Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

domingo, 20 de dezembro de 2009

Controle social e democracia - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Este texto aspeado abaixo o fiz num comentário para o blog de um ex-editor da Rede Globo quando este comentou a situação da programação diante da pata de elefante dos laboratórios farmacêuticos. Ele se referia a uma matéria que criticava os efeitos danosos de determinado medicamento e que "caiu" por pressão do laboratório fabricante. Espero retornar a esta abordagem num futuro próximo, com mais detalhes. Só para vocês ficarem alerta: sabemos todos que o fundo da Educação Básica aumentou e todos esperamos uma melhora geral na educação. Pois bem parte do jornalismo brasileiro e de jogadas políticas se devem a editoras (inclusive a Abril) disputando o fornecimento público. Outro dado uma fonte de escândalos, espeiclamente este de Bsb com conexões na Secretaria de Educação de São Paulo tem o mesmo modelo: a exploração denosa dos fundos públicos.


"Estou no final da minha carreira na saúde pública com algumas convicções. Há que se enfrentar o setor produtivo nas circunstâncias atuais. Não se poderá enfrentar a indústri farmacêutica, de imunobiológico, imagens etc. sem um forte setor público sobre controle da sociedade. Este modelo baseado em "empresários (?)" que ganham milhões como vendedores de luxo para garantir os grandes lucros deste setor não pode ser. Se cria um sistema tão perverso que a maior parte das vezes não se sabe onde começa o lobista da tecnologia de saúde e termina o médico. Por vezes onde se tem garantia de lucro certo na ponta de liminares da justiça no que se convencionou chamar-se Judicialização. É uma cadeia que precisa ser combatida, da ponta mais simples até a mais complexa: a) os visitadores de laboratório à serviço da indústria; b) os "empresário (?)" que inventam demanda para a indústria; c) os congressos financiados largamente para o discurso único deste merchandising (não existe mais ciência como algo crítico, no condicional e sujeito à superação); e) os lobistas, associados a deputados, senadores e membros do executivo em todas as esferas de governo com a finalidade de "empurrar" compras sobre os Fundos de Saúde e f) a aliança entre operadoras de planos de saúde e prestadores de saúde com a finalidade de se usufruir do plano mutual que afinal só existe pela contribuição solidária de quem paga o plano, inclusive com incentivos fiscais. Aliás, não diga que nega, pois na parte mais complexa existe o Programa Fantástico (e toda uma jogada maldosa em vários outros programas) que costuma gerar demanda por tecnológias absurdas desde que começa a segunda feira e as portas dos "negócios" se abrem."
Quem são os amigos secretos de Claude Bloc?
***

Carlos Eduardo escreveu jocosamente pra Socorro Moreira: "Socorro, quantos são os amigos secretos de Claude Bloc?"

Carlos, você estava certo! Foram (são) muitos. Mas garanto a você que isso foi "sabedoria" de Socorro. Não sei se foi bem um sorteio, viu? Creio que foi trama da "oposição", pois eu seria também pombo-correio de quem precisasse passar secretamente as mensagens para os demais.

O problema é que a brincadeira aconteceu num período de sufoco. Teve dia de eu não conseguir nem respirar direito. Por isso, peço àqueles que, por acaso não foram agraciados com minhas mensagens, para me darem um desconto, pois no meu coração todos têm um lugarzinho bem confortável no rol das minhas amizades.

Depois de rever hoje minha lista, percebi que "pequei" por falta. Deixei alguns amigos sem receber mensagem alguma... A esses já pedi perdão, mas hoje desejo em dobro ou triplo o que me faltou lhes desejar: Um Natal Feliz e um Ano Novo cheio de realizações...

1. Um de meus amigos secretos foi "reação de dupla-troca": ou seja, fomos amigos secretos um do outro. Ele hoje também é professor, não nos United States de Sobral, mas na nossa bela capital. É uma pessoa a quem muito admiro pelo caráter, pela maneira de conduzir a vida e pelo amor eterno pela sua querida esposa - Carlos Eduardo.

2. Outra pessoa que foi amiga secreta é psicóloga, adora flores sobretudo orquídeas, mas não faço idéia se ela percebeu as mensagens que lhe mandei, pois não deu sinal de tê-las visto... (risos) - Liduína

3. Outra amiga secreta, também psicóloga é a pessoa mais delicada e gentil que já vi na vida. É filha de um cratense que já trabalhou, até aposentar-se, no Banco do Brasil. Ela é uma filha minha do meu coração, eleita pelo afeto delicado que surgiu entre nós.- Camila Arrais

4. Um dos meus amigos é um caricatirista excepcional e que ainda não deu ares de sua graça no Cariricaturas devido ao fato de estar assoberbado de trabalho no momento e por estar "grávido" - vai ser papai. - Claudio Teixeira

5. Este de que falo agora é um "administrador" de um Blog onde prima o bom humor e a graça. Tenho muita admiração por este "rapaz" e gostaria que ele aparecesse sempre por aqui - Cariricaturas - enchendo nossa alma de alegria e risadas.- Antonio Morais

6. A lista cresce. Agora vou falar de outro amigo secreto. Este é um historiador de gabarito. Faz pesquisas e nos traz assuntos sérios e interessantes para ler. É uma pessoa séria e reservada, mas muito conceituado no nosso Crato. Anda fugidio, mas espero que o Natal o aproxime de nós muitas outras vezes com seus textos e sua amizade. - Armando Rafael

7. Este é um amigo de sempre. Fui colega de uma de suas irmãs, por isso frequentava sua casa para estudar sob as vistas zelozas de sua mãe. Este amigo é uma mistura de gentleman e de anjo. Uma pessoa de caráter excepcionalmente admirável. No momento não mora no Crato - Joaquim Pinheiro

8. Este mora em terras pernambucanas. Tem diversos livros publicados e tem um grande acervo na sua biblioteca. Seus textos são de uma correção ímpar, tanto no estilo quando no campo das idéias. É um estudioso dos grandes autores e já é conhecido pelo país pela sua dedicação à escrita e pela sua cultura.- Everardo Norões

9. Este é médico. Para mim, um literata pronto cuja escrita encanta, envolve e estabelece um pacto com o bom humor e a inteligência. Sou "fã de carteirinha" de seus escritos. As idéias fervilham quando o leio.- Dr. J. Flávio

10. Este é expert em inglês (sobretudo). Tem uma verdadeira fascinação pela dicção e pela fala perfeita e fluente na língua inglesa. É uma pessoa a quem admiro pela batalha e pelo afã em ser sempre melhor. Além disso, é estritamente ligado à música.- Jairo Starkey

11. Este talvez seja o mais doce, um dos mais gentis, o mais sensível, porque artista na escrita. A sensibilidade artística na sua família é uma constante, e isto, em todas as dimensões. A tônica nos seus escritos é a delicadeza do seu estro, a qualidade e a grandeza humana dos seus temas. - Roberto Jamacaru

12. Esta foi a pessoa que eu tinha adotado. Uma pessoa que iluminou minha vida com sua amizade. Foi algo meio transcendental, algo meio além da compreensão: uma amizade fraterna perfeita onde as diferenças de uma complementam as fraquezas da outra. Uma pessoa de garra e que só distribui o que é bom. Ganhei muito com ela. - Socorro Moreira

13. Outra pessoa adotei por um dia: foi minha primeira amiga. Quando crianças fomos muito próximas, pois eu frequentava sua casa semanalmente e adorava as tapiocas de sua casa no café-da-manhã, além da carne assada cheirosa que havia lá e da sopa de feijão nos jantares de então. Seu pai foi um grande dentista no Crato e ela é uma pessoa de personalidade marcante pela delicadeza e firmeza ao mesmo tempo. - Magali

E então, Carlos? Foi ou não foi trama da "oposição"? Você aguentaria ter tanto amigo secreto assim? (gargalhadas).

...
Um abraço fraterno a todos
desejando conjuntamente um Natal perfeito
e um Ano Novo, muito novo em realizações.
....

OFICINA DA PALAVRA - Cariricaturas, informa !

