua esposa, também é escritora, premiada e três romances, publicados com. Há interação em família?

Assis Brasil - No plano afetivo e emocional, uma interação mais completa, não costumamos um plano literário separar as coisas. Contudo, jamais publico sem um Valesca algo que tenha lido previamente. Suas observações são valiosíssimas e, às vezes, decisivas. Se consegui algo em minha trajetória de escritor, devo a esta mulher brilhante uma modesta ao mesmo tempo, que me dá um sentido à vida e ao que escrevo. Creio que isso diz tudo.

Dois grandes atores aniversariam nesse dia 28 de agosto : Walmor Chagas e Raul Cortezs


Walmor de Souza Chagas (Porto Alegre, 28 de agosto de 1930) é um ator, diretor e produtor brasileiro.

Cursou a Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo. É homem de teatro, com larga atuação, e apontado como artista de indiscutíveis méritos e criador de personagens de grande impacto.

A estréia de Walmor Chagas no cinema aconteceu em 1965, quando interpretou o empresário Carlos em São Paulo S/A, de Luís Sérgio Person e contracenou com Eva Wilma. O filme lhe rendeu elogios do espanhol Luis Buñuel, durante uma participação no Festival de Acapulco.

Na TV fez inúmeros personagens marcantes como o Fabio em Locomotivas, Alberto Karany em Coração Alado, o Oliva em Vereda Tropical, Afonso da Maia na minissérie Os Maias e mais recentemente o Dr. Salvatore em A Favorita

Walmor Chagas foi casado com a atriz Cacilda Becker.


Principais trabalhos no teatro :


1999 - Um Equilíbrio Delicado, de Edward Albee (direção de Eduardo Wotzik, e atuação de Walmor Chagas ao lado de Ítala Nandi, Camila Amado, Luís de Lima e Tônia Carrero)
1986 - Encontro com Fernando Pessoa (dirigido por Walmor Chagas e interpretado por ele e por Ítalo Rossi)
1969/1970 - Hamlet, de William Shakespeare (com direção de Flávio Rangel)
1969 - Esperando Godot, de Samuel Beckett (com direção de Flávio Rangel e último desempenho de Cacilda Becker, vitimada por um aneurisma cerebral num intervalo do espetáculo)
1967 - Isso Devia Ser Proibido, de Bráulio Pedroso e Walmor Chagas (com direção de Gianni Ratto)
1965 - Quem tem medo de Virginia Woolf?, de Edward Albee (com Cacilda Becker)
1964 - A noite do iguana, de Tennessee Williams
1963 - Onde canta o sabiá, de Gastão Tojeiro
1963 - O Santo Milagroso, de Lauro César Muniz
1962 - A visita da velha senhora, de Dürrenmatt (como diretor e com Cacilda Becker e Sérgio Cardoso)
1961 - Rinocerontes, de Eugène Ionesco (como diretor e ator)
1961 - Oscar, de Claude Magnier
1961 - Raízes, de Arnold Wesker (com direção de Antônio Abujamra)
1960 - Em moeda corrente do país, de Abílio Pereira de Almeida (como diretor)
1960 - Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto
1960 - Virtude e circunstância, de Clô Prado
1959 - Auto da compadecida, de Ariano Suassuna
1959 - A dama das camélias, de Alexandre Dumas Filho
1959 - Os perigos da pureza, de Hugh Mills
1958 - Jornada de um longo dia para dentro da noite, de Eugene O'Neill
1958 - O santo e a porca, de Ariano Suassuna (com direção de Ziembinski)
1957 - Matar, de Paulo Hecker (como diretot)
1957 - Adorável Júlia, de Marc-Gilbert Sauvajon
1957 - A rainha e os rebeldes, de Ugo Betti
1957 - As provas de amor, de João Bethencourt
1956 - Gata em teto de zinco quente, de Tennessee Williams (com direção de Maurice Vaneau)
1956 - Eurídice, de Jean Anouilh
1955 - Os filhos de Eduardo, de Marc-Gilbert Sauvajon (com direção de Ruggero Jacobbi e Cacilda Becker)
1955 - Maria Stuart, de Schiller
1955 - Volpone, de Ben Jonson (com direção de Ziembinski)
1954 - Santa Marta Fabril S. A., de Abílio Pereira de Almeida
1954 - Assassinato a domicílio, de Frederick Knott (com direção de Adolfo Celi)
1952 - Luta até o amanhecer, de Ugo Betti
1951 - O homem e as armas, de Bernard Shaw
1950 - Assim é...(se lhe parece), de Luigi Pirandello
1949 - Hedda Gabler, de Henrik Ibsen (como diretor e ator)
1948 - Antígone, de Jean Anouilh


