Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

domingo, 9 de maio de 2010

Casanova de casa nova


-- Aquilo não é uma mulher, é um cão perdigueiro !
Esta talvez tenha sido a mais perfeita definição da mulher de Salustiano, feita por um de seus amigos, numa mesa de bar. Salu( como era conhecido na patota) sempre fora chegado a uma gandaia. O bordel sempre tinha sido o templo maior de suas oferendas. Seu oratório era preenchido pelos deuses pagãos: Dionísio, Baco e Vênus. Parece que tinha sido castigo! Já entrado nos quarenta, terminara por casar com D. Guilhermina: mulher madurona, sistemática, cuja maior diversão era ir para quermesses e assistir às reuniões de casais com Cristo que Salu acompanhava, a contragosto. Não bastasse tudo isso, a patroa de Salu era extremamente ciumenta. Parecia um cão farejador. Ligava para a repartição do marido inúmeras vezes ao dia, como se estivesse fazendo chamada. Quando o pobre retornava para casa, procedia-se uma revista rigorosa, digna de Sherlock Holmes, em todos os seus pertences e vestes. D. Guilhermina olhava atentamente a Agenda, em busca de telefones suspeitos, ou bilhetes. Revistava ainda cuidadosamente todas as roupas externas e íntimas procurando fragrâncias estranhas, cabelos femininos ou marcas de Batom. Algumas vezes, chegou a examinar, com atenção quase urológica, o próprio corpo de Salu, fingindo-se de mulher envolvente e carinhosa.
Apesar de todo cerco impingido por D. Guilhermina, nosso D. Juan não havia perdido de todo o espírito aventureiro. Como, por mais de uma vez, tinha sido flagrado, com uma ou outra prova material, foi desenvolvendo um ritual digno da CIA ou do MOSSAD. Carregava no porta malas, escondida, uma maleta fechada com um sem número de utilitários : soluções para retirada de manchas, aromas vários para disfarçar perfumes, óleo e graxa para simular “pregos”no carro e justificar atrasos , bateria descarregada( sempre) para justificar celular fora de área e por aí vai...Não bastasse isso, tinha uma rede de auxiliares digna de nota, capaz de falsear vozes, inventar histórias/desculpas mirabolantes, forjar documentos e álibis. A mulher tinha, porém, pacto com o demo: devia ir para o Afeganistão procurar o Bin Laden, diziam os amigos. Um dia, suplicante, pediu que ele a contasse sobre qualquer aventura após o casamento, jurando calma e compreensão, pois, dizia, sua fobia não era de chifre, mas de ser enganada sem saber. Salu, para testar, começou a falar sobre alguns namoricos da infância e, mal tinha passado do segundo, já D. Guilhermina ia quebrando todos os pratos da cozinha no tubo de imagem da TV. Imagina se falo os do pós-matrimônio, pesou Salu, aliviado em meio aos destroços da III Guerra Mundial.
O período de maior aflição passado por Salu aconteceu depois do caso Diana Bobitt. Vocês lembram ! Sim, foi aquela que, numa crise de ciúmes, cortou o pinto do marido com uma faca de pão, como se fosse salaminho. D. Guilhermina, imediatamente, a tomou como ídolo e até andava com um retrato da emasculadora senhora na bolsinha de dinheiro. Salu entrou em pânico quando descobriu no guarda roupas da esposa ( imaginem o quê !): uma faca Gin Su ! Passou mal, terminou por internar-se em clínica para esgotados mentais. Voltando, inventou , prontamente, que o médico prescrevera comida chinesa típica , para toda a família e, a partir daí, deu fim às cortantes lâminas da casa e passaram a comer com pauzinhos ( para alívio derradeiro dos países baixos e melindrosos de Salu).
A vida assim ia se escoando em meio a esta Guerra Fria. Tamanha perseguição parecia ir dando um tempero todo especial às perigosas escapulidas de Salu. Dia desses, no entanto, o homem voltou a sobressaltar-se. Aparecera nova arma de contra-espionagem no mercado. Ele soube ,através de sua especial rede de informação. No Bar de Seu Louro, os amigos, aflitos, lhe mostraram o recorte de Jornal. Os japoneses inventaram um spray que borrifado na cueca da pessoa, em contato com qualquer resquício de sêmen, torna-se verde e aí, a patroa –perdigueira, ao examinar, poderá ter uma prova concreta da traição cometida. Não bastasse isso ainda desenvolveram um tipo de meia que muda de coloração ,se por acaso for retirada do pé, o que poderia dar evidência de visitas sorrateiras a motéis. Salu gelou! Aquilo nas mãos de Guilhermina seria uma arma perigosíssima. Na sua visão de Casanova, a atitude dos japonas só podia ser despeita com os ocidentais. Inventar uma porcaria destas, só pode ser complexo de inferioridade: por terem um pingolim do tamanho de um alfinete !
Por via das dúvidas, no entanto, desde aquele dia, Salu só anda de chinela, só compra cueca verde-camaleão e ,pra dormir, é com um olho só fechado : o outro “pastora” Guilermina!