CARIRICATURAS ,







Oficina da Palavra - por Stela Siebra Brito

“Os leitores são viajantes, circulam nas terras de outras pessoas, nômades que caçam furtivamente nos campos que não escreveram”.
(Michel de Certeau)

Objetivando estimular o prazer e o interesse pelo exercício da leitura de poesia e da contação de histórias, a Oficina da Palavra oportuniza a descoberta de valores individuais e propicia o exercício da autoria através do diálogo entre as linguagens (poesia, histórias, música, dança em roda).


DESENVOLVIMENTO DA OFICINA

A ação terá como prioridade atingir um público formado por pessoas que amam a poesia e/ou a contação de histórias. A oficina acontecerá, na cidade do Crato, nos dias 29 e 30 de dezembro/09 e nos dias 6, 7 e 8 de janeiro/10.
O encerramento da Oficina da Palavra será no sábado, dia 9, com um Recital de Poesias e Contação de Histórias, feitos pelos participantes.
Todas as dinâmicas serão realizadas em círculos, já que no círculo se trabalha o equilíbrio entre o indivíduo e o coletivo. Na roda, somos convidados a estarmos presentes, a participarmos de maneira plena dos processos de transformação social.
Cada encontro será iniciado com uma atividade de expressão corporal - para aquecimento e relaxamento das tensões musculares - e com uma dinâmica de aquecimento vocal - para relaxar e ativar, especialmente, os órgãos da fala.
Entendemos que estas duas atividades conduzem a um relaxamento não só do corpo, mas também da mente, favorecem o equilíbrio físico e emocional, possibilitando uma respiração mais livre e consciente, o que, inevitavelmente, conduz a uma maior concentração e encontro pessoal com sua essência.
Os exercícios de voz facilitam o desempenho da leitura, com a boa articulação das palavras, sonorização, entonação e pontuação adequadas, além de permitirem uma maior soltura das pessoas, que passam a ler e a narrar de forma mais espontânea e confiante. Para complementar os exercícios de voz, brincaremos com parlendas e trava-língua. A música e a dança estarão presentes através de dinâmicas diárias de danças circulares e de atividades com poemas musicados.

Colocados em círculo, percebemos a nossa identificação com o outro. O círculo é essencialmente inclusivo. Ignorar um componente ou a manifestação de um componente da roda seria, num certo sentido, ir contra a tendência natural do círculo.
A produção escrita será estimulada através da brincadeira da remessa de cartões postais no final da oficina, o que será uma oportunidade para os participantes exercitarem a imaginação e a criatividade, registrando, por escrito, a memória desta experiência e de outras memórias guardadas com eles. Neste caso, o lembrar não será apenas reviver, mas, sobretudo, recriar.

Stela Siebra Brito


Vr. do Investimento : 50,00

Local : SCAC


Cronograma : 29 e 30.12; 06 a 08.01.2010.

09.01.2010- Recital de encerramento ( Teatro Raquel de Queiroz)

Horário : das 19 às 21 h.

Mestra : Stela Siebra Brito
Coordenação : Socorro Moreira
Parceria : SCAC (Divani Cabral)


Lista de Participantes :



Socorro Moreira

Rosineide Esmeraldo,

Fátima Esmeraldo ,

Abidoral Jamacaru,

Roberto Jamacaru

Fanca Jamacaru,

Eleonora Figueiredo,

Fabiana Vieira,

Poliana Esmeraldo,

Lorena Tavares,

Blandino,

Divani Cabral,

Hermógenes Teixeira,

Olival Honor

Márcia

João do Crato


Vagas limitadas em até 25 participantes
Maiores informações, fale conosco !
Tel : 35232867
Socorro Moreira

Parabéns , Zé Flávio ! - por Zé Nilton


Hoje cedo, bem cedinho
Quatro e meia da manhã
Pus meus óculos ray-ban
E tirei pra Matozinho
A cidade em burburinho
O povo todo de pé
Cheguei à praça da sé
Bem na hora do festejo
Acompanhei o cortejo
Em louvor ao grande Zé

Aquela gente cantava
Nas ruas, que alegria
E aquela melodia
A todos contagiava
E dali de onde estava
Avistei um rasta-pé
Eu não minto se disser
Que há mais de uma semana
Disseram que Fabiana
Se abufelava com Zé

E assim em Matozinho
Todo ano se tem feito
Pra seu querido prefeito
Uma festa com carinho
A cidade é um só ninho
De muita felicidade
Justiça, paz, igualdade
Lá o povo é soberano
É tanto que para o ano
Vou morar em Matozinho


por Zé Nilton

Ela - Domingos Barroso

Quantas vezes já disse
que é hora do cafezinho quente

mas nunca sinto o mesmo gosto
nem entra pelas narinas o mesmo perfume.

Assim é a vida
dessa alma alheia

que se abrigou nos cachos
das minhas axilas

e agora ao levantar-me
eis ela, essa alma atenta

dentro do açucareiro,
pelas bordas da xícara.


por Domingos Barroso

Para o meu amigo,César Augusto - A Revelação

Enfeitei a casa com sakura ...

trouxe um haikai de Basho ...

e uns "blueberry muffins" pro seu lanche.


Meu amigo,

Imagine que a Panair ainda existe...

Pegue um vôo

e venha fazer parte dessa festa.


Só espero que você não fique decepcionado ao saber que o seu amigo secreto

é essa Corujinha aqui.


Um abraço





Rolou a festa, e foi massa !

" Nosso "sex ... sexagenário" João Marni ! Alma serena , coração feliz !
Nicolai, João Marni e Chico Pão , nas prosas , sem conflito de geração !

Assis Landim - enciclopédia boêmia ! A vida do nossos , em sua memória.
Fátima - maravilhosa anfitriã !


A doce e pequena Maria Alice , entre folhas e mimos !

Lembramos músicas, cinema antigo , amores eternos e serestas !
(Assis Landim e Jakson Duarte)

A turma das donzelas - Belas !
Fotos by Rosineide Esmeraldo.
Obrigada amigos João Marni e Fátima por tudo de bom
que vocês partilham com os amigos.
Idade nova e Ano Novo, totalmente demais , desejamos-lhes !

Rosa Guerrera declara por e-mail : minha amiga secreta é ...

Alguém do Cariri que como eu também conhece a Itália, e sobretudo gosta de Nápoles ! É poetisa , artista plástica ... Vez por outra , sua imagem aqui é postada como símbolo de charme , beleza e fotogenia.
Sem dúvidas , um presente do Cariricaturas, essa menina amiga !
Abraço carinhoso ,
Ros@

Amigos secretos ...!

Carlos Esmeraldo tem toda razão ! A Claude sorteou alguns amigos e adotou uns outros, e assim a dona de coração mais natalino do mundo , viu sua correspondência aumentada, e deu conta do recado com muito capricho e carinho. Mas vamos esperar que ela se pronuncie... !
Também sorteei mais de um , mas não adotei nenhum. Já tinha a incumbência de ser um tipo de pombo correio, repassando os bilhetinhos. Uma função que muito me alegrou, diga-se de passagem !
Nicodemos, Corujinha, Rosa , Walda, Claude, Ana Cecília , Melgaço, Edilma, Rosineide , Zé do Vale, Pachelly e etc... Foram amigos secretos , e eu declaro no aberto, que são amigos de fato , além de todo mundo que faz o Cariricaturas !

À minha amiga secreta – Por Magali de Figueiredo Esmeraldo


A minha amiga que era secreta e não é mais, mora em Recife há muitos anos. Foi minha colega no Colégio São João Bosco, é astróloga, contadora de histórias e vai ser a Mestra da Oficina da Palavra que o Cariricaturas irá promover nos dias de 29 e 30.12. 2009 e 06 a 08.01.2010. Ela é muito querida por muitos amigos e por mim também. Adivinharam quem é?
Abraços minha amiga.