Principais trabalhos no cinema


2001 - Histórias do olhar
2001 - Memórias póstumas .... Dr. Vilaça
1994 - Mil e uma
1990 - Beijo 2348/72
1988 - Banana split
1985 - Patriamada
1983 - Parahyba, mulher macho
1981 - Luz del Fuego
1981 - Filhos e amantes
1980 - Asa Branca - Um sonho brasileiro
1979 - Memórias do medo
1978 - Joana Angélica .... Madeira de Melo
1976 - Xica da Silva .... comendador João Fernandes
1976 - Um homem célebre
1973 - Mestiça, a escrava indomável .... Gonçalves
1970 - Beto Rockfeller
1965 - São Paulo S/A .... Carlos
1963 - Marafa (inacabado)

Principais trabalhos na televisão


2009 - Promessas de Amor .... Chefia Oculta / Romlaw
2009 - Os Mutantes - Caminhos do Coração .... Chefia Oculta
2008 - A Favorita .... Dr. Dante Salvatore
2007 - Caminhos do Coração .... D.r Sócrates Mayer
2006 - Pé na jaca .... Canabrava
2006 - Páginas da vida .... juiz
2005 - Mad Maria .... Dr. Lovelace
2002 - Esperança .... Giuseppe
2001 - Os Maias .... Afonso da Maia
2000 - Marcas da paixão (Record) .... Jorge Maia
1996 - Salsa e merengue .... Guilherme Amarante Paes
1993 - Sonho meu .... Dr. Afrânio Guerra
1993 - Sex appeal .... Edgar
1988 - O pagador de promessas .... padre Olavo
1987 - Mandala .... Michel Lunardo
1986 - Selva de pedra .... Aristides Vilhena
1984 - Vereda tropical .... Oliva
1983 - Eu prometo .... Horácio Ragner
1982 - Final feliz .... Wagner
1982 - Avenida Paulista .... Frederico
1981 - O amor é nosso .... Alex
1980 - Coração alado .... Karamy
1979 - Como salvar meu casamento .... Sérgio (Tupi)
1977 - Locomotivas .... Fábio
1976 - O Mundo em Guerra - Tv Globo Apresentador
1975 - O grito .... Gilberto
1974 - Corrida do ouro .... Murilo
1970 - As bruxas .... César (Tupi)
1969 - Nenhum homem é Deus .... Marcos (Tupi)
1967 - Presídio de mulheres .... Luís
1966 - O amor tem cara de mulher (Tupi)
1965 - A outra .... Gustavo
1965 - Teresa .... José Antônio (Tupi)

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Walmor_Chagas"





"Raul Christiano Machado Pinheiro de Amorim nasceu no dia 28/08/32 , e faleceu em 18/07/2006, m São Paulo , onde nasceu.


Cortez foi funcionário público e dono de agência publicitária antes de entrar para o time do Teatro Brasileiro de Comédia. Estreou na peça Eurídice, contracenando com Cleyde Yaconis e Walmor Chagas, em 1956. Entre os muito prêmios que recebeu, estão cinco Molière: por Rapazes da Banda (1970), A Noite dos Campeões (1976), Quem tem Medo de Virgínia Woolf? (1984), Rasga Coração (1980) e Lobo de Ray-Ban (1988). Na TV, destacou nas tramas Brega & Chique, Rainha da Sucata, Mulheres de Areia e O Rei do Gado, em que interpretou o inesquecível Jeremias Berdinazi, recebendo o Prêmio Contigo! de melhor ator.


Em 1999, fez o imigrante italiano, Francesco em Terra Nostra. No cinema, atuou em filmes como O Caso dos Irmãos Naves, Capitu, Cinema de Lágrimas, Lavoura Arcaica e O Outro Lado da Rua. Raul Cortez é pai da atriz Lígia Caldas (que interpretou Sílvia, a dona da tecelagem, em Esperança) e de Maria.


Em 2005, o ator, após interpretar o Barão de Bonsucesso em Senhora do Destino, recebeu do governador Geraldo Alckmina medalha Ordem do Ipiranga, no grau de comendador, a mais elevada honraria do Estado de São Paulo.


Raul Cortez morreu, aos 74 anos, vítima de complicações de um câncer na região abdominal, em 18 de julho de 2006. "

Hoje é dia do Bancário e do Voluntariado- O que há de comum entre os dois ? ?

"O seu Repórter Esso " - Estreou em 28 de agosto de 1941 pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro e foi apresentado de 10.04.52 a 31.12.70 , na TV TUPI

( Foto de Kalil Filho )

Nossa coluna desta semana fala sobre o Repórter Esso. O telejornal que trazia a pontualidade aliada à credibilidade, que até hoje são dois pontos essenciais do tele e radiojornalismo brasileiro. Esse, que com sua inconfundível fanfarra, iniciava seu programa jornalístico com frases consideradas históricas pelo povo brasileiro:

- "Amigo ouvinte, aqui fala o seu Repórter Esso, testemunha ocular da história."