J. Flávio Vieira

Duas mulheres, duas mães! – Por Carlos Eduardo Esmeraldo



H
oje, este domingo é denominado dia das mães. Mas eu considero como dia das mães todos os dias do ano, dos séculos e séculos sem fim, amém! Porém, ao despertar, lembrei-me de duas mães especiais: a minha mãe e a mãe dos meus três filhos. Através delas, nesse dia, rendo minhas homenagens a todas as mães do mundo.

A minha mãe se estivesse viva, completaria em breve 110 anos! Isto mesmo! Ela nasceu em 1900, ainda no século XIX, numa época em que as mulheres do Crato pouco ou quase nada estudavam. Ela possuía apenas o curso primário incompleto, mas para mim, jamais vi uma pessoa tão sábia. Fui o seu décimo sexto filho, dos quais, seis já haviam morrido ainda crianças.

Fui educado por minha mãe com muito amor e pequenas doses de provérbios, preciosos conselhos, que ainda hoje norteiam minha vida. “O mato tem olho e as paredes têm ouvidos.”; “Casa teu filho, com a filha do teu vizinho”; “Ver, ouvir e calar: vida tranqüila tu terás!” Repetia isto várias vezes quando tive de ir estudar em Salvador, onde residiria com uma tia.

Jamais a minha mãe me surrou como era a pedagogia dos pais de então. Quando fazia alguma traquinagem digna de uma boa surra, ela nos dirigia um olhar diferente que penetrava em nossa alma e doía mais que mil chicotadas. Mas aquele olhar ficou guardado na minha memória para sempre...

Foi através da minha mãe que, pela primeira vez na minha vida, ouvi falar de Jesus. E enquanto eu brincava, ela se sentava por perto e contava tantas histórias sobre Ele, que quando eu fui ler os Evangelhos, já os conhecia por completo, pela voz da minha mãe.

A outra mãe a quem também dirijo esta homenagem é Magali, a mãe dos meus filhos. Minha fiel companheira há mais de trinta e sete anos, soube também distribuir amor, educar e formar nossos três filhos, que hoje são para nós dois, motivo de muito orgulho.
Meiga, suave, delicada, todos que conhecem Magali notam que ela é possuidora de uma educação que foi forjada no berço familiar e irradia isso para todos que dela se aproximam.

Estas duas mulheres são para mim modelo de mães. Ah! Como seria maravilhoso se todos os filhos honrassem suas mães em todos os dias da vida!

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Eu estava ali, em pleno dia das mães. A alegria dos sobrinhos corria solta. E eu naquele meio, quase peixe fora d’água. Sem vontade de pensar. Olhei pro céu, sol a pino. À minha volta, parecia nada haver de importante... apenas o silêncio interior e a saudade de um sorriso só meu ou só pra mim. De um abraço. De um olhar brilhante e intenso de quem distribui felicidade. Um gesto apenas eu queria. Um breve gesto e eu poderia me sentir a pessoa mais feliz do mundo.
.
Claude Bloc

ANDEBB- Assoc.Nac.dos demitidos do Banco do Brasil


20/03/2010

Últimas Notícias – www.camara.gov.br

13:00 – Ex-funcionários do BB que aderiram ao PDV nos anos 90
podem ter sido lesados.

40 mil ex-funcionários do Banco do Brasil que aderiram ao programa
de demissões voluntárias da instituição nos anos 90 podem ter sido
lesados.

Documentos oficiais arquivados no Palácio do Planalto mostram que
houve uma rasura em um decreto de 1978, assinado pelo então presi-
dente Ernesto Geisel.