Uns imortais fetichistas - Por Emerson Monteiro

Fetichismo, essa mania corrosiva que se tem de juntar coisas das margens dos rios, sejam pequenas ou grandes. Culto de objetos materiais ou apego a eles. E fazemos isso vida a fora, vida a dentro. Aonde se vai, junta troço. Viaja-se e a bagagem vale pelas lembranças que se transporta, para si ou para os outros. Morre-se e ficam relíquias, botijas, testamentos recheados de bens materiais; os baús, as recordações dos amigos, nas rodas; as histórias infalíveis, resgates insistentes.
Fetiche: objeto animado ou inanimado, feito pelo homem, ao que se atribui culto. Enquanto o tempo consome a matéria, apegamo-nos aos garranchos das ribanceiras, no afã de perpetuar o imperpetuável que escoa das vertentes abertas nas elevadas cordilheiras. Nisso de contrapeso seremos hábeis em reunir motivos de fixação que nada fixam, desfeitos na paisagem móvel da existência, dias aquecidos de impermanências graves, lições infindas, perenes em tudo, por tudo, portanto.
Anéis e dedos que também não ficam. Caravanas que passam aos cães que ladram e passam no mesmíssimo formato da pauta dessa ópera insólita, estridente, agônica, permeada de silêncios agudos.
Sonha-se no esquecimento das horas, companheiras constantes de pêndulos que se movem impávidos. Nuvens suaves de outono, inverno, primavera, verão. Sol que vem e vai e fica, e nós é que vamos.
O esforço de cristalizar as coisas se transforma em rochas fósseis, rochas cristais, marcas de espécies extintas no aço, no petróleo, nas enciclopédias, na lama dos guetos. Na história de bichos-alimária, cães de palha. Todos, todas esfoladas, esfolados vivos, felizes bonecos de papelão.
Energia infinda, essa, sim, que permanece no fluir universal, na busca de Deus das criaturas. O rugir dos ventos nas folhas que se balançam e caem. O som de eras milenares em muralhas que se desmoronam dos monumentos carcomidos e reconstruídos de suor e impulsos desconectados. As imaginações de lideranças retocando civilizações que se debatem na busca de permanecer nas páginas esvoaçantes dos reinos ilusórios. Tropas armadas em conquistas estéreis, incógnitas dramas de quem padece as derrotas. Guardadas as lanças e proporções no terço dos armamentos enferrujados nas praças cheias de gente vaidosa, nos festins descompassados... Castelos vazios, horas calmas, madrugadas espasmódicas desses faustos de angústia.
Nos bolsos, a imunidade, seixos frios se misturam nas contas do rosário de lágrimas que se fizera saudade solta, croaxando no peito, e malas pesadas nos braços mortais da infinita espera. Olhos fixos na miragem desses invernos desconhecidos. Firmeza na voz e pigarro na garganta seca. Fora, cantam os pardais, efetivos a formar outra vez seus velhos ninhos teimosos, nos beirais de construções; a paisagem fantasmagórica do extático, testemunha imbatível do definitivo encontro; repulsão e expectativas.
Nesse dia e desse jeito de cenário, os artesões do depois vêm elaborando fios e tecerão longas auroras, nos cabos de luzes multicolores, em volta das marcas erguidas no seio das catedrais de pedra. Notas harmônicas envolvem as palmas abertas de um tempo que deposita nas estrelas seus filhos diletos. Aqueles velhos fetiches guardados se somam em muitos nós, apegos desfeitos nas pessoas. Serão almas livres aladas que pairam no além, aonde Deus espera de braços abertos.
Antes, éramos todos fetichistas contumazes e mudamos o sentido daquilo que nos alimentava. Nos lábios, favos de mel. Lindos laços envolveram os seres e nisso vem o dia raiar nos páramos suaves dos vínculos eternos, bloco útil das emoções permanentes.

À minha amiga secreta – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Desfaz-se o véu que cobria o rosto da minha amiga, até então secreta. Ela tem dupla nacionalidade, adora o Crato, é professora de línguas, fala fluentemente o inglês, francês e português, mora no exterior, num país que tem a sigla E.U.S. e sonha em morar no Crato a partir de 2010.
Adivinhem quem é ela? Apresente-se, minha amiga!

Minha Amiga Secreta é....Zélia Moreira.

Fiquei muito feliz em ter tirado essa pessoa maravilhosa e
ex-colega
da quarta série ginasial do colégio Diocesano; que reencontrei
por acaso numa caminhada na pracinha da Igreja de N.S. da
Conceição, no Parque Granjeiro.Foi um presente que ganhei
no ano passado (2008).E de lá prá cá nossa amizade se forta-
leceu e "viramos" grandes amigas e confidentes.Que Deus lhe
abençoe Zélia!!! Amanhã passo em sua casa para a entrega do
presente.Rsrs...Beijos:Liduina.

(Tentei me esconder o máximo para você não desconfiar)

A Flor de Lótus


Flor de Lótus
***
No dia em que a flor do lótus desabrochou
a minha mente vagava e eu não a percebi.
***
Minha cesta estava vazia
e a flor ficou esquecida.
***
Somente agora, e novamente,
uma tristeza caiu sobre mim.
***
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
de um perfume no vento sul.
***
Essa vaga doçura
fez o meu coração doer de saudade.
***
Pareceu-me ser o sopro ardente do verão
procurando completar-se.
***
Eu não sabia então,
que a flor estava tão perto de mim.
***
Que ela era minha
e que essa perfeita doçura
tinha desabrochado no fundo do meu coração.
***
( Rabindranath Tagore )
***
*Rabindranath Tagore escritor, poeta e músico indiano ( 7/05/1861-07/08/1941 ). O primeiro asiático a receber o Prêmio Nobel de Literatura , em 1913.
***
***

<

DE PROFECIAS E DE BUSCAS - Por Zé Nilton




Encontramo-nos no interior de um
novo ciclo - um dos semitons da
grande ressonância - que teve início
em 3114 anos AC e que se completará
em 2012.





A Grande Força nos encaminha, através
do alinhamento galáctico, para o novo,
que não é a morte do velho...





Mas o renascer de uma nova era, que
trará finalmente a redenção do homem
com o mundo, com a natureza e consigo
mesmo.




A pomba da paz virá radiante, e as
trombetas anunciarão a voz do grande
guardião, que cantará: Deus vos salve o
relógio que andando atrasado serviu de
sinal ao verbo encarnado...


Daqui de onde estou, no "Rancho a Morada
da Vida", a 910m acima do nível
do mar, no interior da sagrada Chapada
do Araripe, após contemplar o luar de
dezembro, desejo a todos os amigos um
Natal cheio de luz e que no Ano Novo
venhamos a convergir para a manutenção do amor
em nossos corações.

Zé Nilton

Mensagem à minha amiga secreta - por Maria Amélia

Minha Amiga Secreta, hoje mora em Fortaleza , mas já moramos na mesma rua, lá no nosso Cratinho querido.È filha de um grande dentista, casada com um primo meu, especialista em distribuir energia. Sabem quem é?



Maria Amélia Castro

Se eu soubesse que tu virias ... Por Rosa Guerrera


Se eu soubesse que tu virias,
eu juro que teria te esperado...

Se eu soubesse...
Se eu adivinhasse que em teus braços
conheceria o verdadeiro amor ,
Jamais teria deixado
que pousasse no meu rosto
o mais leve beijo,
o mais leve ardor.

Ah se eu soubesse que tu virias !
Se eu imaginasse que o amor
tivesse no seu âmago
esse gosto híbrido,
esse queimor doce , profundo,
essa ânsia sutil e morna ...

Eu juro meu amor
Que teria guardado só para ti
as mais profundas inocências
da minha meninice.

O SIGNIFICADO MAIS ELEVADO DO NATAL: REVELAÇÃO DO AMOR DE DEUS-PAI


Quando decidimos, por livre e espontânea vontade, mudar primeiro a nossa visão, então, entenderemos com um leve sorriso nos lábios essa afirmativa magistral de Platão: "Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo". E daí para frente poderemos saborear não só Platão, mas também os conteúdos de sabedoria de Sócrates, Jesus Cristo, Buda, Einstein, Kant, Pascal, Voltaire, Descartes, Alan Kardec, André Luiz, Zarastruta, Gandhi, Charles Chaplin e tantos outros personagens da história humana.

