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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 28 de março de 2012

Pedra de peixe, é pedra ou é peixe? - Uma proposta para divulgação da Paleontologia

(Divulgado no site da Funcap)

Há aproximadamente 120 milhões de anos, existia, no Cariri, um sistema de lagos e lagoas afro-brasileiros onde cardumes de pequenos peixes e outros maiores viveram, morreram e se fossilizaram. Esses fósseis, abundantes na região, são chamados pela população local de "pedras de peixe" e fazem parte tanto da vida cotidiana dos moradores mais antigos quanto das crianças da região. As "pedras de peixe" serviram como tema para a elaboração do livro infantil "O peixinho de pedra", de autoria da jornalista cearense Socorro Acioli, que recebeu, em 2007, a menção de Altamente Recomendável pela Fundação Nacional da Literatura Infantojuvenil (FNLIJ).
Apesar de muitas pessoas já reconhecerem e colaborarem para a preservação desses fósseis, grande parte da população do sul do Ceará ainda não tem acesso a informações científicas e desconhece o processo de formação dos fósseis da Bacia do Araripe. A carência de informações é ainda maior para o público infantil, pois são poucos os trabalhos de divulgação da Paleontologia voltados para crianças.

Foi pensando nesse público que a pesquisadora Lana Luzia Maia Nogueira resolveu elaborar como trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Paleontologia e Geologia Histórica pela Universidade Federal do Ceará, a monografia "Pedra de peixe, é pedra ou é peixe? - Uma proposta para divulgação da paleontologia", por sugestão da coordenadora local do curso, Dra. Maria Helena Hessel. O curso foi realizado em parceria com a Universidade Regional do Cariri (Urca) e com o patrocínio da Funcap. A pesquisadora elaborou uma proposta de cartilha infantil para divulgação da paleontologia do Araripe, com objetivo de disseminar informações científicas de forma lúdica e em linguagem coloquial, para crianças entre seis e dez anos.

De acordo com Lana, o uso da cartilha pode multiplicar o conhecimento através da leitura e da narração de histórias e contribuir para o desenvolvimento da oralidade e da socialização da criança. "O material paradidático é um grande recurso para entender uma leitura de cunho científico e estabelecer uma comunicação destas mensagens com maior facilidade. A proposta da cartilha pode consolidar novos processos de interdisciplinaridade fundamentais para uma divulgação diversificada de seu conteúdo e da Paleontologia", afirma a pesquisadora.

Como metodologia, foi efetuado, em parceria com o Grupo de Pesquisa da Chapada do Araripe (Urca), um levantamento bibliográfico de publicações relacionadas à paleontologia do Araripe. Além disso, foram realizadas visitas aos locais com ocorrências de fósseis da Formação Santana, a museus e exposições, para embasar a elaboração da cartilha, que é constituída de dezesseis páginas ilustradas com desenhos de traços simples e com informações em linguagem de fácil compreensão abordando a formação dos fósseis de peixes contidos dentro das concreções calcárias.

Assessoria de Comunicação da Funcap
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