A alteração no documento original teria reduzido os valores das
indenizações pagas aos funcionários que se desligaram voluntaria-
mente da instituição.

Em resposta a um pedido de informações da Câmara (RIC-4573/09),
a Casa Civil da Presidência da República informou que não localizou
nenhum outro documento ou registro a respeito do assunto. Ou seja,
o decreto rasurado está em vigor, o que reforça os indícios de
fraude.

O autor do requerimento, deputado Celso Russomano, do PP de São
Paulo, defende que esses ex-funcionários do Banco do Brasil sejam
ressarcidos.

“O decreto anterior foi fraudado com uma máquina de escrever com
tipo diferente da original. É perfeitamente perceptível isso.
Significa que 40 mil funcionários da Previ têm direitos a receber
e vão receber, porque o documento, o decreto presidencial foi
fraudado”

Russomano vai pedir audiência pública para debater o assunto.
Ele também estuda a possibilidade de ingressar com uma ação coletiva
na Justiça, caso não haja acordo para ressarcimento dos
ex-funcionários.

O líder do PT, deputado Fernando Ferro, disse que se for confirmado,
o caso é de extrema gravidade.

“Agora é preciso que seja feita uma análise cuidadosa, com muito
critério para verificar a veracidade dessa denúncia para a partir
daí se tomar as providências necessárias uma vez que se trata de
direitos lesados e a Constituição Federal garante a qualquer
pessoa contra a qual tenha sido identificado prejuízo que ela
possa procurar reparação”

Pelo decreto original, assinado por Geisel, em caso de saída
voluntária e antecipada de entidades de previdência privada,
o beneficiário teria direito a restituição de 50% das contribuições
pagas.

Com a retificação, ficou estipulado que a saída voluntária
implicaria a perda dos benefícios.

Associações de funcionários demitidos estimam que os ex-partici-
pantes da Previ teriam cerca de R$ 20 bilhões a receber.

De Brasília, Geórgia Moraes

sexta-feira, 19 de março de 2010
=================================================

Aracaju, 20 de março 2010.

RASURA EM DECRETO PRESIDENCIAL, RESQUÍCIOS DA DITADURA
MILITAR NO BRASIL

No ano de 1978, foi expedido o decreto 81.240/78 regulamentando
as disposições da Lei 6.435/77, relativas às entidades de previ-
dência privada. Para uma melhor compreensão, a seguir um resumo
dos fatos que agora já estão em fase de comprovação.

20 janeiro 1978 – O DECRETO FOI EXPEDIDO E ASSINADO PELO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA

24 janeiro 1978 – O DIÁRIO OFICIAL PUBLICOU O DECRETO NA
ÍNTEGRA, SEM QUALQUER ERRO.

15 junho 1978 – EXPEDIÇÃO de um “Aviso nº 140” pelo então
Ministro Da Previdência e Assistência Social
SEM a necessária assinatura do Presidente da
República, Ernesto Geisel, nos seguintes
termos:
“Tendo em vista que na publicação do Decreto
81.240…verificou-se um erro de remissão no
parágrafo 2º do artigo 31, …”
e dessa forma SOLICITANDO uma RETIFICAÇÃO
NO DECRETO, absolutamente desnecessária, já
que não houve erro na publicação feita
anteriormente pelo Diário Oficial.

16 junho 1978 – O DIÁRIO OFICIAL PUBLICOU A RETIFICAÇÃO
Página 9004 (Seção I – Parte I)

R E T I F I C A Ç Ã O

Na página 1.342, 2ª coluna, no § 2º do artigo 31,

ONDE SE LÊ :
§ 2º – No caso do item VII, …

LEIA-SE: …..
§ 2º – No caso do item VIII, …

Nesta publicação, aparentemente não há algo de anormal devido
ao fato de ser um procedimento comumente utilizado para correção
de erros provocados pelas dificuldades dos recursos tecnológicos
então disponíveis. Mas não foi issso que aconteceu porque esta
retificação introduziu alteração substancial no texto do decre-
to 81.240/78. Aquele era um período em que tudo podia ser feito
pelos detentores do Poder.
Um Ato nulo de pleno direito e os direitos afetados por esse ato
nulo de pleno direito, devem ser recompostos.
Assim, concretizou-se um ato administrativo viciado por ilegali-
dade do objeto, inexistência dos motivos determinantes e princi-
palmente, incompetência do seu signatário, que não possuia atri-
buição para a prática do ato.