O ato de conhecer, a partir dessa transformação real, não terá um fim, um objetivo utilitário, ideológico e mecânico de acumulo de informações em nossa psique, mas se tornará uma "fruta deliciosa" da qual sempre gostaremos de comê-la sem ficarmos enfastiados. O ato de saber se qualificará. As nossas críticas deixarão de ser invejosas, passando a ser respeitosas, compreensivas e até mesmo admiradoras.

Puxa vida! Como me delicio com esta frase-pensamento de Kafka: "Da vida se tira vários livros, mas dos livros se tira pouco, bem pouco a vida". E esta de Buda: "O louco que se diz louco esse tem algo de prudente, mas o louco que se diz sábio esse é realmente louco". E como o mestre Einstein foi brilhante. Vejamos o que ele disse: "Raros são aqueles que vêem com os próprios olhos e, sentem com sua própria sensibilidade". Jesus Cristo, nem se fala, vejamos: "Vim para trazer luz aos cegos e cegar os que estão vendo".

Nessa nova etapa existencial, desenvolveremos um sentido incomum de compaixão por todos aqueles que ainda não viram em si mesmo, sua própria fonte de luz-sabedoria-Amor. Em outras palavras, o próprio Deus-Pai manifestado, presente num estado de contemplação e benção a todos os seus Filhos. E a consciência de Deus-Pai é o caminho iluminado que devemos seguir em nossa viagem interior.

A qualidade de vida essencial é precisamente um salto ontológico. Um gigantesco salto além do pensamento e da visão racional do homem moderno. Esse salto é a transcendência do homem em direção à consciência cósmica. Uma consciência de sabedoria em Amor. E quando penetramos na atmosfera desse universo-consciência, começamos a compreender o porquê do desespero, da angustia, da infelicidade, da dor, da desigualdade social e da miséria espiritual de milhões ou bilhões de seres que estão vivendo nesse planeta.

Mesmo com a sabedoria e visão que alcançamos ao entrar nessa "atmosfera", nossos esforços estarão sempre dependentes de um princípio básico e universal: a liberdade de Deus-Pai. A liberdade de ser, de cada um, é algo profundamente sagrado. Por isso, mais do que nunca precisamos saber o significado ontológico da palavra "renúncia". É preciso renúncia para a vida dos valores terrenos, uma vez que esse princípio sagrado de liberdade coloca o ser humano numa questão de decisão e escolha que somente o próprio homem, o próprio indivíduo poderá (auto)solucionar.

Mas, o que realmente pretendemos com a conquista da liberdade ontológica? Essa resposta é na verdade um longo caminho de desenvolvimento da sensibilidade, da inteligência e da vontade humana. E a meta, sem dúvida, é o Amor. Mas, qual deles?

O homem vem buscando incessantemente o Amor. Em várias épocas, encontramos referências das experiências humanas com "algo" que o homem vem denominando de "Amor". A reverência para com esse fenômeno, é visível. Seja na poesia, na música, no cinema, nas novelas, nos contos românticos etc. Podemos falar de algo que transcende qualquer semântica? Ficamos mudo quando queremos falar do Amor Cósmico de Deus-Pai. É uma aparente contradição.

Mas, o que é Amor? Podemos caracterizá-lo ou defini-lo segundo os nossos condicionamentos? Qualquer definição é uma incógnita. A única coisa que todos têm em comum, na descrição do Amor, é na personalização do fenômeno: "ele é agradável", "nos dá satisfação" e "nos faz sentir bem".

Amor -palavra que não define a grandeza do que seja o próprio, o significado de sua manifestação. Vivemos tendo como referência um encontro futuro com algo que denominamos de "Amor". Queremos experienciar em nós e no outro o Amor. Queremos Amar. E compartilhar o Amor. Quem não quer Amar? É difícil imaginar alguém que não queira Amar. E ser feliz no Amor. Mas, o que será mesmo esse tal Amor que buscamos? A que fim ele nos leva ou eleva? O que está por detrás da busca desse desconhecido Amor? Buscamos a experiência do Amor, porque instintivamente e intuitivamente sabemos que ele é necessário e imprescindível. A vida humana depende do Amor para se manter equilibrada e harmoniosa.

As nossas experiências nos dão a idéia e o indício do que seja Amor, mas o Amor em sua plenitude se distancia dessas experiências. E assim, ficamos a mercê de um nível de vibração do Amor, acreditando que estamos vivenciando o próprio. As experiências que realizamos em busca do Amor, nos faz criar uma contraparte desse fenômeno: o objeto do Amor ou desejo sensual. Esse objeto, criado e recriado em cada nova experiência assume o papel do próprio. Assim, se perdemos ou nos distanciamos desse objeto, acabamos sofrendo. Identificamos o Amor, a partir do seu objeto. Várias são as identificações dadas para o objeto do Amor. Essas identificações, são manifestações subjetivas tais como: sensualidade, sexualidade, carência afetiva, bondade, paixão, desejo, etc.

Em nome do Amor, ou melhor, do objeto do Amor, construímos uma realidade de relações humanas. Agimos segundo as orientações dessas relações criadas e convencionadas pela sociedade. O Amor passa ser definido segundo um modelo estático, ou melhor, segundo um protótipo, um modelo de relação objetiva ou subjetiva tal como: "Amar é fazer..." ou "Amar não é fazer...", e assim por diante.

Nesse sentido, a luz não pode ser descoberta, mas ao contrário é ela quem nos revela e nos des-cobre da escuridão da criação no processo de evolução no salto a partir de si mesma. A luz é Deus. E Deus é AMOR CÓSMICO UNIVERSAL. O homem é uma centelha dessa LUZ de Deus. E o homem somente consegue revelar essa Verdade no caminho do autoconhecimento da luz do Amor de Deus em si e para si mesmo. Bem-Aventurados são aqueles que conseguem por seu próprio esforço sair da escuridão da visão racional e alcançam a luz da estrela interior que anuncia o nascimento daquele que veio para nos mostrar o caminho verdadeiro do Amor de Deus.

Dentes

Ultimamente vivo mordendo os lábios
a língua, gengivas

meus dentes andam loucos
desorientados
sem a mínima coordenação motora.

Tanto faz miolo de pão
bagaço de laranja
bolo
frango
carne moída.

Ao som das batidas do peito
meus dentes dançam

pulam
exasperam-se

arrancando raízes
sangrando pelas coroas
amálgamas, resinas.

Meus dentes,
umas figuras:

gigantes
anões
corcundas
dilacerados
altivos
afiados

todos debaixo
do céu vermelho da boca

à espera de um pescoço
um dedão bem feminino

o lóbulo de uma orelha com brinco
um par de coxas lambuzadas de creme.

Ecos de Copenhague - por José do Vale Pinheiro Feitosa sobre um texto do blog off do jornal la libération.

O desfecho da Conferência de Copenhague ainda ecoa no mundo . Afinal a mudança do clima não se descola da produção mundial e tampouco da crise financeira atual. Os atores da conferência eram os Estados Nacionais e o que se viu foi exatamente isso: a história em transformação e um processo de encontrar o novo. Não seria diferente e muita gente deve ter percebido isso: desde o início do século XX, quando se tomou consciência que a inteligência humana aplicada à produção resultara na maior produtividade jamais vista, que se busca uma sociedade mais solidária e menos sujeita à crises cíclicas, inclusive com guerras. Durante todo o século XX, mesmo quando se tratava de lutas pelo fim do colonialismo, havia uma forte desejo de progresso material e de uma sociedade menos exploradora do homem pelo homem. Não tenhamos dúvida, esta questão do clima está nesta mesma matriz, procurar uma ordem mundial mais solidária e menos exploradora, portanto com menos privilegiados.

Mais ainda, como a ordem mundial se faz pelos Estados Nacionais, aquele com maior poder, que mais se apropria da produção mundial, no caso os EUA, sempre ditou os rumos e as regras da acumulação. Agora a coisa toda está em crise. Atores que não tinham peso começam a aparecer. Outros que não poderiam se manifestar, começam a questionar. E os ator principal, os EUA, não conseguem mais dar o rumo.