- "Amigo telespectador, aqui fala o seu Repórter Esso, o primeiro a dar as últimas."

Em um alternado ritmo entre ouvinte e telespectador o Repórter Esso revolucionou uma época inteira. Foram quase quarenta anos de sucessos. Por vezes, nos referimos ao Repórter Esso da rádio, em outras falamos daquele simpático e padronizado Repórter Esso da televisão. Este sempre patrocinado pelas empresas petrolíferas Esso do Brasil, produzido pela Agência McanEriksone tinha boa parte das notícias fornecidas pela UPI (United Press Internacional).

O Repórter Esso não era oferecido pela Esso só no Brasil, mas em muitos países do globo. Em sua maioria, como nos Estados Unidos, utilizada o nome de "Esso Reporter".

Para muitos professores de comunicação, o Repórter Esso foi um enorme erro jornalístico. Isto visto por uma visão de integração nacional. Já que com seu padrão, o jornal não dava impressões regionalistas e não expressavam grandes emoções faciais. Mas seu caráter noticioso, deixava o ouvinte e o telespectador ligados no jornal até o final, para ouvi-los com atenção e concentrados. Quando este acabava, era para muitos como um alívio, de saber que não tiveram notícias desagradáveis ou frustrantes, isto, claro, quando não as tinham! Mas sempre acabava deixando o povo com a impressão de que a missão estava cumprida, que as notícias estavam dadas.

Visto na posição atual dos acontecimentos, o Repórter Esso é o que hoje temos como Praça TV (SPTV, RJTV, São Paulo em Manchete, Rio em Manchete). Ele era feito regionalmente sempre, cada televisão das Emissoras Associadas tinham o seu telejornal. Porém, todos seguiam o mesmo padrão. O baiano tirava o sotaque e transformava-se naquela fôrma da Esso, o gaúcho também, o paulistano, o carioca e todos os outros. O primeiro telejornal a quebrar este padrão vocal foi o inicialmente Jornal Excelsior, que depois viria a ser o famosíssimo Jornal de Vanguarda (que ainda terá uma matéria especial sobre o mesmo nesta coluna).

A quebra desse padrão só viria quando iniciou-se o telejornalismo em rede, em 1969 com o Jornal Nacional. Só que a falta de regionalismo não resistiu a duas décadas e no início da década de 80, as emissoras voltaram a fazer seus noticiários regionais: em São Paulo, a Globo com o seu SP TV e a Manchete com seu São Paulo em Manchete. Estes que tiveram suas bases no noticiário regional Repórter Esso, mas agora o regionalismo está bem presente.

Momentos Jornalísticos

O Repórter Esso marcou época não só pelo padrão e por ser regionalista como já disse. Ele foi importante diversas vezes, por dar notícias inéditas e de impacto, muitas vezes. Foi, com certeza, o mais importante noticioso do rádio brasileiro. Iniciou-se em 28 de agosto de 1941, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, ficando por lá até o ano novo de 1969. O repórter encerrou o noticiário quase chorando, mesmo que tentasse manter o padrão de voz. Em São Paulo, pela Rádio Tupi ele se consagrou, logo depois virando telejornal em 1º de abril de 1952 (não é mentira!), às 19h45. Depois estabeleceu-se na grade de programação o horário das 19h para sua exibição.

Em São Paulo, pela TV Tupi, teve Kalil Filho com o primeiro Repórter Esso. Na TV Tupi do Rio, Luis Jatobá esteve a frente do jornal por pouco tempo e depois Gontijo Teodoro o assumiu. Em Porto Alegre, na TV Piratini, Helmar Hugo; na TV Rádio Clube do Recife, Edson Almeida; e na TV Itacolomi, de Belo Horizonte, Luiz Cordeiro na apresentação.

Vargas foi notícia constante tanto na TV como nos tempos do Repórter Esso da rádio - tempos onde o jornal havia se tornado o maior informante da 2ª Guerra Mundial. Voltando à Getúlio, sua posse, suas emendas, seu retorno à política, o atentado à Carlos Lacerda e até mesmo o seu próprio suicídio foram narrados pelo noticiário.

Conforme o Almanaque da TV, de Rixa, o Repórter Esso causou muitas vezes sensação nos telespectadores.Pelos repórteres Murillo Neri, Flávio Cavalcanti e Rubens Medina conseguiram uma entrevista exclusiva com o presidente John Kennedy, dentro da Casa Branca, uma reportagem que diziam ser impossível até mesmo à imprensa norte-americana. Só que o furo jornalístico foi exibido no Rio de Janeiro pelo canal 13, TV Rio, já que o pai de Rubens Medina era produtor do programa "Noite de Gala", desta emissora no ano de 1961. Em 1960, entrevistaram Jean-Paul Sartre e sua esposa pela Excelsior. Em 1961, o astronauta soviético Yuri Gagarin foi notícia.