=================================================
ENCONTRO DE PEDEVISTAS EM SERGIPE – 26/01/2010

Realizou-se no Sindicato dos Petroleiros(SINDIPETRO) o
primeiro encontro de Pedevistas de Sergipe, reunindo pessoas
demitidas de todas as empresas. Comparecemos ao evento coor-
denado pelo companheiro Jomar Nascimento, diretor daquele
sindicato. Naquele encontro, conversamos com o companheiro
Valdemar Moreira, do Comando Nacional dos Pedevistas da
Petrobrás, que nos informou sobre a estratégia de luta e
os objetivos daqueles pedevistas, tendo prioridade o retorno
ao trabalho, conforme também falou numa entrevista concedida
a um canal de TV a cabo. Passamos as informações sobre nosso
movimento e os nossos objetivos, inclusive quanto à nossa
aposentadoria complementar sonegada pela PREVI.
Mais informações sobre o companheiro Valdemar acessem o
site www.radioparcerafm.org.br.

Mãe x Filhos - acervo de Monalissa Figueiredo

Monalissa e Breno( filha e neto de Fátima e João Marni)
Alex, Monalissa e David( filhos do casal João Marni e Fátima)
Quando Maria Alice nasceu ...( João Marni , Avô e Pediatra )
Fátima, Maria Alice e Monalissa

Nunca dês um nome a um rio: Sempre é outro o rio a passar. Nada jamais continua, Tudo vai recomeçar!

Mario Quintana

É assim que recomeçamos ... Neles !

Homenagem a minha mãe- por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Hoje, dia das mães, é a data em que os filhos querem presentear suas mães em agradecimento ao amor, carinho e dedicação que todas elas têm pelos seus filhos.

O dia das mães deveria ser comemorado diariamente, não com presentes materiais, mas com amor, carinho, atenção e sempre valorizando a mulher, que enxerga em cada filho um presente de Deus. Toda mãe dedica aos filhos um amor incondicional.

Nesta data está completando dois meses que a minha mãe faleceu. A saudade é grande, mas sei que ela cumpriu sua missão na vida sendo esposa e mãe exemplar.

Maria Eneida de Figueiredo, minha mãe, casou com meu pai Aníbal Viana de Figueiredo e conseguiram completar sessentas anos de vida a dois. Foi uma longa convivência, que mesmo com as dificuldades enfrentadas, procuraram viver da melhor forma possível. Este foi um casamento de muita união fundamentada no amor. Acredito que eles colocaram nos alicerces da família as palavras de Jesus: “quem ouve as minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha.” (Mt 7,24-25) O matrimônio dos meus pais foi construído sobre a rocha do amor e das bênçãos de Deus. Portanto não poderia deixar de ter sido uma união feliz.

Após a partida do meu pai, a saúde da minha mãe foi se agravando e depois de três anos e dez meses foi a vez dela ir ao encontro de Deus.

Do casamento de meus pais nasceram oito filhos. Lembro-me sempre de toda a dedicação da minha mãe cuidando dos filhos e, ensinando a todos eles o caminho do bem. Ela procurou passar para os filhos os valores morais e cristãos, através do seu testemunho de vida. Uma mulher digna, de muita fibra, que ao longo da vida nos ensinou que o mais importante do que riquezas materiais é o amor ao próximo, o respeito pelas pessoas e a honestidade. Sempre nos incentivou a estudar e a cumprir com nossas obrigações de estudante.

Eu admirava muito o otimismo e a simpatia dela, sempre com um sorriso nos lábios. Por essa qualidade, construiu muitas amizades, pois com a sua alegria e delicadeza atraía muitos amigos. Aprendi com ela que devemos ser fiéis aos amigos e à família. Com o seu exemplo, nos ensinou a respeitar o ser humano, independente da sua condição social.