Este texto abaixo foi publicado no "le blog off" do Journal La Libération e foi traduzido pela Caia Fittipaldi. Para não aumentar muito a postagem, vou colocar nos comentários o texto original em Francês para aqueles que tenham facilidade com a língua poderem fazer sua checagem sobre a tradução para o Português:

"É verdade que, sendo eu argentina, o que aqui escrevo parecerá meio esquisito. Paciência. Acabamos de assistir, no quadro da total degringolada das negociações sobre o clima em Copenhague, ao fracasso final de uma superpotência (os EUA) e à vigorosa entrada em cena de uma nação (Brasil) que esperava impaciente para ocupar seu lugar.

Os discursos de Obama e Lula foram muito mais que discursos sobre as questões que se esperava que nossos chefes de Estado devessem resolver em Copenhague. Esses dois discursos, em minha opinião, marcarão para sempre a longa e tortuosa história do declínio do império norte-americano.

Recusar-se a negociar é o primeiro sinal de fraqueza dos “poderosos”. Hoje, Obama não deu qualquer sinal de qualquer flexibilidade possível, nos três temas que pôs sobre a mesa. E isso, depois de ter cuidadosamente evitado assumir que os EUA são os principais responsáveis históricos pela acumulação na atmosfera, de gases de efeito estufa.

Quanto a Lula... tudo é liderança, vontade, desejo, ambição. Evidentemente Lula não é perfeito – mas a questão não é essa. O que interessa é que Lula mostrou aos olhos do mundo que seu país está pronto para jogar o jogo dos grandes, na quadra principal.

Assistimos na 6ª-feira em Copenhague, já disse, ao fracasso de uma superpotência encarquilhada, curvada sobre ela mesma, afogada em instituições anacrônicas, sufocada por lobbies impressionantes, sitiada por mídias que condenam os cidadãos à ignorância e ao medo do próximo, e os fazem sufocar de medo do futuro.

É chegada a hora da potência descomplexada e abertamente ambiciosa e desejante do Presidente Lula. Lula não se assusta ante a tarefa de assumir o comando de um barco quase completamente naufragado."

Revelação do Amigo Secreto - por Cariricaturas

A partir de hoje sai de cena a figura do mediador. Revelem-se aos seus amigos secretos , e curtam a alegria de uma amizade às claras por todo o ano de 2010 , e mais alguns !

Domingo ! por Zélia Moreira

Hoje amanheci com as músicas do novo cd de Maria Betânia na cabeça e nos ouvidos.
Vale a pena conferir.
Deixo pra vocês a letra da última faixa, que se chama:

DOMINGO.
(Roque Ferreira)

Veja meu bem
Que hoje é domingo
Domingo eu não choro
Domingo eu não sofro
Domingo eu sou de paz e alegria
Tristeza hoje eu não estou
Saudade volte outro dia
Domingo eu não sou boa companhia

Se o amor quer me deixar
Que deixe num domingo
Eu não vou reclamar
E posso até achar
Que ficar só é lindo

Domingo a minha vida é o circo
Eu sou a trapezista
Alguém avise a dor,
Que não insista.

Deixo aqui também alguns dados referentes ao compositor Roque Ferreira.

Roque Ferreira
Estudioso da paisagem cultural brasileira, Roque nasceu em 1947 em Nazaré das Farinhas, no interior da Bahia, e começou a fazer samba de roda - gênero característico do recôncavo baiano, com melodia rica, harmonia simples e versos curtos - quando se mudou para Salvador, aos 14 anos de idade.

Pouca gente sabe, mas o nome de Roque Ferreira está presente em muitos discos dos maiores sambistas brasileiros. Desde 1979, quando foi lançado por Clara Nunes no LP Esperança, até os mais recentes discos de Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, Elton Medeiros, Martinho da Vila e Beth Carvalho, entre outros, o compositor tem sido uma referência do samba de roda baiano. São dele duas músicas-títulos da discografia de Zeca Pagodinho: Samba pras Moças e Água da Minha Sede (com Dudu Nobre), sem falar na famosa Pro Amor Render, parceria com Dudu Nobre gravado por Martinho da Vila em 1999.

Outra informação interessante é que nesse ano Maria Betânia lançou dois cds. Um romântico, TEU, nele eu encontrei Domingo. O outro Encantadeira, tem quatro músicas do compositor citado.

Tenham um bom domingo e uma semana de muitas alegrias. Afinal tá chegando o Natal!
Para todos os colaboradores e leitores do Cariricaturas, meu desejo que o verdadeiro sentido do natal prevaleça trazendo PAZ, AMOR, SAÚDE....enfim o que há de melhor pra todos nós.
.
Abraços!

Zélia Moreira

Salpicão para a sua ceia de Natal




Ingredientes


700 g de bacalhau escaldado e desfiado

3 cenouras grandes ralada

1 pacote de 200 g de batata palha

1 lata de ervilha

2 lata de milho verde

8 dentes de alho amassado

5 colheres de sopa de azeite

2 cebola ralada

2 pimentões cortado em tiras finas

Suco de 2 limões

Manjericão à gosto

100 g de azeitona picada

Sal a gosto

3 colheres de sopa de molho de tomate pronto

1/2 xícara de chá de cheiro verde picado

Maionese à gosto



Modo de Preparo


Em uma panela aqueça o azeite e doure o alho e a cebola .Depois refogue o pimentão, acrescente o bacalhau e o limão, mexa e deixe dourar um pouco e depois acrescente o cheiro verde, a azeitona, o sal e o manjericão. Coloque em um refratário, misture com a cenoura, o milho a ervilha, a batata palha, deixe um pouco da batata para jogar por cima para ficar crocante, e a maionese.Misture tudo.

Matéria receebida por e-mail

DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...



"As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
têm direito inalienável à Verdade, Memória,
História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado



No CEARÁ, para quem não sabe, houve também um crime idêntico ao do “Araguaia”, contudo em piores proporções, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará no ano de 1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato JOSÉ LOURENÇO, seguidor do padre Cícero Romão Batista.


O CRIME DE LESA HUMANIDADE

A ação criminosa deu-se inicialmente através de bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como se ao mesmo tempo, fossem juízes e algozes.


A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS

Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará foi de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO / CRIME CONTRA A HUMANIDADE é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira bem como pelos Acordos e Convenções internacionais, e por isso a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - Ceará, ajuizou no ano de 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que: a) seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) sejam os restos mortais exumados e identificados através de DNA e enterrados com dignidade, c) os documentos do massacre sejam liberados para o público e o crime seja incluído nos livros de história, d) os descendentes das vítimas e sobreviventes sejam indenizados no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos


A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO

A Ação Civil Pública inicialmente foi distribuída para o MM. Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, redistribuída para a 16ª Vara Federal na cidade de Juazeiro do Norte/CE, e lá chegando, foi extinta sem julgamento do mérito em 16.09.2009.


AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5

A SOS DIREITOS HUMANOS inconformada com a decisão do magistrado da 16ª Vara de Juazeiro do Norte/CE, apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife, com os seguintes argumentos: a) não há prescrição porque o massacre do Sítio Caldeirão, é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos das vítimas do Sítio Caldeirão não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do Czar Romanov, que foi morta no ano de 1918 e encontrada nos anos de 1991 e 2007;


A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA

A SOS DIREITOS HUMANOS, a exemplo dos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, por violação dos direitos humanos perpetrado contra a comunidade do Sítio Caldeirão.


PROJETO CORRENTE DO BEM

A SOS DIREITOS HUMANOS pede que todo aquele que se solidarizar com esta luta que repasse esta notícia para o próximo internauta bem como, para seu representante na Câmara municipal, Assembléia Legislativa, Câmara e Senado Federal, solicitando dos mesmos um pronunciamento exigindo ao Governo Federal que informe a localização da COVA COLETIVA das vítimas do Sítio Caldeirão.