E na TV Tupi em 1969, o Repórter Esso fez uma cobertura completa de chegada do homem à Lua. Só que causou um dos grandes micos da história da televisão: ficaram horas esperando as imagens do homem chegando ao solo lunar e não estas chegavam! Heron Domingues, famoso Repórter Esso desde a "Era do Rádio", ficava a falar:

" - Dentro de instantes, imagens do homem na Lua."

E as pessoas ficaram a esperar. Por isto, é que se entende como foi visto esta exibição nas televisões naquele dia, porque a demora foi o tempo de um vizinho contar para o outro da exibição, o outro ligar para mais um, que liga para a tia que mora longe, que ligou para o primo de outro estado, que...bem, não preciso explicar como funciona a comunicação humana. Não?

Só que com o sucesso de um ano do Jornal Nacional e o crescimento da Rede Globo, a Rede Tupi tirou do ar, em 31 de dezembro de 70, um ano depois de sair do rádio, todos os Repórter Esso de todas as Emissoras Associadas.

Depois de ter falado da figura calcada do Repórter Esso e de seu padrão, aqui falarei sobre uma das pessoas que se submeteram ao padrão, aliás, o primeiro de todos: Kalil Filho. Este foi o primeiro Repórter Esso televisivo do Brasil e de São Paulo. Meu tio, Luiz Francfort, na época trabalhava na TV Tupi e teve o prazer de conhecer esta pessoa. Kalil Filho era um repórter Esso que era considerado por todos como uma figura calma e muito simpática, trazia sentimento na notícia, mesmo que tivesse que seguir o padrão da Esso. A pessoa Kalil Filho era um grande brincalhão e assim como no jornal, também era a simpatia em pessoa.

Infelizmente, Kalil Filho não chegou até os últimos dias do Repórter Esso de São Paulo. Morreu em um acidente de carro, por volta da metade da década de 60.

Independente de meu tio trabalhar na Tupi, conhecemos o irmão de Kalil Filho, que se tornou médico da família por anos. Falamos do Doutor Samiro José Kalil, que hoje é um dos donos dos planos de saúde Medial e Alvorada. O Doutor Kalil havia operado a tia de minha mãe, Tita, e depois da operação veio conversar com meus pais. Nesta conversa, depois de anos já o tendo como nosso médico, perguntaram a ele tinha alguma ligação com o repórter Kalil Filho. Foi aí que ele os contou que era irmão do Repórter Esso paulistano.

Os Intervalos e a abertura

Nos intervalos do Repórter Esso as gotinhas de gasolina animadas faziam grande sucesso, que tornaram-se famosas por anos, sempre anunciando os produtos da Esso.

A abertura do Repórter Esso era a de um tigre que vinha correndo e depois ia até a televisão, a ligava, esperava "esquentar", enquanto corria até sua poltrona e logo passavam para a imagem de um planeta girando. Logo este planeta tornava-se apenas um círculo oco, onde apareceria a palavra Esso. E assim, o círculo tornava-se oval e aparecia em cima desta órbita a palavra "O SEU REPÓRTER"... "ESSO", que já estava dentro da mesma. Isto tudo sempre ao fundo da mesma fanfarra do rádio.

E assim, amigo leitor, você acaba de ser testemunha ocular da história do Repórter Esso. Boa noite.
O Repórter Esso foi um noticiário histórico do rádio e da televisão brasileiros. Foi o primeiro noticiário de radiojornalismo do Brasil que não se limitava a ler as notícias recortadas dos jornais, pois as matérias eram enviadas por uma agência internacional de notícias sob o controle dos Estados Unidos da América. O repórter Esso era patrocinado por uma empresa estadunidense chamada "Standard Oil Company of Brazil", conhecida como Esso do Brasil. Os locutores que fizeram maior sucesso no noticioso foram Gontijo Teodoro, Luís Jatobá e Heron Domingues. Os slogans mais famosos eram: "O primeiro a dar as últimas" e "testemunha ocular da História".

O programa radiofônico estreiou em 28 de agosto de 1941, transmitido pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, iniciando a cobertura do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Antes da estréia oficial, o programa havia ido ao ar experimentalmente na Rádio Farroupilha de Porto Alegre.

Na televisão, o noticiário, inicialmente com o nome de O Seu Repórter Esso, foi apresentado de 10 de abril de 1952 até 31 de dezembro de 1970 na TV Tupi.


por Elmo Francfort Ankerkrone
Fonte: Sampa Online
O Repórter Esso