Tenho muita gratidão pelo amor que ela nos dedicou e os ensinamentos deixados, todos com o objetivo de nos tornar pessoas ajustadas, condição necessária para construção de uma sociedade melhor.
Agradeço a Deus por ter tido uma mãe tão amorosa e dedicada. Pela memória dela homenageio a todas as mães.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Dona Valda ! - por Socorro Moreira


Quando descobri a vida , vi o rosto dela:nariz aquilino, boca vermelha, sobrancelhas arqueadas, cabelo preto.
Cuidava de mim com extremosa delicadeza.Exigente capricorniana...Quem conhece, sente !
Depois foi o ensino.A matemática, a gramática , os livros de estórias,arguição dos pontos
para as provas escolares. Cobrava-me as notas máximas !
Depois foram os vestidinhos acinturados, as calcinhas modeladoras, os corpetes primeiros,o batom , os sapatos de salto, e todas as reprimendas do mundo...Mas soube fazer pudim pro meu primeiro namorado.
Logo, logo, ( antes dos meus 18 anos) foi a compra do meu enxoval de noiva. Uns lençóis bordados, camisolas de cetim, um conjunto de malas ... Ah, e os aventais !
Dizia-me com um sorriso no olhar : a gente conquista o marido é pelo estômago ! Será ?
Em seguida, a doce ama dos meus filhos. Deixá-los com ela era a minha paz. Paz pra viver a festa, a viagem, e as minhas alegrias juvenis.
Cuidou das minhas enfermidades, das minhas perdas amorosas, da minha falta de qualquer coisa...Parou de me obrigar a rezar, parou de me censurar, de aconselhar, quando percebeu que eu havia crescido, que doravante e no mínimo, seria uma cúmplice, apenas isso : uma cúmplice de vida !
Esta é minha impressão de filha !

Foto: Dona Valda e minha neta Bianca

Um poema de Everardo Norões



JOHN O INGLÊS DISSE

John o inglês disse
gosto da palavra bruma
turner turva bruma
o acento amargo sob
o chicote de sol desse verão
no alto mundo das taquaras
som carmesim de uma estação
de trem ou trovão
contido num som de órgão
de Bach
gosto da palavra bruma
núcleo obscuro da saudade
I like it
álacre é o aberto
bruma o fechado
o roxo de um deus crucificado
nas santas semanas da paixão
bronze zen a retinir
sozinho
Em: http://retabulodejeronimobosch.blogspot.com
A ilustração é colagem de um quadro do pintor inglês William Turner e fotografia dos altos de Taquaritinga (também por Everardo).

Por Ana Cecília S.Bastos



...porque ganhei as duas flores mais especiais do mundo: Vítor e Ana Clara.

SENSÍVEL. Para minha mãe, com amor. Foto de Mário Vítor.



O coração das mães é um abismo no fundo do qual se encontra sempre um perdão.
Honoré de Balzac

Algumas mães são carinhosas e outras são repreensivas, mas isto é amor do mesmo modo, e a maioria das mães beija e repreende ao mesmo tempo.
Pearl S. Buck

As tias, as mães e as irmãs têm uma jurisprudência particular com os seus sobrinhos, os seus filhos e os seus irmãos.
Honoré de Balzac

Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados
por sua personalidade, não pela cor de sua pele.
Martin Luther King

Amamos as nossas mães quase sem o saber e só nos damos conta da profundidade das raízes desse amor no momento da derradeira separação.
Guy Maupassant

Mães judiciosas sempre têm consciência de que são o primeiro livro lido e o último posto de lado, na biblioteca dos filhos.
Charles Lenox Remond

A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.
Luís Fernando Veríssimo

Pais e filhos não foram feitos para ser amigos. Foram feitos para ser pais e filhos.
Millôr Fernandes

Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.
Bertrand Russell

Mãe é o amigo mais verdadeiro que temos quando a dificuldade dura e repentinamente cai sobre nós; quando a adversidade toma o lugar da prosperidade; quando os amigos que se alegram conosco nos bons momentos nos abandonam; quando os problemas complicam-se ao nosso redor, ela ainda estará junto de nós, e se esforçará através de seus doces preceitos e conselhos para dissipar as nuvens de escuridão, e fazer com que a paz volte aos nossos corações.
Washington Irving

O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.
Agatha Christie
Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade

Escutando o mar - Por Xico Bizerra

Ela foi, não havia como deixar de ir. Não queria, mas findou por ir, junto com os pais. O pretexto de conhecer o mar não lhe parecia convincente, mas incontestável se mostrava. Como ficar, sem pai, sem mãe, apenas com ele, seu amor, à espreita, aguardando uma chance? O mar? E ela queria lá saber de mar! Muito mais lhe aprazia os carinhos recebidos e testemunhados pela lua, só por ela. Mas estava lá o mar à sua frente, sem graça, totalmente imenso e insosso, uma coisa grande mas sem sal. De nada teria valido aquela paisagem não fossem as conchinhas recolhidas na areia para ofertá-las, como presente, quando voltasse. Ao recebê-las, ele levou aos ouvidos o presente e, da conchinha mais bonita, escutou o mar, distante. Beijou-as, a concha e quem a trouxe de tão longe. Ela adorou ter visto o mar. Ele adorou ter escutado o mar.
Por Xico Bizerra