PAZ E SOLIDARIEDADE,


Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197 – 8719.8794
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br



Postado por Atualizações via email no blog Cariricaturas em 20 de dezembro de 2009 09:38

O Show na Terra

Luiz Domingos de Luna*

É muito fácil observar
A presilha dos seres humanos
Sentidos, prazeres, desenganos.
Uma paisagem a embelezar

Tudo parece um sonho
Emoções sentimentos
Um corpo lançado ao vento
Na busca de um mundo risonho

Cada um num carrossel a girar
O filme da vida pontuando
O Futuro ao presente ocupando
A Câmera a história registrar

A máquina humana em movimento
Os líquidos internos em plena ação
Uma desordem que vai parar- Pena!
Deixar a cadeira, para outro ocupar.
É um show com tempo determinado
É Viver plenamente a emoção?
É A razão e emoção conjuntamente
Ou o grande parque da Ilusão?

(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora (CE)

AS GRANDES CRISES DO MUNDO ATUAL: UM CENÁRIO POSSÍVEL DE ACONTECER?


As crises sempre rondaram nosso modo de viver e ser. E quando menos esperamos somos assaltados novamente por elas. E para que não sejamos pegos de surpresa precisamos estar bem informados e criar estratégias para uma situação de emergência. Posso citar as principais crises do mundo moderno: a) crise da razão instrumental; b) crise moral e ética; c) crise energética; d) crise ecológica; e) crise econômica; f) crise ideológica; g) crise existencial. Em síntese vivemos uma mega-crise geral que nos afeta e nos impede de sermos livres e felizes de fato.

O grande desafio é entender essa mega-crise quando estamos a um passo de sentir sua força destruidora e transformadora, por exemplo, na crise econômica da maior economia do mundo (E.U.A). Podemos compará-la a um furacão que vai se formando lentamente no oceano. E assim, logo que cresce em força destrói tudo que encontra pela frente no continente. E com certeza os prognósticos apontam indícios de que ela poderá acontecer (ou não) de fato varrendo economias nacionais no mundo inteiro. Isto porque, o sistema econômico mundial está interligado e interdependente. E se a economia americana entrar de novo em recessão puxará de vez as economias nacionais em crescimento: Japão, China, índia, Brasil etc. O olho desse furacão em formação é sem dúvida a economia dos E.U.A. Os especialistas afirmam que a dívida do povo americano corresponde ao PIB americano, ou seja, 11 trilhões de dólares. E a dívida pública americana está nesse mesmo tamanho – 11 trilhões de dólares! E como o Brasil ainda tem sua moeda atrelada ao dólar – imagine o que vai acontecer quando o dólar despencar de vez? Uma pessoa bem informada agiria com prudência sabendo dessa situação, poupando agora para se manter seguro na hora em que o furacão econômico provocar a grande crise recessiva.

A outra grande crise em curso é sem dúvida a energética. Vejamos porque. A força produtiva do mundo depende do consumo de energia básica ou primária (petróleo, gás, carvão, energia nuclear, hidrelétrica etc.) para a produção de energia secundária (energia elétrica e outras formas de energia). A matriz energética mundial é bem diversificada. Alguns países como o Brasil utilizam-se de energia “limpa” como a hidrelétrica. Outros ao contrário consomem energias não limpas (p.ex.: queima de petróleo (e seus derivados) e carvão mineral e vegetal) que por sua vez põe em risco a qualidade de vida do planeta. Grandes potências, como os E.U.A, optaram estrategicamente, em séculos passados, por energias não limpas, e agora além de sofrer pressões internacionais precisam mudar sua matriz energética, uma vez que o impacto (social e ambiental) e o custo dessas energias aumentam a cada ano. E eles sabem que não podem mudar sua matriz energética de uma hora para outra (por isso mesmo que os E.U.A não assinaram o tratado de KIOTO). A crise energética puxa uma outra crise: a crise ecológica.

Na busca crescente de novas fontes de energia (não renováveis) o impacto é inevitável. Para se produzir precisa-se explorar e retirar recursos e explorar fontes de energia da natureza – não existe mágica ou milagre! Estudos vêm mostrando que a produção de alimentos sofrerá grandes alterações devido à mudança climática já em curso. O aumento de temperatura do planeta de 2 ou mais graus Celsius afetará diversas culturas no campo, fazendo com que se invista em novas pesquisas genéticas ou provocando a migração dessas culturas para países de clima frio (p.ex.: o café de São Paulo poderá ir para a Argentina).

A crise ecológica afetará populações imensas - os chamados refugiados do clima. Ou seja, uma imensa massa humana terá que deixar sua terra natal em busca de um clima que permita uma sobrevivência mínima. Essa massa de gente faminta, sem terra e sem perspectiva de sobrevivência inchará os grandes centros urbanos, fazendo com que se mude o planejamento dessas cidades e conseqüentemente o controle social e as políticas públicas. A violência tenderá a aumentar e com isso novas formas ou mecanismos de coação, por parte do Estado através de suas leis, deverão tornar a vida social altamente regulada.

Nesse contexto, a crise política surge porque as classes excluídas reivindicarão e lutarão por terra, trabalho e capital. E com a crise econômica em andamento, não se permitirá uma distribuição equitativa da riqueza nacional, o caos moral se instalará de vez. A vida social perderá seu eixo de equilíbrio, e milhões de pessoas no mundo inteiro sucumbirão (p. ex.: na África) devido à carência de informação, conhecimento, matéria-prima, trabalho, água e terras habitáveis. É importante frisar que a população mundial aumentou 6 vezes de 1840 para cá (de 1 bilhão para 6 bilhões). E o processo de desertificação aumenta ano a ano. Isso implica dizer e inferir, que se a população mundial aumenta e os recursos do planeta (a matéria-prima diminui também devido à alta produção e o alto consumo dos países industrializados) o cenário que se apresenta é de escassez para os pobres e acumulação para os ricos numa guerra ideológica e cultural - entre nações desiguais! A luta pela sobrevivência vem se dando no campo científico e tecnológico.

A divisão de tarefas no mundo globalizado vem acontecendo em três partes: os criadores, os produtores e os consumidores. Os criadores exigem atualização de conhecimento em função da demanda de novos produtos, novas tecnologias e novos serviços. A riqueza dos criadores vem sendo realizada a custa da exploração da natureza, submissão e dependência dos outros dois (os produtores e os consumidores). Essa situação conduz a massa humana global a se voltar para sua realização material mínima (para não sucumbir ou ficar excluída e morrer) forçando a todos negarem sua realização espiritual e existencial.

No grande encontro das nações – COP-15 – em Copenhague ficou evidente que os grandes não querem se comprometer em contribuir para resolver de fato a mega crise ecológica que poderá inviabilizar a vida saudável no planeta. Milhões de indivíduos perderão suas terras e terão suas vidas ameaçadas diante dos impactos do aquecimento global. O cenário está sendo montado, mas mesmo assim as decisões são lentas no sentido de frear ou minimizar os efeitos das mudanças climáticas já em curso. No meio de tudo isso se encontra o cidadão comum, trabalhador, trabalhadora, empregado ou patrão tocando suas vidas sem poder interferir ou mudar a lógica da destruição planetária: eles são peças da própria engrenagem alienada de produção e consumo desequilibrado.

O fascínio da ciência humana em controlar e dominar a natureza vem provocando o seu próprio descontrole e desgoverno no processo de criação, produção e consumo. As ideologias (de esquerda ou de direita) nada poderão fazer para criar um novo paradigma revolucionário e transformador para a união e bem de todos sem distinção. E como conseqüência desse caos social, ecológico, ético e tecnológico teremos dois mundos distintos: os excluídos e os incluídos. Os excluídos serão aqueles dominados e explorados pela cultura do mais forte e do melhor. Os incluídos, por sua vez, serão aqueles que conseguiram impor suas ideologias e culturas do darwinismo social: vence o mais qualificado e mais insensível a dor alheia. A solidariedade, nesse contexto, será um princípio muito disseminado, mas pouco praticado. A busca mais elevada de sua natureza interior será substituída pela busca menos elevada exterior na disputa por um pedaço de chão, de pão, de recurso e de capital. Daí surgirá uma mega crise interior como conseqüência de um processo de conquista fora de sua própria natureza e consciência de si-existencial. Atualmente nos tornamos seres dependentes do trabalho pragmático e instrumental em busca de uma “felicidade” apenas formal, ilusória e material.

O poder da lógica racional alienante e predominante na estratégia de produção e consumo acelerado, impedirá a evolução da sensibilidade humana. E assim, a lógica do coração será esquecida e o Amor se esfriará mais ainda, gelando cada coração humano. E a vida perderá sentido de ser e existir – se as crises continuarem crescendo como estão atualmente!

Prof.(URCA) Bernardo Melgaço da Silva – bernardomelgaco@hotmail.com

Cântico - Domingos Barroso




Céu é uma morte serena
que desce a meio-fio

pelo córrego de águas mansas
sob um dia de sol.

A casca de ovo,
o barquinho de papel

é o corpo,
é a alma.

Inferno é quando chove
as águas turvam-se
cai uma tormenta -

a casca de ovo
tritura-se por inteira;

o barquinho de papel
some entre fendas.

Não tem mais volta
Não tem mais volta

mesmo que brilhe outro dia
e raios deslizem noutra calçada.



por Domingos Barroso

Prontos para o Século XIX

Muitos professores e seus compêndios enxergam o mundo de hoje como ele era no tempo dos tílburis. Com a justificativa de "incentivar a cidadania", incutem ideologias anacrônicas e preconceitos esquerdistas nos alunos.

Monica Weinberg e Camila Pereira

Tema para reflexão: vale a pena usar chocadeiras artificiais para acelerar a produção de frango? Deu-se com isso o início de uma das aulas de geografia no Colégio Ateneu Salesiano Dom Bosco, de Goiânia, escola particular que aparece entre as melhores do país em rankings oficiais. Da platéia, formada por alunos às vésperas do vestibular, alguém diz: "Com as chocadeiras, o homem altera o ritmo da vida pelo lucro". O professor Márcio Santos vibra. "Você disse tudo! O homem se perdeu na necessidade de fazer negócio, ter lucro, exportar." E põe-se a cantar freneticamente Homem Primata / Capitalismo Selvagem / Ôôô (dos Titãs), no que é acompanhado por um enérgico coro de estudantes. Cena muito parecida teve lugar em uma classe do Colégio Anchieta, de Porto Alegre, outro que figura entre os melhores do país. Lá, a aula de história era animada por um jogral. No comando, o professor Paulo Fiovaranti. Ele pergunta: "Quem provoca o desemprego dos trabalhadores, gurizada?". Respondem os alunos: "A máquina". Indaga, mais uma vez, o professor: "Quem são os donos das máquinas?" E os estudantes: "Os empresários!". É a deixa para Fiovaranti encerrar com a lição de casa: "Então, quem tem pai empresário aqui deve questionar se ele está fazendo isso". Fim de aula.

Os dois episódios, ambos presenciados por VEJA, não são raridade nas escolas brasileiras. Ao contrário. Eles exemplificam uma tendência prevalente entre os professores brasileiros de esquerdizar a cabeça das crianças. Parece bobagem, uma curiosidade até pitoresca num mundo em que a empregabilidade e o sucesso na vida profissional dependem cada vez mais do desempenho técnico, do rigor intelectual, da atualização do pensamento e do conhecimento. Não é bobagem. A doutrinação esquerdista é predominante em todo o sistema escolar privado e particular. É algo que os professores levam mais a sério do que o ensino das matérias em classe, conforme revela a pesquisa CNT/Sensus encomendada por VEJA. Pobres alunos.

Eles estão sendo preparados para viver no fim do século XIX, quando o marxismo surgiu como uma ideologia modernizante, capaz não apenas de explicar mas de mudar o mundo para melhor, acelerando a marcha da história rumo a uma sociedade sem classes. Bem, estamos no século XXI, o comunismo destruiu a si próprio em miséria, assassinatos e injustiças durante suas experiências reais no século passado. É embaraçoso que o marxismo-leninismo sobreviva apenas em Cuba, na Coréia do Norte e nas salas de aula de escolas brasileiras. As chocadeiras produzem os frangos vendidos a menos de 5 reais nos supermercados brasileiros, e isso propicia a dose mínima de proteína a famílias que, de outra forma, estariam mal nutridas. A realidade não interessa nas aulas como a do professor Márcio Santos. O que interessa? Passar a idéia de que as máquinas tiram empregos. Elas tiram? Tiraram no começo dos processos de robotização e automação de fábricas nos anos 90. Hoje, sem robôs e máquinas, os empregos nem sequer seriam criados. Mas dizer isso pode desagradar ao espírito do velho barbudo enterrado no novo Cemitério de Highgate, em Londres. Os professores esquerdistas veneram muito aquele senhor que viveu à custa de um amigo industrial, fez um filho na empregada da casa e, atacado pela furunculose, sofreu como um mártir boa parte da existência. Gostam muito dele, fariam tudo por ele, menos, é claro, lê-lo – pois Karl Marx é um autor rigoroso, complexo, profundo que, mesmo tendo apenas uma de suas idéias ainda levada a sério hoje – a Teoria da Alienação –, exige muito esforço para ser compreendido. "A salada ideológica resulta da leitura de resumos dos grandes pensadores", diz o filósofo Roberto Romano. Gente que vê maldade em chocadeiras e mal em empresários que usam máquinas em suas fábricas no século XXI não pode ter lido Karl Marx. É de supor que não tenham lido muito, quase nada. Mas são esses senhores que ensinam nossos filhos nas melhores escolas brasileiras – sem, diga-se, que os pais se incomodem com isso.

A pesquisa CNT/Sensus ouviu 3 000 pessoas de 24 estados brasileiros, entre pais, alunos e professores de escolas públicas e particulares. Sua conclusão nesse particular é espantosa. Os pais (61%) sabem que os professores fazem discursos politicamente engajados em sala de aula e acham isso normal. Os professores, em maior proporção, reconhecem que doutrinam mesmo as crianças e acham que isso é sua missão principal – algo muito mais vital do que ensinar a interpretar um texto ou ser um bamba em matemática. Para 78% dos professores, o discurso engajado faz sentido, uma vez que atribuem à escola, antes de tudo, a função de "formar cidadãos" – à frente de "ensinar a matéria" ou "preparar as crianças para o futuro". Muito bonito se não estivessem nesse processo preparando os alunos para um mundo que acabou e diminuindo suas chances de enfrentar a realidade da vida depois que saírem do ambiente escolar. Para atacar um problema, o primeiro passo é reconhecer sua existência. Esse é o mérito da pesquisa CNT/Sensus.

Adversária do exercício intelectual, a ideologização do ensino pode ser resultado em parte também do despreparo dos professores para o desempenho da função. No ensino básico, 52% lecionam matérias para as quais não receberam formação específica – 22% deles nunca freqüentaram faculdade. Para esses, os chavões de esquerda servem como uma espécie de muleta, um recurso a que se recorre na falta de informação. "Repetir meia dúzia de slogans é muito mais fácil do que estudar e ler grandes obras. Por isso, a ideologização é mais comum onde impera a ignorância", diz o historiador Marco Antonio Villa. A questão não é exatamente nova na educação. Meio século atrás, a filósofa alemã Hannah Arendt já alertava para o equívoco de fazer das aulas um lugar para a doutrinação ideológica, qualquer que fosse o matiz. Em A Crise na Educação, ela dizia: "Em vez de (o professor) juntar-se a seus iguais, assumindo o esforço da persuasão e correndo o risco do fracasso, há a intervenção ditatorial, baseada na absoluta superioridade do adulto". Ao refletirem sobre o atual cenário, os especialistas concordam com a idéia central da filósofa. Está claro, e a própria experiência mostra isso, que o viés político retira da escola aquilo que deveria, afinal, ser seu atributo número 1: ensinar a pensar – verbo cuja origem, do latim, significa justamente pesar. Diz o sociólogo Simon Schwartzman: "O verdadeiro exercício intelectual se faz ao colocar as idéias e os juízos numa balança, algo que só é possível com uma ampla liberdade de investigação e de crítica."