Candice Bergen (Candice Patricia Bergen, Beverly Hills, 9 de maio de 1946) é uma premiada atriz estado-unidense

Candice Bergen é filha de uma modelo e de um ventríloquo, Edgar Bergen, famoso nos Estados Unidos nos anos 1950 e 1960. De talentos múltiplos, Candice já foi uma manequim de alta costura, jornalista, fotógrafa, escritora de peças e de um livro com suas Memórias, além de ter sido a primeira mulher a apresentar o programa Saturday Night Live na televisão americana, durante a temporada de estréia em 1975.

Após a carreira de modelo, ela começou no cinema nos anos 60 e, apesar de críticas nos primeiros filmes, foi indicada para o Globo de Ouro e para o Oscar por papéis coadjuvantes em Ânsia de Amar e Encontros e Desencontros.

Em 1982, depois do sucesso de Ghandi, filme vencedor de oito oscars em que ela faz o papel da renomada fotógrafa Margaret Bourke-White, uma das poucas ocidentais a compartilharem da intimidade do líder indiano em seus últimos tempos de vida, Candice passou a trabalhar na televisão, atuando em diversos seriados e alcançando seu maior sucesso em Murphy Brown, pelo qual recebeu cinco prêmios Emmy de melhor atriz de tv, no papel-título de uma decidida repórter televisiva.

Nos últimos anos ela voltou a atuar no cinema, participando de Miss Simpatia com Sandra Bullock e Voando Alto do brasileiro Bruno Barreto entre outros, e atualmente participa do seriado Boston Legal na Tv ABC.
wikipédia

Com a palavra : Gabí!

A nossa força é de igual medida
essa é a saída,
se a batida é frontal
com certeza é mortal,
se a paz voltar a normal
nada foi mal
e o nosso amor
é a vida no espaço sideral.

Para Lorenzo

Tudo que eu faço é para você,

( também, )
ser feliz,
Meu filho!

Tua mãe Ghiga

M. Gabriella Federico (Gabí)



À minha vizinha

Socorro não aguento ficar em casa hoje,
Socorro preciso cozinhar um bolo,
Socorro quero um grande amor,
Socorro um medico,
Socorro paciência,
Socorro vizinha,
Socorro amiga,
Socorro linda criatura
perspicaz e verdadeira
que com tudo isso
não é uma quimera.
Feliz dia das mães,
de uma amiga sincera.


Gabriella Federico

Colaboração de Gabriella Federico

Às mães

Para todas as mães
- Claude Bloc -


Que as alegrias possam estar sempre de volta


Que as cores da vida estejam sempre vibrantes

" Que o nosso céu tenha mais flores!

Nossos sonhos mais amores"...
***
É o que o Cariricaturas deseja a todas as mães

Rui Veloso - Pequena Dor


Rui Veloso - Pequena Dor

A tua pequena dor
quase nem se quer te dói
é só um ligeiro ardor
que não mata
mas que mói.

É uma dor pequenina
quase como se não fosse
e como uma tangerina
tem um sumo agridoce.

De onde vem essa dor
se a causa não se vê
se não é por desamor
então é uma dor de quê.

Não esponhas essa dor
é preciosa e só tua
não a mostres, tem pudor
é um lado oculto da lua.

Não e vício nem costume
deve ser inquietação
nao há nada que a arrume
Dentro do teu coração.

Talver seja a dor de ser
só a sente quem a tem
ou sera a dor de medo
a dor de ir mais além.

Certo e ser a dor de quem
nao se dá por satisfeito
nao a mates, quarda bem
guardada no fundo do peito.

****

Gostei de ouvir!


Recadinho Musical

Eu não existo sem você - Leila Pinheiro & Rui Veloso

POEMA ENJOADINHO - VINÍCIUS DE MORAES

Declamado por Elis Regina, Dina Sfat e Regina Duarte