Não é o caso na maioria das salas de aula. Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores brasileiros ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado.

Entre as figuras históricas e da atualidade mais citadas em classe está, como não poderia deixar de ser, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As referências a Lula são contidas. O presidente brasileiro obtém aprovação menor entre os professores, segundo relatam os estudantes, do que aquela com que a sociedade brasileira em geral o brinda. Ele tem 70% de avaliação positiva dos brasileiros, mas na boca dos professores esse índice cai para 30% – com 27% de citações negativas e 43% de neutras. Ressalte-se aqui que é um ponto louvável para os mestres o fato de, como mostram os números relativos a Lula, eles não fazerem proselitismo eleitoral em classe – mesmo que seja preciso relevar o fato de o ditador venezuelano Hugo Chávez ter merecido 51% de citações positivas. A neutralidade e o comedimento em relação a Lula desautorizam a interpretação de que os professores tentam direcionar o voto dos alunos, o que seria desastroso. É sinal de que sua pregação, mesmo equivocada, se mantém no nível das idéias – o que é excelente.

"Eu e todos os meus colegas professores temos, sim, uma visão de esquerda – e seria impossível isso não aparecer em nossos livros. Faço esforço para mostrar o outro lado", diz a geógrafa Sonia Castellar, que há vinte anos dá aulas na faculdade de pedagogia da Universidade de São Paulo (USP) e escreveu Geografia, um dos best-sellers nas escolas particulares (livro que tem dois de seus trechos comentados por VEJA na reportagem seguinte). "Reconheço o viés esquerdista nos livros e apostilas, fruto da formação marxista dos professores. Mas não temos nenhuma intenção de formar uma geração de jovens socialistas", diz Miguel Cerezo, responsável pelo conteúdo publicado nas apostilas do COC (de onde foram extraídos quatro trechos comentados pela revista). À luz de outra pesquisa em profundidade feita pelo Ibope em colaboração com a revista Nova Escola, editada pela Fundação Victor Civita, os professores da rede pública revelam que, para eles, o principal problema da sala de aula é, de longe (77%), a ausência dos pais no processo educativo. Repousam na colaboração entre pais e professores a correção dos rumos do ensino no país e a aceleração da curva de melhora de desempenho que começa a se desenhar. A questão do excesso de ideologização é um desses problemas que podem ser abordados em conjunto por pais e professores. Demanda para o diálogo existe. O advogado Miguel Nagib fundou, há quatro anos, em Brasília, a ONG Escola Sem Partido, com o objetivo de chamar atenção para a ideologização do ensino na sala de aula. Nagib se incomodou com os sinais do problema na escola particular de sua filha, então com 15 anos, onde o professor de história gostava de comparar Che Guevara a São Francisco de Assis. Foi ao colégio reclamar. Diz Nagib: "As escolas precisam ficar sabendo que muitos pais não concordam com essa visão".

Veja, edição 2074, 20.08.2008
http://veja.abril.uol.com.br/200808/p_076.shtml

DEDÉ DE ZEBA - O POETA DO CRATO - Por Edilma Rocha - Parte II

CRATO ANTIGO
Saudade da luz escura,
do poste feito de trilho;
da feira da Rapadura,
das velhas vendendo milho.
do papagaio da Raia,
do carro de Pedro Maia,
das moedas de derréis,
dos dramas lá do Cassino,
quando eu era menino,
e xingava Seu Moiséis.

Saudade do futebol,
sem ajuda e bem precário;
do tempo do Penarol,
no Campo do Seminário,
que a gente com jogo e briga,
bola feita de bexiga,
fazia time exelente.
Não tinha juiz nem mestre;
na Vazante dos Silveiras,
fazia o campo da gente.

O brilhar dos pirilampos,
sentindo as noites escuras,
na Praça Siqueira Campos,
faziam luz com ternuras.
Que prazer a gente tinha,
nas voltas lá na pracinha;
todo o passado restauro.
Da mijada escondida,
quando vinha da avenida,
no beco do Padre Lauro !

A festa da Padroeira,
que calor de animação !
O levantar da bandeira,
o concorrido leilão.
Oh! quando sinto saudade,
daquela rivalidade,
no meio das brincadeiras!
Tudo tinha mais valor;
eu até toquei tambor,
no bloco das Enfermeiras.

E meditando hoje fico,
relembrando com emoção,
Bar Central, de Zé Eurico,
ponto de reunião;
café, merenda e bilhar,
onde ficava a esperar,
muita gente como o quê,
para ouvir, num dia tal,
no rádio do Bar Central,
noticias da BBC.

E continuo a lembrar,
as coisas que muito amei:
o velho Grupo Escolar,
onde primeiro estudei,
Dona Aurea, impertinente,
brigava muito com a gente,
apesar de zeladora,
gostava de Dona Cila,
mas temia Dona Lila,
a mais dura diretora.

E tudo vem de mansinho,
para escrever no papel;
sanfoneiro Zé Neguinho,
lá no Café de Izabel.
Mestre Neco Fogueteiro,
no Cariri o primeiro,
no meu tempo de menino.
Como eu achava isso bom!
Tempo em que Cleto Milfont,
discursava no Casino.

Fonte- A Provincia, edições - Jurandir Temóteo

Pensamento para o Dia 20/12/2009


“A vida é um mosaico de prazer e dor; a tristeza é um intervalo entre dois momentos de alegria. A paz é uma pausa entre duas guerras. Não há rosa sem espinho; o colhedor diligente evitará as picadas e colherá a flor. Não há abelha sem ferrão; a habilidade reside, a despeito disso, em recolher o mel. Os problemas e as angústias podem assaltá-lo, mas você não deve permitir que eles o desviem do caminho do dever e da dedicação. O mundo hoje é afligido por ansiedade, medo, depressão, ódio, ganância e desconfiança. A única maneira de o mundo corrigir-se é o ser humano perceber seu destino elevado, pois todo homem anseia por duas bênçãos – obtenção de alegria e fuga da dor.”
Sathya Sai Baba

Parabéns Dr, J. Flavio !!!!!!!!!!!!!

Hoje é dia de festa.
Nos levantamos cedinho para festejar o aniversário de uma pessoa muito querida pelo Cariricaturas: Dr. José Flavio. Achamos por bem preparar a festa passo a passo e sem pressa, para que tudo saísse perfeito, com muita alegria, como o aniversariante merece.

Brindamos à sua saúde, à nossa saúde para que tenhamos ainda muito tempo para comemorar outras efemérides juntos...


O bolo tinha que ser especial. Foi preparado numa das cozinhas de Matozinho. Foi feito a capricho!


Nossas falicitações ao aniversariante.
Que o brilho de sua inspiração posso conduzi-lo às estratosferas da literatura, pois a luz já brilha em seu espírito.

É nesses momentos que voltamos um pouco no tempo para buscar em outras épocass as alegrias insufladas na alma, as boas lembranças. É nesta hora que encontramos a criança que mora em nós e que nos impulsiona a viver em harmonia com nossa natureza.

Que a felicidade exploda e se espalhe por todo o universo e possa ser tua parceira constante.
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O Cariricaturas te agradece pela tua força e pela felicidade que nos acrescentas com tuas palavas.
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Abraço de toda a família Cariricaturas


Trecho do texto Desejo

"Pois foi justamente esta historinha que me inspirou a escrever esta croniqueta de fim de ano. Todos nós ficamos grávidos de sonhos e aspirações neste período natalino. Pois aí vai também o meu desejo !Ah como seria bom se tivéssemos desejos parecidos como os de minha amiga. Se todos nós acordássemos na madrugada com aquela vontade insaciável de ouvir uma música de Abidoral, dançar um Reisado do Mestre Aldenir, comprar um quadro do Karimai, , sapatear um Coco da Dona Edite, usar uma Sandália do Mestre Expedito das Nova Olinda , botar na sala uma xilogravura de Maésio, deliciar-se com uma poesia do Marcos Leonel. Ah como o menino dos nossos sonhos nasceria bonito e robusto e o Ano novo romperia no horizonte com novos vagidos de paz e esperança !" (José Flávio - em Desejo)